O território camponês como dimensão educativa: desafios e possibilidades da Educação do Campo em Grajaú-MA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Marcos Nicolau Santos da Silva lattes
Orientador(a): Maria Aparecida dos Santos Tubaldini lattes
Banca de defesa: Lussandra Martins Gianasi, Penha Souza Silva, Antônia Márcia Duarte Queiroz, Márcio José Celeri
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/30475
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi analisar as condições materiais e imateriais das escolas do campo de Grajaú-MA e problematizar a concepção de Educação do Campo ofertada no município. A metodologia da investigação amparou-se na pesquisa qualitativa, acompanhada de pesquisa em bancos de dados oficiais (Censo Escolar, IDEB, IBGE, INCRA), da Secretaria Municipal de Educação de Grajaú (SEMED) e na pesquisa de campo junto das escolas. As escolas do campo selecionadas foram a Escola Família Agrícola do Projeto Boa Vista (EFA de Grajaú), de ensino médio técnico em agropecuária, Escola Municipal Bom Futuro, Escola Municipal Pastor José Pires e Escola Municipal Professor José Rufino Sobrinho. As três últimas escolas são de Ensino Fundamental, considerando que, exceto a Escola Municipal Bom Futuro, todas estão localizadas em assentamentos rurais. Utilizamos a pesquisa participante como fundamento metodológico para orientar as atividades de campo. Em cada escola, as atividades foram desenvolvidas em três momentos com os estudantes: o primeiro encontro realizou-se a apresentação da proposta de pesquisa e atividades lúdicas para melhorar o contato com os estudantes, além de diagnóstico dos problemas da escola e das comunidades; o segundo encontro desenvolveu-se um mapa falado dos problemas indicados no primeiro encontro, utilizado como instrumento metodológico do Diagnóstico Rural Participativo, bem como a proposição de soluções para os problemas elencados; no terceiro encontro foram realizadas entrevistas com os gestores das escolas e com os professores. Os resultados evidenciaram que, na prática, a Educação do Campo não existe em Grajaú, pois as escolas reproduzem o mesmo modelo de educação da cidade. Todas as escolas apresentaram condições precárias de infraestrutura, reproduzindo o mesmo modelo de educação no campo brasileiro, a saber: estrutura física inadequada, salas de aula sem conforto térmico, falta de sala de aula para todas as turmas, classes multisseriadas cheias e com difíceis condições de trabalho para o professor, merenda insuficiente, pouco diversificada ou com baixo teor nutritivo, transporte escolar inseguro, precário, bem como estradas com baixa condição de tráfego, falta de professores periodicamente, entre outras. Essa precariedade reflete-se em forma de desterritorialização, levando os estudantes do campo à exclusão social. A educação precarizada é, portanto, obstáculo ao desenvolvimento da Educação do Campo e, por extensão, fragiliza os territórios camponeses. Soma-se a isso a disputa política na qual a educação do município, especificamente no campo, fica subordinada ao poder político, indicando os cargos, os docentes e demais servidores que gerem e atuam nas escolas, o que corrobora para o esvaecimento da Educação do Campo em Grajaú.
