Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paulina Horta Liza lattes
Orientador(a): Vânia de Souza lattes
Banca de defesa: Unaí Tupinambás, Marise Oliveira Fonseca, Andéia Nogieria Delfino
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/30247
Resumo: Introdução: A Profilaxia Pós-Exposição sexual (PEP sexual) ao HIV decorrente de relações sexuais consentidas é parte de um plano preventivo de ações combinadas contra o HIV/aids. É indicada para situações de falha, rompimento ou não uso do preservativo. No Programa Brasileiro esta ação compreende o uso de antirretrovirais (ARV) por 28 dias, iniciados até 72 horas da exposição e o follow-up (seguimento) da pessoa assistida, realizado em três etapas. Apesar de consagrada em diversos países, estudos sinalizam para a necessidade de investimento em pesquisas que busquem elucidar fatores que intervêm na adesão à profilaxia. No Brasil, o uso da PEP sexual é ainda recente, sendo escassas as publicações nacionais nesta área. Objetivo: Analisar a adesão à profilaxia e ao cumprimento das etapas de seguimento das pessoas assistidas no Programa Brasileiro de Profilaxia Pós-Exposição sexual ao HIV, decorrente de relação consentida. Método: Estudo observacional, de coorte retrospectivo, realizado de fevereiro de 2011 a dezembro de 2017 com as PEP dispensadas em um serviço de referência, responsável pelo o maior número de atendimentos no município de Belo Horizonte, Minas Gerais – Brasil. Dados secundários, coletados por meio de um instrumento composto por 68 variáveis, armazenados no Programa EPI-DATA 3.1 e analisados pelo software estatístico SPSS 21.0. Amostra caracterizada pelo cálculo de freqüência, medidas de tendência central e variabilidade. Para avaliar os fatores associados à adesão à profilaxia e ao seguimento foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson, teste de Mann-whitney e o modelo de regressão logística binária, com estimativa do valor de Odds Ratio e intervalo de confiança de 95%. Todas as análises consideraram nível de significância de 5%. Resultados: Da amostra de 1996 pessoas a maioria eram homens, idade média de 30 anos, raça/cor parda, escolaridade de nível superior e residentes em Belo Horizonte. Foram predominantes as exposições por rompimento ou falhas no uso do preservativo (53,8%), decorrentes de relações anais (56,3%), ocorridas com parceria de sorologia desconhecida, mas pertencentes à população de alta prevalência ao HIV (57,4%). Mais da metade (68,1%) recebeu o esquema ARV composto pelos medicamentos Tenofovir, Lamivudina, Atazanavir e Ritonavir. Tiveram efeitos colaterais 84,9%. Aderiram aos 28 dias de medicação 33,6%. Na adesão parcial, o principal motivo da interrupção foi o efeito colateral (56,1%). Quanto ao seguimento 50,4% retornaram para pelo menos uma das etapas - exames basais (32,0%); 1º exame de HIV (36,6%) e 2º exame (15,1%). Concluíram as etapas do seguimento 6,8%. Foram fatores associados à maior chance de adesão à PEP: ter mais idade, residir em Belo Horizonte e região metropolitana, ser bissexual, ter se exposto com parceria sabidamente soropositiva para HIV e não ter utilizado esquema ARV com Tenofovir, Zidovudina e Lamivudina. Os fatores associados à maior chance de conclusão do seguimento foram ter mais idade, ter se exposto com parceria sabidamente soropositiva e o não uso do mesmo esquema ARV explicitado acima. Houve duas soroconversões ao HIV, uma devido à interrupção precoce da profilaxia e outra pela continuidade de exposições de risco. Conclusão: Observou-se baixos índices de adesão à PEP e ao seguimento sinalizando que a efetividade deste Programa depende de uma conjunção de estratégias, tendo por base os fatores preditores de adesão e medidas públicas que respondam aos perfis e especificidades da população. A ampliação do acesso ao serviço, a incorporação do uso de tecnologias de comunicação; a disponibilização de material educativo, a ampliação dos locais de atendimento, a escolha de esquemas ARVde melhor tolerabilidade, ações mais direcionadas para as mulheres e para a população com menor idade, além do acompanhamento e da orientação das pessoas assistidas são alguns caminhos a serem seguidos. O aprofundamento investigativo em outros serviços e regiões do Brasil representa um somatório para a visibilidade da experiência brasileira, tanto para a PEP sexual quanto para as demais estratégias de prevenção combinada ao HIV.
