Avaliação da percepção de fala e benefícios do uso de aparelhos de amplificação sonora individual em idosos

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Viviane Racioppi da Rocha Morgan
• Orientador(a): Sirley Alves da Silva Carvalho , Luciana Macedo de Resende
• Banca de defesa: Thamara Suzi dos Santos, Ludimila Labanca
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiológicas
• Departamento: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Audição; Audiologia; Perda auditiva; Auxiliares de audição; Idoso
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/49261

Introdução: Estudos evidenciam melhora nas habilidades auditivas após adaptação de aparelhos auditivos. A sua utilização traz, ainda, vários benefícios, incluindo melhora na qualidade de vida. É importante, portanto, mensurar o efeito do uso do AASI no índice de reconhecimento de fala e na autopercepção de seus benefícios pelo usuário. Objetivo: Verificar o efeito da adaptação de AASI no reconhecimento de fala e na autopercepção do seu benefício em idosos. Métodos: Estudo experimental, longitudinal, com 35 idosos usuários de AASI bilateral, realizado em duas etapas: no momento da adaptação dos dispositivos e seis meses depois. Procedimentos realizados: audiometria tonal, IPRF, aplicação dos questionários HHIE-s e QI-AASI e registro da média de tempo de uso diário do AASI. Foram realizadas análises: descritiva da caracterização da amostra, IPRF, HHIE-s, QI-AASI e tempo médio de uso do AASI; comparativa entre os resultados do IPRF e do HHIE-s nas duas etapas pelo teste de Wilcoxon; de correlação entre os resultados dos questionários, IPRF e tempo de uso do AASI pelo teste de Spearman; e de associação entre tempo de uso do AASI (categorizado em > ou < 8h) com IPRF, HHIE-s e QI-AASI pelo teste de Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de 5% e intervalos de confiança de 95%. Resultados: Amostra composta por 35 participantes (14 homens e 21 mulheres), sendo a idade mínima 60 anos, máxima de 89 anos e a média de 75,37 anos. Todos os participantes apresentaram perda auditiva do tipo sensorioneural, bilateralmente, de graus leve a moderadamente-severo. Comparando os dois momentos, a média percentual do IPRF teve melhora nas listas monossílabas e dissílabas e houve correlação moderada dessa melhora com a média de tempo de uso diário do AASI; a pontuação do questionário HHIE-s apresentou redução significativa; o QI-AASI apresentou média de pontuação de 29 pontos; A média de tempo de uso diário dos AASIs foi, em sua maioria (57,1%), menor que oito horas diárias. Conclusão: Na população estudada, o uso do AASI contribuiu para a melhora no reconhecimento de fala, redução da percepção dos efeitos da deficiência auditiva e autopercepção do benefício do uso dos dispositivos.