Alimentação de estudantes: associação com fatores individuais, familiares, comportamentais e indicadores socioeconômicos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nathalia Luiza Ferreira
Orientador(a): Renata Bertazzi Levy
Banca de defesa: Luana Caroline dos Santos, Luana Giatti Goncalves, Lidyane do Valle Camelo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ANDO-ATLNJA
Resumo: A alimentação na adolescência possui múltiplos determinantes individuais e contextuais, cujo monitoramento em sistemas de vigilância pode subsidiar políticas públicas mais efetivas. Deste modo, esta tese objetivou investigar a alimentação de estudantes e sua relação com fatores individuais, familiares, comportamentais e indicadores macroeconômicos. Para isto, apresenta três artigos: 1) Consumption of sugar-rich food products among Brazilian students: National School Health Survey (PeNSE 2012); 2) Coexistence of risk behaviors for being overweight among Brazilian adolescents; e 3) Marcadores do consumo alimentar saudável e não saudável e indicadores macroeconômicos: Análise de estudantes de 74 países. Os dois primeiros artigos possuem delineamento transversal e utilizaram dados de amostra representativa de estudantes brasileiros, de escolas públicas e privadas, de áreas urbanas e rurais, avaliados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). No Artigo 1, analisou-se o consumo de alimentos ricos em açúcar (guloseimas e refrigerantes) entre estudantes brasileiros e foram identificados os fatores associados a esse consumo. No segundo artigo, avaliou-se a magnitude e os aspectos relacionados à coexistência de comportamentos de risco para o excesso de peso (comportamento sedentário, consumo regular de alimentos ricos em açúcar e frituras, e irregular de frutas, verduras e legumes). O Artigo 3, de delineamento ecológico, foi realizado a partir de amostras representativas de estudantes brasileiros (Amostra 2 - PeNSE 2015) e de outros 73 países avaliados pela Global School-Based Student Health Survey (GSHS). O seu objetivo foi comparar as prevalências de consumo diário de marcadores de alimentação saudável (frutas, verduras e legumes) e não saudável (refrigerantes) entre estudantes destes 74 países, segundo indicadores macroeconômicos. O consumo regular de alimentos ricos em açúcar (guloseimas ou refrigerantes) foi verificado entre 36,1% dos estudantes brasileiros, sendo maior entre as meninas, aqueles com 14-15 anos de idade, com maior escolaridade materna, que não viviam com ambos os pais, que não realizavam as refeições com os pais, que comiam em frente à televisão (TV) e com maior tempo diário assistindo TV. Mais de 90,0% dos estudantes brasileiros possuíam pelo menos um dos comportamentos de risco (comportamento sedentário, consumo regular de alimentos ricos em açúcar e de frituras, e irregular de frutas, verduras e legumes) e 6,1% os quatro. Foram associados ao maior número de comportamentos de risco: ser do sexo feminino, ter maior nível de escolaridade materna, frequentar escolas privadas, não realizar regularmente o café da manhã e as refeições com os pais, ter o hábito de comer em frente à TV e não praticar semanalmente atividade física no lazer. Nos 74 países avaliados, verificou-se elevado percentual de consumo diário de refrigerantes (54,1%), com associação 11 positiva com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Rendimento Nacional Bruto per capita (RNBpc), em especial nos países com piores níveis de desenvolvimento e renda. As prevalências de consumo de frutas atingiram 67,9%, com valores maiores conforme houve aumento do RNBpc, particularmente entre os países com menor renda. O consumo diário de verduras e legumes alcançou prevalências superiores a 70%, mas, sem associação com os indicadores macroeconômicos. Foram preocupantes as prevalências de consumo de alimentos considerados não saudáveis, do comportamento sedentário e da coexistência de comportamentos de risco entre os estudantes brasileiros, as quais se associaram a aspectos familiares, comportamentais e sociodemográficos. Em acordo com estes resultados, os indicadores macroeconômicos dos 74 países se relacionaram especialmente ao consumo de refrigerantes e de frutas entre os países com pior renda. Estes resultados demandam ações intersetoriais e integrais, que abarquem a complexidade da alimentação dos adolescentes, além de evidenciarem a importância de se manter ativos os sistemas de vigilância em saúde.
