Escrita, paisagem e saúde na literatura indígena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rafael Otávio Fares Ferreira
Orientador(a): Maria Ines de Almeida
Banca de defesa: Luis Alberto Ferreira Brandao Santos, Jacyntho Jose Lins Brandao, Camila Bylaardt Volker, João Alves Rocha Neto
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/LETR-AQWN69
Resumo: A partir da experiência intercultural e transdiciplinar de produção de três livros indígenas sobre saúde, Curar (Hitupmãa), O livro maxakali conta sobre a floresta (Tikmn Mãxakani yõg mmãtiãgtux yõg tappet) estes dois escritos pelos Maxakali , e O livro vivo (Una Hiwea), feito pelos Huni Ku, este trabalho procura delinear o conceito de paisagem nas textualidades indígenas. Desfazendo dicotomias tais como o mito e ciência, primitivos e civilizados, as palavras e as coisas, numa relação não de representação, mas de interação, a paisagem está simbioticamente implicada nas escritas, nos saberes e nas formas indígenas próprias de conhecer. Sendo assim, ela também permeia as concepções de doença e cura, ou seja, o que esses povos consideram saúde. A proposta que os livros em questão nos apontam é de uma grande saúde, para além do humano: a cura da terra. Uma cura que necessita manejar a escrita para o cultivo das paisagens que o pensamento permite e que o planeta precisa para sobreviver. Para tal tarefa usamos a teoria do perspectivismo do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, as formulações sobre a escrita de Maria Gabriela Llansol e o conceito de devir de Gilles Deleuze e Félix Gattari.
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