Abordagem de saúde sexual por enfermeiras no contexto da Atenção Primária à Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Iracy Sofia Barbosa lattes
Orientador(a): Maria Imaculada de Fátima Freitas lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/40873
Resumo: Introdução: O direito à saúde sexual foi uma conquista histórica da humanidade. Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na Agenda 2030 da ONU, está o acesso universal aos serviços de assistência à saúde sexual e reprodutiva. Para atingir tal objetivo, a Atenção Primária à Saúde (APS) tem reconhecido papel. Entretanto, outras publicações descrevem que as ações ofertadas na APS se concentram, quase sempre, nas demandas reprodutivas, ficando invisibilizadas as demandas sexuais ou restritas à abordagem das Infecções Sexualmente Transmissíveis. As enfermeiras, como parte das Equipes de Saúde da Família (ESF) e corresponsáveis pela coordenação do acolhimento e gestão do cuidado na APS, devem contemplar a saúde sexual nos seus atendimentos. Entretanto, estudos mostram dificuldades dessas profissionais em abordar a sexualidade em suas rotinas de cuidado. Objetivos: 1)Conhecer as necessidades e problemas relacionados à saúde sexual dos usuários da APS do município de Belo Horizonte, segundo os próprios usuários; 2)Identificar a percepção da(o)s enfermeira(o)s das ESF sobre as necessidades e problemas relativos à saúde sexual dos usuários e como abordam essas demandas; 3)Conhecer o cenário atual do município em relação às necessidades e problemas dos usuários e a abordagem da saúde sexual adotada pelas(os) enfermeiras(os) das ESF, a partir da integração de dados quantitativos e qualitativos. Método: Trata-se de um estudo de métodos mistos do tipo paralelo convergente. A abordagem qualitativa, baseada na Teoria dos Roteiros Sexuais de John Gagnon e realizada por meio da entrevista em profundidade, teve prioridade no estudo. Analisamos os discursos dos participantes por meio da Análise Estrutural da Narrativa. A amostra foi composta por 22 participantes, sendo 13 usuários e nove enfermeiras. As enfermeiras foram definidas por sorteio, sendo uma de cada distrito do município. Os usuários foram definidos parte por sorteio e parte por bola de neve, necessária para garantir maior diversidade de gênero entre os participantes. A abordagem quantitativa consistiu em pesquisa transversal descritiva feita por meio de formulários on-line, distribuídos aos enfermeiros das ESF do município por meio de grupos de WhatsApp e e-mails dos centros de saúde de Belo Horizonte. A população final do estudo foi de 210 enfermeiras(os), que correspondeu a 35,7% do total de enfermeiras(os) de ESF do município. A análise se deu por meio do cálculo de proporções e teste qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. Resultados: As necessidades e problemas relativos à saúde sexual dos usuários da APS estruturam-se em dimensões culturais, interpessoais e intrapsíquicas e dizem respeito à vivência dos relacionamentos e do prazer num contexto de machismo e desigualdade de gênero, permeada pelo tabu que ainda contribui para o silenciamento da intimidade das pessoas. Isso pode resultar em sofrimentos de ordem emocional e/ou adaptações da vida de forma a não priorizar o prazer sexual. Na maioria das vezes, essas necessidades não são percebidas pelos profissionais de saúde em seus atendimentos, uma vez que suas abordagens priorizam o modelo biologicista sobre o corpo e a vida dos usuários. Entre os 91,4% das(os) enfermeiras(os) entrevistados no estudo quantitativo que afirmaram abordar a saúde sexual nos atendimentos, 48,7% o fazem poucas vezes. Segundo 75,1% das(os) enfermeiras(os), os usuários têm poucas demandas, o que pode garantir certa comodidade ao se manter o enfoque nos sintomas e queixas físicas, perpetuando a invisibilidade da sexualidade dos indivíduos. Houve convergência dos resultados encontrados nos diferentes métodos. Conclusão: A saúde sexual deve ser compreendida e inserida nas ações da APS visando atingir a integralidade na assistência. Reconhecer a importância dos roteiros sexuais para o cuidado, principalmente quando são disfuncionais para a vida dos usuários, e agir, contribuindo para que eles possam construir novos roteiros que lhes permitam acessar uma vida sexual saudável, deve ser parte da abordagem à saúde com enfoque na educação sexual. Nesse sentido, é urgente o investimento em formação dos profissionais da APS para instrumentalizá-los para a abordagem à saúde sexual.
