Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ana Claudia Menezes Araujo lattes
Orientador(a): Fábio Bonfim Duarte lattes
Banca de defesa: Rozana Reigota Naves, Quesler Fagundes Camargos, Maria José de Oliveira, Janayna Maria da Rocha Carvalho
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Departamento: FALE - FACULDADE DE LETRAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/56002
Resumo: Esta tese tem por objetivo investigar o comportamento sintático das sentenças anticausativas que figuram no par da alternância causativa da língua Tenetehára-Guajajára, pertencente à família linguística Tupí-Guaraní. Identificou-se que, nessa língua, ocorrem sentenças anticausativas não marcadas morfologicamente e sentenças anticausativas que são marcadas por meio do prefixo de voz anticausativa {ze-}. O morfema {ze-} é também compartilhado por sentenças reflexivas nas quais atua como um reflexivizador. Nesse âmbito, proponho que as anticausativas do Tenetehára-Guajajára apresentam duas estruturas sintáticas básicas, a saber: i) uma estrutura formada a partir de uma projeção vP e uma projeção VoiceP expletiva para representar as anticausativas marcadas pelo prefixo {ze-} e ii) uma estrutura formada apenas por uma projeção vP para representar as anticausativas não marcadas morfologicamente. Neste estudo, adoto os pressupostos teóricos da Morfologia Distribuída, que permitiram uma abordagem pautada na relação morfologia-sintaxe, possibilitando uma melhor compreensão da representação sintática do significado verbal. Mais precisamente, fundamentei-me na abordagem teórica de Alexiadou, Anagnostopolou e Schäfer (2015), segundo a qual a alternância causativa é uma alternância de Voice. Esses autores destacam que causativas possuem um Voice ativo que introduz o argumento externo, enquanto anticausativas que apresentam uma morfologia de voz anticausativa instanciam um Voice expletivo onde essa voz é licenciada, divergindo de anticausativas não-marcadas, que não licenciam esse núcleo. Os resultados das análises sobre estrutura argumental dos dois tipos de sentenças anticausativas – não marcadas e marcadas morfologicamente – na língua Guajajára mostram as seguintes conclusões principais: i) a estrutura do vP permanece a mesma em anticausativas marcadas e não marcadas; ii) a estrutura vP de anticausativas marcadas e não marcadas possui um núcleo v, o qual atesta a causativização dessas sentenças; iii) o morfema de voz anticausativa {ze-} não faz parte da projeção vP e, devido a isso, assumo que o referido morfema é licenciado em uma projeção VoiceP expletiva, com propriedade defectiva. Já a análise do sincretismo reflexivo-anticausativo nos permitiu verificar que, embora marque voz reflexiva e voz anticausativa, respectivamente, o morfema {ze-} tem comportamentos sintático e semântico diferentes em cada tipo de estrutura, ou seja, nas reflexivas tem-se um Voice que projeta um argumento externo, enquanto em anticausativas esse Voice é defectivo que e, por isso, não projeta um argumento externo, resultando em um núcleo expletivo.
id UFMG_2199f195c658faa7979d0c0d45163af8
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/56002
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Fábio Bonfim Duartehttp://lattes.cnpq.br/3332287915205530Rozana Reigota NavesQuesler Fagundes CamargosMaria José de OliveiraJanayna Maria da Rocha Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/3344896265438168Ana Claudia Menezes Araujo2023-07-10T14:19:46Z2023-07-10T14:19:46Z2023-06-02http://hdl.handle.net/1843/56002Esta tese tem por objetivo investigar o comportamento sintático das sentenças anticausativas que figuram no par da alternância causativa da língua Tenetehára-Guajajára, pertencente à família linguística Tupí-Guaraní. Identificou-se que, nessa língua, ocorrem sentenças anticausativas não marcadas morfologicamente e sentenças anticausativas que são marcadas por meio do prefixo de voz anticausativa {ze-}. O morfema {ze-} é também compartilhado por sentenças reflexivas nas quais atua como um reflexivizador. Nesse âmbito, proponho que as anticausativas do Tenetehára-Guajajára apresentam duas estruturas sintáticas básicas, a saber: i) uma estrutura formada a partir de uma projeção vP e uma projeção VoiceP expletiva para representar as anticausativas marcadas pelo prefixo {ze-} e ii) uma estrutura formada apenas por uma projeção vP para representar as anticausativas não marcadas morfologicamente. Neste estudo, adoto os pressupostos teóricos da Morfologia Distribuída, que permitiram uma abordagem pautada na relação morfologia-sintaxe, possibilitando uma melhor compreensão da representação sintática do significado verbal. Mais precisamente, fundamentei-me na abordagem teórica de Alexiadou, Anagnostopolou e Schäfer (2015), segundo a qual a alternância causativa é uma alternância de Voice. Esses autores destacam que causativas possuem um Voice ativo que introduz o argumento externo, enquanto anticausativas que apresentam uma morfologia de voz anticausativa instanciam um Voice expletivo onde essa voz é licenciada, divergindo de anticausativas não-marcadas, que não licenciam esse núcleo. Os resultados das análises sobre estrutura argumental dos dois tipos de