Avaliação dos efeitos da suplementação com o cogumelo Agaricus Blazei em uma sessão aguda de exercícios de força

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Lorena Magalhães de Almeida
• Orientador(a): Wiliam César Bento Régis
• Banca de defesa: Jacqueline Isaura Alvarez Leite, Débora Romualdo Lacerda
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
• Departamento: ENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Exercício de força; Agaricus blazei; Inflamação; Dano muscular
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/38217

Introdução: A prática de exercício físico promove a formação de microtraumas no músculo, o que causa dano celular com impacto na resposta inflamatória consequentemente na resolução da inflamação e hipertrofia. O cogumelo Agaricus blazei, em estudos em humanos, demonstrou efeito imunomodulatório sobre a inflamação ao reduzir o fator de necrose tumoral α (TNF α) e as interleucinas (IL) IL-1β, IL-2, IL-6, IL-8 e IL-17. Objetivo: Avaliar os efeitos da suplementação com o cogumelo Agaricus blazei em parâmetros indiretos da inflamação em indivíduos submetidos a uma sessão aguda de exercício de força. Metodologia: Estudo crossover, duplo cego, controlado por placebo com washout de 14 dias. Grupo experimental de 14 indivíduos do sexo masculino, de 18 a 35 anos, treinados. Os participantes ingeriram o suplemento a base do cogumelo ou placebo durante 10 dias, sendo 6 dias antes da execução do exercício, no dia da realização e nos três dias seguintes de testes. Os voluntários foram submetidos a um protocolo de treino unilateral agudo (7 séries de 10 repetições a 100% de 1 Repetição Máxima (RM) no legpress, com ação excêntrica controlada em 3 segundos). Foram aferidas as medidas de circunferência de coxa, amplitude de movimento (ADM) de joelho e quadril, escala de recuperação, salto vertical e o próprio RM nos tempos pré e pós exercício, 24, 48 e 72 horas após. Resultados: Em relação às medidas de circunferência de coxa, observa-se influência do tempo na circunferência distal, onde há uma redução 72 horas após a sessão aguda de exercício (p=0,04). Ao analisar os resultados de ADM, pode-se observar que houve uma redução na ADM de joelho do grupo placebo 48 horas após a sessão de exercício que não foi observada no grupo experimental (p=0,016). Em relação aos resultados de salto vertical e 1RM observa-se efeito principal de tempo, onde os voluntários apresentaram diminuição do desempenho imediatamente após a execução do exercício (p=0,0001) e que é mantida até 72 horas após o mesmo no salto vertical (p=0,001), e imediatamente após (p=0,035) e 24hs (p=0,014) no teste de 1RM. Na análise da escala de recuperação de agachamento, os efeitos encontrados foram apenas de tempo para o glúteo e quadríceps, em que foi verificada diferença na percepção de recuperação dos voluntários entre o pós exercício e 24 e 48hs para os dois grupos. Conclusão: Os resultados do presente estudo mostraram que não houve efeitos da suplementação com o cogumelo Agaricus blazei em uma sessão de exercício de força, porém mostrou que o exercício excêntrico pode causar alterações em parâmetros de dor muscular e no desempenho dos indivíduos o que exige maiores investigações sobre o potencial efeito do mesmo nos processos que envolvem o ganho de força muscular.