Questões étnico-raciais e a formação do policial militar: um estudo na Academia de Polícia Militar de Minas Gerais.

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Paulo Tiego Gomes de Oliveira
• Orientador(a): Maria Isabel Antunes Rocha , Luis Flávio Sapori
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
• Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: APM; Direitos Humanos; Polícia Militar; Questões étnico-raciais; Segurança Pública cidadã.
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/37344; http://orcid.org/0000-0001-5222-6704

Tendo por objetivo analisar aspectos em torno das questões étnico-raciais, essa pesquisa fixa seu olhar sobre a percepção de policiais militares da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais (APM), em processo de formação, sobre o racismo. A APM é nosso lócus de investigação por ser uma instituição de ensino profissional voltada para a formação do policial militar mineiro, passando por ela policiais militares de todo o Estado de Minas Gerais. A pesquisa de campo foi realizada durante os anos de 2019 e 2020, buscando abordar a temática proposta por meio da percepção e representação que policiais militares têm sobre o fenômeno racial. O referencial teórico se constrói a partir de autores que pesquisam temas étnico-raciais e a grande área da Segurança Pública, além de autores que trabalham a teoria de representações sociais. A metodologia que sustenta a pesquisa é do tipo quantiqualitativa, dispondo de dados documentais, bibliográficos e estatísticas produzidas após aplicação de questionários estruturados. Para melhor captar a realidade social em análise, construímos gráficos e tabelas, com os dados fornecidos pela Diretoria de Recursos Humanos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) sobre seu efetivo da ativa até dezembro de 2019. O grupo amostral foi composto por policiais militares discentes do Curso de Formação de Oficiais (CFO), Curso de Habilitação de Oficiais (CHO), Curso de Formação de Sargentos (CFS), e Curso Especial de Sargentos (CEFS), todos da APM, sendo aplicados 240 questionários, indistintamente, para homens e mulheres. O recorte proposto reverbera a necessidade de maior reflexão acerca de instituições fechadas, como são as polícias e, é nessa seara, que buscamos responder a uma certa incipiência nos estudos de violência e relações étnico-raciais e seu paralelo com a polícia, levando-se em conta as muitas narrativas sobre a relação entre preconceito racial e violência contra negros na segurança pública.