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Em cada escola, as atividades foram desenvolvidas em três momentos com os estudantes: o primeiro encontro realizou-se a apresentação da proposta de pesquisa e atividades lúdicas para melhorar o contato com os estudantes, além de diagnóstico dos problemas da escola e das comunidades; o segundo encontro desenvolveu-se um mapa falado dos problemas indicados no primeiro encontro, utilizado como instrumento metodológico do Diagnóstico Rural Participativo, bem como a proposição de soluções para os problemas elencados; no terceiro encontro foram realizadas entrevistas com os gestores das escolas e com os professores. Os resultados evidenciaram que, na prática, a Educação do Campo não existe em Grajaú, pois as escolas reproduzem o mesmo modelo de educação da cidade. Todas as escolas apresentaram condições precárias de infraestrutura, reproduzindo o mesmo modelo de educação no campo brasileiro, a saber: estrutura física inadequada, salas de aula sem conforto térmico, falta de sala de aula para todas as turmas, classes multisseriadas cheias e com difíceis condições de trabalho para o professor, merenda insuficiente, pouco diversificada ou com baixo teor nutritivo, transporte escolar inseguro, precário, bem como estradas com baixa condição de tráfego, falta de professores periodicamente, entre outras. Essa precariedade reflete-se em forma de desterritorialização, levando os estudantes do campo à exclusão social. A educação precarizada é, portanto, obstáculo ao desenvolvimento da Educação do Campo e, por extensão, fragiliza os territórios camponeses. Soma-se a isso a disputa política na qual a educação do município, especificamente no campo, fica subordinada ao poder político, indicando os cargos, os docentes e demais servidores que gerem e atuam nas escolas, o que corrobora para o esvaecimento da Educação do Campo em Grajaú.The objective of this research was to analyze the material and intangible conditions of the schools of Grajaú-MA field and problematize the conception of education of the field offered in the municipality. Moreover, it was also aimed at evaluating the teaching-learning of geography in the research schools. The methodology of the research was in the qualitative research, accompanied by research in official databases (school census, IDEB, IBGE, INCRA), the Municipal secretariat of Education of Grajaú (SEMED) and in the field research with the schools. The selected field schools were the Agricultural Family School of Boa Vista Project (EFA de Grajaú), high school technical in farming, Municipal School Bom Futuro, Municipal School Pastor José Pires and Municipal School Professor José Rufino Sobrinho. The last three schools are elementary school, whereas, except the Municipal School Bom Futuro, all are located in rural settlements. We use participant research as a methodological foundation to guide field activities. In each school, the activities were developed in three moments with the students: the first meeting was held the presentation of the proposal of research and playful activities to improve the contact with the students, besides diagnosing the problems of the school and communities; the second meeting developed a map spoken of the problems indicated in the first meeting, used as a methodological tool for Participatory Rural Diagnosis, as well as the proposition of solutions to listed problems; in the third meeting, interviews were conducted with the school managers and the teachers. The results showed that, in practice, the education of the field does not exist in Grajaú, because the schools reproduce the same model of education of the city. The results showed that in practice the education of the field does not exist in Grajaú, because the schools reproduce the same model of education in the city. All schools presented precarious conditions of infrastructure, reproducing the same model of education in the Brazilian field, namely: inadequate physical structure, classrooms without thermal comfort, lack of classroom for all classes, class multisseriadas full and difficult working conditions for the teacher, insufficient snack, little diversified or with low nutritional content, school transport insecure, precarious, as well as roads with low traffic condition, lack of teachers Periodically, among others. This precariousness is reflected in the form of deterritorialization, leading students from the field to social exclusion. The precarious education is therefore an obstacle to the development of the education of the countryside and, by extension, weakes the peasant territories. In addition to this, the political dispute in which the education of the municipality, specifically in the field, is subordinated to the political power, indicating the positions, the professors and other servants that manage and operate in schools, which corroborates the weakening of the Education of Campo in Grajaú.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEducação ruralEscolas agrícolasEscola do campoTerritório educativoPedagogia da alternânciaCidadaniaAprendizagem territorialO território camponês como dimensão educativa: desafios e possibilidades da Educação do Campo em Grajaú-MAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Versão final.pdfTese_Versão final.pdfAbertoapplication/pdf7623121https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30475/1/Tese_Vers%c3%a3o%20final.pdfb2cfe32bc301601ed1fb74f6239db833MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30475/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30475/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTTese_Versão final.pdf.txtTese_Versão final.pdf.txtExtracted texttext/plain471554https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30475/4/Tese_Vers%c3%a3o%20final.pdf.txtbe015da5865a87487daebca23c06c6f8MD541843/304752019-11-14 12:48:41.859oai:repositorio.ufmg.br:1843/30475TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:48:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Marcos Nicolau Santos da Silva
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