(Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Imbelloni, Ana Caroline Pinheiro lattes
Orientador(a): Felippe , Miguel Fernandes lattes
Banca de defesa: Batella, Wagner Barbosa lattes, Iorio, Gustavo Soares lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11746
Resumo: Compreender a forma como a água circula no planeta é essencial tendo em vista a relevância desta para as mais diversas formas de vida, inclusive a dos seres humanos. Há algum tempo, a forma mais usual de representar estas movimentações da água na Terra é a partir do ciclo hidrológico, modelo que consegue fazer o incrível trabalho de simplificar e representar movimentos tão complexos como os da água. A partir deste modelo, compreendemos a precipitação, infiltração, percolação, evaporação, transpiração das plantas e a drenagem, e isso nos permite ter um controle e gestão muito interessantes. Contudo, percebeu-se que ainda havia a ausência de mais um fator essencial que movimenta a água consideravelmente e que aparece inviabilizado neste processo: os seres humanos. A partir desta crítica, surge na década de 1990 o conceito do ciclo hidrossocial, forma de enxergar a água que não desconsidera o ciclo hidrológico tão rico em informações, contudo ele oferece mais uma lente para a visibilidade de outros movimentos antes não vistos. Ele compreende a interação entre águas e seres humanos e percebe que a manipulamos de diversas maneiras, seja por obras hidráulicas, legislações, práticas culturais, entre outras, nós as tiramos do seu “caminho dito natural” pelo ciclo hidrológico e a colocamos na rota da nossa vida. O trabalho propõe entender melhor o ciclo hidrossocial, de forma a ver na prática os movimentos sociais que as águas fazem, e para isso se pensou em uma combinação de metodologias: a cartografia social, a investigação comunicativa e a caminhada guiada, que auxiliariam nessa proposta de enxergar os movimentos das águas que nossos olhos não estão treinados a ver. O trabalho foi realizado na comunidade quilombola do município de Petrópolis, RJ, localizado na região de Itaipava, chamado Tapera. Essa comunidade, que também é rural, possui uma relação muito intrínseca com a água, com um manejo hidráulico ancestral e que trazia a água dos diversos rios existentes para perto de si. Essa água fluía durante todo dia, em todos os quintais, retornando então para os rios. Contudo, as grandes chuvas de janeiro de 2011 fizeram um grande marco em sua história, de forma que hoje contam sua trajetória como a Tapera antes das chuvas e a Tapera depois das chuvas. Depois de dois anos fora de seu território, retornaram após o reassentamento construído pela prefeitura, só que agora em local mais distante do rio. A forma da comunidade lidar com a água mudou drasticamente. Ao mesmo tempo em que passaram a possuir mais comodidade, algumas relações mudaram fortemente, inclusive com relação à água. Hoje toda a comunidade depende de apenas uma nascente para abastecê-la, barrando todo seu fluxo e estocando, de forma que enxergam a água apenas no abrir e fechar das torneiras. Com isso, é possível ver que com tecnologias de alguém de fora, implantou-se na área rural uma forma bem urbana de tratá-la. O rio que aparece nas informações do IBGE não segue mais aquele trajeto, não porque deixou de existir, mas sim porque agora percorre um caminho social, passando pelas casas e mudando completamente de qualidade até ser levado ao ambiente novamente. A partir do trabalho, conseguimos enxergar estes e outros movimentos sociais, além de propor uma metodologia relevante para o conhecimento do ciclo hidrossocial da Tapera, conhecemos uma comunidade importantíssima e cheia de histórias de forma que conseguimos ver, pelo menos em parte, o seu ciclo hidrossocial.
