Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carla Ribeiro Álvares Batista lattes
Orientador(a): Antônio Carlos Pinheiro de Oliveira lattes
Banca de defesa: Antônio Lúcio Teixeira Júnior, Daniel de Castro Medeiros, Victor Rodrigues Santos, Juliana Carvalho Tavares
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Curso de Especialização em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/34557
Resumo: A epilepsia é um distúrbio neurológico que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, enquanto a epilepsia do lobo temporal (ELT) responde por 40% de todos os casos de epilepsia, sendo a forma mais comum em adultos. A família de receptores de potencial transiente (TRP) é um grupo de canais catiônicos envolvidos em diferentes processos fisiológicos, como a homeostase iônica. O acúmulo de cálcio nos neurônios do hipocampo tem sido associado à etiologia da epilepsia, o que motiva o estudo da família TRP, cujos canais são altamente permeáveis a esse íon. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos bloqueadores TRPA1 e TRPV1 nas crises epilépticas, alterações histológicas e bioquímicas, além da liberação de glutamato e do conteúdo de cálcio citosólico em modelo de crise epiléptica induzida por pilocarpina ou pentilenotetrazol ou em preparações sinaptossomais de córtex. Para isso, animais C57Bl/6 (8-12 semanas de idade) receberam injeção intra-hipocampal de pilocarpina (40 μg), 30 minutos após a injeção intraperitoneal de bloqueador de TRPA1, TRPV1 ou veículo. Os bloqueadores do receptor TRPA1, AP18 (1, 3 e 10 mg/Kg) e do receptor TRPV1, SB366791 (0,1; 0,3 e 1 mg/Kg) foram utilizados nos experimentos in vivo. As concentrações de 0,1; 1; 10 e 30 μM foram usadas nas preparações de sinaptossomas para ambos os bloqueadores. Vinte e quatro horas após o status epilepticus (SE) induzido pela pilocarpina, os animais foram eutanasiados para a coleta dos tecidos cerebrais. Metade de seus cérebros foram removidos e processados para posteriores análises histológicas para avaliação de morte e viabilidade neuronal, marcação microglial e astrocitária. A outra metade dos cérebros dos animais foi removida para posterior análise de BDNF e dos níveis de citocinas, além da ativação da proteína quinase B (Akt) e da quinase regulada por sinal extracelular (Erk). As crises epilépticas induzidas pela pilocarpina foram avaliadas de acordo com a escala de Racine. Foi revelada forte associação entre AP18 e o desenvolvimento de SE, bem como o bloqueador e crises tônicoclônicas. O AP18 (3 mg/Kg) aumentou as crises classificadas como 3, 4 e 5. Por outro lado, o AP18 (10 mg/Kg) aumentou a latência mediana para os animais desenvolverem SE em relação ao grupo pilocarpina. A pilocarpina aumentou a marcação de neurônios em processo de degeneração evidenciada pela marcação por Fluoro-Jade C (FJC), sendo esta exacerbada pela administração de AP18 (1 e 3 mg/kg). De forma surpreendente, a droga induziu uma resposta dicotômica na microgliose induzida pela pilocarpina, pois exacerbou este parâmetro no giro denteado (GD) (3 mg/Kg) e reduziu em CA1 (1 e 3 mg/Kg). Observamos uma redução na reatividade astrocitária com AP18 (1 e 10 mg/Kg) induzida por pilocarpina, enquanto a dose de 3 mg/Kg de AP18 aumentou essa marcação no GD. Além disso, o AP18 reduziu os níveis de BDNF, TNF-α e CX3CL1 e aumentou os níveis de IL-10 comparado ao grupo pilocarpina. Em relação ao receptor TRPV1, foi observada forte associação entre SB366791 e o desenvolvimento do SE. A frequência de SE e convulsões tônico-clônicas no grupo SB366791 (0,1 e 0,3 mg/Kg) foi maior do que no grupo pilocarpina. A crise comportamental foi acompanhada por um aumento da morte neuronal. AP18 e SB366791 não alteraram nenhuma das análises com preparações de sinaptossomas corticais. Finalmente, nas crises induzidas por pentilenotetrazol, AP18 e SB366791 não alteraram a latência para o desenvolvimento de SE. O presente estudo mostrou que a administração sistêmica dos bloqueadores de TRPA1 e TRPV1, AP18 ou SB366791, respectivamente, aumentou a gravidade das crises epilépticas e danos neuronais decorrentes do SE induzido pela injeção intra-hipocampal de pilocarpina. Nossos resultados sugerem que AP18 e SB366791 apresentam efeitos pró-convulsivantes no modelo de pilocarpina, mas não de pentilenotetrazol. Estudos complementares nos ajudarão a caracterizar os mecanismos subjacentes desses canais na ELT.
