Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Aline Mystica Silva de lattes
Orientador(a): Faria , Ana Paula Gelli de lattes
Banca de defesa: Rech, André Rodrigo lattes, Ferreira , Flávia Monteiro Coelho lattes, Menini Neto , Luiz lattes, Peixoto, Paulo Henrique Pereira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00070
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13555
Resumo: Bromeliaceae é caracterizada como um grupo altamente diversificado de plantas monocotiledôneas com distribuição essencialmente neotropical. A Floresta Atlântica, considerada um dos hotspots mundiais de biodiversidade, representa um dos principais centros de diversidade da família, além de elevada riqueza de espécies e endemismo. No domínio Atlântico, muitas espécies de bromélias apresentam distribuição restrita e exibem alta especificidade de habitats, como é o caso das espécies foco do presente estudo. Neoregelia ibitipocensis (Leme) Leme é uma bromélia rara e endêmica, com populações restritas às florestas nebulares da Serra da Mantiqueira; Nidularium ferdinandocoburgii Wawra ocorre principalmente no interior de florestas entre 1.000 e 1.600 m de altitude, foi registrada na Serra do Ibitipoca, Serra de Araras e Serra Negra; Nidularium marigoi Leme ocorre principalmente entre 1.300 a 2.700 m de altitude, é típica da Serra da Mantiqueira nos estados do sudeste do Brasil, a espécie é classificada como “Quase Ameaçada” no Livro Vermelho da Flora Brasileira e Vriesea penduliflora L.B.Sm., é endêmica da Serra da Mantiqueira nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, avaliada como “Em Perigo” pelo Livro Vermelho da Flora Brasileira. Este estudo foi realizado no Parque Estadual do Ibitipoca (PEIB), o qual integra o Complexo da Serra da Mantiqueira, região considerada de extrema importância para a conservação da biodiversidade. Para caracterizar a biologia reprodutiva de N. ibitipocensis, N. ferdinandocoburgii, N. marigoi e V. penduliflora, e partindo do pressuposto de que a compreensão da biologia reprodutiva é essencial para preservar e conservar as espécies vegetais, esta tese é apresentada em dois capítulos. No primeiro capítulo são apresentados os resultados referentes à biologia reprodutiva de populações simpátricas de N. ferdinandocoburgii e N. marigoi. São fornecidos dados sobre a fenologia da floração e frutificação, biologia floral, ecologia da polinização, sistemas de reprodução, hibridização natural e sucesso reprodutivo dessas espécies. Nidularium ferdinandocoburgii e N. marigoi apresentam flores inodoras, com corolas tubulares e duração de dois dias. O pico de floração de N. ferdinandocoburgii ocorreu em dezembro, o néctar apresentou em média 11,52 mg de açúcares e Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) foi observado como polinizador da espécie. A frutificação natural foi de 86,3%; a espécie é autoincompatível e apresenta breve hercogamia. Apenas uma população de N. marigoi, composta por oito indivíduos, foi localizada na área de estudo, destes apenas um floresceu. O néctar apresentou em média 6,97 mg de açúcares, a espécie é autoincompatível e apresenta hercogamia pronunciada. Os cruzamentos heteroespecíficos resultaram na produção de frutos férteis somente quando N. marigoi atuou como receptora de pólen, originando plantas vigorosas. O segundo capítulo teve como 10 objetivo caracterizar o sistema reprodutivo, a fenologia e a ecologia da polinização de V. penduliflora, uma espécie ameaçada de extinção. Para tanto, foi avaliada a fertilidade e a viabilidade de seus indivíduos por meio dos seguintes parâmetros: produção de flores, frutos e formação de sementes. Vriesea penduliflora floresce na estação chuvosa, com pico de floração em janeiro; suas flores apresentam antese diurna e permanecem abertas por cerca de 11 horas. O néctar foi produzido continuamente ao longo da antese e apresentou, em média, 27,79 mg de açúcares. O beija-flor C. serrirostris foi considerado seu principal polinizador, mas Apis mellifera (Linnaeus, 1758) também foi observada polinizando suas flores. Vriesea penduliflora é autocompatível, entretanto, não produz frutos sob autopolinização espontânea, sendo, portanto, dependente do serviço do polinizador. A florivoria causada por formigas do gênero Camponotus pode estar associada ao baixo sucesso reprodutivo apresentado pela espécie em condições naturais. Esta tese também resultou em um artigo já publicado, que teve como objetivo avaliar aspectos