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Os dois primeiros artigos possuem delineamento transversal e utilizaram dados de amostra representativa de estudantes brasileiros, de escolas públicas e privadas, de áreas urbanas e rurais, avaliados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). No Artigo 1, analisou-se o consumo de alimentos ricos em açúcar (guloseimas e refrigerantes) entre estudantes brasileiros e foram identificados os fatores associados a esse consumo. No segundo artigo, avaliou-se a magnitude e os aspectos relacionados à coexistência de comportamentos de risco para o excesso de peso (comportamento sedentário, consumo regular de alimentos ricos em açúcar e frituras, e irregular de frutas, verduras e legumes). O Artigo 3, de delineamento ecológico, foi realizado a partir de amostras representativas de estudantes brasileiros (Amostra 2 - PeNSE 2015) e de outros 73 países avaliados pela Global School-Based Student Health Survey (GSHS). O seu objetivo foi comparar as prevalências de consumo diário de marcadores de alimentação saudável (frutas, verduras e legumes) e não saudável (refrigerantes) entre estudantes destes 74 países, segundo indicadores macroeconômicos. O consumo regular de alimentos ricos em açúcar (guloseimas ou refrigerantes) foi verificado entre 36,1% dos estudantes brasileiros, sendo maior entre as meninas, aqueles com 14-15 anos de idade, com maior escolaridade materna, que não viviam com ambos os pais, que não realizavam as refeições com os pais, que comiam em frente à televisão (TV) e com maior tempo diário assistindo TV. Mais de 90,0% dos estudantes brasileiros possuíam pelo menos um dos comportamentos de risco (comportamento sedentário, consumo regular de alimentos ricos em açúcar e de frituras, e irregular de frutas, verduras e legumes) e 6,1% os quatro. Foram associados ao maior número de comportamentos de risco: ser do sexo feminino, ter maior nível de escolaridade materna, frequentar escolas privadas, não realizar regularmente o café da manhã e as refeições com os pais, ter o hábito de comer em frente à TV e não praticar semanalmente atividade física no lazer. Nos 74 países avaliados, verificou-se elevado percentual de consumo diário de refrigerantes (54,1%), com associação 11 positiva com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Rendimento Nacional Bruto per capita (RNBpc), em especial nos países com piores níveis de desenvolvimento e renda. As prevalências de consumo de frutas atingiram 67,9%, com valores maiores conforme houve aumento do RNBpc, particularmente entre os países com menor renda. O consumo diário de verduras e legumes alcançou prevalências superiores a 70%, mas, sem associação com os indicadores macroeconômicos. Foram preocupantes as prevalências de consumo de alimentos considerados não saudáveis, do comportamento sedentário e da coexistência de comportamentos de risco entre os estudantes brasileiros, as quais se associaram a aspectos familiares, comportamentais e sociodemográficos. Em acordo com estes resultados, os indicadores macroeconômicos dos 74 países se relacionaram especialmente ao consumo de refrigerantes e de frutas entre os países com pior renda. Estes resultados demandam ações intersetoriais e integrais, que abarquem a complexidade da alimentação dos adolescentes, além de evidenciarem a importância de se manter ativos os sistemas de vigilância em saúde.Adolescent food consumption has multiple individual and contextual determinants, whose monitoring in surveillance systems can support public policies that are more effective. Therefore, this thesis aimed to investigate the food consumption of students and its relation with individual, family, behavioral, and macroeconomic indicators. For this, it presents three articles: 1) "Consumption of sugar-rich food products among Brazilian students: National School Health Survey (PeNSE 2012)"; 2) "Coexistence of risk behaviors for being overweight among Brazilian adolescents"; and 3) "Markers of healthy and unhealthy food consumption and macroeconomic indicators: Analysis of students from 74 countries". The first two articles present a cross-sectional design and used from a representative sample of Brazilian students from