Carcinomas sólidos da glândula mamária canina: aspectos morfológicos e imuno-histoquímicos

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Karen Yumi Ribeiro Nakagaki
• Orientador(a): Geovanni Dantas Cassali
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Patologia
• Departamento: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: adenomioepitelioma maligno; carcinoma basaloide; mioepitelioma maligno; carcinoma papilar sólido; carcinoma invasor; carcinoma neuroendócrino
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/55838

Os tumores de mama são as neoplasias mais frequentes na cadela e representam um grupo heterogêneo em termos de morfologia e comportamento biológico. Cerca 50% são considerados malignos e, diante de tal fato, muitas tentativas têm sido realizadas para melhorar a classificação histopatológica, a fim de avaliar com mais precisão o seu comportamento biológico. O objetivo desse trabalho foi relatar o primeiro caso de carcinoma basaloide na glândula mamária canina, descrever as características morfológicas e imuno-histoquímicas do carcinoma neuroendócrino na cadela e propor uma subclassificação dos carcinomas sólidos e correlacioná-las com fatores prognósticos, características morfológicas e imuno-histoquímicas. Foram selecionados 135 casos de carcinoma mamário sólido, de 1800 neoplasias mamárias caninas encaminhadas ao Laboratório de Patologia Comparada-ICB/UFMG entre os anos de 2011 a 2018. Foi realizada revisão histopatológica dos casos, obtidos dados de sobrevida e realizada técnica de imuno-histoquímica de casos selecionados para os marcadores: cromogranina A, sinaptofisina, NSE, PGP 9.5, CD56, pancitoqueratina, citoqueratina 14, Ki67 e p63. Os carcinomas sólidos foram classificados em seis subgrupos determinados pelas características morfológicas e imuno-histoquimicas, sendo eles o adenomioepitelioma maligno (68/135), carcinoma padrão sólido (22/135), mioepitelioma maligno (16/135), carcinoma basaloide (14/135), carcinoma neuroendócrino (10/135) e carcinoma papilar sólido (05/135). Tempo de sobrevida mais curtos foram associados a presença de invasão linfática (p=0,009) nos estadiamentos clínicos iniciais (I-III). Quando considerados todos estádios clínicos (I-V), a invasão vascular (p<0,001) e presença de metástase regional (p=0,004) foram importantes fatores prognósticos. O mioepitelioma maligno apresentou a maior mediana de sobrevida em relação aos demais tipos em estádio inicial e avançado. O carcinoma invasor foi relacionado ao maior número de metástases regionais. Apesar dos carcinomas sólidos da mama canina apresentarem um mesmo padrão de arranjo celular, demonstram características morfológicas e imunofenotípicas distintas. Dessa forma, se torna imprescindível a distinção desses novos tipos histológicos, com melhor entendimento do comportamento biológico e determinação do prognóstico, para escolhas de terapias específicas e adequadas.