do sucesso reprodutivo de N. ibitipocensis e investigar a magnitude dos danos causados pela intensa herbivoria de frutos e sementes causada por larvas de Tipulidae (Diptera) em seu habitat natural. A herbivoria afetou 100% das infrutescências analisadas no primeiro ano do estudo. O sistema reprodutivo da espécie foi caracterizado, bem como a fertilidade e a viabilidade de suas populações naturais. Neoregelia ibitipocensis é parcialmente autoincompatível, com potencial para autofecundação e cruzamentos. Foi observada a produção de frutos partenocárpicos nos experimentos de polinização controlada e sob condições naturais. A partenocarpia parece representar uma estratégia para aumentar o sucesso reprodutivo de N. ibitipocensis, mitigando os efeitos causados pela predação em seu habitat natural. Além disso, desenvolvemos um protocolo eficiente para introdução e multiplicação in vitro de N. ibitipocensis, cujos resultados fornecem recomendações para o desenvolvimento de estratégias para a conservação in situ e ex situ desta espécie. Os resultados gerados nesta tese ampliam o conhecimento sobre os mecanismos reprodutivos em Bromeliaceae e contribuem para o desenvolvimento de estratégias de conservação para populações de espécies endêmicas e ameaçadas da Floresta Atlântica
id UFJF_d46fa4fe9f49d55b971cdf2a28aeccf6
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/13555
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Faria , Ana Paula Gelli dehttp://lattes.cnpq.br/2781310505709530Rech, André Rodrigohttp://lattes.cnpq.br/2201211645557557Ferreira , Flávia Monteiro Coelhohttp://lattes.cnpq.br/1784908997760162Menini Neto , Luizhttp://lattes.cnpq.br/9227962466105249Peixoto, Paulo Henrique Pereirahttp://lattes.cnpq.br/6352876943897913http://lattes.cnpq.br/8191974855954177Oliveira, Aline Mystica Silva de2021-11-17T18:45:08Z2021-11-082021-11-17T18:45:08Z2021-07-21https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00070https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13555Bromeliaceae é caracterizada como um grupo altamente diversificado de plantas monocotiledôneas com distribuição essencialmente neotropical. A Floresta Atlântica, considerada um dos hotspots mundiais de biodiversidade, representa um dos principais centros de diversidade da família, além de elevada riqueza de espécies e endemismo. No domínio Atlântico, muitas espécies de bromélias apresentam distribuição restrita e exibem alta especificidade de habitats, como é o caso das espécies foco do presente estudo. Neoregelia ibitipocensis (Leme) Leme é uma bromélia rara e endêmica, com populações restritas às florestas nebulares da Serra da Mantiqueira; Nidularium ferdinandocoburgii Wawra ocorre principalmente no interior de florestas entre 1.000 e 1.600 m de altitude, foi registrada na Serra do Ibitipoca, Serra de Araras e Serra Negra; Nidularium marigoi Leme ocorre principalmente entre 1.300 a 2.700 m de altitude, é típica da Serra da Mantiqueira nos estados do sudeste do Brasil, a espécie é classificada como “Quase Ameaçada” no Livro Vermelho da Flora Brasileira e Vriesea penduliflora L.B.Sm., é endêmica da Serra da Mantiqueira nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, avaliada como “Em Perigo” pelo Livro Vermelho da Flora Brasileira. Este estudo foi realizado no Parque Estadual do Ibitipoca (PEIB), o qual integra o Complexo da Serra da Mantiqueira, região considerada de extrema importância para a conservação da biodiversidade. Para caracterizar a biologia reprodutiva de N. ibitipocensis, N. ferdinandocoburgii, N. marigoi e V. penduliflora, e partindo do pressuposto de que a compreensão da biologia reprodutiva é essencial para preservar e conservar as espécies vegetais, esta tese é apresentada em dois capítulos. No primeiro capítulo são apresentados os resultados referentes à biologia reprodutiva de populações simpátricas de N. ferdinandocoburgii e N. marigoi. São fornecidos dados sobre a fenologia da floração e frutificação, biologia floral, ecologia da polinização, sistemas de reprodução, hibridização natural e sucesso reprodutivo dessas espécies. Nidularium ferdinandocoburgii e N. marigoi apresentam flores inodoras, com corolas tubulares e duração de dois dias. O pico de floração de N. ferdinandocoburgii ocorreu em dezembro, o néctar apresentou em média 11,52 mg de açúcares e Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) foi observado como polinizador da espécie. A frutificação natural foi de 86,3%; a