Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora
Ano de defesa: | 2008 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
|
Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2907 |
Resumo: | Neste trabalho, que consiste num estudo de caso, tendo como cenário e palco urbanos a mítica “Manchester Mineira” (título conferido à cidade de Juiz de Fora, em razão de seu passado industrial glorioso), procuro enfatizar e analisar a relação entre mito e turismo cultural, a partir da teoria antropológica referente ao primeiro, colocada em risco na prática (turística e etnográfica) concernente ao segundo. Minha inserção, como participante, no passeio “histórico-cultural” constante do Projeto “Viver Juiz de Fora – descubra esta cidade”, que é promovido pela Prefeitura deste município, permitiu-me observar - “de perto e de dentro” - como o mito opera como mediador simbólico do diálogo estabelecido ali entre uma história objetiva e oficial, narrada por meio do patrimônio revelado, e as histórias subjetivas dos “turistas-nativos”, que revitalizam (simbolicamente) este patrimônio com sua prática turística. Trata-se, pois, de uma etnografia de um passeio de fim de semana (ou de “domingo”), de um fazer turismo (cultural) na própria cidade em que se vive, não de uma forma independente e isolada, mas coletiva e mediada por agentes do estado em sua esfera municipal. Neste caso, o deslocamento no espaço implica um deslocamento no tempo, no sentido da construção de uma memória coletiva. Revitalizado nesta prática de revitalização do patrimônio histórico-cultural da cidade, o mito fornece a estes “turistas-nativos” os símbolos para se pensarem como membros de uma comunidade mais ampla no espaço e no tempo, fomentando assim um sentimento de pertença à cidade. Concluo afirmando que esta forma de fazer turismo é também uma forma de (re)inventar tradições, culturas, histórias e cidades. |
id |
UFJF_c530d762402faf9f15e65a790b942462 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2907 |
network_acronym_str |
UFJF |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFJF |
repository_id_str |
|
spelling |
Siqueira, Euler Davidhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792380J6Freitas, Ricardo Ferreirahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785127H8Poz Neto, João Dalhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521D3http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4755323T4Bastos Neto, Eduardo de Campos2016-10-25T12:28:15Z2016-10-202016-10-25T12:28:15Z2008-12-16https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2907Neste trabalho, que consiste num estudo de caso, tendo como cenário e palco urbanos a mítica “Manchester Mineira” (título conferido à cidade de Juiz de Fora, em razão de seu passado industrial glorioso), procuro enfatizar e analisar a relação entre mito e turismo cultural, a partir da teoria antropológica referente ao primeiro, colocada em risco na prática (turística e etnográfica) concernente ao segundo. Minha inserção, como participante, no passeio “histórico-cultural” constante do Projeto “Viver Juiz de Fora – descubra esta cidade”, que é promovido pela Prefeitura deste município, permitiu-me observar - “de perto e de dentro” - como o mito opera como mediador simbólico do diálogo estabelecido ali entre uma história objetiva e oficial, narrada por meio do patrimônio revelado, e as histórias subjetivas dos “turistas-nativos”, que revitalizam (simbolicamente) este patrimônio com sua prática turística. Trata-se, pois, de uma etnografia de um passeio de fim de semana (ou de “domingo”), de um fazer turismo (cultural) na própria cidade em que se vive, não de uma forma independente e isolada, mas coletiva e mediada por agentes do estado em sua esfera municipal. Neste caso, o deslocamento no espaço implica um deslocamento no tempo, no sentido da construção de uma memória coletiva. Revitalizado nesta prática de revitalização do patrimônio histórico-cultural da cidade, o mito fornece a estes “turistas-nativos” os símbolos para se pensarem como membros de uma comunidade mais ampla no espaço e no tempo, fomentando assim um sentimento de pertença à cidade. Concluo afirmando que esta forma de fazer turismo é também uma forma de (re)inventar tradições, culturas, histórias e cidades.In this work, that consists of a case study, having as urban scene and stage the mythical “Manchester Mineira” (heading conferred to the city of Juiz de Fora, in reason of its glorious industrial past), I look for to emphasize and to analyze the relation between myth and cultural tourism, from the referring anthropological theory to the first one, placed at risk in practical (touristic and ethnographic) concerning to as. My insertion, as participant, in constant “the historical-cultural” stroll of the Project “To live Juiz de Fora – discover this city”, that it is promoted by the City hall of this city, allowed me to observe - “of close and of inside” - as the myth operates there as mediating symbolic of the dialogue established between an objective and official history, told by means of the disclosed patrimony, and subjective histories of the “tourist-natives”, that they revitalize (symbolically) this patrimony with tourist practical its. It is treated, therefore, of a ethnography of a stroll of end of week (or of “Sunday”), of one to make tourism (cultural) in the proper city where if it lives, not of a form independent and isolated, but collective and mediated by agents of the State in its municipal sphere. In this case, the displacement in the space implies a displacement in the time, in the direction of the construction of a collective memory. Revitalized in this practical of revitalization of the historical-cultural heritage of the city, the myth supplies to these “tourist-natives” the symbols to be thought as members of a ampler community about the space and in the time, thus fomenting a feeling of belongs to the city. I conclude affirming that this form to make tourism is also a form of (re)inventing traditions, cultures, histories and cities.