Avaliação dos impactos de rejeitos de mineração sobre a comunidade perifítica da Bacia do Rio Doce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Franciele de Carvalho Gonçalves lattes
Orientador(a): Cleber Cunha Figueredo lattes
Banca de defesa: Adaises Simone Maciel da Silva, Gabriela Von Rückert Heleno
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/42693
Resumo: O rompimento da barragem de Fundão impactou diretamente alguns rios da bacia hidrográfica do rio Doce, causando alterações imediatas quanto ao uso e a qualidade de suas águas, bem como sobre sua biota. As comunidades perifíticas se destacam por serem representantes da base trófica de rios e são comumente usadas na bioindicação. Nosso objetivo foi analisar a estrutura destas comunidades a fim de verificar se há diferenças em sua composição segundo um gradiente de impacto pelos rejeitos. Amostras de água (para análises físicas, químicas e quantificação de metais) e das comunidades perifíticas foram obtidas semestralmente, entre novembro de 2017 e junho de 2019, em três sítios: rio do Carmo (referência, não impactado), rio Gualaxo do Norte (altamente impactado) e rio Doce (impacto intermediário). Utilizamos também a base de dados do monitoramento realizado na região pelo IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) para comparar seus resultados e aqueles obtidos em nossas análises. Foi verificada uma separação espacial do rio Gualaxo do Norte em relação aos demais que parece estar relacionada a uma carência nutricional e química, visto que este rio foi caracterizado justamente pelas menores concentrações tanto de nutrientes quanto de metais. Tanto os resultados deste estudo, quanto aqueles obtidos pelo IGAM mostraram que todos os elementos avaliados estiveram abaixo dos valores estabelecidos pela legislação, exceto Al e Mn. Assim, a comunidade perifítica, ao apresentar menores valores de biomassa e de riqueza de espécies no sítio mais impactado na maioria das amostras, indicou que a onda de rejeitos que atingiu a bacia do rio Doce pode ter impactado a estrutura de suas comunidades. Além dessas variáveis, houve diferenças significativas na composição das comunidades perifíticas entre os rios estudados, com o rio Gualaxo do Norte sendo composto predominantemente pela espécie Achnanthidium minutissimum, relatada como tolerante a condições extremas. Foi evidenciado por esse estudo que as comunidades perifíticas usadas como bioindicadoras podem ser ferramentas complementares às tradicionalmente usadas no monitoramento dos sistemas aquáticos.
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Amostras de água (para análises físicas, químicas e quantificação de metais) e das comunidades perifíticas foram obtidas semestralmente, entre novembro de 2017 e junho de 2019, em três sítios: rio do Carmo (referência, não impactado), rio Gualaxo do Norte (altamente impactado) e rio Doce (impacto intermediário). Utilizamos também a base de dados do monitoramento realizado na região pelo IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) para comparar seus resultados e aqueles obtidos em nossas análises. Foi verificada uma separação espacial do rio Gualaxo do Norte em relação aos demais que parece estar relacionada a uma carência nutricional e química, visto que este rio foi caracterizado justamente pelas menores concentrações tanto de nutrientes quanto de metais. Tanto os resultados deste estudo, quanto aqueles obtidos pelo IGAM mostraram que todos os elementos avaliados estiveram abaixo dos valores estabelecidos pela legislação, exceto Al e Mn. Assim, a comunidade perifítica, ao apresentar menores valores de biomassa e de riqueza de espécies no sítio mais impactado na maioria das amostras, indicou que a onda de rejeitos que atingiu a bacia do rio Doce pode ter impactado a estrutura de suas comunidades. Além dessas variáveis, houve diferenças significativas na composição das comunidades perifíticas entre os rios estudados, com o rio Gualaxo do Norte sendo composto predominantemente pela espécie Achnanthidium minutissimum, relatada como tolerante a condições extremas. Foi evidenciado por esse estudo que as comunidades perifíticas usadas como bioindicadoras podem ser ferramentas complementares às tradicionalmente usadas no monitoramento dos sistemas aquáticos.The collapse of the Fundão dam impacted some rivers in the Doce river hydrographic basin. Periphytic communities are important because they are the base of trophic chains in rivers and they can also be used for bioindication. Our objective was to analyze the structure of these communities in order to verify if there are differences in their composition according to a gradient of impact by tailings from Fundão dam. Water samples (for physical, chemical and metal analyses) and periphytic communities were obtained every six months, between November 2017 and June 2019, at three sites: Carmo river (reference, non-impacted), Gualaxo do Norte river (highly impacted) and Doce river (intermediate impact). We also used the database produced by a monitoring carried out in the region by the IGAM (Minas Gerais Water Management Institute) to compare its results with those obtained in our analyses. the analyses showed that Gualaxo do Norte river was specially different from the others sampled sites. Results suggest that many differences were related to a nutritional and chemical deficiency, since this river was characterized by the lowest concentrations of both nutrients and metals. The results of this study and also those obtained by IGAM showed that all the elements evaluated were below the values established by legislation, except Al and Mn. Thus, the commonly observed lower biomass and richness of the periphytic community in the most impacted site indicated that the tailings wave may have impacted the structure of the communities in a different way than we supposed in the beginning of our study. Furthermore, there were significant differences in the composition of periphytic communities between the rivers studied, with the Gualaxo do Norte river being predominantly composed by Achnanthidium minutissimum, reported as tolerant to extreme conditions. It was evidenced by this study that the periphytic communities are interesting bioindicators that can complement the role of other variables that are traditionally used in the monitoring of aquatic systems.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICADegradação ambientalIndicadores biológicosRiosMonitoramentoQualidade da águadegradação ambiental, microorganismos bioindicadores, monitoramento de rios, qualidade da água.degradação ambiental, microorganismos bioindicadores, monitoramento de rios, qualidade da água.Avaliação dos impactos de rejeitos de mineração sobre a comunidade perifítica da Bacia do Rio Doceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALESCRITA VERSAO Final repositório.pdfESCRITA VERSAO Final repositório.pdfapplication/pdf1529286https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42693/3/ESCRITA%20VERSAO%20Final%20reposit%c3%b3rio.pdfa92b372dd3e33478ff628e4914cdc73aMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42693/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/426932022-06-27 10:33:30.103oai:repositorio.ufmg.br:1843/42693TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-06-27T13:33:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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