espécie é autoincompatível e apresenta breve hercogamia. Apenas uma população de N. marigoi, composta por oito indivíduos, foi localizada na área de estudo, destes apenas um floresceu. O néctar apresentou em média 6,97 mg de açúcares, a espécie é autoincompatível e apresenta hercogamia pronunciada. Os cruzamentos heteroespecíficos resultaram na produção de frutos férteis somente quando N. marigoi atuou como receptora de pólen, originando plantas vigorosas. O segundo capítulo teve como 10 objetivo caracterizar o sistema reprodutivo, a fenologia e a ecologia da polinização de V. penduliflora, uma espécie ameaçada de extinção. Para tanto, foi avaliada a fertilidade e a viabilidade de seus indivíduos por meio dos seguintes parâmetros: produção de flores, frutos e formação de sementes. Vriesea penduliflora floresce na estação chuvosa, com pico de floração em janeiro; suas flores apresentam antese diurna e permanecem abertas por cerca de 11 horas. O néctar foi produzido continuamente ao longo da antese e apresentou, em média, 27,79 mg de açúcares. O beija-flor C. serrirostris foi considerado seu principal polinizador, mas Apis mellifera (Linnaeus, 1758) também foi observada polinizando suas flores. Vriesea penduliflora é autocompatível, entretanto, não produz frutos sob autopolinização espontânea, sendo, portanto, dependente do serviço do polinizador. A florivoria causada por formigas do gênero Camponotus pode estar associada ao baixo sucesso reprodutivo apresentado pela espécie em condições naturais. Esta tese também resultou em um artigo já publicado, que teve como objetivo avaliar aspectos do sucesso reprodutivo de N. ibitipocensis e investigar a magnitude dos danos causados pela intensa herbivoria de frutos e sementes causada por larvas de Tipulidae (Diptera) em seu habitat natural. A herbivoria afetou 100% das infrutescências analisadas no primeiro ano do estudo. O sistema reprodutivo da espécie foi caracterizado, bem como a fertilidade e a viabilidade de suas populações naturais. Neoregelia ibitipocensis é parcialmente autoincompatível, com potencial para autofecundação e cruzamentos. Foi observada a produção de frutos partenocárpicos nos experimentos de polinização controlada e sob condições naturais. A partenocarpia parece representar uma estratégia para aumentar o sucesso reprodutivo de N. ibitipocensis, mitigando os efeitos causados pela predação em seu habitat natural. Além disso, desenvolvemos um protocolo eficiente para introdução e multiplicação in vitro de N. ibitipocensis, cujos resultados fornecem recomendações para o desenvolvimento de estratégias para a conservação in situ e ex situ desta espécie. Os resultados gerados nesta tese ampliam o conhecimento sobre os mecanismos reprodutivos em Bromeliaceae e contribuem para o desenvolvimento de estratégias de conservação para populações de espécies endêmicas e ameaçadas da Floresta AtlânticaBromeliaceae is characterized as a highly diversified group of monocotyledon plants with an essentially neotropical distribution. The Atlantic Forest, considered one of the world's biodiversity hotspots, represents one of the family's main centers of diversity, in addition to high species richness and endemism. In the Atlantic domain, many species of bromeliads also have a restricted distribution and exhibit high habitat specificity, as is the case of the species that are the focus of this study. Neoregelia ibitipocensis (Leme) Leme is a rare and endemic bromeliad, with populations restricted to the forests of Serra da Mantiqueira; Nidularium ferdinandocoburgii Wawra occurs mainly in the interior of forests between 1,000 and 1,600 m of altitude, it was recorded in Serra do Ibitipoca, Serra de Araras and Serra Negra; N. marigoi Leme occurs mainly between 1,300 to 2,700 m altitude, is typical of Serra da Mantiqueira in the southeastern states of Brazil, the species is classified as “Near Threatened” in the Red Book of Brazilian Flora and Vriesea penduliflora LBSm., is endemic to the Serra da Mantiqueira in the states of Minas Gerais and Rio de Janeiro, evaluated as “In Danger” by the Red Book of Brazilian Flora. This study was carried out in the Parque Estadual do Ibitipoca (PEIB), which integrates the Serra da Mantiqueira Complex, a region considered of extreme importance for the conservation of biodiversity. To characterize the reproductive biology of N. ibitipocensis, N. ferdinandocoburgii, N. marigoi and V. penduliflora, and assuming that the understanding