sentenças anticausativas – não marcadas e marcadas morfologicamente – na língua Guajajára mostram as seguintes conclusões principais: i) a estrutura do vP permanece a mesma em anticausativas marcadas e não marcadas; ii) a estrutura vP de anticausativas marcadas e não marcadas possui um núcleo v, o qual atesta a causativização dessas sentenças; iii) o morfema de voz anticausativa {ze-} não faz parte da projeção vP e, devido a isso, assumo que o referido morfema é licenciado em uma projeção VoiceP expletiva, com propriedade defectiva. Já a análise do sincretismo reflexivo-anticausativo nos permitiu verificar que, embora marque voz reflexiva e voz anticausativa, respectivamente, o morfema {ze-} tem comportamentos sintático e semântico diferentes em cada tipo de estrutura, ou seja, nas reflexivas tem-se um Voice que projeta um argumento externo, enquanto em anticausativas esse Voice é defectivo que e, por isso, não projeta um argumento externo, resultando em um núcleo expletivo.This dissertation aims to investigate the syntactic behavior in anticausatives that appear in the causative alternation pair in Tenetehára-Guajajára, which is a language belonging to the Tupí-Guaraní family. We identified that this language presents unmarked anticausative sentences in its morphology, as well as anticausatives marked through the prefix {ze-}, which indicates anticausative voice. This morpheme can also indicate reflexive sentences, in which it acts as a reflexivizer. In this scope, we propose that anticausatives in Tenetehára-Guajajára present two basic syntactic structures, as follows: i) one formed from vP projection and a VoiceP expletive projection to represent anticausatives marked by {ze-}, and ii) one formed only by a vP projection to represent morphologically unmarked anticausatives. In this study, we adopt theoretical assumptions from Distributed Morphology that allow an approach on the morphology-syntax relationship, enabling a better understanding of the syntactic representation of the verbal meaning. More precisely, we are grounded in Alexiadou, Anagnostopolou e Schäfer (2015)’s assumptions, according to which causative alternation is an alternation in Voice. These authors highlight that causatives have active Voice introducing the external argument, while anticausatives with anticausative voice morphology instantiate expletive Voice where it is licensed, diverging from unmarked anticausatives, that do not license this head. The results from the argument structure analysis of the two kinds of anticausative sentences – morphologically marked and unmarked – in Guajajára show the following conclusions: i) the vP structure stays the same in marked and unmarked anticausatives; ii) the vP structure of marked and unmarked anticausatives has a v head, which attests the causativization of these sentences; and iii) the morpheme of anticausative Voice {ze-} is not part of the vP projection and, because of this, we assume that such morpheme is licensed in an expletive VoiceP projection, with defective property. On the other hand, the analysis of the reflexive-anticausative syncretism allowed us to verify that, even though it marks reflexive voice and anticausative voice, respectively, the morpheme {ze-} has different syntactic and semantic behaviors in each structure. In other words, in reflexives, we have Voice projecting external argument, while this same Voice is defective in anticausatives and, because of this, does not project external argument, resulting in an expletive head.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua tenetehara – SintaxeLíngua tenetehara – MorfologiaLíngua tenetehara – GramáticaLíngua tenetehara – SentençasIndígenas da América do Sul – Brasil – LínguasÍndios teneteharaAlternância causativaAlternância causativaSentenças anticausativasSentenças anticausativasLíngua Tenetehára-GuajajáraLíngua Tenetehára-GuajajáraSintaxeSintaxeMorfologiaMorfologiaAnticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALANTICAUSATIVAS EM TENETEHÁRA-GUAJAJÁRA - UMA ANÁLISE FORMAL .pdfANTICAUSATIVAS EM TENETEHÁRA-GUAJAJÁRA - UMA ANÁLISE FORMAL .pdfapplication/pdf11684660https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56002/1/ANTICAUSATIVAS%20EM%20TENETEHA%cc%81RA-GUAJAJA%cc%81RA%20-%20UMA%20ANA%cc%81LISE%20FORMAL%20.pdf622ec99a79c7c351b6c0c57bbdde202aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56002/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/560022023-07-10 11:19:47.209oai:repositorio.ufmg.br:1843/56002TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-07-10T14:19:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
title Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
spellingShingle Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
Ana Claudia Menezes Araujo
Alternância causativa
Alternância causativa
Sentenças anticausativas
Sentenças anticausativas
Língua Tenetehára-Guajajára
Língua Tenetehára-Guajajára
Sintaxe
Sintaxe
Morfologia
Morfologia
Língua tenetehara – Sintaxe
Língua tenetehara – Morfologia
Língua tenetehara – Gramática
Língua tenetehara – Sentenças
Indígenas da América do Sul – Brasil – Línguas
Índios tenetehara
title_short Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
