Detecção e transmissibilidade de vírus em sementes de abóbora, pimentão e tomate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, João Eduardo Melo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
DFP - Programa de Pós-graduação
UFLA
BRASIL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/1636
Resumo: Tese apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia, para a obtenção do título de “Doutor”.
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spelling Detecção e transmissibilidade de vírus em sementes de abóbora, pimentão e tomateSementes - PatologiaVírus - Mecanismos de tansmissãoVírus - DetecçãoSementes - Patógenos viraisSeed pathologyVirus detectionTransmission mechanismsCNPQ_NÃO_INFORMADOTese apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia, para a obtenção do título de “Doutor”.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)VirologiaAs sementes são consideradas insumos primários em todo cultivo de interesse agrícola, o que torna a sua qualidade fisiológica e sanitária fator prioritário. Ao adquirir a semente, o agricultor deve ter sempre a garantia de que esta se encontra dentro dos padrões sanitários exigidos pelo Ministério da Agricultura. Para a diagnose de patógenos virais em sementes, até o momento, não existem metodologias estabelecidas e otimizadas nos laboratórios brasileiros. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de produzir, primeiramente, sementes de abóbora (Curcubita pepo) contaminadas naturalmente com Squash mosaic virus e de tomate (Solanum lycopersicum) e de pimentão (Capsicum annum) contaminadas natural e artificialmente com Tomato mosaic virus (ToMV) e Pepper mild motle virus (PMMoV), respectivamente. Após a obtenção das sementes, foram empregados os testes IC-RT-PCR, DASELISA, RT-PCR e teste biológico, para avaliar sua eficiência e sensibilidade na diagnose desses vírus nas sementes. Foram também investigados o mecanismo de transmissão do SqMV da planta para semente e da semente para planta e a distribuição do SqMV-LC2 nas sementes e nos órgãos florais das plantas de abóbora. As técnicas DAS-ELISA e IC-RT-PCR foram capazes de identificar o SqMV em 100% das amostras de sementes não germinadas, enquanto o RTPCR não foi capaz de detectá-lo em nenhuma semente. Após a germinação, o IC-RT-PCR detectou o SqMV em 15% e o DAS-ELISA, em 1,33% das folhas primárias analisadas individualmente. Em amostras compostas de folhas primárias de sementes germinadas, não foi possível a detecção do SqMV, nem pelo DAS-ELISA nem pelo IC-RT-PCR. A porcentagem de transmissão do SqMV por sementes de abóbora encontrada no teste biológico foi de 14%. No teste de sensibilidade, o IC-RT-PCR foi eficiente para detectar uma semente produzida pela planta de abóbora infectada com SqMV em uma amostra de 500 sementes. O DAS-ELISA foi eficiente para identificar o SqMV até a incidência de uma semente proveniente de planta infectada em uma amostra de 150 sementes. Assim sendo, a diagnose do SqMV pode ser realizada utilizando-se os cotilédones das sementes, aplicando-se tanto o ELISA quanto IC-RT-PCR. Nos estudos visando determinar os mecanismos de transmissão do SqMV da planta para semente, foi verificado que o SqMV pode infectar as sementes de abóbora de forma direta e/ou indireta. O SqMV foi identificado em todos os tecidos florais das plantas e das sementes. Considerando-se que o vetor Diabrotica speciosa pode se alimentar nas sementes, os cotilédones infectados com SqMV podem servir como fonte de inóculo no campo, sugerindo que somente a presença do SqMV nesse tecido é suficiente para iniciar o processo de disseminação do vírus na cultura. A produção de sementes de tomate com ToMV e pimentão com PMMoV foi eficiente tanto pelo método natural quanto artificial, tendo sido confirmado por DAS-ELISA. Para ambos os vírus, o DASELISA e IC-RT-PCR foram capazes de identificar uma semente contaminada em um lote de 1.000 sementes (combinadas em 30 subamostras), entretanto, o RT-PCR não foi capaz de detectá-los. No teste de sensibilidade verificou-se que o DAS-ELISA foi capaz de detectar 1 semente de tomate contaminada com ToMV em uma amostra com 200 sementes e 1 semente pimentão contaminada com o PMMoV em uma amostra com 150 sementes. Pelo IC-RT-PCR, foi possível a detecção do ToMV até a proporção de 1 semente contaminada em 400 sementes de tomate e a detecção do PMMoV até a proporção de uma semente contaminada em 300 sementes de pimentão. No teste biológico, não foi possível observar o aparecimento de sintomas que indicassem a infecção das plântulas por ToMV e PMMoV, quando se empregaram amostras com 0,1% de sementes contaminadas. Esses resultados demonstraram que o DAS-ELISA e o IC-RTPCR são as técnicas mais recomendadas para diagnose do ToMV e do PMMOV em sementes de