Desenvolvimento e avaliação psicométrica de uma escala avaliativa do estilo de vida de idosos brasileiros

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Ferreira, Luana Karoline
• Orientador(a): Ferreira, Maria Elisa Caputo
• Banca de defesa: Lourenço, Lélio Moura , Marmora, Claudia Helena Cerqueira , Ferreira, Heloísa Gonçalves
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
• Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Estilo de vida saudável; Qualidade de vida; Envelhecimento; Psicometria; Construção de escalas; Healthy lifestyle; Quality of life; Aging; Psychometry; Construction of scales
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
• Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00027; https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14233

O Brasil vive um período acelerado de envelhecimento demográfico, com importantes implicações para indivíduos, famílias e sociedades. O estilo de vida é um importante fator que pode causar tantos efeitos positivos quanto negativos à saúde. No entanto, a escassez de instrumentos voltados para avaliação desse construto, dificulta o desenvolvimento de pesquisas da área. O objetivo deste estudo foi desenvolver e avaliar as qualidades psicométricas de um instrumento avaliativo do estilo de vida de idosos. Participaram da pesquisa indivíduos de ambos os sexos acima de 60 anos. A presente tese foi desenvolvida em quatro etapas, sendo que as duas últimas ocorreram remotamente, devido a pandemia de COVID-19. Na primeira etapa, os itens do instrumento foram gerados por meio de uma revisão de literatura e análises das entrevistas de 8 idosos institucionalizados, com idades entre 60 e 90 anos (M= 81,0; DP= 11,12) e 32 não institucionalizados, com idades entre 60 e 93 anos (M= 68,86; DP= 3,97). Inicialmente, foram elaborados 96 itens que compuseram uma única escala. Além disso, as instruções, o formato e as opções de resposta também foram desenvolvidos. Na segunda etapa, a validade de conteúdo foi averiguada por 12 peritos e 20 integrantes do público-alvo com idades entre 60 e 84 anos (M= 68,8; DP= 7,74). Alguns itens foram excluídos e reformulados. As etapas 3 e 4, analisaram as qualidades empíricas e psicométricas da nova escala em uma amostra de 700 idosos com idades entre 60 e 98 anos (M=67,9; DP=7,07) das cinco regiões do Brasil. Análise fatorial exploratória e confirmatória foram conduzidas. A “Escala de Estilo de Vida de Idosos” (EEVI) é composta por 19 itens, com cargas fatoriais que variaram entre 0,546 a 0,807. Eles ficaram divididos em quatro subescalas: “Comportamento Preventivo”, “Alimentação”, “Atividade Física” e “Qualidade dos Relacionamentos”. Todas as subescalas apresentaram α > 0,7. A partir desse modelo, encontrou-se boas medidas de ajustamento (χ2/GL = 1,28 / RMSEA = 0,037 / NFI = 0,904 / NNFI = 0,973 / CFI = 0,977 / GFI = 0,953). A escala apresentou indicadores de validade convergente, apresentando correlação com a qualidade de vida relacionada à saúde física, mental e o IMC. A escala também apresentou capacidade de discriminar grupos quanto ao estado nutricional, comorbidades e sexo. A partir do ponto de corte estabelecido, são possíveis três classificações: estilo de vida pouco saudável, saudável e muito saudável. A EEVI demonstrou boas qualidades psicométricas para idosos brasileiros não institucionalizados acima dos 60 anos e seu uso é recomendado nessa população.