Determinação de lumefantrina em plasma humano empregando extração em fase sólida molecularmente impressa e cromatografia a líquido de alta eficiência
Ano de defesa: | 2017 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BB3KA6 |
Resumo: | A malária é uma doença de origem infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium. Embora em declínio, a malária continua sendo um problema de saúde pública no Brasil. O tratamento emprega associações entre fármacos visando atingir o parasita em pontos-chave do seu ciclo evolutivo. Em infecções por P. falciparum, o tratamento de primeira escolha consiste na associação em dose fixa de lumefantrina e artémeter. Um dos desafios para erradicação da malária se deve à resistência do parasita aos antimaláricos. Portanto, a determinação de fármacos em fluidos biológicos é essencial para monitorização terapêutica, pois doses subterapêuticas podem levar à resistência e falha terapêutica. Assim, o uso de métodos bioanalíticos adequados é imprescindível para garantir resultados confiáveis. Contudo, como matrizes biológicas são complexas, é preciso uma etapa de preparo de amostras, para remoção de interferentes e concentração de analitos. Dentre os materiais disponíveis para o preparo de amostras, os polímeros de impressão molecular (MIPs) são alternativa altamente seletiva, de produção relativamente fácil, barata e simples. Nesse contexto, visou-se com esse trabalho à síntese de MIP para lumefantrina, usando planejamento experimental Box-Behnken. O MIP obtido, a partir de 2-vinilpiridina, etilenoglicol dimetacrilato e tolueno, foi caracterizado, sendo determinados ainda coeficiente de distribuição (977,83 g/g), fator de impressão (2,44) e fator de seletividade (1,44). O polímero desenvolvido foi empregado para extração em fase sólida molecularmente impressa (MISPE) de lumefantrina em plasma. Um método bioanalítico foi otimizado por planejamento experimental Doehlert e validado. O método empregou coluna Kinetex C18 (100 x 4,6 mm, 2,6 m) e mistura de metanol, acetonitrila e ácido trifluoroacético 0,14% (50:33:17) como fase móvel, na vazão de 0,7 mL/min, a 35 °C, detecção em 305 nm e halofantrina como padrão interno. O método desenvolvido cumpriu os ensaios de efeito residual, efeito matriz e estabilidade, mostrando-se seletivo, preciso, exato e linear na faixa de 50 a 10000 ng/mL, com limite de quantificação de 50 ng/mL e recuperações de 83,7 a 85,4%. O método desenvolvido mostrou-se adequado para determinação de lumefantrina em plasma humano. |
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Assim, o uso de métodos bioanalíticos adequados é imprescindível para garantir resultados confiáveis. Contudo, como matrizes biológicas são complexas, é preciso uma etapa de preparo de amostras, para remoção de interferentes e concentração de analitos. Dentre os materiais disponíveis para o preparo de amostras, os polímeros de impressão molecular (MIPs) são alternativa altamente seletiva, de produção relativamente fácil, barata e simples. Nesse contexto, visou-se com esse trabalho à síntese de MIP para lumefantrina, usando planejamento experimental Box-Behnken. O MIP obtido, a partir de 2-vinilpiridina, etilenoglicol dimetacrilato e tolueno, foi caracterizado, sendo determinados ainda coeficiente de distribuição (977,83 g/g), fator de impressão (2,44) e fator de seletividade (1,44). O polímero desenvolvido foi empregado para extração em fase sólida molecularmente impressa (MISPE) de lumefantrina em plasma. 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The first-choice treatment for infections caused by P. falciparum consists in artemether and lumefantrine in a fixed dose combination. One of the challenges for malaria eradication is the resistance of parasites to antimalarials. Therefore, quantification of drugs in biological fluids is imperative for therapeutic drug monitoring, since subtherapeutic doses are related to drug resistance and therapeutic failure. Employing suitable bioanalytical methods is then crucial to obtain reliable results. However, since biological matrices are complex, a sample preparation step is required for removal of interferences and preconcentration of analytes. Molecularly imprinted polymers (MIPs) has emerged as a highly selective alternative among available sample preparation materials, being also relatively easy, inexpensive and simple to obtain. Therefore, it was aimed with this study synthesizing a MIP for lumefantrine using a Box-Benhken design. This MIP was synthesized using 2-vinylpyridine, ethylene glycol dimethacrylate and toluene and was then