id UFJF_ff6f468f27828f43c05b5116eb031aaf
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11746
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Felippe , Miguel Fernandeshttp://lattes.cnpq.br/3591101019508810Batella, Wagner Barbosahttp://lattes.cnpq.br/7454170339374328Iorio, Gustavo Soareshttp://lattes.cnpq.br/0977036613684187http://lattes.cnpq.br/1623971002284113Imbelloni, Ana Caroline Pinheiro2020-10-22T01:59:38Z2020-02-202020-10-22T01:59:38Z2019-06-25https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11746Compreender a forma como a água circula no planeta é essencial tendo em vista a relevância desta para as mais diversas formas de vida, inclusive a dos seres humanos. Há algum tempo, a forma mais usual de representar estas movimentações da água na Terra é a partir do ciclo hidrológico, modelo que consegue fazer o incrível trabalho de simplificar e representar movimentos tão complexos como os da água. A partir deste modelo, compreendemos a precipitação, infiltração, percolação, evaporação, transpiração das plantas e a drenagem, e isso nos permite ter um controle e gestão muito interessantes. Contudo, percebeu-se que ainda havia a ausência de mais um fator essencial que movimenta a água consideravelmente e que aparece inviabilizado neste processo: os seres humanos. A partir desta crítica, surge na década de 1990 o conceito do ciclo hidrossocial, forma de enxergar a água que não desconsidera o ciclo hidrológico tão rico em informações, contudo ele oferece mais uma lente para a visibilidade de outros movimentos antes não vistos. Ele compreende a interação entre águas e seres humanos e percebe que a manipulamos de diversas maneiras, seja por obras hidráulicas, legislações, práticas culturais, entre outras, nós as tiramos do seu “caminho dito natural” pelo ciclo hidrológico e a colocamos na rota da nossa vida. O trabalho propõe entender melhor o ciclo hidrossocial, de forma a ver na prática os movimentos sociais que as águas fazem, e para isso se pensou em uma combinação de metodologias: a cartografia social, a investigação comunicativa e a caminhada guiada, que auxiliariam nessa proposta de enxergar os movimentos das águas que nossos olhos não estão treinados a ver. O trabalho foi realizado na comunidade quilombola do município de Petrópolis, RJ, localizado na região de Itaipava, chamado Tapera. Essa comunidade, que também é rural, possui uma relação muito intrínseca com a água, com um manejo hidráulico ancestral e que trazia a água dos diversos rios existentes para perto de si. Essa água fluía durante todo dia, em todos os quintais, retornando então para os rios. Contudo, as grandes chuvas de janeiro de 2011 fizeram um grande marco em sua história, de forma que hoje contam sua trajetória como a Tapera antes das chuvas e a Tapera depois das chuvas. Depois de dois anos fora de seu território, retornaram após o reassentamento construído pela prefeitura, só que agora em local mais distante do rio. A forma da comunidade lidar com a água mudou drasticamente. Ao mesmo tempo em que passaram a possuir mais comodidade, algumas relações mudaram fortemente, inclusive com relação à água. Hoje toda a comunidade depende de apenas uma nascente para abastecê-la, barrando todo seu fluxo e estocando, de forma que enxergam a água apenas no abrir e fechar das torneiras. Com isso, é possível ver que com tecnologias de alguém de fora, implantou-se na área rural uma forma bem urbana de tratá-la. O rio que aparece nas informações do IBGE não segue mais aquele trajeto, não porque deixou de existir, mas sim porque agora percorre um caminho social, passando pelas casas e mudando completamente de qualidade até ser levado ao ambiente novamente. A partir do trabalho, conseguimos enxergar estes e outros movimentos sociais, além de propor uma metodologia relevante para o conhecimento do ciclo hidrossocial da Tapera, conhecemos uma comunidade importantíssima e cheia de histórias de forma que conseguimos ver, pelo menos em parte, o seu ciclo hidrossocial.To understand how water circulates on the planet is essential, given the relevance of it to the most diverse forms of life, including the human being. Till now the most usual way of representing these water movements on Earth is from the hydrological cycle, model that can make the incredible job of simplifying and representing movements as complex as those of water. Considering this model, we understand the precipitation, infiltration, percolation, evaporation, transpiration of plants and drainage, providing a basis for the management of water resources over the last decades. However, there was still another essential factor that drives the water considerably which appears invisible in this abstraction: the human. From this critique, the concept of the hydrosocial cycle emerges during the 1990s, assuming that men and women are important members of this process of water movement who should not be ignored. This new lens to rinse the water does not disregard the hydrological cycle, yet the criticism assumes that the water movements that