O que fazer para sobreviver politicamente?: padrões de carreira dos deputados estaduais no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Filipe Souza Corrêa
Orientador(a): Carlos Ranulfo Felix de Melo
Banca de defesa: Magna Maria Inacio, Felipe Nunes dos Santos, Fabiano Guilherme dos Santos, André Borges de Carvalho
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ARNG5H
Resumo: Esta tese tem como tema as carreiras políticas dos deputados estaduais no Brasil, e seu objetivo é analisar os efeitos dos padrões espaciais de votação dos deputados estaduais sobre as estratégias de sobrevivência na carreira política. O objetivo é responder em que medida as formas com que os indivíduos se relacionam com suas bases eleitorais (conexões eleitorais) condicionam padrões identificáveis de carreira política entre os cargos eletivos disponíveis na estrutura de oportunidades de carreira (caracterizada pelos custos e benefícios envolvidos em cada escolha) no Brasil. Utilizou-se como fonte o Repositório de Dados Eleitorais do TSE. A análise dos padrões de carreira dos deputados estaduais eleitos em 2010 a partir da ambição predominante de carreira (se progressiva nacional, progressiva estadual, estática, pseudoestática, progressiva local, ou discreta) definida pela combinação das trajetórias de origem e de destino dos deputados estaduais ao longo de cinco eleições, indicou um certo equilíbrio em torno da preferência manifesta pela ambição estática. Em seguida, identificou-se que os padrões espaciais de votação (construídos a partir de uma combinação de indicadores de concentração e dominância), possuem alguma relação com os padrões de carreira dos deputados, sustentando a hipótese de que esses padrões espaciais condicionam as preferências por cargos disponíveis na estrutura de oportunidades. Contudo, ainda de acordo com a Teoria da Ambição Política, não são só os benefícios que condicionam a decisão sobre qual cargo disputar, mas também os riscos envolvidos nessa decisão. Com base nessa hipótese, a análise empírica da relação dos atributos individuais das votações dos candidatos com o grau de incerteza inerente às disputas por cargos mostrou que, em alguns casos, o cálculo do risco torna necessária uma adaptação da ambição política manifesta de modo a adequar a ambição de curto prazo a um cenário mais factível de acordo com as características da extração eleitoral do deputado.
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A análise dos padrões de carreira dos deputados estaduais eleitos em 2010 a partir da ambição predominante de carreira (se progressiva nacional, progressiva estadual, estática, pseudoestática, progressiva local, ou discreta) definida pela combinação das trajetórias de origem e de destino dos deputados estaduais ao longo de cinco eleições, indicou um certo equilíbrio em torno da preferência manifesta pela ambição estática. Em seguida, identificou-se que os padrões espaciais de votação (construídos a partir de uma combinação de indicadores de concentração e dominância), possuem alguma relação com os padrões de carreira dos deputados, sustentando a hipótese de que esses padrões espaciais condicionam as preferências por cargos disponíveis na estrutura de oportunidades. Contudo, ainda de acordo com a Teoria da Ambição Política, não são só os benefícios que condicionam a decisão sobre qual cargo disputar, mas também os riscos envolvidos nessa decisão. Com base nessa hipótese, a análise empírica da relação dos atributos individuais das votações dos candidatos com o grau de incerteza inerente às disputas por cargos mostrou que, em alguns casos, o cálculo do risco torna necessária uma adaptação da ambição política manifesta de modo a adequar a ambição de curto prazo a um cenário mais factível de acordo com as características da extração eleitoral do deputado.This thesis is about the political careers of state deputies in Brazil, and its goal is to analyze the effects of the state deputies spatial voting patterns on political career survival strategies. The objective is to answer how much the way the subjects relate to their electoral bases (electoral connections),shapes identifiable political career patterns among the elective offices available in the opportunity structure (defined by the costs and benefits of each choice) in Brazil. The data source used was the Superior Electoral Courts Electoral Data Repository. The career pattern analysis of the state deputies elected in 2010 from a predominant career ambition perspective (if national progressive, state progressive, static, pseudo-static, localprogressive, or discrete), defined by the combination of the state deputies origin and destination trajectories throughout five elections, indicated a certain equilibrium towards a manifest preference for static ambition. Moreover, it was identified that spatial voting patterns (constructed from a combination of concentration and dominance indicators), have some relation to deputies career patterns, corroborating the hypothesis that these spatial patterns shape the preferences for positions available in the opportunity structure. However, according to the Theory of Political Ambition, it is not only the benefits that situate the decision on which office to run for, but also the risks involved in that decision. Based on that hypothesis, the empirical analysis of the relationship between the individual attributes of the candidates votes and the degree of uncertainty inherent to the competition for offices showed that, in some cases, the risk calculations make necessary an adjustment on the manifest political ambition, adapting the short-term ambition to a more realistic scenario according to the deputys electoral extraction characteristics.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCiência políticaDeputados estaduaisConexões eleitoraisCompetição políticaDeputados estaduaisCarreira políticaLegislativos subnacionaisO que fazer para sobreviver politicamente?: padrões de carreira dos deputados estaduais no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtexto_defesa_filipe_corr_a_v22_09_2017.pdfapplication/pdf1392136https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-ARNG5H/1/texto_defesa_filipe_corr_a_v22_09_2017.pdf99e69f9ab091d3469ba9c24c98e8bc4dMD511843/BUOS-ARNG5H2019-08-14 11:56:56.999oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-ARNG5HRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-08-14T14:56:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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