tomate e de pimentão.Seeds are the primary inputs for crop production, which makes their physiological and phytosanitary qualities a high priority issue. When purchasing seeds, the farmer must always have a guarantee that they have the health standards required by the Ministry of Agriculture. Brazilian official laboratories have no longer established and optimized methodologies for diagnosis of viral pathogens in seeds. This study aimed firstly to produce pumpkin (Curcubita pepo) naturally infected with Squash mosaic virus (SqMV) and tomato (Solanum lycopersicum) and pepper (Capsicum annum) naturally and artificially contaminated with Tomato mosaic virus (ToMV) and Pepper mild virus motlevirus (PMMoV), respectively. After obtaining the seeds, were used the ICRT- PCR , DAS -ELISA , RT -PCR and biological tests to investigate their efficiency and sensitivity for the diagnosis of these viruses in seeds. It were also investigated the mechanisms of SqMV transmission from plants to seed and from seeds to seedlings, and the distribution of SqMV- LC2 isolate in seeds and floral organs in the squash plants. The techniques DAS- ELISA and IC- RTPCR were able to identify the SqMV in 100% of squash seeds, produced by SqMV infected plants, without germinating, while the RT-PCR failed to detect it in any seed. After germination, the IC -RT- PCR detected SqMV in 15% and DAS- ELISA in 1.33% of the primary leaves, when they were analyzed individually. Otherwise, in composite samples of primary leaves seeds was not possible to detect the SqMV neither by DAS- ELISA nor by IC- RT - PCR. The percentage of SqMV transmission by squash seeds found in biological tests was 14% . In the sensitivity test the IC- RT - PCR was efficient to detect one seed produced by the SqMV infected squash plant in a sample of 500 seeds. The DAS-ELISA was effective for identifying the SqMV up to one seed produced by infected plants in a sample of 150 seeds. Thus, the diagnosis of SqMV can be performed using the cotyledons of the seed, applying as both the ELISA IC- RTPCR. In studies to determine the mechanisms of transmission SqMV from plant to seeds, it was verified that the SqMV can infect pumpkin seeds directly and/or indirectly. The SqMV was identified in all tissues of plants and flower seeds. Considering that the vector Diabrotica speciosa can feed the seeds, cotyledons infected with SqMV can serve as a source of inoculum in the field, suggesting that the presence of only one SqMV infected seed is sufficient to initiate the spread of the virus in the culture. Seed production of tomato and peppers with ToMV and PMMoV was efficient using both natural and artificial methods, which was confirmed by DAS- ELISA. For both viruses, the DAS- ELISA and IC- RT - PCR were able to identify one seed in a contaminated batch of 1000 seeds (combined into 30 sub - samples), however the RT - PCR was unable to detect any of them. In the test sensitivity was found that DAS- ELISA was able to detect one tomato seed contaminated with ToMV in a sample of 200 seeds, and one pepper seed contaminated with PMMoV in a sample of 150 seeds. By IC- RT - PCR , it was possible to detect the ToMV to the proportion of one tomato contaminated seed in 400, and the detection of PMMoV to the proportion of one pepper contaminated seed in 300. In biological tests it was not possible to observe the appearance of symptoms that would indicate infection of the seedling, when employed seeds samples were contaminated with 0.1% of ToMV and PMMoV. These results demonstrated that the DAS- ELISA and IC- RT - PCR techniques are most recommended for diagnosis of the ToMV and PMMoV in seeds of tomato and pepperUNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDFP - Programa de Pós-graduaçãoUFLABRASILFigueira, Antônia dos ReisMachado, José da CruzSouza, Ricardo Magela deRosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco DaSouza, Elaine Aparecida deAlmeida, João Eduardo Melo de2014-02-11T16:08:10Z2014-02-11T16:08:10Z201320142013-10-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfALMEIDA, J. E. M. de. Detecção e transmissibilidade de vírus em sementes de abóbora, pimentão e tomate. 2013. 102 p. Tese (Doutorado em Fitopatologia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2013.http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/1636info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFLAinstname:Universidade Federal de Lavras (UFLA)instacron:UFLA2023-05-11T18:24:32Zoai:localhost:1/1636Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufla.br/oai/requestnivaldo@ufla.br || repositorio.biblioteca@ufla.bropendoar:2023-05-11T18:24:32Repositório Institucional da UFLA - Universidade Federal de Lavras (UFLA)false
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