of reproductive biology is essential to preserve and conserve plant species, this thesis is presented in two chapters. In the first chapter is presented with the results referring to reproductive biology of sympatric populations of N. ferdinandocoburgii and N. marigoi. Data are provided on flowering and fruiting phenology, floral biology, pollination ecology, breeding systems, natural hybridization and reproductive success of these species. Nidularium ferdinandocoburgii and N. marigoi have odorless flowers, with tubular corollas and duration of two days. The flowering peak of N. ferdinandocoburgii occurred in December, the nectar presented an average of 11.52 mg of sugars and Colibri serrirostris was observed as a pollinator of the species. The natural fruiting was 86.3%, the species is self- incompatible and presents a brief hercogamy. Only one population of N. marigoi composed of eight individuals was located in the study area, of which only one flowered. The nectar had an average of 6.97 mg of sugars, the species is self-incompatible and has pronounced hercogamy. The heterospecific crosses resulted in the production of fertile fruits only when N. marigoi acted as a pollen recipient species, originating vigorous plants. The second chapter aimed to characterize the reproductive system, phenology and pollination ecology of V. 12 penduliflora, an endangered species. Therefore, the fertility and viability of its individuals evaluated through the following parameters: production of flowers, fruits and seed formation. Vriesea penduliflora blooms in the rainy season, with flowering peak in January, its flowers present diurnal anthesis and remain open for about 11 hours. The nectar was produced continuously throughout the anthesis and presented an average of 27.79 mg of sugars. The hummingbird C. serrirostris was considered its main pollinator, but Apis mellifera was also observed pollinating its flowers. Vriesea penduliflora is self-compatible, however, it does not produce fruits under spontaneous self-pollination, being, therefore, dependent on the service of the pollinator. The florivory caused by ants of the Camponotus genus may be associated with the low reproductive success presented by the species under natural conditions. This thesis also resulted in a published article, which aimed to evaluate aspects of the reproductive success of N. ibitipocensis and investigate the magnitude of the damage caused by the intense herbivory of fruits and seeds caused by Tipulidae larvae (Diptera) in their natural habitat, the herbivory affected 100% of infructescence analyzed in the first year of the study. The reproductive system of the species was characterized, as well as the fertility and viability of its natural populations. Neoregelia ibitipocensis is partially self-incompatible, with potential for self-fertilization and crossbreeding. Parthenocarpic fruit production was observed in controlled pollination experiments and under natural conditions. Parthenocarpy seems to represent a strategy to increase the reproductive success of N. ibitipocensis, mitigating the effects caused by predation in its natural habitat. In addition, we developed an efficient protocol for the introduction and in vitro multiplication of N. ibitipocensis, whose results provide recommendations for the development of strategies for the in situ and ex situ conservation of this species. The results generated in this thesis expand the knowledge about reproductive mechanisms in Bromeliaceae and contribute to the development of conservation strategies for populations of endemic and threatened species in the Atlantic Forest.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da NaturezaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASComplexo nidularioideConservaçãoHerbivoriaPolinizaçãoSerra da MantiqueiraSistemas reprodutivosConservationHerbivoryNidularioid complexPollinationReproductive systemsBiologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALalinemysticasilvadeoliveira.pdfalinemysticasilvadeoliveira.pdfPDF/Aapplication/pdf1577152https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/1/alinemysticasilvadeoliveira.pdf3673814398d4b43ccdb17ef398bbd491MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53THUMBNAILalinemysticasilvadeoliveira.pdf.jpgalinemysticasilvadeoliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1254https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/4/alinemysticasilvadeoliveira.pdf.jpgd5b053843765c9c227aedbc3f59a1aa9MD54ufjf/135552022-10-25 09:21:51.94oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/13555Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-10-25T11:21:51Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
title Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
spellingShingle Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
Oliveira, Aline Mystica Silva de
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Complexo nidularioide
Conservação
Herbivoria
Polinização
Serra da Mantiqueira
Sistemas reprodutivos
Conservation
Herbivory
Nidularioid complex
Pollination
Reproductive systems
title_short Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
title_full Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
title_fullStr Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
title_full_unstemmed Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
title_sort Biologia reprodutiva e interações planta-polinizador em espécies de bromeliaceae no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil
author Oliveira, Aline Mystica Silva de
author_facet Oliveira, Aline Mystica Silva de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Faria , Ana Paula Gelli de
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2781310505709530
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Rech, André Rodrigo
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2201211645557557
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ferreira , Flávia Monteiro Coelho
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1784908997760162
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Menini Neto , Luiz
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9227962466105249
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Peixoto, Paulo Henrique Pereira
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6352876943897913
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8191974855954177
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Aline Mystica Silva de
contributor_str_mv Faria , Ana Paula Gelli de
Rech, André Rodrigo
Ferreira , Flávia Monteiro Coelho
Menini Neto , Luiz
Peixoto, Paulo Henrique Pereira
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Complexo nidularioide
Conservação
Herbivoria
Polinização
Serra da Mantiqueira
Sistemas reprodutivos
Conservation
Herbivory
Nidularioid complex
Pollination
Reproductive systems
dc.subject.por.fl_str_mv Complexo nidularioide
Conservação
Herbivoria
Polinização
Serra da Mantiqueira
Sistemas reprodutivos
Conservation
Herbivory
Nidularioid complex
Pollination
Reproductive systems
description Bromeliaceae é caracterizada como um grupo altamente diversificado de plantas monocotiledôneas com distribuição essencialmente neotropical. A Floresta Atlântica, considerada um dos hotspots mundiais de biodiversidade, representa um dos principais centros de diversidade da família, além de elevada riqueza de espécies e endemismo. No domínio Atlântico, muitas espécies de bromélias apresentam distribuição restrita e exibem alta especificidade de habitats, como é o caso das espécies foco do presente estudo. Neoregelia ibitipocensis (Leme) Leme é uma bromélia rara e endêmica, com populações restritas às florestas nebulares da Serra da Mantiqueira; Nidularium ferdinandocoburgii Wawra ocorre principalmente no interior de florestas entre 1.000 e 1.600 m de altitude, foi registrada na Serra do Ibitipoca, Serra de Araras e Serra Negra; Nidularium marigoi Leme ocorre principalmente entre 1.300 a 2.700 m de altitude, é típica da Serra da Mantiqueira nos estados do sudeste do Brasil, a espécie é classificada como “Quase Ameaçada” no Livro Vermelho da Flora Brasileira e Vriesea penduliflora L.B.Sm., é endêmica da Serra da Mantiqueira nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, avaliada como “Em Perigo” pelo Livro Vermelho da Flora Brasileira. Este estudo foi realizado no Parque Estadual do Ibitipoca (PEIB), o qual integra o Complexo da Serra da Mantiqueira, região considerada de extrema importância para a conservação da biodiversidade. Para caracterizar a biologia reprodutiva de N. ibitipocensis, N. ferdinandocoburgii, N. marigoi e V. penduliflora, e partindo do pressuposto de que a compreensão da biologia reprodutiva é essencial para preservar e conservar as espécies vegetais, esta tese é apresentada em dois capítulos. No primeiro capítulo são apresentados os resultados referentes à biologia reprodutiva de