public and private schools in urban and rural areas, evaluated in the National School Health Survey (PeNSE 2012). In article 1, the objective was to analyze the consumption of sugary foods (sweets and soft drinks) among Brazilian students and to identify the associated factors. The second article evaluated the magnitude and the aspects associated with the coexistence of risk behaviors for being overweight (sedentary behavior, regular consumption of sugary and fried foods, and irregular fruits and vegetables). Article 3 has an ecological design and was based on representative samples of Brazilian students (Sample 2 - PeNSE 2015) and from 73 other countries evaluated in the Global School-Based Student Health Survey (GSHS). The objective of this study was to compare the prevalence of daily consumption of healthy (fruits and vegetables) and unhealthy (soft drinks) food markers among students from these 74 countries, according to macroeconomic indicators. The regular consumption of sugary foods (sweets or soft drinks) was verified among 36.1% of Brazilian adolescents, and was higher among girls, 14-15 years old students, with higher maternal education, who did not live with both parents, who did not eat meals with their parents, who ate in front of the television (TV) and with greater daily time watching TV. More than 90.0% of Brazilian students had at least one risk behavior (sedentary behavior, regular consumption of sugary and fried foods, and irregular fruits and vegetables) and 6.1% all four. Being female, presenting a higher level of maternal education, attending private schools, not regularly having breakfast and meals with parents, having the habit of eating in front of the TV and not practicing leisure physical activity weekly were related to the greater number of risk behaviors. Among the 74 countries evaluated, there was a high percentage of daily consumption of soft drinks (54.1%), with a positive association with the Human Development Index (HDI) and Gross National Income per capita (GNIpc), especially in countries with worse levels of human development and income. The prevalence of daily fruit consumption reached 67.9%, with higher values as there was an increase in RNBpc, particularly in the group of lower income countries. The daily consumption of vegetables resulted in prevalence above 70%, but without any association with the macroeconomic indicators. The prevalence of 13 food consumption considered unhealthy, sedentary behavior and the coexistence of risk behaviors among Brazilian students were worrisome, and were associated with family, behavioral and sociodemographic aspects. According to these results, the macroeconomic indicators of the 74 countries evaluated were especially related to the consumption of soft drinks and fruit among the poorest countries. These results require intersectoral and integral actions that encompass the complexity of the food consumption of adolescents, as well as highlighting the importance of maintaining health surveillance systems active.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGConsumo de AlimentosFatores SocioeconômicosEnfermagemVigilância NutricionalEstilo de Vida SedentárioSobrepesoComportamento do AdolescenteEpidemiologia NutricionalInquéritos e QuestionáriosNutrição do AdolescenteFatores de RiscoRefrigerantesInquéritos NutricionaisIndicadores EconômicosVigilância NutricionalEstilo de Vida SedentárioSaúde EscolarIndicadores de DesenvolvimentoRendaNutrição do AdolescenteAlimentação de estudantes: associação com fatores individuais, familiares, comportamentais e indicadores socioeconômicos.