O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência
|
Departamento: |
MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/36566 |
Resumo: | O isolamento compulsório para tratamento de hanseníase resultou no surgimento de comunidades nas áreas de ex-colônias e no seu entorno. São áreas importantes do ponto de vista epidemiológico e histórico por terem uma alta prevalência da doença e por contarem, entre seus habitantes, com pessoas que viveram as consequências do isolamento e do estigma. Neste estudo foi proposta a análise do banco de dados, resultado de atividade de educação em saúde e prevenção da hanseníase, realizada em escolas da rede públicas em região de ex-colônia de hanseníase em Betim/MG. O objetivo foi avaliar o conhecimento/informação e a percepção/sentimento sobre a hanseníase entre os estudantes. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva e os dados foram discutidos com base em epidemiologia atual da doença e em conceitos de psicanálise. Foram avaliados os dados obtidos de 325 estudantes com idade entre 10 e 19 anos, de um total de 909 matriculados nas duas escolas. Em relação ao conhecimento, do total de estudantes, 69,8% já haviam ouvido sobre a doença e, entre eles, 67,8% acreditavam que ela seria curável, 11,5% conheciam sua causa, 31,3% acreditavam que é contagiosa, 57,7% conheciam seus sinais e sintomas. Entre os que nunca ouviram falar, esses percentuais foram respectivamente, 59,1%, 3%, 30,3% e 24,7%. Em relação ao sentimento, o percentual de respostas em branco entre os que nunca ouviram falar da doença foi muito alto, atingindo mais de 90% em algumas questões. Para os que já ouviram falar, houve sentimentos de angústia/medo ou altruísmo. Índice de conhecimento construído a partir das respostas à pergunta “Já ouviu falar em hanseníase?” mostrou que o menor conhecimento se relacionou com indiferença em relação à doença e o maior conhecimento a sentimentos tanto de angústia/medo quanto de altruísmo. Em resposta à pergunta sobre qual doença era a mais temida, a hanseníase foi citada por 8,06% dos estudantes, sendo a quarta pior. O fato de ser a pior doença citada esteve relacionado ao índice de conhecimento mais elevado. É preocupante que mais de 30% dos estudantes que moram em uma área de ex-colônia nunca tenham ouvido falar sobre a doença, pois ela faz parte da história do lugar ou do próprio indivíduo. Isto sugere que há um silêncio sobre o tema que pode ser causa e consequência de estigma e preconceito e pode dificultar o controle da doença. O trabalho tem limitações, a maior delas o fato de usar um banco de dados que não foi obtido para pesquisa e não teve critérios de amostragem aleatória. Entretanto os resultados apontam para a necessidade de investir em educação em saúde sobre a hanseníase nas áreas de ex-colônias, não só para combater o estigma e o preconceito, mas como medida de vigilância epidemiológica. |
id |
UFMG_6ff91fdfa45e96b809ae80850530951b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/36566 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Marcelo Grossi Araújohttp://lattes.cnpq.br/8427940110469573Ana Regina Coelho de AndradeFRANCISCO CARLOS FELIZ LANAANA MARIA CALDEIRA OLIVEIRAELZA MACHADO DE MELOhttp://lattes.cnpq.br/7158425317444449Débora Gabriele Tolentino Alves2021-06-25T14:53:57Z2021-06-25T14:53:57Z2020-09-09http://hdl.handle.net/1843/36566O isolamento compulsório para tratamento de hanseníase resultou no surgimento de comunidades nas áreas de ex-colônias e no seu entorno. São áreas importantes do ponto de vista epidemiológico e histórico por terem uma alta prevalência da doença e por contarem, entre seus habitantes, com pessoas que viveram as consequências do isolamento e do estigma. Neste estudo foi proposta a análise do banco de dados, resultado de atividade de educação em saúde e prevenção da hanseníase, realizada em escolas da rede públicas em região de ex-colônia de hanseníase em Betim/MG. O objetivo foi avaliar o conhecimento/informação e a percepção/sentimento sobre a hanseníase entre os estudantes. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva e os dados foram discutidos com base em epidemiologia atual da doença e em conceitos de psicanálise. Foram avaliados os dados obtidos de 325 estudantes com idade entre 10 e 19 anos, de um total de 909 matriculados nas duas escolas. Em relação ao conhecimento, do total de estudantes, 69,8% já haviam ouvido sobre a doença e, entre eles, 67,8% acreditavam que ela seria curável, 11,5% conheciam sua causa, 31,3% acreditavam que é contagiosa, 57,7% conheciam seus sinais e sintomas. Entre os que nunca ouviram falar, esses percentuais foram respectivamente, 59,1%, 3%, 30,3% e 24,7%. Em relação ao sentimento, o percentual de respostas em branco entre os que nunca ouviram falar da doença foi muito alto, atingindo mais de 90% em algumas questões. Para os que já ouviram falar, houve sentimentos de angústia/medo ou altruísmo. Índice de conhecimento construído a partir das respostas à pergunta “Já ouviu falar em hanseníase?” mostrou que o menor conhecimento se