Avaliação da produção de micotoxinas e estudo da biomassa de Penicillium sclerotiorum em meios de cultura com diferentes concentrações de nutrientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marília Aparecida Fidelis e Moura
Orientador(a): Jacqueline Aparecida Takahashi
Banca de defesa: Raquel Linhares Bello de Araujo, Flávia Augusta Guilherme Gonçalves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AMVH5Y
Resumo: Penicillium sclerotiorum é uma espécie de fungo filamentoso que produz biomassa com elevados teores de umidade, proteínas e minerais e baixo teor de lipídios e, portanto, tem sido alvo de estudos visando sua aplicação na área de alimentos. O presente trabalho avaliou a possível produção de micotoxinas por P. sclerotiorum (o que limitaria sua utilização na indústria de alimentos), bem como a influência de mudanças no ambiente de cultivo sobre o perfil metabólico do fungo e composição nutricional da biomassa. Foram feitos dois cultivos, com meios de cultura empregando diferentes quantidades combinadas de glicose, peptona e cloreto de sódio e quantidades fixas de fosfato monopotássico e sulfato de magnésio. Foram observadas diferenças na coloração das biomassas e meios de cultura fermentados e nos perfis cromatográficos, entre os diferentes meios de cultura utilizados, indicando que houve modulação do metabolismo fúngico de acordo com a mudança nas condições de cultivo. Não foram detectadas ocratoxinas A e B, ácido ciclopiazônico, ácido penicílico, citrinina e patulina nos extratos fúngicos analisados. A produção de esclerotiorina variou entre 0,010 mg/mL e 0,152 mg/mL, no primeiro cultivo e 0,202 mg/mL e 0,699 mg/mL no segundo cultivo (sem diferença significativa no último caso). Os rendimentos de biomassa variaram entre 1,89 g e 7,80 g, sendo maior nos meios com maior quantidade de glicose. Os teores de umidade variaram entre 37,48% e 80,88%. Os teores de cinzas variaram entre 3,55% e 18,11%, com base em peso seco (p.s.). Os teores de macro e micronutrientes variaram entre 11,9 mg/100g e 137,5 mg/100g para Ca, 87,2 mg/100g e 154,2 mg/100g para Mg, 0,9 mg//100g e 3,0 mg/100g para Zn (sem diferença significativa) e 0,6 mg/100g e 1,7 mg/100g para Fe (sem diferença significativa), com base em p.s. Os teores de proteína variaram entre 21,56% e 41,88% com base em p.s. Os perfis de ácidos graxos revelaram a presença dos ácidos graxos essenciais linoleico e linolênico, com destaque para o linoleico, detectado em maior quantidade em todas as amostras analisadas. Os resultados indicam que P. sclerotiorum pode ser utilizado na produção de biomassa nutritiva e segura para a indústria de alimentos.
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Foram observadas diferenças na coloração das biomassas e meios de cultura fermentados e nos perfis cromatográficos, entre os diferentes meios de cultura utilizados, indicando que houve modulação do metabolismo fúngico de acordo com a mudança nas condições de cultivo. Não foram detectadas ocratoxinas A e B, ácido ciclopiazônico, ácido penicílico, citrinina e patulina nos extratos fúngicos analisados. A produção de esclerotiorina variou entre 0,010 mg/mL e 0,152 mg/mL, no primeiro cultivo e 0,202 mg/mL e 0,699 mg/mL no segundo cultivo (sem diferença significativa no último caso). Os rendimentos de biomassa variaram entre 1,89 g e 7,80 g, sendo maior nos meios com maior quantidade de glicose. Os teores de umidade variaram entre 37,48% e 80,88%. Os teores de cinzas variaram entre 3,55% e 18,11%, com base em peso seco (p.s.). Os teores de macro e micronutrientes variaram entre 11,9 mg/100g e 137,5 mg/100g para Ca, 87,2 mg/100g e 154,2 mg/100g para Mg, 0,9 mg//100g e 3,0 mg/100g para Zn (sem diferença significativa) e 0,6 mg/100g e 1,7 mg/100g para Fe (sem diferença significativa), com base em p.s. Os teores de proteína variaram entre 21,56% e 41,88% com base em p.s. Os perfis de ácidos graxos revelaram a presença dos ácidos graxos essenciais linoleico e linolênico, com destaque para o linoleico, detectado em maior quantidade em todas as amostras analisadas. Os resultados indicam que P. sclerotiorum pode ser utilizado na produção de biomassa nutritiva e segura para a indústria de alimentos.Penicillium sclerotiorum is a species of filamentous fungus which produces biomass with high moisture, protein and mineral contents and low content of lipids. Therefore, it has been the subject of studies aimed at its use in food industry. The present work investigated if there is mycotoxin production by P. sclerotiorum (which would limit its use in food industry), as well as the influence of changes in cultivation environment over metabolic profile of this fungus and nutritional composition of its biomass. There were carried out two sets of experiments, with culture media using variable amounts of glucose, peptone and sodium chloride and fixed amounts of potassium phosphate and magnesium sulfate. Differences were observed in the color of the biomass and fermented culturing media as well as in the chromatographic profiles, between the different culture media used, indicating that there was modulation of fungal metabolism according to changes in growing conditions. There were not detected ochratoxins A and B, cyclopiazonic and penicillic acids, citrinin and patulin in the fungal extracts analyzed. Sclerotiorin production ranged between 0.010 mg/mL and 0.152 mg/mL in the first cultivation and 0.202 mg/mL and 0.699 mg/mL in the second cultivation (no significant difference in the last case). Biomass yields ranged between 1.89 g and 7.80 g, being greater in culture media with the highest amount of glucose. Moisture levels ranged from 37.48% and 80.88%. Ash levels ranged from 3.55% to 18.11%, based on dry weight (d.w.). Macro and micronutrient levels ranged from 11.9 mg/100 g to 137.5 mg/100 g for Ca, 87.2 mg/100 g to 154.2 mg/100 g for Mg, 0.9 mg/100 g to 3.0 mg/100 g for Zn (no significant difference), 0.6 mg/100 g to 1.7 mg/100 g for Fe (no significant difference), based on d.w. Protein levels ranged from 21.56% to 41.88% based on d.w. Fatty acid profiles revealed the presence of the essential fatty acids linoleic and linolenic, the first one being detected in greater quantities in all samples analyzed. The results indicate that P. sclerotiorum is able to be used in the production of a nutritious and safe biomass for food industry.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAlimentos IndústriaPenicillium sclerotiorumEsclerotiorinaPenicilliumBiomassaMicotoxinasFungosAlimentosPenicillium sclerotiorumEsclerotiorinaBiomassaMicotoxinasOSMACAvaliação da produção de micotoxinas e estudo da biomassa de Penicillium sclerotiorum em meios de cultura com diferentes concentrações de nutrientesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_mar_lia_fidelis.pdfapplication/pdf2842785https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMVH5Y/1/disserta__o_mar_lia_fidelis.pdf878b1727c73a05f796cab095790c8699MD51TEXTdisserta__o_mar_lia_fidelis.pdf.txtdisserta__o_mar_lia_fidelis.pdf.txtExtracted texttext/plain156414https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMVH5Y/2/disserta__o_mar_lia_fidelis.pdf.txt28d4671022ce0cf26910017d47460c07MD521843/BUBD-AMVH5Y2019-11-14 12:51:58.206oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AMVH5YRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:51:58Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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