Processamento e aprendizagem de dependências não adjacentes por adultos falantes do português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Henrique, Késsia da Silva lattes
Orientador(a): Name, Maria Cristina Lobo lattes
Banca de defesa: Mota, Mailce Borges lattes, Faria, Pablo Picasso Feliciano de, Armelin, Paula Roberta Gabbai, Marcilese, Mercedes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15281
Resumo: Esta tese tem como objetivo investigar a aprendizagem e o processamento de dependências não adjacentes (doravante, DNAs) por adultos em uma perspectiva psicolinguística. Nesse sentido, buscamos avaliar em que medida adultos são capazes de aprender DNAs em uma nova língua e por quanto tempo essa aprendizagem se mantém, além de explorar as diversas configurações de DNAs em uma língua natural, assim como a existência de múltiplas DNAs que influenciariam no processamento dessas estruturas. No que diz respeito ao processamento, pesquisas usando línguas artificiais apontam para restrições de ordenamento no processamento de DNAs por adultos (De VRIES et al., 2012). Assim, nosso estudo explora diferença no processamento de múltiplas dependências não adjacentes em função da configuração em que as dependências se organizam em uma L1. Adotamos a hipótese de trabalho de que a existência de múltiplas DNAs, comuns nas línguas naturais, e a configuração em que se organizam são fatores que geram sobrecarga na memória, sendo relevante para o processamento da linguagem. Para investigar a questão experimentalmente, foram realizados dois testes online usando a tarefa de labirinto (maze task) com falantes adultos do PB. Os resultados sugerem que, apesar de DNAs em uma configuração aninhada serem construções possíveis no PB, seu processamento é comparativamente mais custoso. No que tange à aprendizagem, pesquisas anteriores sugerem que a aprendizagem de DNAs ocorre no início do desenvolvimento linguístico (SANTELMANN & JUSCZYK, 1998; VAN HEUGTEN & SHI, 2010, entre outros). Entretanto, a capacidade dos adultos de aprender DNAs implicitamente e após uma curta fase de treinamento e a permanência dessa aprendizagem permanece incerta. Assim, nosso objetivo foi analisar em que medida mecanismos de aprendizagem que permitem identificação, abstração e generalização de DNAs permanecem em adultos após consolidada a aquisição de uma língua natural e quais seriam os efeitos do tempo na manutenção dessa aprendizagem a longo prazo. Para investigar a questão experimentalmente, foram conduzidas três atividades usando língua artificial. Na primeira, participantes do grupo experimental ouviram determinantes e palavras inventados que se combinavam em uma estrutura D+N por 3 minutos (etapa 1) e, em seguida, deveriam escolher qual palavra inventada combinava melhor com o determinante que aparecia na tela (etapa 2). Participantes do grupo controle fizeram apenas a tarefa de escolha. Os participantes do grupo experimental tiveram mais respostas corretas e mais rápidas em comparação com o grupo controle. Na segunda atividade, os participantes foram expostos às duas etapas durante 7 dias consecutivos. Os resultados apontaram aprendizagem dos padrões de DNA após o terceiro dia. A terceira atividade experimental foi realizada 40 dias depois do segundo experimento, com os mesmos participantes, que foram solicitados a repetir uma sessão experimental. Os resultados sugerem que após 40 dias, os participantes ainda possuíam algum conhecimento a respeito das combinações de DNAs. Em conjunto, nossos resultados sugerem que o processamento de DNAs é essencial para a cognição humana e que fatores como a configuração em que essas dependências se organizam em uma língua natural podem influenciar no seu processamento. Além disso, os resultados sugerem que falantes adultos com sua L1 já consolidada são capazes de abstrair novos padrões de DNAs em uma língua desconhecida e aplicá-los a novos estímulos de maneira tão eficiente quanto bebês o fazem, sugerindo a existência de um mecanismo importante para a identificação das relações morfofonológicas de concordância, essenciais para o processamento e cognição humana. Dessa forma, a pesquisa desenvolvida no âmbito desta tese pretende contribuir para a discussão de aspectos importantes envolvidos na aprendizagem e processamento adulto de DNAs, tanto em uma L1 quanto em L2 focalizando a aprendizagem de dependências não adjacentes e o processamento de múltiplas DNAs.
