A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Kevin Lopes lattes
Orientador(a): Reis, Ivoni de Freitas lattes
Banca de defesa: Pereira, Lidiane de Lemos Soares lattes, Lopes, Jose Guilherme da Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Química
Departamento: ICE – Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12343
Resumo: O ensino de Química voltado para estudantes surdos possui especificidades concernentes a cultura desses discentes. Em uma sala de aula que visa ser inclusiva, a presença do Intérprete Educacional - IE é indispensável, pois o mesmo é responsável por garantir a acessibilidade linguística desses educandos. Sua atuação nesse espaço de ensino está ligada ao trabalho do professor que, sendo um representante da comunidade científica/química, utiliza uma linguagem específica dessa área do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem com seus discentes. Diante desse contexto, o IE precisa versar diversas terminologias químicas do Português para a Língua Brasileira de Sinais - Libras que ainda não possuem um sinal-termo equivalente. Deste modo, nesta pesquisa nos dedicamos a investigar sobre como uma Intérprete Educacional, em um contexto de escassez de sinais-termos químicos, interpreta o discurso de uma professora de Química; analisando quais são suas escolhas interpretativas e quais os recursos linguísticos que a mesma utiliza. Para isso, gravamos uma aula de Química sobre “Regra do Octeto/Ligações Químicas” em uma escola estadual da cidade de Juiz de Fora - MG, no primeiro ano do ensino médio, em uma sala com um estudante surdo. Ademais, para caracterizar alguns aspectos da atuação dos IEs, aplicamos um questionário via Google Forms para intérpretes de várias localizações do país, questionando-os, principalmente, sobre quais as funções atribuídas a esse profissional no contexto educacional. As discussões sobre os dados da pesquisa foram feitas por meio da análise de conteúdo (questionários) de Lawrence Bardin (1977) e do uso da teoria semiótica de Charles S. Peirce (1839-1914), bem como as classificações dos gestos elaboradas por David McNeill (1933) (filmagem da aula) e as bases teóricas da Linguística da Libras. Nesse sentido, ao realizar as análises, inferimos que um IE possui algumas funções como (i) colaborar com a acessibilidade linguística do surdo no espaço educacional; (ii) promover a mediação entre a cultura surda e as demais; (iii) atuar como coformador desse educando; (iv) realizar mediações linguísticas por meio de seus conhecimentos sobre tradução/interpretação do Português e Libras. Ainda, identificamos que esse profissional lança mão de classificadores, alfabeto datilológico, alguns gestos e sinais para significar determinados conceitos Químicos que foram apresentados pela docente. Contudo, não apenas em situações nas quais não há sinais-termos, esses recursos foram utilizados como estratégia para descrever fenômenos Químicos e seus processos, visando cooperar com a aprendizagem do discente surdo. Em suma, por meio da análise do episódio de aula, percebemos o reforço da ideia, também presente nas respostas dos questionários, que o IE possui uma função coformadora para com o surdo, cooperando com o docente por meio de suas interações e escolhas interpretativas.
id UFJF_756d6c7b70e050e7e8afbe37cdea9553
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/12343
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Reis, Ivoni de Freitashttp://lattes.cnpq.br/1467344879836529Santos, Marcelo Giordanhttp://lattes.cnpq.br/5590467491446473Pereira, Lidiane de Lemos Soareshttp://lattes.cnpq.br/3926620524899586Lopes, Jose Guilherme da Silvahttp://lattes.cnpq.br/1673436265417982http://lattes.cnpq.br/0557697928890467Pereira, Kevin Lopes2021-02-18T11:36:39Z2021-02-182021-02-18T11:36:39Z2020-10-03https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12343O ensino de Química voltado para estudantes surdos possui especificidades concernentes a cultura desses discentes. Em uma sala de aula que visa ser inclusiva, a presença do Intérprete Educacional - IE é indispensável, pois o mesmo é responsável por garantir a acessibilidade linguística desses educandos. Sua atuação nesse espaço de ensino está ligada ao trabalho do professor que, sendo um representante da comunidade científica/química, utiliza uma linguagem específica dessa área do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem com seus discentes. Diante desse contexto, o IE precisa versar diversas terminologias químicas do Português para a Língua Brasileira de Sinais - Libras que ainda não possuem um sinal-termo equivalente. Deste modo, nesta pesquisa nos dedicamos a investigar sobre como uma Intérprete Educacional, em um contexto de escassez de sinais-termos químicos, interpreta o discurso de uma professora de Química; analisando quais são suas escolhas interpretativas e quais os recursos linguísticos que a mesma utiliza. Para isso, gravamos uma aula de Química sobre “Regra do Octeto/Ligações Químicas” em uma escola estadual da cidade de Juiz de Fora - MG, no primeiro ano do ensino médio, em uma sala com um estudante surdo. Ademais, para caracterizar alguns aspectos da atuação dos IEs, aplicamos um questionário via Google Forms para intérpretes de várias localizações do país, questionando-os, principalmente, sobre quais as funções atribuídas a esse profissional no contexto educacional. As discussões sobre os dados da pesquisa foram feitas por meio da análise de conteúdo (questionários) de Lawrence Bardin (1977) e do uso da teoria semiótica de Charles S. Peirce (1839-1914), bem como as classificações dos gestos elaboradas por David McNeill (1933) (filmagem da aula) e as bases teóricas da Linguística da Libras. Nesse sentido, ao realizar as análises, inferimos que um IE possui algumas funções como (i) colaborar com a acessibilidade linguística do surdo no espaço educacional; (ii) promover a mediação entre a cultura surda e as demais; (iii) atuar como coformador desse educando; (iv) realizar mediações linguísticas por meio de seus conhecimentos sobre tradução/interpretação do Português e Libras. Ainda, identificamos que esse profissional lança mão de classificadores, alfabeto datilológico, alguns gestos e sinais para significar determinados conceitos Químicos que foram apresentados pela docente. Contudo, não apenas em situações nas quais não há sinais-termos, esses recursos foram utilizados como estratégia para descrever fenômenos Químicos e seus processos, visando cooperar com a aprendizagem do discente surdo. Em suma, por meio da análise do episódio de aula, percebemos o reforço da ideia, também presente nas respostas dos questionários, que o IE possui uma função coformadora para com o surdo, cooperando com o docente por meio de suas interações e escolhas interpretativas.Chemistry teaching for deaf students has specificities regarding their culture. In a classroom that aims to be inclusive, the presence of the Educational Interpreter - EI is essential, as he is the responsible for ensuring the linguistic accessibility of these kinds of students. His performance in this teaching space is linked to the work of the teacher, who is a representative of the scientific / chemical community, which uses a specific language from this area of knowledge in the teaching and learning process with the students. In this context, EI needs to deal with a lot of chemical’s terminologies that do not yet have an equivalent sign-term, and pass them from Portuguese to the Brazilian Sign Language – Libras. Thus, in this research we are dedicated to investigating how an Educational Interpreter, in a context of a lack in the chemical sign-terms, interprets the speech of a Chemistry teacher; analysing what her interpretive choices are and what linguistic resources she uses. For this, we recorded a chemistry class on “Rule of the Octet / Chemical Bonds” in a public school in the city of Juiz de Fora - MG, in the first year of high school, in a room with a deaf student. In addition, in order to characterize some aspects of the activities of EIs, we applied a questionnaire via Google Forms for interpreters from different locations in the country, asking them mainly about which functions are assigned to this professional in the educational context. The discussions on the research data were made through the content analysis (questionnaires) of Lawrence Bardin (1977-) and in the use of Charles S. Peirce's semiotic theory (1839-1914), as well as the gesture classifications elaborated by David McNeill (1933-) (filming the lesson) and the theoretical bases of Libras linguistics. In this connection, performing the analyses, we infer that an EI has some functions such as (i) cooperating for the accessibility of the deaf in the educational space; (ii) promoting mediation between deaf culture and others; (iii) act as co-trainer of this student; (iv) perform linguistic mediations through their knowledge of translation / interpretation, Portuguese and Libras. Still, we identified that these professional uses classifiers, typing alphabet, some gestures and signs to signify certain chemical’s concepts that were presented by the teacher. However, not only in situations in which there are no sign-terms, these resources were used as a strategy to describe chemical phenomenal and their processes, aiming to cooperate with the deaf student's learning. In short, through the analysis of the class episode, we perceive the reinforcement of the idea, also present in the responses to the questionnaires, that the EI has a co-forming function for the deaf, collaborating with the teacher through his interactions and interpretive choices.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em QuímicaUFJFBrasilICE – Instituto de Ciências ExatasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICAEnsino de químicaIntérprete educacionalEducação de surdosCoformadorSemióticaChemistry teachingEducational interpreterDeaf educationCoformerSemioticsA significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALkevinlopespereira.pdfkevinlopespereira.pdfapplication/pdf1467524https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/1/kevinlopespereira.pdf3fdc3e0f7d9b01e9c5738a83abe99252MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTkevinlopespereira.pdf.txtkevinlopespereira.pdf.txtExtracted texttext/plain259380https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/4/kevinlopespereira.pdf.txt5a2a6c6f7cb76063375c829f0a50dc05MD54THUMBNAILkevinlopespereira.pdf.jpgkevinlopespereira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1133https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/5/kevinlopespereira.pdf.jpg9a4ad174ac51fb934334d8cd7b59da6bMD55ufjf/123432021-02-19 04:08:34.672oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/12343Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2021-02-19T06:08:34Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
title A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
spellingShingle A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
Pereira, Kevin Lopes
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA
Ensino de química
Intérprete educacional
Educação de surdos
Coformador
Semiótica
Chemistry teaching
Educational interpreter
Deaf education
Coformer
Semiotics