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALnath_lia_lu_za_ferreira.pdfapplication/pdf22528713https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-ATLNJA/1/nath_lia_lu_za_ferreira.pdf86731bfe769f669caa28c96caf298559MD51TEXTnath_lia_lu_za_ferreira.pdf.txtnath_lia_lu_za_ferreira.pdf.txtExtracted texttext/plain323456https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-ATLNJA/2/nath_lia_lu_za_ferreira.pdf.txteb729eae9666ae6f7f8a4ab760c23d73MD521843/ANDO-ATLNJA2019-11-14 04:50:58.021oai:repositorio.ufmg.br:1843/ANDO-ATLNJARepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:50:58Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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description A alimentação na adolescência possui múltiplos determinantes individuais e contextuais, cujo monitoramento em sistemas de vigilância pode subsidiar políticas públicas mais efetivas. Deste modo, esta tese objetivou investigar a alimentação de estudantes e sua relação com fatores individuais, familiares, comportamentais e indicadores macroeconômicos. Para isto, apresenta três artigos: 1) Consumption of sugar-rich food products among Brazilian students: National School Health Survey (PeNSE 2012); 2) Coexistence of risk behaviors for being overweight among Brazilian adolescents; e 3) Marcadores do consumo alimentar saudável e não saudável e indicadores macroeconômicos: Análise de estudantes de 74 países. Os dois primeiros artigos possuem delineamento transversal e utilizaram dados de amostra representativa de estudantes brasileiros, de escolas públicas e privadas, de áreas urbanas e rurais, avaliados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). No Artigo 1, analisou-se o consumo de alimentos ricos em açúcar (guloseimas e refrigerantes) entre estudantes brasileiros e foram identificados os fatores associados a esse consumo. No segundo artigo, avaliou-se a magnitude e os aspectos relacionados à coexistência de comportamentos de risco para o excesso de peso (comportamento sedentário, consumo regular de alimentos ricos em açúcar e frituras, e irregular de frutas, verduras e legumes). O Artigo 3, de delineamento ecológico, foi realizado a partir de amostras representativas de estudantes brasileiros (Amostra 2 - PeNSE 2015) e de outros 73 países avaliados pela Global School-Based Student Health Survey (GSHS). O seu objetivo foi comparar as prevalências de consumo diário de marcadores de alimentação saudável (frutas, verduras e legumes) e não saudável (refrigerantes) entre estudantes destes 74 países, segundo indicadores macroeconômicos. O consumo regular de alimentos ricos em açúcar (guloseimas ou refrigerantes) foi verificado entre 36,1% dos estudantes brasileiros, sendo maior entre as meninas, aqueles com 14-15 anos de idade, com maior escolaridade materna, que não viviam com ambos os pais, que não realizavam as refeições com os pais, que comiam em frente à televisão (TV) e com maior tempo diário assistindo TV. Mais de 90,0% dos estudantes brasileiros possuíam pelo menos um dos comportamentos de risco (comportamento sedentário, consumo regular de alimentos ricos em açúcar e de frituras, e irregular de frutas, verduras e legumes) e 6,1% os quatro. Foram associados ao maior número de comportamentos de risco: ser do sexo feminino, ter maior nível de escolaridade materna, frequentar escolas privadas, não realizar regularmente o café da manhã e as refeições com os pais, ter o hábito de comer em frente à TV e não praticar semanalmente atividade física no lazer. Nos 74 países avaliados, verificou-se elevado percentual de consumo diário de refrigerantes (54,1%), com associação 11 positiva com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Rendimento Nacional Bruto per capita (RNBpc), em especial nos países com piores níveis de desenvolvimento e renda. As prevalências de consumo de frutas atingiram 67,9%, com valores maiores conforme houve aumento do RNBpc, particularmente entre os países com menor renda. O consumo diário de verduras e legumes alcançou prevalências superiores a 70%, mas, sem associação com os indicadores macroeconômicos. Foram preocupantes as prevalências de consumo de alimentos considerados não saudáveis, do comportamento sedentário e da coexistência de comportamentos de risco entre os estudantes brasileiros, as quais se associaram a aspectos familiares, comportamentais e sociodemográficos. Em acordo com estes resultados, os indicadores macroeconômicos dos 74 países se relacionaram especialmente ao consumo de refrigerantes e de frutas entre os países com pior renda. Estes resultados demandam ações intersetoriais e integrais, que abarquem a complexidade da alimentação dos adolescentes, além de evidenciarem a importância de se manter ativos os sistemas de vigilância em saúde.
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