relacionou com indiferença em relação à doença e o maior conhecimento a sentimentos tanto de angústia/medo quanto de altruísmo. Em resposta à pergunta sobre qual doença era a mais temida, a hanseníase foi citada por 8,06% dos estudantes, sendo a quarta pior. O fato de ser a pior doença citada esteve relacionado ao índice de conhecimento mais elevado. É preocupante que mais de 30% dos estudantes que moram em uma área de ex-colônia nunca tenham ouvido falar sobre a doença, pois ela faz parte da história do lugar ou do próprio indivíduo. Isto sugere que há um silêncio sobre o tema que pode ser causa e consequência de estigma e preconceito e pode dificultar o controle da doença. O trabalho tem limitações, a maior delas o fato de usar um banco de dados que não foi obtido para pesquisa e não teve critérios de amostragem aleatória. Entretanto os resultados apontam para a necessidade de investir em educação em saúde sobre a hanseníase nas áreas de ex-colônias, não só para combater o estigma e o preconceito, mas como medida de vigilância epidemiológica.Compulsory isolation for leprosy treatment has resulted the old colonies areas and around them. They are important areas from an epidemiological and historical point of view because they have a high prevalence of the disease and have people who have lived the isolation’s and stigma’s consequences. This study proposed to analyze the database, the result of health education and leprosy prevention activities, carried out in public schools in the region of a former leprosy colony in Betim / MG. The objective was to assess knowledge / information and perception / feeling about leprosy among students. For data analysis, descriptive statistics were used and the data were discussed based on the current disease epidemiology and on psychoanalysis concepts. It was evaluated the data obtained from 325 students aged between 10 and 19 years old, from a total of 909 registered students in both schools. Regarding knowledge, from the total number of students, 69.8% had heard about the disease and, among them, 67.8% believed that it would be curable, 11.5% knew its cause, 31.3% believed it was contagious, 57.7% knew its signs and symptoms. Among those who have never heard about leprosy, these percentages were, respectively, 59.1%, 3%, 30.3% and 24.7%. Regarding feelings, the percentage of blank responses among those who have never heard of the disease was very high, reaching more than 90% on some questions. For those who have heard of it, there were feelings of anguish / fear or altruism. Knowledge index built from the answers to the question “Have you heard of leprosy?” showed that less knowledge was related to the disease indifference and more knowledge to feelings of anguish / fear and altruism. In response to the question about which disease was the most feared, leprosy was mentioned by 8.06% of the students being the fourth worst. The fact that it was the worst disease mentioned was related to the higher knowledge index. It is worrying that more than 30% of the students who live in a former colony area have never heard about the disease, once it is part of the place’s history or of the individual himself. It is suggesting that there is a silence on the topic that can be both cause and consequence of stigma and prejudice and can make it difficult to control the disease. The work has limitations, the biggest of is the fact that it uses a database that was not obtained for research and had no criteria for random sampling. However, the results point to the need to invest in health education about leprosy in colonies areas, not only to combat stigma and prejudice, but as a measure of epidemiological surveillance.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da ViolênciaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAHanseníaseEstigma SocialEducação em SaúdePsicanáliseHanseníaseEstigma SocialEducação em SaúdePsicanáliseO conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALO CONHECIMENTO DE HANSENÍASE ENTRE ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS CONCEITOS E PRECONCEITOS.pdfO CONHECIMENTO DE HANSENÍASE ENTRE ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS CONCEITOS E PRECONCEITOS.pdfapplication/pdf2478840https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36566/1/O%20CONHECIMENTO%20DE%20HANSEN%c3%8dASE%20ENTRE%20ESTUDANTES%20DE%20ESCOLAS%20P%c3%9aBLICAS%20CONCEITOS%20E%20PRECONCEITOS.pdfa1d4eb9a392798dde2184dcb53d1fe96MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36566/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/365662021-06-25 11:53:57.674oai:repositorio.ufmg.br:1843/36566TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-25T14:53:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos |
title |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos |
spellingShingle |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos Débora Gabriele Tolentino Alves Hanseníase Estigma Social Educação em Saúde Psicanálise Hanseníase Estigma Social Educação em Saúde Psicanálise |