occur because of human beings. The hydrosocial cycle comprises the interaction between water and humans and realizes that we manipulate it in different ways, whether by hydraulic works, laws, cultural practices, among others; we take them out of their "natural way" through the hydrological cycle and put it on the route of our life. The work was carried out in a quilombola community located in the east extreme of the municipality of Petrópolis (RJ), in the region of Itaipava, called Tapera. Was thought in a combination of methodologies: the social cartography, that culminated in the production of a map built by the own community; the communicative investigation which permitted to make a historical reconstruction along with residents, seeking in the participatory methodology the protagonism of them in the elucidation of their relationship with water; as well as the guided hand that provided the best spacialization and understanding on water and his historical spaces. This community, which lives in a rural environment, has an intrinsic relationship with water and a hydraulic self-management taught by their ancestors bringing the river waters closer to themselves. This however, the great rains of January 2011 made an abrupt landmark in the history of the community, so that today they are known as the Tapera before the rains and the Tapera after the rains. Only after two years out of their territory, they returned when the resettlement had been built by the city hall, much farther from the river. The way the community deals with water has changed drastically. At the same time that they came to have more convenience, such as access to light, experienced a big change in some relationships have changed strongly, including in relation to including water. Today the whole community depends on just one spring supply, avoiding all its flow and excessive water pooling, seeing the water only when opening and closing the taps. So it was possible to see that, after the technologies of an outsider, were implanted in a rural area, using an urban way of relating to water. The river that appears in the mapping and hydrographic databases of the IBGE no longer follows the path that it used to point out, not because it ceased to exist, but because now it flows a social path, passing through the houses and changing completely its quality. During the work we could observe these and other social movements, besides proposing a relevant methodology for a better knowledge of the hydrosocial cycle of Tapera,. We also had the opportunity to know a very important community, full of stories, having the chance to see, at least partially its hydrosocial cycle.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em GeografiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIAÁguaCiclo hidrossocialComunidade quilombolaTaperaWaterHydrosocial cycleQuilombola communityTapera(Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALanacarolinepinheiroimbelloni.pdfanacarolinepinheiroimbelloni.pdfPDF/Aapplication/pdf9843674https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/1/anacarolinepinheiroimbelloni.pdfe760c57cf2dece978b38f35af6f3330fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTanacarolinepinheiroimbelloni.pdf.txtanacarolinepinheiroimbelloni.pdf.txtExtracted texttext/plain273727https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/4/anacarolinepinheiroimbelloni.pdf.txte6781d16715c5503ace01113c6b208c9MD54THUMBNAILanacarolinepinheiroimbelloni.pdf.jpganacarolinepinheiroimbelloni.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1271https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/5/anacarolinepinheiroimbelloni.pdf.jpg21b4c8c92b8ea7fe781a9d7ae1f8f0d5MD55ufjf/117462020-10-22 04:06:50.758oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11746Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2020-10-22T06:06:50Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
title (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
spellingShingle (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
Imbelloni, Ana Caroline Pinheiro
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
Água
Ciclo hidrossocial
Comunidade quilombola
Tapera
Water
Hydrosocial cycle
Quilombola community
Tapera
title_short (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
title_full (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
title_fullStr (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
title_full_unstemmed (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
title_sort (Re) Conhecendo o Ciclo Hidrossocial: os movimentos da água na Comunidade Quilombola da Tapera (RJ)
author Imbelloni, Ana Caroline Pinheiro
author_facet Imbelloni, Ana Caroline Pinheiro
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Felippe , Miguel Fernandes
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3591101019508810
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Batella, Wagner Barbosa
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7454170339374328
