A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Miranda, Waldilene Silva lattes
Orientador(a): Ribeiro, Gilvan Procópio lattes
Banca de defesa: Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues lattes, Carrizo, Silvina Liliana lattes, Patrocínio, Paulo Roberto Tonani do lattes, Coelho, Gislene Teixeira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8465
Resumo: Esta tese objetiva desenvolver o estudo analítico da potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz, partindo da perspectiva de que se constitui a partir da reação à condição de silêncio culturalmente imposta ao oprimido. A potencialização da linguagem é compreendida em direção à palavra que, ao reagir ao silêncio, rompe o medo, o choro contido na garganta, se descobre como arma e se intensifica, principalmente, através do grito. Grito que, em contínuo deslocamento motivado pelo sonho, ginga na fronteira sinuosa da possibilidade e encontra nos pequenos e potentes milagres, um lugar transitório de potência e de (re)construção da palavra e da própria vida em processo. A discussão do grito a partir do território de fala do próprio oprimido vai muito além de se localizar o discurso em dentro e/ou fora do sistema literário hegemônico. Mas ao que isso implica no sentido do movimento potente e intenso entre um e outro e ao que se constitui como estratégias de desestabilização de equações e de criação de possibilidades outras da e pela palavra. Os processos de articulação da palavra se fundamentam na perspectiva de que reagir implica também resistir e insistir não apenas na presença do oprimido no sistema literário, mas na ocupação de espaços restritos, ou melhor, na tomada de posse do que culturalmente fora negado, com destaque para o direito à voz e, em especial, a que se expressa através da literatura. Nesse sentido, as obras Colecionador de pedras (2007), Literatura, pão e poesia (2011) e Flores de alvenaria (2016) serão discutidas a partir da experiência vertida em linguagem, seja ela motivadas por diálogos com o literário e/ou com o que se conecta para além dele mesmo. A ideia é destacar em que medida a voz que grita recorre ao literário para (re)significar sistemas e reafirmar o próprio espaço social e político enquanto produtora. Destaca-se o uso político da literatura e privilegia-se a compreensão da palavra como estratégia criativa, crítica e de reação perturbadora. E ainda que se considere a potência com que as ideologias se movimentam através das palavras, o foco da discussão está na hipótese da literatura como instrumento estético-político de contrapoder, ao passo que impulsiona forças às relações desiguais – desestabilizando-as ou não, reconfigurando campos e/ou deles se alimentando. Mas, sobretudo, desobedecendo às autoridades do silêncio ao questionar de modo criativo, potente e rebelde, quem pode e como falar.
id UFJF_3125ba074f7d81c44c560957a074b6e3
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/8465
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Ribeiro, Gilvan Procópiohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4266730U8Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigueshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799878T7Carrizo, Silvina Lilianahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770699U6Patrocínio, Paulo Roberto Tonani dohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706206Y4Coelho, Gislene Teixeirahttp://lattes.cnpq.brhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4177502J5Miranda, Waldilene Silva2019-01-18T14:47:34Z2018-12-212019-01-18T14:47:34Z2018-09-14https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8465Esta tese objetiva desenvolver o estudo analítico da potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz, partindo da perspectiva de que se constitui a partir da reação à condição de silêncio culturalmente imposta ao oprimido. A potencialização da linguagem é compreendida em direção à palavra que, ao reagir ao silêncio, rompe o medo, o choro contido na garganta, se descobre como arma e se intensifica, principalmente, através do grito. Grito que, em contínuo deslocamento motivado pelo sonho, ginga na fronteira sinuosa da possibilidade e encontra nos pequenos e potentes milagres, um lugar transitório de potência e de (re)construção da palavra e da própria vida em processo. A discussão do grito a partir do território de fala do próprio oprimido vai muito além de se localizar o discurso em dentro e/ou fora do sistema literário hegemônico. Mas ao que isso implica no sentido do movimento potente e intenso entre um e outro e ao que se constitui como estratégias de desestabilização de equações e de criação de possibilidades outras da e pela palavra. Os processos de articulação da palavra se fundamentam na perspectiva de que reagir implica também resistir e insistir não apenas na presença do oprimido no sistema literário, mas na ocupação de espaços restritos, ou melhor, na tomada de posse do que culturalmente fora negado, com destaque para o direito à voz e, em especial, a que se expressa através da literatura. Nesse