title_short |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos |
title_full |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos |
title_fullStr |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos |
title_full_unstemmed |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos |
title_sort |
O conhecimento de Hanseniase entre estudantes de escolas públicas: conceitos e preconceitos |
author |
Débora Gabriele Tolentino Alves |
author_facet |
Débora Gabriele Tolentino Alves |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Marcelo Grossi Araújo |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8427940110469573 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Ana Regina Coelho de Andrade |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
FRANCISCO CARLOS FELIZ LANA |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
ANA MARIA CALDEIRA OLIVEIRA |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
ELZA MACHADO DE MELO |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7158425317444449 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Débora Gabriele Tolentino Alves |
contributor_str_mv |
Marcelo Grossi Araújo Ana Regina Coelho de Andrade FRANCISCO CARLOS FELIZ LANA ANA MARIA CALDEIRA OLIVEIRA ELZA MACHADO DE MELO |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hanseníase Estigma Social Educação em Saúde Psicanálise |
topic |
Hanseníase Estigma Social Educação em Saúde Psicanálise Hanseníase Estigma Social Educação em Saúde Psicanálise |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Hanseníase Estigma Social Educação em Saúde Psicanálise |
description |
O isolamento compulsório para tratamento de hanseníase resultou no surgimento de comunidades nas áreas de ex-colônias e no seu entorno. São áreas importantes do ponto de vista epidemiológico e histórico por terem uma alta prevalência da doença e por contarem, entre seus habitantes, com pessoas que viveram as consequências do isolamento e do estigma. Neste estudo foi proposta a análise do banco de dados, resultado de atividade de educação em saúde e prevenção da hanseníase, realizada em escolas da rede públicas em região de ex-colônia de hanseníase em Betim/MG. O objetivo foi avaliar o conhecimento/informação e a percepção/sentimento sobre a hanseníase entre os estudantes. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva e os dados foram discutidos com base em epidemiologia atual da doença e em conceitos de psicanálise. Foram avaliados os dados obtidos de 325 estudantes com idade entre 10 e 19 anos, de um total de 909 matriculados nas duas escolas. Em relação ao conhecimento, do total de estudantes, 69,8% já haviam ouvido sobre a doença e, entre eles, 67,8% acreditavam que ela seria curável, 11,5% conheciam sua causa, 31,3% acreditavam que é contagiosa, 57,7% conheciam seus sinais e sintomas. Entre os que nunca ouviram falar, esses percentuais foram respectivamente, 59,1%, 3%, 30,3% e 24,7%. Em relação ao sentimento, o percentual de respostas em branco entre os que nunca ouviram falar da doença foi muito alto, atingindo mais de 90% em algumas questões. Para os que já ouviram falar, houve sentimentos de angústia/medo ou altruísmo. Índice de conhecimento construído a partir das respostas à pergunta “Já ouviu falar em hanseníase?” mostrou que o menor conhecimento se relacionou com indiferença em relação à doença e o maior conhecimento a sentimentos tanto de angústia/medo quanto de altruísmo. Em resposta à pergunta sobre qual doença era a mais temida, a hanseníase foi citada por 8,06% dos estudantes, sendo a quarta pior. O fato de ser a pior doença citada esteve relacionado ao índice de conhecimento mais elevado. É preocupante que mais de 30% dos estudantes que moram em uma área de ex-colônia nunca tenham ouvido falar sobre a doença, pois ela faz parte da história do lugar ou do próprio indivíduo. Isto sugere que há um silêncio sobre o tema que pode ser causa e consequência de estigma e preconceito e pode dificultar o controle da doença. O trabalho tem limitações, a maior delas o fato de usar um banco de dados que não foi obtido para pesquisa e não teve critérios de amostragem aleatória. Entretanto os resultados apontam para a necessidade de investir em educação em saúde sobre a hanseníase nas áreas de ex-colônias, não só para combater o estigma e o preconceito, mas como medida de vigilância epidemiológica. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-09-09 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-06-25T14:53:57Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-06-25T14:53:57Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/36566 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/36566 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36566/1/O%20CONHECIMENTO%20DE%20HANSEN%c3%8dASE%20ENTRE%20ESTUDANTES%20DE%20ESCOLAS%20P%c3%9aBLICAS%20CONCEITOS%20E%20PRECONCEITOS.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36566/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a1d4eb9a392798dde2184dcb53d1fe96 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793891072964820992 |