populações simpátricas de N. ferdinandocoburgii e N. marigoi. São fornecidos dados sobre a fenologia da floração e frutificação, biologia floral, ecologia da polinização, sistemas de reprodução, hibridização natural e sucesso reprodutivo dessas espécies. Nidularium ferdinandocoburgii e N. marigoi apresentam flores inodoras, com corolas tubulares e duração de dois dias. O pico de floração de N. ferdinandocoburgii ocorreu em dezembro, o néctar apresentou em média 11,52 mg de açúcares e Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) foi observado como polinizador da espécie. A frutificação natural foi de 86,3%; a espécie é autoincompatível e apresenta breve hercogamia. Apenas uma população de N. marigoi, composta por oito indivíduos, foi localizada na área de estudo, destes apenas um floresceu. O néctar apresentou em média 6,97 mg de açúcares, a espécie é autoincompatível e apresenta hercogamia pronunciada. Os cruzamentos heteroespecíficos resultaram na produção de frutos férteis somente quando N. marigoi atuou como receptora de pólen, originando plantas vigorosas. O segundo capítulo teve como 10 objetivo caracterizar o sistema reprodutivo, a fenologia e a ecologia da polinização de V. penduliflora, uma espécie ameaçada de extinção. Para tanto, foi avaliada a fertilidade e a viabilidade de seus indivíduos por meio dos seguintes parâmetros: produção de flores, frutos e formação de sementes. Vriesea penduliflora floresce na estação chuvosa, com pico de floração em janeiro; suas flores apresentam antese diurna e permanecem abertas por cerca de 11 horas. O néctar foi produzido continuamente ao longo da antese e apresentou, em média, 27,79 mg de açúcares. O beija-flor C. serrirostris foi considerado seu principal polinizador, mas Apis mellifera (Linnaeus, 1758) também foi observada polinizando suas flores. Vriesea penduliflora é autocompatível, entretanto, não produz frutos sob autopolinização espontânea, sendo, portanto, dependente do serviço do polinizador. A florivoria causada por formigas do gênero Camponotus pode estar associada ao baixo sucesso reprodutivo apresentado pela espécie em condições naturais. Esta tese também resultou em um artigo já publicado, que teve como objetivo avaliar aspectos do sucesso reprodutivo de N. ibitipocensis e investigar a magnitude dos danos causados pela intensa herbivoria de frutos e sementes causada por larvas de Tipulidae (Diptera) em seu habitat natural. A herbivoria afetou 100% das infrutescências analisadas no primeiro ano do estudo. O sistema reprodutivo da espécie foi caracterizado, bem como a fertilidade e a viabilidade de suas populações naturais. Neoregelia ibitipocensis é parcialmente autoincompatível, com potencial para autofecundação e cruzamentos. Foi observada a produção de frutos partenocárpicos nos experimentos de polinização controlada e sob condições naturais. A partenocarpia parece representar uma estratégia para aumentar o sucesso reprodutivo de N. ibitipocensis, mitigando os efeitos causados pela predação em seu habitat natural. Além disso, desenvolvemos um protocolo eficiente para introdução e multiplicação in vitro de N. ibitipocensis, cujos resultados fornecem recomendações para o desenvolvimento de estratégias para a conservação in situ e ex situ desta espécie. Os resultados gerados nesta tese ampliam o conhecimento sobre os mecanismos reprodutivos em Bromeliaceae e contribuem para o desenvolvimento de estratégias de conservação para populações de espécies endêmicas e ameaçadas da Floresta Atlântica
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-11-17T18:45:08Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-11-08
2021-11-17T18:45:08Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-07-21
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13555
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00070
url https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00070
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13555
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB – Instituto de Ciências Biológicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/1/alinemysticasilvadeoliveira.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13555/4/alinemysticasilvadeoliveira.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 3673814398d4b43ccdb17ef398bbd491
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
d5b053843765c9c227aedbc3f59a1aa9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793962532158832640