Cultura escolar: práticas e produção dos grupos escolares em Minas Gerais (1891 1918)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Irlen Antonio Goncalves
Orientador(a): Luciano Mendes de Faria Filho
Banca de defesa: Marta Maria Chagas de Carvalho, Rosa Fatima de Souza, Cynthia Greive Veiga, Tarcisio Mauro Vago
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/FAEC-86PSJH
Resumo: Este trabalho tem por objetivo compreender o processo de produção da escola primária em Minas Gerais que se configurou na passagem da organização do modelo escolar das escolas isoladas para o modelo escolar dos grupos escolares. A partir dessa referência o tempo da pesquisa foi delimitado entre a última década do século XIX e as duas primeiras décadas do século XX, especificamente entre os anos de 1891 a 1918. Contribuíram para a demarcação do diálogo com a documentação analisada algumas noções e conceitos presentes na História, dentre os quais destaco: os conceitos de estratégia e tática, trabalhados por Michel de Certeau e as noções de cultura escolar e escolarização, desenvolvidas por Viñao Frago, Dominique Julia e Faria Filho. O desenvolvimento da pesquisa e a elaboração da tese possibilitaram-me constatar diferenciadas maneiras de produção dos grupos escolares, estando esse fato relacionado aos lugares a partir dos quais essas instituições foram organizadas e ao envolvimento dos atores que participaram ativamente dessa produção. Além disso, possibilitaram-me perceber que a produção da escola se configurou, num momento historicamente determinado, nas maneiras diversas do fazer dos atores e, especialmente, nas apropriações, ou seja nos usos diferenciados que cada um fez dos discursos, das normas, das prescrições, das diversas leituras dos regulamentos e da literatura postos a circular. Assim, o caminho percorrido para a compreensão dessas maneiras diferenciadas de produção dos grupos escolares se deu a partir de duas leituras complementares: dos discursos oficiais e das normas que prescreveram as formas de organização da escola e das práticas dos atores que deles se apropriaram no cotidiano da escola primária. No entanto, as normas e as práticas não foram entendidas como duas situações estanques uma da outra, mas coordenadas aos fins aos quais se propunham, que era o da produção da escola.
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