Identificação de enfermeiras com o trabalho e com o hospital: o olhar de diferentes gerações

• Ano de defesa: 2011
• Autor(a) principal: Daniela Soares Santos
• Orientador(a): Marilia Alves
• Banca de defesa: Kely Cesar Martins de Paiva, Adriane Vieira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Palavras-chave em Português: Relações Interpessoais; Recursos Humanos em Saúde; Enfermagem; Identificação Organizacional; Gerações
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/GCPA-8P5F2E

Nas organizações públicas, devido a estabilidade do funcionário e ao aumento da expectativa de vida da população, merece destaque a contribuição de diferentes gerações, que trazem conhecimentos e características próprias dos momentos históricos que viveram, identificando-se, também, de forma diferente com a organização e o trabalho. Este estudo tem como objetivo analisar a identificação deenfermeiras de diferentes gerações com a organização e com o trabalho em um hospital público de Belo Horizonte. Realizou-se um estudo de caso descritivoanalítico, de caráter qualitativo, no qual os sujeitos da pesquisa foram 13 enfermeiras de diferentes gerações, do quadro de funcionários do Hospital Municipal Odilon Behrens. A definição dos sujeitos baseou-se nas características de uma profissão predominantemente feminina e de maior representatividade no setor hospitalar, bem como na diversidade de contribuições e complementaridade dos conhecimentos de enfermeiras de diferentes gerações. A coleta de dados consistiu do levantamento donúmero de enfermeiras do hospital, por geração, seguida do agendamento e realização de entrevista semiestruturada até que se obtivesse a saturação. A análise dos dados foi feita por meio da análise de conteúdo. Em síntese, os resultados mostraram que as enfermeiras reconheceram haver bons relacionamentos interprofissional e interpessoal, mas, em alguns casos, há conflitos entre colegas de trabalho e chefia. As representantes da geração Baby Boom relatam ter menor domínio das novas tecnologias e acreditam que as mais jovens demonstram menor envolvimento com o hospital. As enfermeiras das gerações X e Y dominam as tecnologias e, apesar de reconhecerem a experiência das Baby Boomers, acreditam que essas são resistentes às mudanças e inovações organizacionais. Em geral, as enfermeiras identificam-se com o hospital e com o trabalho, principalmente nas ações relacionadas à profissão, mas reconhecem as deficiências da organização. Há diferenças na maneira e na intensidade com que a identificação ocorre nas três gerações, mas foi possível identificar convergências de opinião entre as enfermeiras Baby Boom, X e Y, sobre aspectos como a remuneração, valorização profissional, condições de trabalho, responsabilidades e carga de trabalho