Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Azevedo , Rafael Santos de lattes
Orientador(a): Albrecht, Míriam Pilz lattes
Banca de defesa: Garcia, Alexandre Miranda lattes, Buchas, Rosana Mazzoni lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2157
Resumo: A ecologia trófica do peixe Characidium vidali Travassos 1967 (Characiformes; Crenuchidae) no rio Macaé (RJ) é descrita através de análise de conteúdo estomacal (ACE), análise de isótopos estáveis de δ13C e δ15N (AIE), ecomorfologia (EMorf) e observação subaquática (OSub). Os exemplares analisados foram coletados entre março/2004 e março/ 2005 (ACE e EMorf), e entre março/2009 e novembro/2010 (ACE e AIE) em três localidades distribuídas nos trechos alto e médio do rio Macaé (RJ). Além dos peixes, para AIE foram coletados recursos basais (perilíton, perifíton, plantas terrestres e macrófitas) e insetos aquáticos. Os itens identificados no conteúdo estomacal foram medidos, contados e quantificados por análise volumétrica. Para caracterização da dieta foi utilizado o Índice de Importância Relativa (IRI), amplitude de nicho (Simpson) e estratégia alimentar (método gráfico). Foi identificado um total de 36 itens na dieta, sendo 35 de origem autóctone. A espécie consome grande riqueza de insetos aquáticos em proporções similares, tanto espacial (ao longo do rio) quanto sazonalmente (Índice de Pianka). Chironomidae, Simuliidae e Baetidae foram os itens mais importantes de acordo com IRI. A dieta de C. vidali foi classificada como generalista, com ampla largura de nicho. Os itens mais assimilados em músculo de C. vidali e nos insetos aquáticos foram determinados por um modelo de mistura (Programa IsoSource 1.3.1). O carbono de origem autóctone é o mais importante para os insetos aquáticos e consequentemente, para C.vidali. As assinaturas de 13C no tecido dos peixes foram significativamente diferentes entre as localidades, indicando assimilação espacial diferente. O grau de palatabilidade, estimado pela razão C:N, foi maior para perifíton e Lepidoptera. Chironomidae foi o item mais abundante, porém não foi o mais assimilado em todas as localidades. A posição trófica (PT) foi calculada com base nos dados de conteúdo estomacal e resultados de δ15N, sendo que ambos os métodos indicaram C. vidali como consumidor secundário. Foram selecionadas 16 medidas morfológicas e calculados 11 índices a fim de verificar a relação entre morfologia e comportamento trófico. Os resultados dos índices são semelhantes aos encontrados para outras espécies congenéricas. A regressão linear entre tamanho de C. vidali e de dois dos itens mais abundantes na sua dieta, apontou que não há seleção de presas maiores conforme os peixes crescem de tamanho; no entanto, indivíduos menores consomem somente presas de menor porte, provavelmente por restrições morfológicas, provavelmente relacionadas a Largura relativa da boca (LRB) e Altura relativa da boca (ARB). A observação subaquática foi realizada através do método “Animal-focal”, revelando que C. vidali é uma espécie mais bentônica, que vive em ambientes de correnteza moderada a forte, substrato pedregoso, afastado das margens e utiliza a tática “Sit-and-wait predation” para se alimentar. Os quatro métodos aplicados em conjunto se mostraram satisfatórios para caracterizar a ecologia alimentar de C. vidali.
id UFJF_0309024a3ba8aa811869897ca9a6617c
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2157
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Albrecht, Míriam Pilzhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769214Z9Garcia, Alexandre Mirandahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798959P6Buchas, Rosana Mazzonihttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789602Z5http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4257890A2Azevedo , Rafael Santos de2016-07-22T15:21:59Z2016-07-202016-07-22T15:21:59Z2011-09-15https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2157A ecologia trófica do peixe Characidium vidali Travassos 1967 (Characiformes; Crenuchidae) no rio Macaé (RJ) é descrita através de análise de conteúdo estomacal (ACE), análise de isótopos estáveis de δ13C e δ15N (AIE), ecomorfologia (EMorf) e observação subaquática (OSub). Os exemplares analisados foram coletados entre março/2004 e março/ 2005 (ACE e EMorf), e entre março/2009 e novembro/2010 (ACE e AIE) em três localidades distribuídas nos trechos alto e médio do rio Macaé (RJ). Além dos peixes, para AIE foram coletados recursos basais (perilíton, perifíton, plantas terrestres e macrófitas) e insetos aquáticos. Os itens identificados no conteúdo estomacal foram medidos, contados e quantificados por análise volumétrica. Para caracterização da dieta foi utilizado o Índice de Importância Relativa (IRI), amplitude de nicho (Simpson) e estratégia alimentar (método gráfico). Foi identificado um total de 36 itens na dieta, sendo 35 de origem autóctone. A espécie consome grande riqueza de insetos aquáticos em proporções similares, tanto espacial (ao longo do rio) quanto sazonalmente (Índice de Pianka). Chironomidae, Simuliidae e Baetidae foram os itens mais importantes de acordo com IRI. A dieta de C. vidali foi classificada como generalista, com ampla largura de nicho. Os itens mais assimilados em músculo de C. vidali e nos insetos aquáticos foram determinados por um modelo de mistura (Programa IsoSource 1.3.1). O carbono de origem autóctone é o mais importante para os insetos aquáticos e consequentemente, para C.vidali. As assinaturas de 13C no tecido dos peixes foram significativamente diferentes entre as localidades, indicando