id UFMG_25672e5caad435c0a66cdeeb8b07fcc9
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/34557
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antônio Carlos Pinheiro de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/2124700239916112Fabrício de Araújo MoreiraAntônio Lúcio Teixeira JúniorDaniel de Castro MedeirosVictor Rodrigues SantosJuliana Carvalho Tavareshttp://lattes.cnpq.br/6150905321989057Carla Ribeiro Álvares Batista2020-12-18T23:25:45Z2020-12-18T23:25:45Z2020-10-08http://hdl.handle.net/1843/34557A epilepsia é um distúrbio neurológico que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, enquanto a epilepsia do lobo temporal (ELT) responde por 40% de todos os casos de epilepsia, sendo a forma mais comum em adultos. A família de receptores de potencial transiente (TRP) é um grupo de canais catiônicos envolvidos em diferentes processos fisiológicos, como a homeostase iônica. O acúmulo de cálcio nos neurônios do hipocampo tem sido associado à etiologia da epilepsia, o que motiva o estudo da família TRP, cujos canais são altamente permeáveis a esse íon. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos bloqueadores TRPA1 e TRPV1 nas crises epilépticas, alterações histológicas e bioquímicas, além da liberação de glutamato e do conteúdo de cálcio citosólico em modelo de crise epiléptica induzida por pilocarpina ou pentilenotetrazol ou em preparações sinaptossomais de córtex. Para isso, animais C57Bl/6 (8-12 semanas de idade) receberam injeção intra-hipocampal de pilocarpina (40 μg), 30 minutos após a injeção intraperitoneal de bloqueador de TRPA1, TRPV1 ou veículo. Os bloqueadores do receptor TRPA1, AP18 (1, 3 e 10 mg/Kg) e do receptor TRPV1, SB366791 (0,1; 0,3 e 1 mg/Kg) foram utilizados nos experimentos in vivo. As concentrações de 0,1; 1; 10 e 30 μM foram usadas nas preparações de sinaptossomas para ambos os bloqueadores. Vinte e quatro horas após o status epilepticus (SE) induzido pela pilocarpina, os animais foram eutanasiados para a coleta dos tecidos cerebrais. Metade de seus cérebros foram removidos e processados para posteriores análises histológicas para avaliação de morte e viabilidade neuronal, marcação microglial e astrocitária. A outra metade dos cérebros dos animais foi removida para posterior análise de BDNF e dos níveis de citocinas, além da ativação da proteína quinase B (Akt) e da quinase regulada por sinal extracelular (Erk). As crises epilépticas induzidas pela pilocarpina foram avaliadas de acordo com a escala de Racine. Foi revelada forte associação entre AP18 e o desenvolvimento de SE, bem como o bloqueador e crises tônicoclônicas. O AP18 (3 mg/Kg) aumentou as crises classificadas como 3, 4 e 5. Por outro lado, o AP18 (10 mg/Kg) aumentou a latência mediana para os animais desenvolverem SE em relação ao grupo pilocarpina. A pilocarpina aumentou a marcação de neurônios em processo de degeneração evidenciada pela marcação por Fluoro-Jade C (FJC), sendo esta exacerbada pela administração de AP18 (1 e 3 mg/kg). De forma surpreendente, a droga induziu uma resposta dicotômica na microgliose induzida pela pilocarpina, pois exacerbou este parâmetro no giro denteado (GD) (3 mg/Kg) e reduziu em CA1 (1 e 3 mg/Kg). Observamos uma redução na reatividade astrocitária com AP18 (1 e 10 mg/Kg) induzida por pilocarpina, enquanto a dose de 3 mg/Kg de AP18 aumentou essa marcação no GD. Além disso, o AP18 reduziu os níveis de BDNF, TNF-α e CX3CL1 e aumentou os níveis de IL-10 comparado ao grupo pilocarpina. Em relação ao receptor TRPV1, foi observada forte associação entre SB366791 e o desenvolvimento do SE. A frequência de SE e convulsões tônico-clônicas no grupo SB366791 (0,1 e 0,3 mg/Kg) foi maior do que no grupo pilocarpina. A crise comportamental foi acompanhada por um aumento da morte neuronal. AP18 e SB366791 não alteraram nenhuma das análises com preparações de sinaptossomas corticais. Finalmente, nas crises induzidas por pentilenotetrazol, AP18 e SB366791 não alteraram a latência para o desenvolvimento de SE. O presente