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências SociaisUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAMitoManchester MineiraPatrimônio históricoTurismo culturalMythManchester MineiraHistoric heritageCultural tourismMito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Forainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILeduardodecamposbastosneto.pdf.jpgeduardodecamposbastosneto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1270https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/4/eduardodecamposbastosneto.pdf.jpge89b0383c16aa98142a712705d964fddMD54ORIGINALeduardodecamposbastosneto.pdfeduardodecamposbastosneto.pdfapplication/pdf10353925https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/1/eduardodecamposbastosneto.pdfaabeba04688ed05fe0346b58e3acdbaaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTeduardodecamposbastosneto.pdf.txteduardodecamposbastosneto.pdf.txtExtracted texttext/plain480554https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/3/eduardodecamposbastosneto.pdf.txtf6d8e0261875d3de0add0e6a874801f4MD53ufjf/29072019-11-07 11:13:27.203oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2907TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:13:27Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora |
title |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora |
spellingShingle |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora Bastos Neto, Eduardo de Campos CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA Mito Manchester Mineira Patrimônio histórico Turismo cultural Myth Manchester Mineira Historic heritage Cultural tourism |
title_short |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora |
title_full |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora |
title_fullStr |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora |
title_full_unstemmed |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora |
title_sort |
Mito e (re)invenção da “Manchester Mineira”: etnografia de um passeio “histórico-cultural” na cidade de Juiz de Fora |
author |
Bastos Neto, Eduardo de Campos |
author_facet |
Bastos Neto, Eduardo de Campos |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Siqueira, Euler David |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792380J6 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Freitas, Ricardo Ferreira |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785127H8 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Poz Neto, João Dal |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521D3 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4755323T4 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bastos Neto, Eduardo de Campos |
contributor_str_mv |
Siqueira, Euler David Freitas, Ricardo Ferreira Poz Neto, João Dal |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA Mito Manchester Mineira Patrimônio histórico Turismo cultural Myth Manchester Mineira Historic heritage Cultural tourism |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mito Manchester Mineira Patrimônio histórico Turismo cultural Myth Manchester Mineira Historic heritage Cultural tourism |
description |
Neste trabalho, que consiste num estudo de caso, tendo como cenário e palco urbanos a mítica “Manchester Mineira” (título conferido à cidade de Juiz de Fora, em razão de seu passado industrial glorioso), procuro enfatizar e analisar a relação entre mito e turismo cultural, a partir da teoria antropológica referente ao primeiro, colocada em risco na prática (turística e etnográfica) concernente ao segundo. Minha inserção, como participante, no passeio “histórico-cultural” constante do Projeto “Viver Juiz de Fora – descubra esta cidade”, que é promovido pela Prefeitura deste município, permitiu-me observar - “de perto e de dentro” - como o mito opera como mediador simbólico do diálogo estabelecido ali entre uma história objetiva e oficial, narrada por meio do patrimônio revelado, e as histórias subjetivas dos “turistas-nativos”, que revitalizam (simbolicamente) este patrimônio com sua prática turística. Trata-se, pois, de uma etnografia de um passeio de fim de semana (ou de “domingo”), de um fazer turismo (cultural) na própria cidade em que se vive, não de uma forma independente e isolada, mas coletiva e mediada por agentes do estado em sua esfera municipal. Neste caso, o deslocamento no espaço implica um deslocamento no tempo, no sentido da construção de uma memória coletiva. Revitalizado nesta prática de revitalização do patrimônio histórico-cultural da cidade, o mito fornece a estes “turistas-nativos” os símbolos para se pensarem como membros de uma comunidade mais ampla no espaço e no tempo, fomentando assim um sentimento de pertença à cidade. Concluo afirmando que esta forma de fazer turismo é também uma forma de (re)inventar tradições, culturas, histórias e cidades. |
publishDate |
2008 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2008-12-16 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-10-25T12:28:15Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-10-20 2016-10-25T12:28:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2907 |
url |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2907 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFJF |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICH – Instituto de Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFJF instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
instname_str |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
instacron_str |
UFJF |
institution |
UFJF |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFJF |
collection |
Repositório Institucional da UFJF |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/4/eduardodecamposbastosneto.pdf.jpg https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/1/eduardodecamposbastosneto.pdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/2/license.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2907/3/eduardodecamposbastosneto.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e89b0383c16aa98142a712705d964fdd aabeba04688ed05fe0346b58e3acdbaa 000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b f6d8e0261875d3de0add0e6a874801f4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793962532152541184 |