assimilação espacial diferente. O grau de palatabilidade, estimado pela razão C:N, foi maior para perifíton e Lepidoptera. Chironomidae foi o item mais abundante, porém não foi o mais assimilado em todas as localidades. A posição trófica (PT) foi calculada com base nos dados de conteúdo estomacal e resultados de δ15N, sendo que ambos os métodos indicaram C. vidali como consumidor secundário. Foram selecionadas 16 medidas morfológicas e calculados 11 índices a fim de verificar a relação entre morfologia e comportamento trófico. Os resultados dos índices são semelhantes aos encontrados para outras espécies congenéricas. A regressão linear entre tamanho de C. vidali e de dois dos itens mais abundantes na sua dieta, apontou que não há seleção de presas maiores conforme os peixes crescem de tamanho; no entanto, indivíduos menores consomem somente presas de menor porte, provavelmente por restrições morfológicas, provavelmente relacionadas a Largura relativa da boca (LRB) e Altura relativa da boca (ARB). A observação subaquática foi realizada através do método “Animal-focal”, revelando que C. vidali é uma espécie mais bentônica, que vive em ambientes de correnteza moderada a forte, substrato pedregoso, afastado das margens e utiliza a tática “Sit-and-wait predation” para se alimentar. Os quatro métodos aplicados em conjunto se mostraram satisfatórios para caracterizar a ecologia alimentar de C. vidali.The trophic ecology of Characidium vidali Travassos 1967 (Characiformes; Crenuchidae) from Macaé River (Rio de Janeiro State, Southeastern Brazil), is described through stomach contents analysis (SCA), analysis of δ13C and δ15N stable isotopes (SIA), ecomorphology (EM) and underwater observations (UWO). Specimens were collected between March/2004 and March/2005 (SCA and EM), and between March/2009 and November/2010 (SCA and SIA) in three sites located within the upper and intermediate stretches of Macaé River. For SIA, basal resources (epilithon, periphyton, terrestrial plants and macrophytes) and aquatic insects were also sampled. Food items identified in the stomach contents were counted and had the length and volume measured. The diet was characterized using the Index of Relative Importance (IRI), niche breadth (Simpson) and feeding strategy (graphical inspection method). A total of 36 food items were identified, being 35 autochthonous. Characidium vidali consumed a high richness of aquatic insects in similar proportions, both in the spatial (along the river) and temporal (seasonal) axes (Pianka Overlap Index). Chironomidae, Simuliidae and Baetidae were the most important items according to IRI. The species was classified as a generalist, with a large niche breadth. A mixing model (IsoSource 1.3.1) was used to determine the most assimilated food items by C. vidali and aquatic insects. Autochthonous Carbon was revealed as the most important for the aquatic insects, hence for C.vidali. 13C signatures in fish muscle were significantly different among sites, indicating different assimilation along the river. Palatability, estimated by C:N ratio, was higher for periphyton and Lepidoptera. Despite Chironomidae was the most abundant item, it was not the most assimilated in all sampling sites. Trophic position (TP), calculated on the basis of SAI and δ15N results, indicated that C. vidali is a secondary consumer. Sixteen morphological measurements and 11 related indices were selected in order to determine the relation between morphology and trophic behavior. The indices values obtained are similar to those found for other congeneric species. The linear regression between fish length and lenght of the two most abundant prey showed no selection of larger prey as fish grow larger; however, smaller individuals consume only smaller-sized prey, probably due to morphological constraints, probably related to mouth opening size. For underwater observations the focal animal sampling was employed, revealing C. vidali as a rather benthic species that lives in riffles of moderate to strong flow, on rocky substrates further from the margins, and uses the “Sit-and-wait predation” foraging tactic. The four methods employed were satisfactory to characterize the feeding ecology of C. vidali.porUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em EcologiaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIADietaIsótopos estáveisEcomorfologiaPeixesDietStable isotopesEcomporphologyFishEcologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementaresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILrafaelsantosdeazevedo.pdf.jpgrafaelsantosdeazevedo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1185https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/4/rafaelsantosdeazevedo.pdf.jpg8dffb13f701a1f3bb6a89f2dec6ba4c4MD54ORIGINALrafaelsantosdeazevedo.pdfrafaelsantosdeazevedo.pdfapplication/pdf2175717https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/1/rafaelsantosdeazevedo.pdf9e03ff3159a25135046d8e900cb30271MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTrafaelsantosdeazevedo.pdf.txtrafaelsantosdeazevedo.pdf.txtExtracted texttext/plain145933https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/3/rafaelsantosdeazevedo.pdf.txtf3f6bbe847ff22c3c6e924c4777ad81aMD53ufjf/21572019-11-07 12:43:37.37oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2157TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:43:37Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
title Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
spellingShingle Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
Azevedo , Rafael Santos de