characterized. Distribution coefficient (977.83 g/g), imprinting factor (2.44) and selectivity factor (1.44) were determined. This polymer was used for extraction of lumefantrine from human plasma samples by means of molecularly imprinted solid-phase extraction (MISPE). A bioanalytical method for determination of lumefantrine in plasma was developed and validated employing a Kinetex C18 (100 x 4.6 mm, 2,6 m) column, a mixture of methanol, acetonitrile and 0.14% aqueous solution of trifluoroacetic acid (50:33:17) as mobile phase, at a flow-rate of 0.7 mL/min, at 35 °C, detection at 305 nm and halofantrine as internal standard. The method fulfilled validation parameters of carryover, matrix effect and stability, showing to be selective, accurate, precise and linear in the range of 50-10000 ng/mL. The limit of quantification and recoveries were found to be 50 ng/mL and 83.7-85.4%, respectively. The developed and validated method was suitable for determination of lumefantrine in human plasma.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMalária TratamentoLumefantrinaPolímerosPlanejamento experimentalDoehlertLumefantrinaExtração em Fase SólidaPlanejamento ExperimentalPolímero de Impressão MolecularMaláriaBox BehnkenDeterminação de lumefantrina em plasma humano empregando extração em fase sólida molecularmente impressa e cromatografia a líquido de alta eficiênciainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_pedro_henrique_reis_da_silva___determina__o_de_l.pdfapplication/pdf4136619https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BB3KA6/1/disserta__o_pedro_henrique_reis_da_silva___determina__o_de_l.pdfceec7f768ee0a2cda5938c668519c988MD51TEXTdisserta__o_pedro_henrique_reis_da_silva___determina__o_de_l.pdf.txtdisserta__o_pedro_henrique_reis_da_silva___determina__o_de_l.pdf.txtExtracted texttext/plain435957https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BB3KA6/2/disserta__o_pedro_henrique_reis_da_silva___determina__o_de_l.pdf.txt8ffe504bdd49c8775a2b568bdfa7be25MD521843/BUOS-BB3KA62019-11-14 09:57:47.534oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-BB3KA6Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:57:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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A malária é uma doença de origem infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium. Embora em declínio, a malária continua sendo um problema de saúde pública no Brasil. O tratamento emprega associações entre fármacos visando atingir o parasita em pontos-chave do seu ciclo evolutivo. Em infecções por P. falciparum, o tratamento de primeira escolha consiste na associação em dose fixa de lumefantrina e artémeter. Um dos desafios para erradicação da malária se deve à resistência do parasita aos antimaláricos. Portanto, a determinação de fármacos em fluidos biológicos é essencial para monitorização terapêutica, pois doses subterapêuticas podem levar à resistência e falha terapêutica. Assim, o uso de métodos bioanalíticos adequados é imprescindível para garantir resultados confiáveis. Contudo, como matrizes biológicas são complexas, é preciso uma etapa de preparo de amostras, para remoção de interferentes e concentração de analitos. Dentre os materiais disponíveis para o preparo de amostras, os polímeros de impressão molecular (MIPs) são alternativa altamente seletiva, de produção relativamente fácil, barata e simples. Nesse contexto, visou-se com esse trabalho à síntese de MIP para lumefantrina, usando planejamento experimental Box-Behnken. O MIP obtido, a partir de 2-vinilpiridina, etilenoglicol dimetacrilato e tolueno, foi caracterizado, sendo determinados ainda coeficiente de distribuição (977,83 g/g), fator de impressão (2,44) e fator de seletividade (1,44). O polímero desenvolvido foi empregado para extração em fase sólida molecularmente impressa (MISPE) de lumefantrina em plasma. Um método bioanalítico foi otimizado por planejamento experimental Doehlert e validado. O método empregou coluna Kinetex C18 (100 x 4,6 mm, 2,6 m) e mistura de metanol, acetonitrila e ácido trifluoroacético 0,14% (50:33:17) como fase móvel, na vazão de 0,7 mL/min, a 35 °C, detecção em 305 nm e halofantrina como padrão interno. O método desenvolvido cumpriu os ensaios de efeito residual, efeito matriz e estabilidade, mostrando-se seletivo, preciso, exato e linear na faixa de 50 a 10000 ng/mL, com limite de quantificação de 50 ng/mL e recuperações de 83,7 a 85,4%. O método desenvolvido mostrou-se adequado para determinação de lumefantrina em plasma humano. |
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