Determinação da posição da extremidade distal do cateter venoso umbilical: uma comparação entre ecocardiografia e radiografia anteroposterior de tórax

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Adriana Furletti Machado Guimarães
Orientador(a): Zilda Maria Alves Meira
Banca de defesa: Leni Marcia Anchieta, Marcia Gomes Penido Machado
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9WYGCQ
Resumo: Objetivos: Avaliar a acurácia da análise simultânea dos três marcos anatômicos radiográficos diafragma, silhueta cardíaca e corpos vertebrais, na determinação da posição da extremidade distal do cateter venoso umbilical (CVU), utilizando a ecocardiografia como padrão de referência; avaliar o desempenho do nível vertebral em, isoladamente, predizer a posição do CVU; avaliar a relação do peso de nascimento e da idade gestacional com o posicionamento do cateter; avaliar a concordância das análises da radiografia de tórax entre médico radiologista e pediatra e comparar as variações da técnica de Dunn com a incidência de reposicionamento. Método: Estudo transversal, do tipo observacional, com inclusão prospectiva de dados de recém-nascidos, submetidos à inserção de CVU como parte do atendimento clínico. A posição da extremidade distal do CVU, determinada pela análise simultânea dos três marcos anatômicos radiográficos, foi comparada com a posição anatômica obtida pela ecocardiografia e a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia foram calculados. Uma curva ROC (Receiver operating characteristic) foi construída com o objetivo de avaliar o desempenho do nível vertebral em predizer a posição do CVU. Foi realizada uma análise comparativa entre o posicionamento do cateter e as variáveis: idade gestacional de nascimento e peso de nascimento. A concordância interobservadores foi avaliada pelo índice de Kappa. As medidas da distância ombro-umbigo em linha reta vertical e diagonal foram comparadas com a necessidade de reposicionamento do CVU. Resultados: A precisão da radiografia de tórax para detectar cateter na zona alvo foi de 67,28%. A avaliação do desempenho do corpo vertebral em predizer a posição do cateter, mostrou uma baixa capacidade do método em discriminar os cateteres bem e mal posicionados (área sob a curva ROC 0,66). Menor idade gestacional média e menor peso médio de nascimento associaram-se a maior incidência de mau posicionamento do CVU (p<0,01). O índice Kappa de concordância interobservadores (pediatra e radiologista) na determinação da extremidade distal do CVU, quando analisada a radiografia anteroposterior do tórax, foi de razoável a boa (0,52). A medida da distância ombro-umbigo em linha reta diagonal associou-se à maior necessidade de reposicionamento do CVU (p < 0,01). Conclusão: A radiografia anteroposterior de tórax isolada, mesmo analisando simultaneamente silhueta cardíaca, diafragma e corpos vertebrais, não é capaz de definir com segurança a posição da extremidade distal do CVU. A ecocardiografia permite a visibilização direta da ponta do cateter em relação às estruturas vasculares e deve ser considerada como padrão de referência para localização do CVU.