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Dieta
Isótopos estáveis
Ecomorfologia
Peixes
Diet
Stable isotopes
Ecomporphology
Fish
title_short Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
title_full Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
title_fullStr Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
title_full_unstemmed Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
title_sort Ecologia alimentar de Characidium vidali Travassos, 1967 no Rio Macaé (RJ) revelada através de quatro ferramentas complementares
author Azevedo , Rafael Santos de
author_facet Azevedo , Rafael Santos de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Albrecht, Míriam Pilz
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769214Z9
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Garcia, Alexandre Miranda
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798959P6
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Buchas, Rosana Mazzoni
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789602Z5
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4257890A2
dc.contributor.author.fl_str_mv Azevedo , Rafael Santos de
contributor_str_mv Albrecht, Míriam Pilz
Garcia, Alexandre Miranda
Buchas, Rosana Mazzoni
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Dieta
Isótopos estáveis
Ecomorfologia
Peixes
Diet
Stable isotopes
Ecomporphology
Fish
dc.subject.por.fl_str_mv Dieta
Isótopos estáveis
Ecomorfologia
Peixes
Diet
Stable isotopes
Ecomporphology
Fish
description A ecologia trófica do peixe Characidium vidali Travassos 1967 (Characiformes; Crenuchidae) no rio Macaé (RJ) é descrita através de análise de conteúdo estomacal (ACE), análise de isótopos estáveis de δ13C e δ15N (AIE), ecomorfologia (EMorf) e observação subaquática (OSub). Os exemplares analisados foram coletados entre março/2004 e março/ 2005 (ACE e EMorf), e entre março/2009 e novembro/2010 (ACE e AIE) em três localidades distribuídas nos trechos alto e médio do rio Macaé (RJ). Além dos peixes, para AIE foram coletados recursos basais (perilíton, perifíton, plantas terrestres e macrófitas) e insetos aquáticos. Os itens identificados no conteúdo estomacal foram medidos, contados e quantificados por análise volumétrica. Para caracterização da dieta foi utilizado o Índice de Importância Relativa (IRI), amplitude de nicho (Simpson) e estratégia alimentar (método gráfico). Foi identificado um total de 36 itens na dieta, sendo 35 de origem autóctone. A espécie consome grande riqueza de insetos aquáticos em proporções similares, tanto espacial (ao longo do rio) quanto sazonalmente (Índice de Pianka). Chironomidae, Simuliidae e Baetidae foram os itens mais importantes de acordo com IRI. A dieta de C. vidali foi classificada como generalista, com ampla largura de nicho. Os itens mais assimilados em músculo de C. vidali e nos insetos aquáticos foram determinados por um modelo de mistura (Programa IsoSource 1.3.1). O carbono de origem autóctone é o mais importante para os insetos aquáticos e consequentemente, para C.vidali. As assinaturas de 13C no tecido dos peixes foram significativamente diferentes entre as localidades, indicando assimilação espacial diferente. O grau de palatabilidade, estimado pela razão C:N, foi maior para perifíton e Lepidoptera. Chironomidae foi o item mais abundante, porém não foi o mais assimilado em todas as localidades. A posição trófica (PT) foi calculada com base nos dados de conteúdo estomacal e resultados de δ15N, sendo que ambos os métodos indicaram C. vidali como consumidor secundário. Foram selecionadas 16 medidas morfológicas e calculados 11 índices a fim de verificar a relação entre morfologia e comportamento trófico. Os resultados dos índices são semelhantes aos encontrados para outras espécies congenéricas. A regressão linear entre tamanho de C. vidali e de dois dos itens mais abundantes na sua dieta, apontou que não há seleção de presas maiores conforme os peixes crescem de tamanho; no entanto, indivíduos menores consomem somente presas de menor porte, provavelmente por restrições morfológicas, provavelmente relacionadas a Largura relativa da boca (LRB) e Altura relativa da boca (ARB). A observação subaquática foi realizada através do método “Animal-focal”, revelando que C. vidali é uma espécie mais bentônica, que vive em ambientes de correnteza moderada a forte, substrato pedregoso, afastado das margens e utiliza a tática “Sit-and-wait predation” para se alimentar. Os quatro métodos aplicados em conjunto se mostraram satisfatórios para caracterizar a ecologia alimentar de C. vidali.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-09-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-07-22T15:21:59Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-07-20
2016-07-22T15:21:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2157
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2157
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Ecologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB – Instituto de Ciências Biológicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/4/rafaelsantosdeazevedo.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/1/rafaelsantosdeazevedo.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/2/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2157/3/rafaelsantosdeazevedo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8dffb13f701a1f3bb6a89f2dec6ba4c4
9e03ff3159a25135046d8e900cb30271
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
f3f6bbe847ff22c3c6e924c4777ad81a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793962462942330880