Giro das saias: o embrionário empoderamento feminino na manifestação artística e cultural da folia de reis
Ano de defesa: | 2019 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
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Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12095 |
Resumo: | Esta pesquisa foi guiada pelo desejo de mostrar e analisar a trajetória de mulheres no contexto androcêntrico das Folias de Reis da cidade de Leopoldina – MG. No transcorrer da pesquisa foi possível compreender que a mulher não se inseriu tardiamente nesse universo, como possa supor um observador descontextualizado e apressado. Na verdade ela sempre esteve intrinsecamente inserida, envolvida e absorvida pelas demandas da manifestação em honra aos Santos Reis, porém em lugares e funções invizibilizados. Por um viés interdisciplinar, tangendo perspectivas etnográfica, sociológica, antropológica, histórica e com um olhar sensível para o contexto artístico que se desvela, o desafio foi lançado com a necessidade de análise das relações de poder existentes em uma encruzilhada onde se encontram religião, mulher e folia. Como se estruturou essa relação no passado, que desdobramentos tal relação contemplam as mulheres hoje e como sua agência atual, suas possibilidades de liderança que já se legitimam, projetam um futuro feminino nas Folias de Reis se expressam como demandas essenciais desta pesquisa. Para refletir sobre isso se tomou por base 4 grupos de folias leopoldinenses: Folia da Serra, Folia dos Colodinos, Folia da Maú e Folia da Luíza. Quais caminhos as líderes de folia traçaram ou lhes foram oferecidos que não se desvelaram para as outras que continuam à margem das esferas de visibilidade e poder da folia? Teriam esses caminhos tão diversos base religiosa? Quais legitimações e proibições mitológicas, representantes de uma estrutura de pensamento, se impuseram no refreamento ou impulsionamento da agência autônoma das mulheres nesse cenário? Tais questionamentos suscitaram uma investigação rizomática, que demandaram uma análise balizada pela categoria de gênero que só se anuncia plenamente na interseccionalidade. Assim, foram perscrutadas religiosidades, estruturas míticas, submissão e liderança femininas em contextos diferentes unidos somente pela lógica da devoção aos Santos Reis. Esteticamente e artisticamente é possível perceber semelhanças profundas entre os grupos, porém a dinâmica de poder que se articulam em seu interior e a pertença religiosa que possui relação íntima com as esferas de poder, diferenciam de maneira sensível suas identidades, atitudes, escolhas e caminhos a seguir e trilhar. São as tensões e ressignificações desses caminhos que nos debruçamos a percorrer e perscrutar suas causas e consequências, que se desvelam e se expressam em uma tradição cultural cambiante devotada a santos peregrinos. |
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Por um viés interdisciplinar, tangendo perspectivas etnográfica, sociológica, antropológica, histórica e com um olhar sensível para o contexto artístico que se desvela, o desafio foi lançado com a necessidade de análise das relações de poder existentes em uma encruzilhada onde se encontram religião, mulher e folia. Como se estruturou essa relação no passado, que desdobramentos tal relação contemplam as mulheres hoje e como sua agência atual, suas possibilidades de liderança que já se legitimam, projetam um futuro feminino nas Folias de Reis se expressam como demandas essenciais desta pesquisa. Para refletir sobre isso se tomou por base 4 grupos de folias leopoldinenses: Folia da Serra, Folia dos Colodinos, Folia da Maú e Folia da Luíza. Quais caminhos as líderes de folia traçaram ou lhes foram oferecidos que não se desvelaram para as outras que continuam à margem das esferas de visibilidade e poder da folia? Teriam esses caminhos tão diversos base religiosa? Quais legitimações e proibições mitológicas, representantes de uma estrutura de pensamento, se impuseram no refreamento ou impulsionamento da agência autônoma das mulheres nesse cenário? Tais questionamentos suscitaram uma investigação rizomática, que demandaram uma análise balizada pela categoria de gênero que só se anuncia plenamente na interseccionalidade. Assim, foram perscrutadas religiosidades, estruturas míticas, submissão e liderança femininas em contextos diferentes unidos somente pela lógica da devoção aos Santos Reis. Esteticamente e artisticamente é possível perceber semelhanças profundas entre os grupos, porém a dinâmica de poder que se articulam em seu interior e a pertença religiosa que possui relação íntima com as esferas de poder, diferenciam de maneira sensível suas identidades, atitudes, escolhas e caminhos a seguir e trilhar. São as tensões e ressignificações desses caminhos que nos debruçamos a percorrer e perscrutar suas causas e consequências, que se desvelam e se expressam em uma tradição cultural cambiante devotada a santos peregrinos.In the course of the research it was possible to understand that the woman did not insert herself belatedly in this universe, as a misinformed observer supposes. Indeed, the woman it has always been intrinsically inserted, involved and absorbed by the demands of the manifestation in honor of the Santos Reis, however in places and functions unseen. Through an interdisciplinary prospects, encompassing ethnographic, sociological, anthropological, historical perspectives and with a sensitive look at the artistic context, the challenge was launche with the need to analyze the power relations existing between religion, women and folia. How was this relationship structured in the past? What are the developments between women and their agencies today? What are their leadership possibilities that are already legitimized, that will project a feminine future at the Folias de Reis express themselves as the essential demands of this research. To reflect, four groups of Folias de Reis leopoldinenses were used: Folia da Serra, Folia dos Colodinos, Folia da Maú and Folia da Luíza. What are the paths taken by the leaders, or allowed, that are denied to others kept at the margins of power? Would these paths be so diverse religiously based? What mythological legitimations and prohibitions, representative of a structure of thought, were imposed on the restraint or impetus of the autonomous agency of women in this scenario? Such questions aroused a rhizomatic investigation, which demanded an analysis based on the gender category that is only allowed at the intersectionality. Therefore, they were investigated religions, mythical structures, submission, and female leadership in different contexts. Contexts, however, with the same devotion to the Santos Reis. It is possible to notice aesthetic and artistic similarities between the groups. However, the dynamics of power and religious belonging imply differentiations of: identities, attitudes, choices and ways. It is the tensions and resignifications of these paths that we seek to follow and reveal their causes and consequences, which are shown and expressed in a cultural tradition devoted to santos peregrinos.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciência da ReligiãoUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANASFolia de ReisMulherReligiosidadesAgência femininaFolia de ReisWomanReligiositiesFemale agencyGiro das saias: o embrionário empoderamento feminino na manifestação artística e cultural da folia de reisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALandiarabarbosaneder.pdfandiarabarbosaneder.pdfPDF/Aapplication/pdf4273509https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12095/2/andiarabarbosaneder.pdf8ca519f97595173accebfb8db3dedec2MD52CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12095/3/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12095/4/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD54TEXTandiarabarbosaneder.pdf.txtandiarabarbosaneder.pdf.txtExtracted texttext/plain908539https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12095/5/andiarabarbosaneder.pdf.txt66241ab570d9e271815f3c21f3846731MD55THUMBNAILandiarabarbosaneder.pdf.jpgandiarabarbosaneder.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1196https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12095/6/andiarabarbosaneder.pdf.jpg44dcd0df68c81e9207ae2b1db6a407d7MD56ufjf/120952020-12-22 04:07:33.82oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/12095Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2020-12-22T06:07:33Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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