title_short A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
title_full A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
title_fullStr A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
title_full_unstemmed A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
title_sort A significação de conceitos químicos: estudo semiótico referente à ação coformadora do intérprete de libras em uma sala de aula com surdo
author Pereira, Kevin Lopes
author_facet Pereira, Kevin Lopes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Reis, Ivoni de Freitas
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1467344879836529
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Santos, Marcelo Giordan
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5590467491446473
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Pereira, Lidiane de Lemos Soares
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3926620524899586
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Lopes, Jose Guilherme da Silva
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1673436265417982
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0557697928890467
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira, Kevin Lopes
contributor_str_mv Reis, Ivoni de Freitas
Santos, Marcelo Giordan
Pereira, Lidiane de Lemos Soares
Lopes, Jose Guilherme da Silva
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA
Ensino de química
Intérprete educacional
Educação de surdos
Coformador
Semiótica
Chemistry teaching
Educational interpreter
Deaf education
Coformer
Semiotics
dc.subject.por.fl_str_mv Ensino de química
Intérprete educacional
Educação de surdos
Coformador
Semiótica
Chemistry teaching
Educational interpreter
Deaf education
Coformer
Semiotics
description O ensino de Química voltado para estudantes surdos possui especificidades concernentes a cultura desses discentes. Em uma sala de aula que visa ser inclusiva, a presença do Intérprete Educacional - IE é indispensável, pois o mesmo é responsável por garantir a acessibilidade linguística desses educandos. Sua atuação nesse espaço de ensino está ligada ao trabalho do professor que, sendo um representante da comunidade científica/química, utiliza uma linguagem específica dessa área do conhecimento no processo de ensino e aprendizagem com seus discentes. Diante desse contexto, o IE precisa versar diversas terminologias químicas do Português para a Língua Brasileira de Sinais - Libras que ainda não possuem um sinal-termo equivalente. Deste modo, nesta pesquisa nos dedicamos a investigar sobre como uma Intérprete Educacional, em um contexto de escassez de sinais-termos químicos, interpreta o discurso de uma professora de Química; analisando quais são suas escolhas interpretativas e quais os recursos linguísticos que a mesma utiliza. Para isso, gravamos uma aula de Química sobre “Regra do Octeto/Ligações Químicas” em uma escola estadual da cidade de Juiz de Fora - MG, no primeiro ano do ensino médio, em uma sala com um estudante surdo. Ademais, para caracterizar alguns aspectos da atuação dos IEs, aplicamos um questionário via Google Forms para intérpretes de várias localizações do país, questionando-os, principalmente, sobre quais as funções atribuídas a esse profissional no contexto educacional. As discussões sobre os dados da pesquisa foram feitas por meio da análise de conteúdo (questionários) de Lawrence Bardin (1977) e do uso da teoria semiótica de Charles S. Peirce (1839-1914), bem como as classificações dos gestos elaboradas por David McNeill (1933) (filmagem da aula) e as bases teóricas da Linguística da Libras. Nesse sentido, ao realizar as análises, inferimos que um IE possui algumas funções como (i) colaborar com a acessibilidade linguística do surdo no espaço educacional; (ii) promover a mediação entre a cultura surda e as demais; (iii) atuar como coformador desse educando; (iv) realizar mediações linguísticas por meio de seus conhecimentos sobre tradução/interpretação do Português e Libras. Ainda, identificamos que esse profissional lança mão de classificadores, alfabeto datilológico, alguns gestos e sinais para significar determinados conceitos Químicos que foram apresentados pela docente. Contudo, não apenas em situações nas quais não há sinais-termos, esses recursos foram utilizados como estratégia para descrever fenômenos Químicos e seus processos, visando cooperar com a aprendizagem do discente surdo. Em suma, por meio da análise do episódio de aula, percebemos o reforço da ideia, também presente nas respostas dos questionários, que o IE possui uma função coformadora para com o surdo, cooperando com o docente por meio de suas interações e escolhas interpretativas.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-10-03
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-02-18T11:36:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-02-18
2021-02-18T11:36:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12343
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12343
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Química
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICE – Instituto de Ciências Exatas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/1/kevinlopespereira.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/4/kevinlopespereira.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12343/5/kevinlopespereira.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 3fdc3e0f7d9b01e9c5738a83abe99252
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
5a2a6c6f7cb76063375c829f0a50dc05
9a4ad174ac51fb934334d8cd7b59da6b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793962554474627072