id UFMG_17ff498af305a4821db58b5b4d32b8c5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30247
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Vânia de Souzahttp://lattes.cnpq.br/2520886306368722Mery Natali Silva AbreuUnaí TupinambásMarise Oliveira FonsecaAndéia Nogieria Delfinohttp://lattes.cnpq.br/2318653722834486Paulina Horta Liza2019-10-10T15:05:15Z2019-10-10T15:05:15Z2019-05-14http://hdl.handle.net/1843/30247Introdução: A Profilaxia Pós-Exposição sexual (PEP sexual) ao HIV decorrente de relações sexuais consentidas é parte de um plano preventivo de ações combinadas contra o HIV/aids. É indicada para situações de falha, rompimento ou não uso do preservativo. No Programa Brasileiro esta ação compreende o uso de antirretrovirais (ARV) por 28 dias, iniciados até 72 horas da exposição e o follow-up (seguimento) da pessoa assistida, realizado em três etapas. Apesar de consagrada em diversos países, estudos sinalizam para a necessidade de investimento em pesquisas que busquem elucidar fatores que intervêm na adesão à profilaxia. No Brasil, o uso da PEP sexual é ainda recente, sendo escassas as publicações nacionais nesta área. Objetivo: Analisar a adesão à profilaxia e ao cumprimento das etapas de seguimento das pessoas assistidas no Programa Brasileiro de Profilaxia Pós-Exposição sexual ao HIV, decorrente de relação consentida. Método: Estudo observacional, de coorte retrospectivo, realizado de fevereiro de 2011 a dezembro de 2017 com as PEP dispensadas em um serviço de referência, responsável pelo o maior número de atendimentos no município de Belo Horizonte, Minas Gerais – Brasil. Dados secundários, coletados por meio de um instrumento composto por 68 variáveis, armazenados no Programa EPI-DATA 3.1 e analisados pelo software estatístico SPSS 21.0. Amostra caracterizada pelo cálculo de freqüência, medidas de tendência central e variabilidade. Para avaliar os fatores associados à adesão à profilaxia e ao seguimento foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson, teste de Mann-whitney e o modelo de regressão logística binária, com estimativa do valor de Odds Ratio e intervalo de confiança de 95%. Todas as análises consideraram nível de significância de 5%. Resultados: Da amostra de 1996 pessoas a maioria eram homens, idade média de 30 anos, raça/cor parda, escolaridade de nível superior e residentes em Belo Horizonte. Foram predominantes as exposições por rompimento ou falhas no uso do preservativo (53,8%), decorrentes de relações anais (56,3%), ocorridas com parceria de sorologia desconhecida, mas pertencentes à população de alta prevalência ao HIV (57,4%). Mais da metade (68,1%) recebeu o esquema ARV composto pelos medicamentos Tenofovir, Lamivudina, Atazanavir e Ritonavir. Tiveram efeitos colaterais 84,9%. Aderiram aos 28 dias de medicação 33,6%. Na adesão parcial, o principal motivo da interrupção foi o efeito colateral (56,1%). Quanto ao seguimento 50,4% retornaram para pelo menos uma das etapas - exames basais (32,0%); 1º exame de HIV (36,6%) e 2º exame (15,1%). Concluíram as etapas do seguimento 6,8%. Foram fatores associados à maior chance de adesão à PEP: ter mais idade, residir em Belo Horizonte e região metropolitana, ser bissexual, ter se exposto com parceria sabidamente soropositiva para HIV e não ter utilizado esquema ARV com Tenofovir, Zidovudina e Lamivudina. Os fatores associados à maior chance de conclusão do seguimento foram ter mais idade, ter se exposto com parceria sabidamente soropositiva e o não uso do mesmo esquema ARV explicitado acima. Houve duas soroconversões ao HIV, uma devido à interrupção precoce da profilaxia e outra pela continuidade de exposições de risco. Conclusão: Observou-se baixos índices de adesão à PEP e ao seguimento sinalizando que a efetividade deste Programa depende de uma conjunção de estratégias, tendo por base os fatores preditores de adesão e medidas públicas que respondam aos perfis e especificidades da população. A ampliação do acesso ao serviço, a incorporação do uso de tecnologias de comunicação; a disponibilização de material educativo, a ampliação dos locais de atendimento, a escolha de esquemas ARVde melhor tolerabilidade, ações mais direcionadas para as mulheres e para a população com menor idade, além do acompanhamento e da orientação das pessoas assistidas são alguns caminhos a serem seguidos. O aprofundamento investigativo em outros serviços e regiões do Brasil representa um somatório para a visibilidade da experiência brasileira, tanto para a PEP sexual quanto para as demais estratégias de prevenção combinada ao HIV.Introduction: The HIV post-exposure prophylaxis (PEP) is part of a multiple-action prevention plan against HIV/AIDS. It is recommended for situations involving failure or the non-use of condoms. In the Brazilian program, this plan involves taking antiretroviral medicines (ART) for 28 days, starting up to 72 hours of potential exposure to HIV, and a three-stage follow-up with the assisted individual. Although this technique is renowned in several countries, studies indicate the need for investment in research that seeks to elucidate factors involved in the adherence to prophylaxis. The use of PEP is still recent and national publications in this area are scarce. Objective: To analyse adherence to prophylaxis and compliance with follow-up stages for the individuals assisted by the