sentido, as obras Colecionador de pedras (2007), Literatura, pão e poesia (2011) e Flores de alvenaria (2016) serão discutidas a partir da experiência vertida em linguagem, seja ela motivadas por diálogos com o literário e/ou com o que se conecta para além dele mesmo. A ideia é destacar em que medida a voz que grita recorre ao literário para (re)significar sistemas e reafirmar o próprio espaço social e político enquanto produtora. Destaca-se o uso político da literatura e privilegia-se a compreensão da palavra como estratégia criativa, crítica e de reação perturbadora. E ainda que se considere a potência com que as ideologias se movimentam através das palavras, o foco da discussão está na hipótese da literatura como instrumento estético-político de contrapoder, ao passo que impulsiona forças às relações desiguais – desestabilizando-as ou não, reconfigurando campos e/ou deles se alimentando. Mas, sobretudo, desobedecendo às autoridades do silêncio ao questionar de modo criativo, potente e rebelde, quem pode e como falar.This thesis aims to develop the analytical study of the word’s potency in the writings of Sérgio Vaz, from the perspective that it is constituted from the reaction against the silence condition culturally imposed to the oppressed. The potencialization of language is understood towards the word that, reacting against silence, breaks through fear, through the crying in the throat, discovers itself as a weapon and intensifies itself mainly through the shouting. This shouting is in a continuous replacement fostered by dreaming, it swings on the sinuous border of possibility and finds out, in the small and potent miracles, a transitory place of potency and (re)building of the word and of in-process life itself. The discussion about shouting from the speech’s territory of the oppressed themselves lays way ahead from identifying speech inside or outside the hegemonic literary system; it points out to its implications in the sense of potent and intense movement between them both. This discussion is also related to constituting itself as strategies of destabilization of equations and the creation of other possibilities of and from the word. The articulation processes of word are substantiated in the perspective that reacting implies also on resisting and insisting, not only on the presence of the oppressed in the literary system but also on the occupation of restricted spaces, or rather, on the takeover of what has been culturally denied, highlighting the right to speak and, especially, to what is expressed through literature. In this sense, the works Colecionador de pedras (2007), Literatura, pão e poesia (2011) and Flores de alvenaria (2016) are discussed from experience shed into language, motivated either by dialogues with the literary and/or connections of language with something beyond itself. The idea is to highlight to what extent the voice that shouts appeals to the literary to (re)signify systems and reaffirm its own social and political space as a producer. We highlight the political use of literature, focusing on understanding the word as a creative and critical strategy that causes a disturbing reaction. Even if we take into consideration the potency with which ideologies move themselves through the words, the focus of our discussion is in the hypothesis of literature as an aesthetic-political instrument of counter power, at the same time that it boosts forces into unequal relationships – destabilizing them or not, resetting fields and/or partaking of them. But, most of all, we focus on literature’s disobedience towards the authorities of silence when it questions, in a creative, potent and rebellious way, who speaks and how to speak.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos LiteráriosUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASPotência da palavraContrapoderOcupação de espaçosWord's potencyCounter powerSpace occupationA potência da palavra na escrita de Sérgio Vazinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALwaldilenesilvamiranda.pdfwaldilenesilvamiranda.pdfapplication/pdf1393869https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/2/waldilenesilvamiranda.pdf0090fef04e255afe1824d53750083bf5MD52TEXTwaldilenesilvamiranda.pdf.txtwaldilenesilvamiranda.pdf.txtExtracted texttext/plain322469https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/3/waldilenesilvamiranda.pdf.txtf435466c44af8e51c6183806102f92ceMD53THUMBNAILwaldilenesilvamiranda.pdf.jpgwaldilenesilvamiranda.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1133https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/4/waldilenesilvamiranda.pdf.jpge48b83bee338ff69352f292e8b8ae3f1MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/1/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD51ufjf/84652022-07-07 03:05:56.029oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/8465TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-07-07T06:05:56Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
title A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