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Método: Estudo transversal, do tipo observacional, com inclusão prospectiva de dados de recém-nascidos, submetidos à inserção de CVU como parte do atendimento clínico. A posição da extremidade distal do CVU, determinada pela análise simultânea dos três marcos anatômicos radiográficos, foi comparada com a posição anatômica obtida pela ecocardiografia e a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia foram calculados. Uma curva ROC (Receiver operating characteristic) foi construída com o objetivo de avaliar o desempenho do nível vertebral em predizer a posição do CVU. Foi realizada uma análise comparativa entre o posicionamento do cateter e as variáveis: idade gestacional de nascimento e peso de nascimento. A concordância interobservadores foi avaliada pelo índice de Kappa. As medidas da distância ombro-umbigo em linha reta vertical e diagonal foram comparadas com a necessidade de reposicionamento do CVU. Resultados: A precisão da radiografia de tórax para detectar cateter na zona alvo foi de 67,28%. A avaliação do desempenho do corpo vertebral em predizer a posição do cateter, mostrou uma baixa capacidade do método em discriminar os cateteres bem e mal posicionados (área sob a curva ROC 0,66). Menor idade gestacional média e menor peso médio de nascimento associaram-se a maior incidência de mau posicionamento do CVU (p<0,01). O índice Kappa de concordância interobservadores (pediatra e radiologista) na determinação da extremidade distal do CVU, quando analisada a radiografia anteroposterior do tórax, foi de razoável a boa (0,52). A medida da distância ombro-umbigo em linha reta diagonal associou-se à maior necessidade de reposicionamento do CVU (p < 0,01). Conclusão: A radiografia anteroposterior de tórax isolada, mesmo analisando simultaneamente silhueta cardíaca, diafragma e corpos vertebrais, não é capaz de definir com segurança a posição da extremidade distal do CVU. A ecocardiografia permite a visibilização direta da ponta do cateter em relação às estruturas vasculares e deve ser considerada como padrão de referência para localização do CVU.Objectives: To evaluate the accuracy of the simultaneous analysis of three radiographic anatomical landmarks - diaphragm, cardiac silhouette and vertebral bodies, in determining the distal end of umbilical venous catheter (UVC) position using echocardiography as a reference standard; to evaluate the vertebral levels performance alone to predict the position of the UVC; to evaluate the relationship between birth weight and gestational age with catheter positioning; to evaluate the concordance of the analyses of the chest radiograph between a radiologist and a pediatrician and compare the variations of Dunn technique with the incidence of repositioning. Methods: Cross-sectional study, observational, with prospective inclusion of data of neonates subject to the insertion of UVC as part of clinical care. The position of the distal end of the CVU, determined by simultaneous analysis of three radiographic anatomical landmarks, was compared with the anatomical position obtained by echocardiography and the sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value and accuracy were calculated. A ROC curve (Receiver operating characteristic) was constructed with the objective of evaluating the vertebral levels performance in predicting the position of the UVC. A comparative analysis was made between the positioning of the catheter and the variables: gestational age and birth weight. The interobserver agreement was assessed by Kappa index. The measures of the shoulder-navel distance in a straight vertical line and in a straight diagonal line were compared with the repositioning of the CVU. Results: The accuracy of the chest radiography to detect catheter in the target area was 67.28%. The evaluation of the vertebral bodys performance to predict the position of the catheter showed a low method's ability to discriminate between well and malpositioned catheters (area under the ROC curve 0.66). Lower average gestational age and lower average birth weight were associated with higher incidence of poor positioning of the CVU (p <0.01). The Kappa index of interobserver agreement (pediatrician and radiologist) in determining the distal end of the CVU, when analyzing the anteroposterior radiograph of the chest, ranged from reasonable to good (0.52). The measure of the shoulder-navel distance in a straight diagonal line was associated with an increased need for repositioning the CVU (p <0.01). Conclusion: The isolated anteroposterior chest radiography, even while simultaneously analyzing cardiac silhouette, diaphragm and vertebral bodies, is not able to set the safety position of the distal end of UVC. Echocardiography allows direct visualization of the catheter tip in relation to the vascular structures and should be considered as reference standard to locate the UVC.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCateterismo venoso centralVeias umbilicaisRadiografia torácicaCateterismoDoenças do prematuro/diagnósticoEcocardiografiaArtérias umbilicaisMedicinaRecém-nascidoPediatriaCateterismo venoso centralVeias umbilicaisRadiografia torácicaEcocardiografiaRecém-nascidoDeterminação da posição da extremidade distal do cateter venoso umbilical: uma comparação entre ecocardiografia e radiografia anteroposterior de tóraxinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_mestrado_final.pdfapplication/pdf2619394https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WYGCQ/1/disserta__o_mestrado_final.pdfa8ec89bc9e8ab3b2ad6a19c6ca6ad571MD51TEXTdisserta__o_mestrado_final.pdf.txtdisserta__o_mestrado_final.pdf.txtExtracted texttext/plain108081https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WYGCQ/2/disserta__o_mestrado_final.pdf.txtee2f6349fcd7466577d7d973e629d06cMD521843/BUBD-9WYGCQ2019-11-14 12:22:05.154oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9WYGCQRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:22:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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