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Nesse sentido, buscamos avaliar em que medida adultos são capazes de aprender DNAs em uma nova língua e por quanto tempo essa aprendizagem se mantém, além de explorar as diversas configurações de DNAs em uma língua natural, assim como a existência de múltiplas DNAs que influenciariam no processamento dessas estruturas. No que diz respeito ao processamento, pesquisas usando línguas artificiais apontam para restrições de ordenamento no processamento de DNAs por adultos (De VRIES et al., 2012). Assim, nosso estudo explora diferença no processamento de múltiplas dependências não adjacentes em função da configuração em que as dependências se organizam em uma L1. Adotamos a hipótese de trabalho de que a existência de múltiplas DNAs, comuns nas línguas naturais, e a configuração em que se organizam são fatores que geram sobrecarga na memória, sendo relevante para o processamento da linguagem. Para investigar a questão experimentalmente, foram realizados dois testes online usando a tarefa de labirinto (maze task) com falantes adultos do PB. Os resultados sugerem que, apesar de DNAs em uma configuração aninhada serem construções possíveis no PB, seu processamento é comparativamente mais custoso. No que tange à aprendizagem, pesquisas anteriores sugerem que a aprendizagem de DNAs ocorre no início do desenvolvimento linguístico (SANTELMANN & JUSCZYK, 1998; VAN HEUGTEN & SHI, 2010, entre outros). Entretanto, a capacidade dos adultos de aprender DNAs implicitamente e após uma curta fase de treinamento e a permanência dessa aprendizagem permanece incerta. Assim, nosso objetivo foi analisar em que medida mecanismos de aprendizagem que permitem identificação, abstração e generalização de DNAs permanecem em adultos após consolidada a aquisição de uma língua natural e quais seriam os efeitos do tempo na manutenção dessa aprendizagem a longo prazo. Para investigar a questão experimentalmente, foram conduzidas três atividades usando língua artificial. Na primeira, participantes do grupo experimental ouviram determinantes e palavras inventados que se combinavam em uma estrutura D+N por 3 minutos (etapa 1) e, em seguida, deveriam escolher qual palavra inventada combinava melhor com o determinante que aparecia na tela (etapa 2). Participantes do grupo controle fizeram apenas a tarefa de escolha. Os participantes do grupo experimental tiveram mais respostas corretas e mais rápidas em comparação com o grupo controle. Na segunda atividade, os participantes foram expostos às duas etapas durante 7 dias consecutivos. Os resultados apontaram aprendizagem dos padrões de DNA após o terceiro dia. A terceira atividade experimental foi realizada 40 dias depois do segundo experimento, com os mesmos participantes, que foram solicitados a repetir uma sessão experimental. Os resultados sugerem que após 40 dias, os participantes ainda possuíam algum conhecimento a respeito das combinações de DNAs. Em conjunto, nossos resultados sugerem que o processamento de DNAs é essencial para a cognição humana e que fatores como a configuração em que essas dependências se organizam em uma língua natural podem influenciar no seu processamento. Além disso, os resultados sugerem que falantes adultos com sua L1 já consolidada são capazes de abstrair novos padrões de DNAs em uma língua desconhecida e aplicá-los a novos estímulos de maneira tão eficiente quanto bebês o fazem, sugerindo a existência de um mecanismo importante para a identificação das relações morfofonológicas de concordância, essenciais para o processamento e cognição humana. Dessa forma, a pesquisa desenvolvida no âmbito desta tese pretende contribuir para a discussão de aspectos importantes envolvidos na aprendizagem e processamento adulto de DNAs, tanto em uma L1 quanto em L2 focalizando a aprendizagem de dependências não adjacentes e o processamento de múltiplas DNAs.This thesis aims to investigate the learning and processing of non-adjacent dependencies (hereinafter, NADs) by adults from a psycholinguistic perspective. In this regard, we seek to assess the extent to which adults are able to learn NADs in a new language and for how long this learning is maintained, in addition to exploring the different configurations of NADs in a natural language, as well as the existence of multiple NADs that would influence the processing of these structures. With regard to processing, research using artificial languages points to ordering restrictions in NAD processing by adults (DE VRIES et al., 2012). So, our study explores the difference in the processing of multiple non-adjacent dependencies as a function