spellingShingle A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
Miranda, Waldilene Silva
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Potência da palavra
Contrapoder
Ocupação de espaços
Word's potency
Counter power
Space occupation
title_short A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
title_full A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
title_fullStr A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
title_full_unstemmed A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
title_sort A potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz
author Miranda, Waldilene Silva
author_facet Miranda, Waldilene Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ribeiro, Gilvan Procópio
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4266730U8
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799878T7
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Carrizo, Silvina Liliana
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770699U6
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Patrocínio, Paulo Roberto Tonani do
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706206Y4
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Coelho, Gislene Teixeira
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4177502J5
dc.contributor.author.fl_str_mv Miranda, Waldilene Silva
contributor_str_mv Ribeiro, Gilvan Procópio
Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues
Carrizo, Silvina Liliana
Patrocínio, Paulo Roberto Tonani do
Coelho, Gislene Teixeira
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Potência da palavra
Contrapoder
Ocupação de espaços
Word's potency
Counter power
Space occupation
dc.subject.por.fl_str_mv Potência da palavra
Contrapoder
Ocupação de espaços
Word's potency
Counter power
Space occupation
description Esta tese objetiva desenvolver o estudo analítico da potência da palavra na escrita de Sérgio Vaz, partindo da perspectiva de que se constitui a partir da reação à condição de silêncio culturalmente imposta ao oprimido. A potencialização da linguagem é compreendida em direção à palavra que, ao reagir ao silêncio, rompe o medo, o choro contido na garganta, se descobre como arma e se intensifica, principalmente, através do grito. Grito que, em contínuo deslocamento motivado pelo sonho, ginga na fronteira sinuosa da possibilidade e encontra nos pequenos e potentes milagres, um lugar transitório de potência e de (re)construção da palavra e da própria vida em processo. A discussão do grito a partir do território de fala do próprio oprimido vai muito além de se localizar o discurso em dentro e/ou fora do sistema literário hegemônico. Mas ao que isso implica no sentido do movimento potente e intenso entre um e outro e ao que se constitui como estratégias de desestabilização de equações e de criação de possibilidades outras da e pela palavra. Os processos de articulação da palavra se fundamentam na perspectiva de que reagir implica também resistir e insistir não apenas na presença do oprimido no sistema literário, mas na ocupação de espaços restritos, ou melhor, na tomada de posse do que culturalmente fora negado, com destaque para o direito à voz e, em especial, a que se expressa através da literatura. Nesse sentido, as obras Colecionador de pedras (2007), Literatura, pão e poesia (2011) e Flores de alvenaria (2016) serão discutidas a partir da experiência vertida em linguagem, seja ela motivadas por diálogos com o literário e/ou com o que se conecta para além dele mesmo. A ideia é destacar em que medida a voz que grita recorre ao literário para (re)significar sistemas e reafirmar o próprio espaço social e político enquanto produtora. Destaca-se o uso político da literatura e privilegia-se a compreensão da palavra como estratégia criativa, crítica e de reação perturbadora. E ainda que se considere a potência com que as ideologias se movimentam através das palavras, o foco da discussão está na hipótese da literatura como instrumento estético-político de contrapoder, ao passo que impulsiona forças às relações desiguais – desestabilizando-as ou não, reconfigurando campos e/ou deles se alimentando. Mas, sobretudo, desobedecendo às autoridades do silêncio ao questionar de modo criativo, potente e rebelde, quem pode e como falar.
publishDate 2018
dc.date.available.fl_str_mv 2018-12-21
2019-01-18T14:47:34Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-09-14
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-01-18T14:47:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8465
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8465
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/2/waldilenesilvamiranda.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/3/waldilenesilvamiranda.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/4/waldilenesilvamiranda.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8465/1/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0090fef04e255afe1824d53750083bf5
f435466c44af8e51c6183806102f92ce
e48b83bee338ff69352f292e8b8ae3f1
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798039773939499008