estudo mostrou que a administração sistêmica dos bloqueadores de TRPA1 e TRPV1, AP18 ou SB366791, respectivamente, aumentou a gravidade das crises epilépticas e danos neuronais decorrentes do SE induzido pela injeção intra-hipocampal de pilocarpina. Nossos resultados sugerem que AP18 e SB366791 apresentam efeitos pró-convulsivantes no modelo de pilocarpina, mas não de pentilenotetrazol. Estudos complementares nos ajudarão a caracterizar os mecanismos subjacentes desses canais na ELT.Epilepsy is a neurological disorder that affects millions of people around the world, while temporal lobe epilepsy (ELT) accounts for 40% of all epilepsy cases, being the most common form in adults. The family of transient potential receptors (TRP) are a group of cation channels involved in different physiological processes, such as ion homeostasis. Calcium accumulation in the neurons of the hippocampus has been associated with the etiology of epilepsy, which motivates the study of the TRP family, whose channels are highly permeable to this ion. The aim of this study was to evaluate the effects of TRPA1 and TRPV1 blockers on seizures, histological, and biochemical changes, besides glutamate release and cytosolic calcium content in model of pilocarpine or pentylenetetrazole -induced seizures or in cortex synaptosomal preparations. For this, C57Bl/6 animals (8-12 weeks of age) received intrahippocampal pilocarpine injection (40 μg), 30 minutes after intraperitoneal injection of TRPA1, TRPV1 blocker or vehicle. Blockers of the TRPA1, AP18 receptor (1, 3 and 10 mg/Kg) and TRPV1 receptor, SB366791 (0.1; 0.3 and 1 mg/Kg) were used in the in vivo experiments. Concentrations of 0.1; 1; 10 and 30 μM were used in the preparation of synaptosomes for both blockers. Twenty-four hours after pilocarpine-induced status epilepticus (SE), animals were euthanized to collect brain tissues. Half of their brains were removed and processed, for further histological techniques to evaluate neuronal death and viability, microglia and astrocyte staining. The other half of the animal’s brains were removed for further analysis of BDNF and cytokines levels, besides the protein kinase B (Akt) and extracellular-signal-regulated kinase (Erk) activation. The seizures induced by pilocarpine were evaluated according to Racine’s scale of seizures. Strong association between AP18 and the development of SE was revealed, as well as the blocker and tonic-clonic seizures. AP18 (3 mg/Kg) increased the seizures classified as 3, 4 and 5. On the other hand, AP18 (10 mg/Kg) increased the median latency for the animals to develop the SE as compared with pilocarpine group. Pilocarpine increased the labeling of neurons in the degeneration process evidenced by Fluoro-Jade C (FJC) staining, which was exacerbated by the administration of AP18 (1 and 3 mg/kg). Surprisingly, the drug induced a dichotomous response in microgliosis induced by pilocarpine, as it exacerbated in dentate gyrus (DG) with AP18 (3 mg/kg) and decreased in CA1 with doses of 1 and 3 mg/kg of AP18. We observed a reduction in astrocyte reactivity with AP18 (1 and 10 mg/kg) induced by pilocarpine, while the dose of 3 mg/kg of AP18 increased this marking in DG. In addition, AP18 reduced the levels of BDNF, TNF-α and CX3CL1, and enhanced IL-10 levels compared to the pilocarpine group. In relation to TRPV1, strong association was observed between SB366791 and the development of the SE. The frequency of SE and tonic-clonic seizures in the SB366791 group (0.1 and 0.3 mg/Kg) was higher than the pilocarpine group. The behavioral seizure was accompanied by an enhancement of neuronal death. AP18 and SB366791 did not change any of the analysis with cortical synaptosomes preparations. Finally, in the pentylenetetrazole-induced seizures AP18 and SB366791 did not change the latency for SE development. The present study showed that the systemic administration of the TRPA1 and TRPV1 blockers, AP18 or SB366791, respectively, increased the severity of epileptic seizures and neuronal damage resulting from the SE induced by the intra-hippocampal injection of pilocarpine. Our results suggested that AP18 and SB366791 show pro-convulsive effects in the pilocarpine model, but not in pentylenetetrazole- induced seizures. Further studies will allow the characterization of the underlying mechanisms of these channels in TLE.