Programa Brasileiro de Profilaxia Pós-Exposição sexual ao HIV, as a result of consensual intercourse. Method: Observational study, retrospective, carried out between February 2011 and December 2017, with PEPs dispensed at a reference health centre, which is responsible for the largest number of treatments in the city of Belo Horizonte, Minas Gerais – Brazil. Secondary data collection carried out with a 68-variable instrument. The data was stored in the EPI-3.1 DATE software and analyzed by the statistical software SPSS 21.0. The sample was characterised through frequency calculation, measures of central tendency and variability. To assess the factors associated with adherence to prophylaxis and to the follow-up, the following have been used: the Pearson Chi-square test, the Mann-Whitney test and the binary logistic regression model, with estimates of the Odds Ratio value and confidence interval of 95%. All the analysis considered a significance level of 5%. Results: Out of the 1996-user sample, the majority were men, 30 years old on average, brown-coloured, with a higher education degree, and residents of the city of Belo Horizonte. Exposures were predominantly due to condom breakage or failure (53.8%) arising from anal intercourse (56.3%), intercourse with unknown serology partners, but belonging to the population of high prevalence of HIV (57.4%). More than half of them (68.1%) received the antiretroviral drugs composed of Tenofovir, Lamivudine, Atazanavir and Ritonavir. Side effects were observed in 84.9%. 33.6% adhered to medications for 28 days. In cases of partial adherence, the side effect was the main reason for an interruption for 56.1%. Regarding the follow-up cases, 50.4% returned for at least one of the stages - basal exams (32.0%); 1st HIV test (36.6%) and 2nd test (15.1%). A total of 6.8% have completed all the stages. Higher adherence to PEP was associated with the following factors: advanced age, residence in Belo Horizonte or its metropolitan region, being bisexual, having had intercourse with a partner known to be HIV positive and not taking Tenofovir, Zidovudine and Lamivudine antiretrovirals. The factors associated with the highest chances of follow-up completion were advanced age and having had intercourse with a partner known to be HIV positive and not taking the aforementioned antiretrovirals. There have been two cases of seroconversion to HIV – one of them due to early interruption of the prophylaxis, and the other due to continuing risk exposure. Conclusion: Low rates of adherence to PEP and follow-up procedures were observed, signposting that the effectiveness of this program is dependent on a combination of strategies, based on the predictors of adherence and public measures that respond to the profiles and the specificities of population. Possible solutions involve increased access to treatment, incorporation of communication technologies; the provision of educational material, expansion of treatment centres, choosing better tolerability antiretroviral drugs, campaigns targeting women and younger population, as well as monitoring and offering guidance to assisted individuals. Further research into this area in other treatment centres and regions in Brazil may increase visibility of the Brazilian experience for both the PEP and other combined HIV prevention strategies. Keywords: Post-exposure prophylaxis. HIV. Adherence.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFMGBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMProfilaxia pós-exposição sexualHIVAdesãoProfilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALPaulina Horta Liza diss.pdfPaulina Horta Liza diss.pdfAbertoapplication/pdf4294929https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30247/1/Paulina%20Horta%20Liza%20diss.pdf36a57d2c7547a909ef9fa4f948a6eed4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30247/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTPaulina Horta Liza diss.pdf.txtPaulina Horta Liza diss.pdf.txtExtracted texttext/plain177296https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30247/3/Paulina%20Horta%20Liza%20diss.pdf.txt5a45d74b1c811e9c2ba218ffd6df862eMD531843/302472019-11-14 12:22:49.337oai:repositorio.ufmg.br:1843/30247TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:22:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
title Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
spellingShingle Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
Paulina Horta Liza
Profilaxia pós-exposição sexual
HIV
Adesão
title_short Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
title_full Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
title_fullStr Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
title_full_unstemmed Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
title_sort Profilaxia pós-exposição sexual para hiv: uma análise retrospectiva sobre a adesão e o seguimento das pessoas assistidas
author Paulina Horta Liza
author_facet Paulina Horta Liza
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vânia de Souza
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2520886306368722
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Mery Natali Silva Abreu
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Unaí Tupinambás
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marise Oliveira Fonseca