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As enfermeiras, como parte das Equipes de Saúde da Família (ESF) e corresponsáveis pela coordenação do acolhimento e gestão do cuidado na APS, devem contemplar a saúde sexual nos seus atendimentos. Entretanto, estudos mostram dificuldades dessas profissionais em abordar a sexualidade em suas rotinas de cuidado. Objetivos: 1)Conhecer as necessidades e problemas relacionados à saúde sexual dos usuários da APS do município de Belo Horizonte, segundo os próprios usuários; 2)Identificar a percepção da(o)s enfermeira(o)s das ESF sobre as necessidades e problemas relativos à saúde sexual dos usuários e como abordam essas demandas; 3)Conhecer o cenário atual do município em relação às necessidades e problemas dos usuários e a abordagem da saúde sexual adotada pelas(os) enfermeiras(os) das ESF, a partir da integração de dados quantitativos e qualitativos. Método: Trata-se de um estudo de métodos mistos do tipo paralelo convergente. 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A análise se deu por meio do cálculo de proporções e teste qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. Resultados: As necessidades e problemas relativos à saúde sexual dos usuários da APS estruturam-se em dimensões culturais, interpessoais e intrapsíquicas e dizem respeito à vivência dos relacionamentos e do prazer num contexto de machismo e desigualdade de gênero, permeada pelo tabu que ainda contribui para o silenciamento da intimidade das pessoas. Isso pode resultar em sofrimentos de ordem emocional e/ou adaptações da vida de forma a não priorizar o prazer sexual. Na maioria das vezes, essas necessidades não são percebidas pelos profissionais de saúde em seus atendimentos, uma vez que suas abordagens priorizam o modelo biologicista sobre o corpo e a vida dos usuários. Entre os 91,4% das(os) enfermeiras(os) entrevistados no estudo quantitativo que afirmaram abordar a saúde sexual nos atendimentos, 48,7% o fazem poucas vezes. 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Among the Sustainable Development Goals, in the UN's 2030 Agenda, is universal access to sexual and reproductive health care services. To achieve this goal, Primary Health Care (PHC) has a recognized role. However, other publications describe that the actions offered in PHC are almost always focused on reproductive demands, making sexual demands invisible or restricted to addressing Sexually Transmitted Infections. Nurses, as part of the Family Health Teams (FHS) and co-responsible for coordinating the reception and management of care in the PHC, must include sexual health in their care. However, studies show these professionals' difficulties in addressing sexuality in their care routines. Aims: 1) Knowing the needs and problems related to the sexual health of PHC users in the city of Belo Horizonte, according to the users themselves; 2) Identify the perception of the FHS nurses in the municipality about the needs and problems related to the users' sexual health and how they address these demands; 3) Knowing the current scenario of the municipality in relation to the needs and problems of users and the approach to sexual health adopted by the nurses of the FHS, based on the integration of quantitative and qualitative data. Method: This is a study of mixed methods of the convergent parallel type. The qualitative approach, based on John Gagnon's Theory of Sexual Scripts and carried out through in-depth interviews, had priority in the study. We analyzed the participants' speeches through the Structural Analysis of Narrative. The sample consisted of 22 participants, 13 users and nine nurses. The nurses were chosen by drawing lots, one from each district in the municipality. Users were defined part by draw and part by snowball, necessary to ensure greater gender diversity among participants. The quantitative approach consisted of a descriptive cross-sectional survey carried out through online forms, distributed to nurses from the FHS in the municipality through WhatsApp groups and e-mails from health centers in Belo Horizonte. The final study population consisted of 210 nurses, which corresponded to 35.7% of the total number of FHS nurses in the city. The analysis was carried out through the calculation of proportions and Pearson's chi-square test with a significance level of 5%. Results: The needs and problems related to the sexual health of PHC users are structured in cultural, interpersonal and intrapsychic dimensions and concern the experience of relationships and pleasure in a context of sexism and gender inequality, permeated by the taboo that still contributes to the silencing of people's intimacy. This can result in emotional suffering and/or life adjustments in a way that does not prioritize sexual pleasure. Most of the time, these needs are not perceived by health professionals in their care, since their approaches prioritize the biological model over the body and life of users. Among the 91.4% of nurses interviewed in the quantitative study who stated that they approach sexual health in the consultations, 48.7% do so only a few times. According to 75.1% of nurses, users have few demands, which can ensure some comfort by keeping the focus on symptoms and physical complaints, perpetuating the invisibility of individuals' sexuality. There was convergence of results found in the different methods. Conclusion: Sexual health must be understood and included in PHC actions in order to achieve comprehensive care. Recognizing the importance of sexual scripts for care, especially when they are dysfunctional for the lives of users, and acting, helping them to build new scripts that allow them to access a healthy sexual life, must be part of the approach to health with a focus on sex education. In this sense, it is urgent to invest in the training of PHC professionals to equip them to approach sexual health.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFMGBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMSaúde SexualSexualidadeAtenção Primária à SaúdeEnfermeiras e EnfermeirosSaúde sexualSexualidadeAtenção Primária à SaúdeEnfermeiras e EnfermeirosAbordagem de saúde sexual por enfermeiras no contexto da Atenção Primária à SaúdeNurses' approach to sexual health in the context of primary health care: a mixed methods studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação - Iracy Sofia Barbosa.pdfDissertação - Iracy Sofia Barbosa.pdfAbordagem de saúde sexual por enfermeiras no contexto da APSapplication/pdf4383420https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40873/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Iracy%20Sofia%20Barbosa.pdf29356a57881eb31e379c21335449cf86MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40873/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/408732022-04-07 08:43:28.365oai:repositorio.ufmg.br:1843/40873TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-04-07T11:43:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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