As topologias de redes de interações ecológicas e suas origens
Ano de defesa: | 2019 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
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Departamento: |
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
|
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/33333 |
Resumo: | A ciência de redes é uma ferramenta útil para analisar interações ecológicas e já produziu importantes descobertas, como a existência de topologias prevalentes, especialmente o aninhamento e a modularidade. Alguns estudos atribuem a prevalência desses padrões a um processo de seleção baseado na estabilidade das redes. Assim, tais topologias seriam mais comumente observadas na natureza por gerarem redes estáveis. Outros autores, porém, argumentam que essas topologias podem emergir diretamente dos processos que guiam as interações entre espécies. No primeiro capítulo desta tese, desenvolvemos um modelo que simula a evolução de espécies consumidoras usando espécies recursos, seguindo regras simples baseadas na hipótese integradora da especialização. Sem aplicar seleção por estabilidade, nosso modelo reproduziu todas as topologias comumente observadas em redes de interações. Simulações contendo recursos homogêneos formaram redes aninhadas e altamente generalizadas, enquanto simulações com alta heterogeneidade de recursos formaram principalmente redes de topologia combinada: formada por módulos internamente aninhados. No segundo capítulo, através de argumentos lógicos, mostramos que o aninhamento resulta de diferenças nas somas marginais de matrizes sem preferências. Processos que geram desigualdades nas frequências de interação das espécies, sem produzir preferências, resultam em aninhamento. Diferenças na abundância, aptidão e detectabilidade entre espécies, portanto, são potenciais causas dessa topologia. Adicionalmente, essa nova perspectiva nos permitiu relacionar modelos nulos com hipóteses explícitas sobre o aninhamento: o modelo equiprovável contém matrizes de topologia aleatória enquanto o modelo proporcional contém matrizes de topologia aninhada. A partir das evidências obtidas nos dois capítulos, concluímos que processos que guiam as interações entre espécies são capazes de produzir as principais topologias observadas em redes empíricas. A modularidade emerge como o resultado de trade-offs adaptativos enfrentados pelas espécies em sistemas diversos, enquanto o aninhamento resulta de processos que geram desigualdades nas frequências de interação das espécies. Por fim, a interação entre esses processos pode gerar redes de topologia combinada. |
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Marco Aurélio Ribeiro de Mellohttp://lattes.cnpq.br/7861179238186694Tatiana Garabini CornelissenMário Almeida NetoPaulo Enrique Cardoso PeixotoAristóteles Góes Netohttp://lattes.cnpq.br/9221834166844710Rafael Barros Pereira Pinheiro2020-04-28T18:59:42Z2020-04-28T18:59:42Z2019-06-30http://hdl.handle.net/1843/33333A ciência de redes é uma ferramenta útil para analisar interações ecológicas e já produziu importantes descobertas, como a existência de topologias prevalentes, especialmente o aninhamento e a modularidade. Alguns estudos atribuem a prevalência desses padrões a um processo de seleção baseado na estabilidade das redes. Assim, tais topologias seriam mais comumente observadas na natureza por gerarem redes estáveis. Outros autores, porém, argumentam que essas topologias podem emergir diretamente dos processos que guiam as interações entre espécies. No primeiro capítulo desta tese, desenvolvemos um modelo que simula a evolução de espécies consumidoras usando espécies recursos, seguindo regras simples baseadas na hipótese integradora da especialização. Sem aplicar seleção por estabilidade, nosso modelo reproduziu todas as topologias comumente observadas em redes de interações. Simulações contendo recursos homogêneos formaram redes aninhadas e altamente generalizadas, enquanto simulações com alta heterogeneidade de recursos formaram principalmente redes de topologia combinada: formada por módulos internamente aninhados. No segundo capítulo, através de argumentos lógicos, mostramos que o aninhamento resulta de diferenças nas somas marginais de matrizes sem preferências. Processos que geram desigualdades nas frequências de interação das espécies, sem produzir preferências, resultam em aninhamento. Diferenças na abundância, aptidão e detectabilidade entre espécies, portanto, são potenciais causas dessa topologia. Adicionalmente, essa nova perspectiva nos permitiu relacionar modelos nulos com hipóteses explícitas sobre o aninhamento: o modelo equiprovável contém matrizes de topologia aleatória enquanto o modelo proporcional contém matrizes de topologia aninhada. A partir das evidências obtidas nos dois capítulos, concluímos que processos que guiam as interações entre espécies são capazes de produzir as principais topologias observadas em redes empíricas. A modularidade emerge como o resultado de trade-offs adaptativos enfrentados pelas espécies em sistemas diversos, enquanto o aninhamento resulta de processos que geram desigualdades nas frequências de interação das espécies. Por fim, a interação entre esses processos pode gerar redes de topologia combinada.Network science is a powerful tool to study ecological interactions and produced several discoveries, as the existence of prevalent topologies, mainly nestedness and modularity. Some studies argue that these topologies result from selection against unstable networks, whereas others propose that they likely emerge from processes driving the interactions between pairs of species. In the first chapter of this thesis, we developed a model that simulates the evolution of consumer species using resource species, following rules based on the integrative hypothesis of specialization. Without applying selection on stability, our model produced all the topologies commonly observed in species interaction networks. Simulations with homogeneous resources resulted in highly generalized nested networks, while simulation with high resource heterogeneity resulted mainly in networks with compound topologies: modular with internally nested modules. In the second chapter, through logical arguments, we show that nestedness results from marginal sum inequalities in matrices without row-column preferences. Processes that increase inequalities in the interaction frequencies of species, without introducing preferences, promote nestedness. Unequal abundances, fitness and detectability, thus, may cause nestedness. Additionally, the new perspective allowed us to related null models with explicitly hypotheses on nestedness: the equiprobable model is made by random topology matrices, while the proportional model is made by nested matrices. From the evidences obtained in both chapters, we conclude that the processes driving species interactions are able to produce the main topologies observed in real-world species interaction networks. Modularity emerges from the adaptive trade-off faced by species in diverse systems, while nestedness results from processes that promote inequalities in the interaction frequencies of species. For last, the interaction between those processes may produce networks with compound topologies.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida SilvestreUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASEcologiaAninhamentoAnálise de modelos nulosInterações ecológicasModularidadeRedes consumidor-recursoRedes de interaçõesTopologia combinadaTopologia de redesTrade-offAdaptativosAs topologias de redes de interações ecológicas e suas origensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_RafaelBarrosPereiraPinheiro_TeseDOUTORADO.pdfPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_RafaelBarrosPereiraPinheiro_TeseDOUTORADO.pdfapplication/pdf3662004https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33333/1/PPGEcologiaConsManVidaSilvestre_RafaelBarrosPereiraPinheiro_TeseDOUTORADO.pdf5c539a64fa3a75f43bdefcb1124b6e9fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33333/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_RafaelBarrosPereiraPinheiro_TeseDOUTORADO.pdf.txtPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_RafaelBarrosPereiraPinheiro_TeseDOUTORADO.pdf.txtExtracted texttext/plain235924https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33333/3/PPGEcologiaConsManVidaSilvestre_RafaelBarrosPereiraPinheiro_TeseDOUTORADO.pdf.txt20147bdc76483d0688cbebc5d0193a77MD531843/333332020-04-29 03:26:15.452oai:repositorio.ufmg.br:1843/33333TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-04-29T06:26:15Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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