Caravana de histórias: uma proposta de aproximação do teatro com o espectador na escola

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Cristiano Antonio Fernandes Barbosa
• Orientador(a): Ricardo Carvalho de Figueiredo
• Banca de defesa: Josiley Francisco de Souza, Marina Marcondes Machado
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes - Mestrado Profissional
• Departamento: EBA - ESCOLA DE BELAS ARTES
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Formação do espectador; Pedagogia do teatro; Pedagogia do espectador; Desmontagem cênica; Fisicalização
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/48181

Esta proposta consiste em um trabalho de pesquisa teórico-prático sobre a formação do espectador, por meio de provocações estético-artísticas que busquem a sensibilização do olhar desse espectador para o espetáculo Se bicho eu pudesse ser, construído a partir de uma oficina, ministrada por mim, para professoras da rede municipal de ensino de Juiz de Fora/MG. A investigação se instaura a partir da interação da criança-espectadora com o espetáculo, em três etapas: antes, durante e depois da encenação – desmontagem cênica. Estabelecemos diálogos com os autores que pesquisam a formação do espectador no contexto escolar (DESGRANGES, 2003, 2006, 2017; GUÉNOUN, 2004; KOUDELA, 2010; PUPO, 2012, 2015). Para a mediação com os alunos-espectadores, usamos o sistema de jogos teatrais, de Viola Spolin (1979, 2001, 2004 e 2007), como recurso metodológico para elencar as ações da etapa anterior e posterior da apresentação, a partir do conceito criado por ela de nome fisicalização. Diante desses pressupostos, objetivamos fazer desta ação uma experiência estética e poética em que os espectadores percebam-se como potenciais cocriadores, e não meros observadores das apresentações a que assistam na escola. Tal desafio demonstrou ser motivador de ricas conexões entre quem encena e quem aprecia e produz pensamentos – a partir do que viu –, resultando em uma experiência significativa para ambos. Com esta pesquisa, pudemos perceber que o espectador, devidamente incentivado, pode se aproximar bastante de um diálogo mais rico com a linguagem presente no espetáculo, percebendo-se como elemento importante nesse processo de mediação teatral. Esperamos ainda poder contribuir com uma apreciação teatral que desvela os procedimentos do fazer artístico, em busca de uma leitura mais dialógica do referido espetáculo, e, também, redimensionar a relação do grupo de contadores de histórias e a escola em novos entendimentos do que pode ser o Teatro voltado para a Educação.