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Andéia Nogieria Delfino
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2318653722834486
dc.contributor.author.fl_str_mv Paulina Horta Liza
contributor_str_mv Vânia de Souza
Mery Natali Silva Abreu
Unaí Tupinambás
Marise Oliveira Fonseca
Andéia Nogieria Delfino
dc.subject.por.fl_str_mv Profilaxia pós-exposição sexual
HIV
Adesão
topic Profilaxia pós-exposição sexual
HIV
Adesão
description Introdução: A Profilaxia Pós-Exposição sexual (PEP sexual) ao HIV decorrente de relações sexuais consentidas é parte de um plano preventivo de ações combinadas contra o HIV/aids. É indicada para situações de falha, rompimento ou não uso do preservativo. No Programa Brasileiro esta ação compreende o uso de antirretrovirais (ARV) por 28 dias, iniciados até 72 horas da exposição e o follow-up (seguimento) da pessoa assistida, realizado em três etapas. Apesar de consagrada em diversos países, estudos sinalizam para a necessidade de investimento em pesquisas que busquem elucidar fatores que intervêm na adesão à profilaxia. No Brasil, o uso da PEP sexual é ainda recente, sendo escassas as publicações nacionais nesta área. Objetivo: Analisar a adesão à profilaxia e ao cumprimento das etapas de seguimento das pessoas assistidas no Programa Brasileiro de Profilaxia Pós-Exposição sexual ao HIV, decorrente de relação consentida. Método: Estudo observacional, de coorte retrospectivo, realizado de fevereiro de 2011 a dezembro de 2017 com as PEP dispensadas em um serviço de referência, responsável pelo o maior número de atendimentos no município de Belo Horizonte, Minas Gerais – Brasil. Dados secundários, coletados por meio de um instrumento composto por 68 variáveis, armazenados no Programa EPI-DATA 3.1 e analisados pelo software estatístico SPSS 21.0. Amostra caracterizada pelo cálculo de freqüência, medidas de tendência central e variabilidade. Para avaliar os fatores associados à adesão à profilaxia e ao seguimento foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson, teste de Mann-whitney e o modelo de regressão logística binária, com estimativa do valor de Odds Ratio e intervalo de confiança de 95%. Todas as análises consideraram nível de significância de 5%. Resultados: Da amostra de 1996 pessoas a maioria eram homens, idade média de 30 anos, raça/cor parda, escolaridade de nível superior e residentes em Belo Horizonte. Foram predominantes as exposições por rompimento ou falhas no uso do preservativo (53,8%), decorrentes de relações anais (56,3%), ocorridas com parceria de sorologia desconhecida, mas pertencentes à população de alta prevalência ao HIV (57,4%). Mais da metade (68,1%) recebeu o esquema ARV composto pelos medicamentos Tenofovir, Lamivudina, Atazanavir e Ritonavir. Tiveram efeitos colaterais 84,9%. Aderiram aos 28 dias de medicação 33,6%. Na adesão parcial, o principal motivo da interrupção foi o efeito colateral (56,1%). Quanto ao seguimento 50,4% retornaram para pelo menos uma das etapas - exames basais (32,0%); 1º exame de HIV (36,6%) e 2º exame (15,1%). Concluíram as etapas do seguimento 6,8%. Foram fatores associados à maior chance de adesão à PEP: ter mais idade, residir em Belo Horizonte e região metropolitana, ser bissexual, ter se exposto com parceria sabidamente soropositiva para HIV e não ter utilizado esquema ARV com Tenofovir, Zidovudina e Lamivudina. Os fatores associados à maior chance de conclusão do seguimento foram ter mais idade, ter se exposto com parceria sabidamente soropositiva e o não uso do mesmo esquema ARV explicitado acima. Houve duas soroconversões ao HIV, uma devido à interrupção precoce da profilaxia e outra pela continuidade de exposições de risco. Conclusão: Observou-se baixos índices de adesão à PEP e ao seguimento sinalizando que a efetividade deste Programa depende de uma conjunção de estratégias, tendo por base os fatores preditores de adesão e medidas públicas que respondam aos perfis e especificidades da população. A ampliação do acesso ao serviço, a incorporação do uso de tecnologias de comunicação; a disponibilização de material educativo, a ampliação dos locais de atendimento, a escolha de esquemas ARVde melhor tolerabilidade, ações mais direcionadas para as mulheres e para a população com menor idade, além do acompanhamento e da orientação das pessoas assistidas são alguns caminhos a serem seguidos. O aprofundamento investigativo em outros serviços e regiões do Brasil representa um somatório para a visibilidade da experiência brasileira, tanto para a PEP sexual quanto para as demais estratégias de prevenção combinada ao HIV.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-10T15:05:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-10-10T15:05:15Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-05-14
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30247
url http://hdl.handle.net/1843/30247
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30247/1/Paulina%20Horta%20Liza%20diss.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30247/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30247/3/Paulina%20Horta%20Liza%20diss.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 36a57d2c7547a909ef9fa4f948a6eed4
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
5a45d74b1c811e9c2ba218ffd6df862e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973025673445376