title_full Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
title_fullStr Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
title_full_unstemmed Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
title_sort Anticausativas em Tenetehára-Guajajára: uma análise formal
author Ana Claudia Menezes Araujo
author_facet Ana Claudia Menezes Araujo
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fábio Bonfim Duarte
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3332287915205530
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Rozana Reigota Naves
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Quesler Fagundes Camargos
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Maria José de Oliveira
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Janayna Maria da Rocha Carvalho
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3344896265438168
dc.contributor.author.fl_str_mv Ana Claudia Menezes Araujo
contributor_str_mv Fábio Bonfim Duarte
Rozana Reigota Naves
Quesler Fagundes Camargos
Maria José de Oliveira
Janayna Maria da Rocha Carvalho
dc.subject.por.fl_str_mv Alternância causativa
Alternância causativa
Sentenças anticausativas
Sentenças anticausativas
Língua Tenetehára-Guajajára
Língua Tenetehára-Guajajára
Sintaxe
Sintaxe
Morfologia
Morfologia
topic Alternância causativa
Alternância causativa
Sentenças anticausativas
Sentenças anticausativas
Língua Tenetehára-Guajajára
Língua Tenetehára-Guajajára
Sintaxe
Sintaxe
Morfologia
Morfologia
Língua tenetehara – Sintaxe
Língua tenetehara – Morfologia
Língua tenetehara – Gramática
Língua tenetehara – Sentenças
Indígenas da América do Sul – Brasil – Línguas
Índios tenetehara
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Língua tenetehara – Sintaxe
Língua tenetehara – Morfologia
Língua tenetehara – Gramática
Língua tenetehara – Sentenças
Indígenas da América do Sul – Brasil – Línguas
Índios tenetehara
description Esta tese tem por objetivo investigar o comportamento sintático das sentenças anticausativas que figuram no par da alternância causativa da língua Tenetehára-Guajajára, pertencente à família linguística Tupí-Guaraní. Identificou-se que, nessa língua, ocorrem sentenças anticausativas não marcadas morfologicamente e sentenças anticausativas que são marcadas por meio do prefixo de voz anticausativa {ze-}. O morfema {ze-} é também compartilhado por sentenças reflexivas nas quais atua como um reflexivizador. Nesse âmbito, proponho que as anticausativas do Tenetehára-Guajajára apresentam duas estruturas sintáticas básicas, a saber: i) uma estrutura formada a partir de uma projeção vP e uma projeção VoiceP expletiva para representar as anticausativas marcadas pelo prefixo {ze-} e ii) uma estrutura formada apenas por uma projeção vP para representar as anticausativas não marcadas morfologicamente. Neste estudo, adoto os pressupostos teóricos da Morfologia Distribuída, que permitiram uma abordagem pautada na relação morfologia-sintaxe, possibilitando uma melhor compreensão da representação sintática do significado verbal. Mais precisamente, fundamentei-me na abordagem teórica de Alexiadou, Anagnostopolou e Schäfer (2015), segundo a qual a alternância causativa é uma alternância de Voice. Esses autores destacam que causativas possuem um Voice ativo que introduz o argumento externo, enquanto anticausativas que apresentam uma morfologia de voz anticausativa instanciam um Voice expletivo onde essa voz é licenciada, divergindo de anticausativas não-marcadas, que não licenciam esse núcleo. Os resultados das análises sobre estrutura argumental dos dois tipos de sentenças anticausativas – não marcadas e marcadas morfologicamente – na língua Guajajára mostram as seguintes conclusões principais: i) a estrutura do vP permanece a mesma em anticausativas marcadas e não marcadas; ii) a estrutura vP de anticausativas marcadas e não marcadas possui um núcleo v, o qual atesta a causativização dessas sentenças; iii) o morfema de voz anticausativa {ze-} não faz parte da projeção vP e, devido a isso, assumo que o referido morfema é licenciado em uma projeção VoiceP expletiva, com propriedade defectiva. Já a análise do sincretismo reflexivo-anticausativo nos permitiu verificar que, embora marque voz reflexiva e voz anticausativa, respectivamente, o morfema {ze-} tem comportamentos sintático e semântico diferentes em cada tipo de estrutura, ou seja, nas reflexivas tem-se um Voice que projeta um argumento externo, enquanto em anticausativas esse Voice é defectivo que e, por isso, não projeta um argumento externo, resultando em um núcleo expletivo.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-07-10T14:19:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-07-10T14:19:46Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-06-02
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/56002
url http://hdl.handle.net/1843/56002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56002/1/ANTICAUSATIVAS%20EM%20TENETEHA%cc%81RA-GUAJAJA%cc%81RA%20-%20UMA%20ANA%cc%81LISE%20FORMAL%20.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/56002/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 622ec99a79c7c351b6c0c57bbdde202a
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973173743910912