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisCurso de Especialização em Ciências Biológicas - Fisiologia e FarmacologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIAEpilepsiaConvulsõesCanal de cátion TRPA1Canais de cátion TRPVPilocarpinaPentilenotetrazolEstado epilépticoEpilepsiaTrpa1Trpv1pilocarpinaPentilenotetrazolStatus epilepticusPapel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCARLA RIBEIRO ALVARES BATISTA_TESE.pdfCARLA RIBEIRO ALVARES BATISTA_TESE.pdfapplication/pdf4384193https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34557/1/CARLA%20RIBEIRO%20ALVARES%20BATISTA_TESE.pdff7243429a2ca2103821b7fc477ec97b7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34557/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/345572020-12-18 20:25:45.928oai:repositorio.ufmg.br:1843/34557TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-12-18T23:25:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
title Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
spellingShingle Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
Carla Ribeiro Álvares Batista
Epilepsia
Trpa1
Trpv1
pilocarpina
Pentilenotetrazol
Status epilepticus
Epilepsia
Convulsões
Canal de cátion TRPA1
Canais de cátion TRPV
Pilocarpina
Pentilenotetrazol
Estado epiléptico
title_short Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
title_full Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
title_fullStr Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
title_full_unstemmed Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
title_sort Papel dos receptores TRPA1 e TRPV1 em modelos de crises epilépticas
author Carla Ribeiro Álvares Batista
author_facet Carla Ribeiro Álvares Batista
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antônio Carlos Pinheiro de Oliveira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2124700239916112
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Fabrício de Araújo Moreira
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Antônio Lúcio Teixeira Júnior
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Daniel de Castro Medeiros
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Victor Rodrigues Santos
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Juliana Carvalho Tavares
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6150905321989057
dc.contributor.author.fl_str_mv Carla Ribeiro Álvares Batista
contributor_str_mv Antônio Carlos Pinheiro de Oliveira
Fabrício de Araújo Moreira
Antônio Lúcio Teixeira Júnior
Daniel de Castro Medeiros
Victor Rodrigues Santos
Juliana Carvalho Tavares
dc.subject.por.fl_str_mv Epilepsia
Trpa1
Trpv1
pilocarpina
Pentilenotetrazol
Status epilepticus
topic Epilepsia
Trpa1
Trpv1
pilocarpina
Pentilenotetrazol
Status epilepticus
Epilepsia
Convulsões
Canal de cátion TRPA1
Canais de cátion TRPV
Pilocarpina
Pentilenotetrazol
Estado epiléptico
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Epilepsia
Convulsões
Canal de cátion TRPA1
Canais de cátion TRPV
Pilocarpina
Pentilenotetrazol
Estado epiléptico
description A epilepsia é um distúrbio neurológico que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, enquanto a epilepsia do lobo temporal (ELT) responde por 40% de todos os casos de epilepsia, sendo a forma mais comum em adultos. A família de receptores de potencial transiente (TRP) é um grupo de canais catiônicos envolvidos em diferentes processos fisiológicos, como a homeostase iônica. O acúmulo de cálcio nos neurônios do hipocampo tem sido associado à etiologia da epilepsia, o que motiva o estudo da família TRP, cujos canais são altamente permeáveis a esse íon. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos bloqueadores TRPA1 e TRPV1 nas crises epilépticas, alterações histológicas e bioquímicas, além da liberação de glutamato e do conteúdo de cálcio citosólico em modelo de crise epiléptica induzida por pilocarpina ou pentilenotetrazol ou em preparações sinaptossomais de córtex. Para isso, animais C57Bl/6 (8-12 semanas de idade) receberam injeção intra-hipocampal de pilocarpina (40 μg), 30 minutos após a injeção intraperitoneal de bloqueador de TRPA1, TRPV1 ou veículo. Os bloqueadores do receptor TRPA1, AP18 (1, 3 e 10 mg/Kg) e do receptor TRPV1, SB366791 (0,1; 0,3 e 1 mg/Kg) foram utilizados nos experimentos in vivo. As concentrações de 0,1; 1; 10 e 30 μM foram usadas nas preparações de sinaptossomas para ambos os bloqueadores. Vinte e quatro horas após o status epilepticus (SE) induzido pela pilocarpina, os animais foram eutanasiados para a coleta dos tecidos cerebrais. Metade de seus cérebros foram removidos e processados para posteriores análises histológicas para avaliação de morte e viabilidade neuronal, marcação microglial e astrocitária. A outra metade dos cérebros dos animais foi removida para posterior análise de BDNF e dos níveis de citocinas, além da ativação da proteína quinase B (Akt) e da quinase regulada por sinal extracelular (Erk). As crises epilépticas induzidas pela pilocarpina foram avaliadas de acordo com a escala de Racine. Foi revelada forte associação entre AP18 e o desenvolvimento de SE, bem como o bloqueador e crises tônicoclônicas. O AP18 (3 mg/Kg) aumentou as crises classificadas como 3, 4 e 5. Por outro lado, o AP18 (10 mg/Kg) aumentou a latência mediana para os animais desenvolverem SE em relação ao grupo pilocarpina. A pilocarpina aumentou a marcação de neurônios em processo de degeneração evidenciada pela marcação por Fluoro-Jade C (FJC), sendo esta exacerbada pela administração de AP18 (1 e 3 mg/kg). De forma surpreendente, a droga induziu uma resposta dicotômica na microgliose induzida pela pilocarpina, pois exacerbou este parâmetro no giro denteado (GD) (3 mg/Kg) e reduziu em CA1 (1 e 3 mg/Kg). Observamos uma redução na reatividade astrocitária com AP18 (1 e 10 mg/Kg) induzida por pilocarpina, enquanto a dose de 3 mg/Kg de AP18 aumentou essa marcação no GD. Além disso, o AP18 reduziu os níveis de BDNF, TNF-α e CX3CL1 e aumentou os níveis de IL-10 comparado ao grupo pilocarpina. Em relação ao receptor TRPV1, foi observada forte associação entre SB366791 e o desenvolvimento do SE. A frequência de SE e convulsões tônico-clônicas no grupo SB366791 (0,1 e 0,3 mg/Kg) foi maior do que no grupo pilocarpina. A crise comportamental foi acompanhada por um aumento da morte neuronal. AP18 e SB366791 não alteraram nenhuma das análises com preparações de sinaptossomas corticais. Finalmente, nas crises induzidas por pentilenotetrazol, AP18 e SB366791 não alteraram a latência para o desenvolvimento de SE. O presente estudo mostrou que a administração sistêmica dos bloqueadores de TRPA1 e TRPV1, AP18 ou SB366791, respectivamente, aumentou a gravidade das crises epilépticas e danos neuronais decorrentes do SE induzido pela injeção intra-hipocampal de pilocarpina. Nossos resultados sugerem que AP18 e SB366791 apresentam efeitos pró-convulsivantes no modelo de pilocarpina, mas não de pentilenotetrazol. Estudos complementares nos ajudarão a caracterizar os mecanismos subjacentes desses canais na ELT.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-12-18T23:25:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-12-18T23:25:45Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-10-08
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/34557
url http://hdl.handle.net/1843/34557
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Curso de Especialização em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34557/1/CARLA%20RIBEIRO%20ALVARES%20BATISTA_TESE.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34557/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f7243429a2ca2103821b7fc477ec97b7
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973299876069376