of the configuration in which the dependencies are organized in a L1. We adopted the hypothesis that the existence of multiple DNAs, common in natural languages, and the configuration in which they are organized are factors that generate memory overload, being relevant for language processing. To investigate the question experimentally, two online tests were performed using the maze task with adult BP speakers. The results suggest that, although NADs in a nested configuration are possible constructions in BP, their processing is comparatively more demanding. With regard to learning, previous research suggests that NAD learning occurs early in language development (SANTELMANN & JUSCZYK, 1998; VAN HEUGTEN & SHI, 2010, among others). However, the ability of adults to learn NADs unconsciously and after a short training phase and the permanence of this learning remains uncertain. Thus, our objective was to analyze to what extent learning mechanisms that allow identification, abstraction and generalization of NADs remain in adults after consolidated the acquisition of a natural language and what would be the effects of time in maintaining this longterm learning. To investigate the question experimentally, three experimental activities using artificial language were conducted. In the first activity, participants in the experimental group listened to invented determiners and words that combined in a D+N structure for 3 minutes (step 1) and then had to choose which invented word best matched the determinant that appeared on the screen (step 2). Control group participants only performed the choice task. Participants in the experimental group had more correct and faster responses compared to the control group. In the second activity, participants were exposed to both stages for 7 consecutive days. The results showed learning of NAD patterns after the third day. The third experimental activity was performed 40 days after the second experiment, with the same participants, who were asked to repeat an experimental session. The results suggest that after 40 days, the participants still had some knowledge about NAD combinations. Taken together, our results suggest that NAD processing is essential for human cognition and that factors such as the configuration in which these dependencies are organized in a natural language can influence their processing. Furthermore, the results suggest that adult speakers with their L1 already consolidated are able to abstract new NAD patterns in an unknown language and apply them to new stimuli as efficiently as babies do, suggesting the existence of an important mechanism for the identification of morphophonological relationships of agreement, essential for human processing and cognition. In this way, the research carried out within the scope of this thesis intends to contribute to the discussion of important aspects involved in adult NAD learning and processing, both in a L1 and in a L2, focusing on the learning of non-adjacent dependencies and the processing of multiple NADs.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasAttribution-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICADependências não adjacentesProcessamento adultoAprendizagem implícitaConcordânciaNon-adjacent dependenciesAdult processingImplicit learningAgreementProcessamento e aprendizagem de dependências não adjacentes por adultos falantes do português brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15281/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53ORIGINALkessiadasilvahenrique.pdfkessiadasilvahenrique.pdfapplication/pdf1921209https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15281/1/kessiadasilvahenrique.pdf3c1fc426fd85b99dd0082ff4586748feMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81031https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15281/2/license_rdf9b85e4235558a2887c2be3998124b615MD52TEXTkessiadasilvahenrique.pdf.txtkessiadasilvahenrique.pdf.txtExtracted texttext/plain378795https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15281/4/kessiadasilvahenrique.pdf.txt3d25feaa8957c68dfd3c605bf84addaaMD54THUMBNAILkessiadasilvahenrique.pdf.jpgkessiadasilvahenrique.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1181https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15281/5/kessiadasilvahenrique.pdf.jpg6caad6417fff3384e2fc755e4239155dMD55ufjf/152812023-04-15 03:10:46.295oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15281Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-04-15T06:10:46Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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