Estrutura da testa de Leguminosae e sua influência na aquisição de dormência física pré e pós-dispersão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Camila Ribeiro Magalhães lattes
Orientador(a): Denise Maria Trombert de Oliveira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/48376
Resumo: O envoltório seminal reveste externamente a semente e tem como função principal a proteção do embrião. Na semente madura, testa e tégmem, se este estiver diferenciado, podem impedir a germinação caso haja impermeabilidade. Envoltórios seminais impermeáveis promovem a dormência física, que está, normalmente, relacionada a uma ou mais camadas de células em paliçada que, frequentemente, ocorrem na testa, e a substâncias hidrofóbicas impregnadas nas paredes dessas células. Entre as espécies de Leguminosae, a dormência física é muito comum. Um aspecto importante de se investigar é o estrutural, já que, apesar de ser bastante conhecida, ainda há lacunas na caracterização estrutural da testa típica das Leguminosae em diversos trabalhos. Outro elemento interessante é a influência que o ambiente, tanto maternal quanto de armazenamento, tem sobre a aquisição da dormência física entre as leguminosas. Sabe-se que as condições ambientais influenciam o teor de água da semente que, por sua vez, está relacionado com o percentual de sementes com dormência física. Há registros de espécies em que a impermeabilidade é mais pronunciada quando o conteúdo hídrico das sementes é mais baixo, porém até o momento, há poucas referências a aspectos estruturais que evidenciem a influência desses aspectos sobre a presença ou ausência de dormência física dependente do teor de água. Diante disso, os objetivos do presente trabalho são: caracterizar, detalhadamente, as camadas da testa de espécies de Leguminosae, averiguando a natureza química das paredes celulares; caracterizar a ontogênese da testa de Erythrina speciosa, com foco principal no estrato mucilaginoso; verificar a influência do ambiente sobre a dormência física antes e depois da dispersão; e avaliar a influência da estrutura do tegumento seminal na aquisição de dormência física pré e pós-dispersão. Os termos macroesclereídes e osteoesclereídes são frequentemente usados de forma inadequada quando se trata de envoltórios seminais; para evitar disseminação de dados incorretos, a composição química das camadas celulares que compõe a testa deve ser investigada. A cutícula sensu lato em sementes de Leguminosae pode não conter lipídios em sua composição e, por vezes, a camada mais externa da semente é constituída apenas por compostos pécticos; por isso, o termo estrato mucilaginoso é o termo mais adequado para ser adotado. O estrato mucilaginoso é essencial para aquisição e manutenção da dormência física em espécies de Leguminosae, como evidenciamos experimentalmente.
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Outro elemento interessante é a influência que o ambiente, tanto maternal quanto de armazenamento, tem sobre a aquisição da dormência física entre as leguminosas. Sabe-se que as condições ambientais influenciam o teor de água da semente que, por sua vez, está relacionado com o percentual de sementes com dormência física. Há registros de espécies em que a impermeabilidade é mais pronunciada quando o conteúdo hídrico das sementes é mais baixo, porém até o momento, há poucas referências a aspectos estruturais que evidenciem a influência desses aspectos sobre a presença ou ausência de dormência física dependente do teor de água. Diante disso, os objetivos do presente trabalho são: caracterizar, detalhadamente, as camadas da testa de espécies de Leguminosae, averiguando a natureza química das paredes celulares; caracterizar a ontogênese da testa de Erythrina speciosa, com foco principal no estrato mucilaginoso; verificar a influência do ambiente sobre a dormência física antes e depois da dispersão; e avaliar a influência da estrutura do tegumento seminal na aquisição de dormência física pré e pós-dispersão. Os termos macroesclereídes e osteoesclereídes são frequentemente usados de forma inadequada quando se trata de envoltórios seminais; para evitar disseminação de dados incorretos, a composição química das camadas celulares que compõe a testa deve ser investigada. A cutícula sensu lato em sementes de Leguminosae pode não conter lipídios em sua composição e, por vezes, a camada mais externa da semente é constituída apenas por compostos pécticos; por isso, o termo estrato mucilaginoso é o termo mais adequado para ser adotado. O estrato mucilaginoso é essencial para aquisição e manutenção da dormência física em espécies de Leguminosae, como evidenciamos experimentalmente.The seed coat externally covers the seed, and its primary function is to protect the embryo. In mature seed, testa, and tegmen, if differentiated, can prevent germination if there is impermeability. Impermeable seed coats promote physical dormancy, which is usually related to one or more layers of palisade cells that often occur in the testa and to hydrophobic substances embedded in the walls of these cells. Among Leguminosae species, physical dormancy is very common. An important aspect to investigate is the structural since, despite being well known, there are still gaps in the structural characterization of the typical testa of Leguminosae in several works. Another interesting element is the environment’s influence, maternal and storage, on the acquisition of physical dormancy among legumes. It is known that environmental conditions influence the seed moisture content, which, in turn, is related to the percentage of seeds with physical dormancy. There are records of species in which the impermeability is more pronounced when the water content of the seeds is lower. However, there are few references to structural aspects that show the influence of these aspects on the presence or absence of physical dormancy depending on the water content. Therefore, the objectives of the present work are: to characterize, in detail, the testa layers of Leguminosae species, investigating the chemical nature of the cell walls; characterize the ontogenesis of the testa of Erythrina speciosa, with a main focus on the mucilaginous stratum; verify the influence of the environment on physical dormancy before and after dispersal; and evaluate the influence of the seed coat structure on the acquisition of pre- and post-dispersion physical dormancy. The terms macrosclereids and osteosclereids are often misused when they come to seed coats; to avoid the dissemination of incorrect data, the chemical composition of the cell layers that make up the testa must be investigated. The sensu lato cuticle in Leguminosae seeds may not contain lipids in its composition, and, sometimes, the outermost layer of the seed is made up only of pectic compounds; therefore, the term mucilaginous stratum is the most appropriate term to adopt. The mucilaginous stratum is essential for the acquisition and maintenance of physical dormancy in species of Leguminosae, as we have shown experimentally.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Biologia VegetalUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICADormência de PlantasLeguminosaSementesGerminaçãoDormênciaLeguminosaSementesGerminaçãoEstrutura da testa de Leguminosae e sua influência na aquisição de dormência física pré e pós-dispersãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48376/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD54ORIGINALTESE_CAMILARIBEIROMAGALHÃES.pdfTESE_CAMILARIBEIROMAGALHÃES.pdfapplication/pdf2934996https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48376/3/TESE_CAMILARIBEIROMAGALH%c3%83ES.pdf77ecbf2ffa927005ee10c6582c70fed1MD531843/483762022-12-22 13:45:03.498oai:repositorio.ufmg.br:1843/48376TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-12-22T16:45:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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