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Iorio, Gustavo Soares
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0977036613684187
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1623971002284113
dc.contributor.author.fl_str_mv Imbelloni, Ana Caroline Pinheiro
contributor_str_mv Felippe , Miguel Fernandes
Batella, Wagner Barbosa
Iorio, Gustavo Soares
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
Água
Ciclo hidrossocial
Comunidade quilombola
Tapera
Water
Hydrosocial cycle
Quilombola community
Tapera
dc.subject.por.fl_str_mv Água
Ciclo hidrossocial
Comunidade quilombola
Tapera
Water
Hydrosocial cycle
Quilombola community
Tapera
description Compreender a forma como a água circula no planeta é essencial tendo em vista a relevância desta para as mais diversas formas de vida, inclusive a dos seres humanos. Há algum tempo, a forma mais usual de representar estas movimentações da água na Terra é a partir do ciclo hidrológico, modelo que consegue fazer o incrível trabalho de simplificar e representar movimentos tão complexos como os da água. A partir deste modelo, compreendemos a precipitação, infiltração, percolação, evaporação, transpiração das plantas e a drenagem, e isso nos permite ter um controle e gestão muito interessantes. Contudo, percebeu-se que ainda havia a ausência de mais um fator essencial que movimenta a água consideravelmente e que aparece inviabilizado neste processo: os seres humanos. A partir desta crítica, surge na década de 1990 o conceito do ciclo hidrossocial, forma de enxergar a água que não desconsidera o ciclo hidrológico tão rico em informações, contudo ele oferece mais uma lente para a visibilidade de outros movimentos antes não vistos. Ele compreende a interação entre águas e seres humanos e percebe que a manipulamos de diversas maneiras, seja por obras hidráulicas, legislações, práticas culturais, entre outras, nós as tiramos do seu “caminho dito natural” pelo ciclo hidrológico e a colocamos na rota da nossa vida. O trabalho propõe entender melhor o ciclo hidrossocial, de forma a ver na prática os movimentos sociais que as águas fazem, e para isso se pensou em uma combinação de metodologias: a cartografia social, a investigação comunicativa e a caminhada guiada, que auxiliariam nessa proposta de enxergar os movimentos das águas que nossos olhos não estão treinados a ver. O trabalho foi realizado na comunidade quilombola do município de Petrópolis, RJ, localizado na região de Itaipava, chamado Tapera. Essa comunidade, que também é rural, possui uma relação muito intrínseca com a água, com um manejo hidráulico ancestral e que trazia a água dos diversos rios existentes para perto de si. Essa água fluía durante todo dia, em todos os quintais, retornando então para os rios. Contudo, as grandes chuvas de janeiro de 2011 fizeram um grande marco em sua história, de forma que hoje contam sua trajetória como a Tapera antes das chuvas e a Tapera depois das chuvas. Depois de dois anos fora de seu território, retornaram após o reassentamento construído pela prefeitura, só que agora em local mais distante do rio. A forma da comunidade lidar com a água mudou drasticamente. Ao mesmo tempo em que passaram a possuir mais comodidade, algumas relações mudaram fortemente, inclusive com relação à água. Hoje toda a comunidade depende de apenas uma nascente para abastecê-la, barrando todo seu fluxo e estocando, de forma que enxergam a água apenas no abrir e fechar das torneiras. Com isso, é possível ver que com tecnologias de alguém de fora, implantou-se na área rural uma forma bem urbana de tratá-la. O rio que aparece nas informações do IBGE não segue mais aquele trajeto, não porque deixou de existir, mas sim porque agora percorre um caminho social, passando pelas casas e mudando completamente de qualidade até ser levado ao ambiente novamente. A partir do trabalho, conseguimos enxergar estes e outros movimentos sociais, além de propor uma metodologia relevante para o conhecimento do ciclo hidrossocial da Tapera, conhecemos uma comunidade importantíssima e cheia de histórias de forma que conseguimos ver, pelo menos em parte, o seu ciclo hidrossocial.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-06-25
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-10-22T01:59:38Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-02-20
2020-10-22T01:59:38Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11746
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11746
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICH – Instituto de Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/1/anacarolinepinheiroimbelloni.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/4/anacarolinepinheiroimbelloni.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11746/5/anacarolinepinheiroimbelloni.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e760c57cf2dece978b38f35af6f3330f
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
e6781d16715c5503ace01113c6b208c9
21b4c8c92b8ea7fe781a9d7ae1f8f0d5
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793962479278096384