Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fernanda Pereira Martins lattes
Orientador(a): André Augusto Rodrigues Salgado lattes
Banca de defesa: André Augusto Rodrigues Salgado, Luiz Eduardo Panisset Travassos, António Alberto Gomes, António Martins, Pedro Proença Cunha
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/30389
Resumo: As chapadas são geoformas que se estendem por diversas porções do território brasileiro apresentando-se como unidades paisagísticas compostas tanto por uma única chapada isolada quanto por um agrupamento dessas geoformas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006), classificou oito unidades de relevo do Brasil como sendo domínios de chapadas. Estas se concentram nas regiões Nordeste, Sudeste e, em menor proporção, na Centro-oeste. A partir do momento em que a legislação (Código Florestal Lei nº 12.651/2012 e da Resolução Conama nº 303/2002) instituiu as bordas das chapadas como Área de Proteção Permanente, estas geoformas foram legalmente reconhecidas como possuidoras de grande importância ambiental. Entretanto, apesar desse reconhecimento, as chapadas ainda carecem de estudos científicos. Neste sentido, esta pesquisa se estrutura sobre três eixos norteadores: (i) discutir o conceito legal de chapada no Brasil; (ii) conceituar cientificamente a geoforma chapada e; (iii) compreender a morfodinâmica típica dessas paisagens em duas áreas representativas no Brasil: (A) a região da Chapada das Mesas no Maranhão/Tocantins e (B) a porção sul das Chapadas do Rio São Francisco no estado de Minas Gerais. Para lograr os objetivos propostos, primeiramente analisou-se se as oito unidades classificadas como chapada pelo IBGE (2006) atendem todos os parâmetros exigidos pela lei: declividade da superfície do platô, declividade de suas bordas, extensão superficial e altitude. Posteriormente, foram consultados 22 especialistas em geomorfologia para a utilização do método Delphi com o objetivo de determinar quais são os principais parâmetros para se classificar uma geoforma como chapada, bem como para criar uma definição científica para essa geoforma e constatar a aderência dela às oito unidades do relevo de Chapada no Brasil (IBGE, 2006). Por último, foi testado se os parâmetros sugeridos no Delphi como típicos de gênese de chapada (processos) atendem à realidade dessas geoformas nas duas áreas anteriormente citadas. Para isso, utilizou-se de método de observação em campo, geoprocessamento e sensoriamento remoto e, no caso das Chapadas das Mesas, ainda utilizou-se de dados laboratoriais de isótopo cosmogênico Be10. Concluiu-se que a legislação vigente não cumpre seu objetivo de proteger as chapadas, porque ela utiliza um conceito confuso e restritivo, não abrangendo a real ocorrência desse tipo de relevo no Brasil. Por meio do método Delphi, foi possível criar um conceito mais compatível com a realidade de ocorrência dessas geoformas no Brasil e, portanto, passível de ser utilizado pela legislação, contribuindo para a compreensão da dinâmica evolutiva natural das chapadas. No que se refere à morfogênese, a análise das Chapadas das Mesas demonstrou que os processos em curso são mais heterogêneos do que aqueles mencionados nos clássicos geomorfológicos e do que aqueles levantados nesse trabalho através do método Delphi. De fato, nesta área, processos de subsuperfície cársticos em rocha não carbonática – silicíclásticas - ocorreram em interação aos processos superficiais do ciclo supérgeno. Ou seja, processos típicos do carste foram fundamentais para a morfogênese das chapadas da região da Chapada das Mesas. Este fato é relevante, pois até a atualidade não se tinha menção nas bibliografias geomorfológicas dos processos cársticos como precursores da morfogênese de chapadas. Já a morfogênese do Sul das Chapadas do Rio São Francisco demonstrou estar em maior conformidade com a morfogênese descrita pelas teorias de evolução da paisagem de longo termo. A análise dessas duas áreas representativas das chapadas demonstraram que as chapadas são formas de relevo poligenéticas e não devem ser analisadas dentro de uma perspectiva dedutiva.
id UFMG_8ea11500cf3ebf6c614db99e12e0039d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30389
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling André Augusto Rodrigues Salgadohttp://lattes.cnpq.br/9312637835274211André Augusto Rodrigues SalgadoLuiz Eduardo Panisset TravassosAntónio Alberto GomesAntónio MartinsPedro Proença Cunhahttp://lattes.cnpq.br/6428064112182072Fernanda Pereira Martins2019-10-15T16:24:36Z2019-10-15T16:24:36Z2018-06-05http://hdl.handle.net/1843/30389As chapadas são geoformas que se estendem por diversas porções do território brasileiro apresentando-se como unidades paisagísticas compostas tanto por uma única chapada isolada quanto por um agrupamento dessas geoformas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006), classificou oito unidades de relevo do Brasil como sendo domínios de chapadas. Estas se concentram nas regiões Nordeste, Sudeste e, em menor proporção, na Centro-oeste. A partir do momento em que a legislação (Código Florestal Lei nº 12.651/2012 e da Resolução Conama nº 303/2002) instituiu as bordas das chapadas como Área de Proteção Permanente, estas geoformas foram legalmente reconhecidas como possuidoras de grande importância ambiental. Entretanto, apesar desse reconhecimento, as chapadas ainda carecem de estudos científicos. Neste sentido, esta pesquisa se estrutura sobre três eixos norteadores: (i) discutir o conceito legal de chapada no Brasil; (ii) conceituar cientificamente a geoforma chapada e; (iii) compreender a morfodinâmica típica dessas paisagens em duas áreas representativas no Brasil: (A) a região da Chapada das Mesas no Maranhão/Tocantins e (B) a porção sul das Chapadas do Rio São Francisco no estado de Minas Gerais. Para lograr os objetivos propostos, primeiramente analisou-se se as oito unidades classificadas como chapada pelo IBGE (2006) atendem todos os parâmetros exigidos pela lei: declividade da superfície do platô, declividade de suas bordas, extensão superficial e altitude. Posteriormente, foram consultados 22 especialistas em geomorfologia para a utilização do método Delphi com o objetivo de determinar quais são os principais parâmetros para se classificar uma geoforma como chapada, bem como para criar uma definição científica para essa geoforma e constatar a aderência dela às oito unidades do relevo de Chapada no Brasil (IBGE, 2006). Por último, foi testado se os parâmetros sugeridos no Delphi como típicos de gênese de chapada (processos) atendem à realidade dessas geoformas nas duas áreas anteriormente citadas. Para isso, utilizou-se de método de observação em campo, geoprocessamento e sensoriamento remoto e, no caso das Chapadas das Mesas, ainda utilizou-se de dados laboratoriais de isótopo cosmogênico Be10. Concluiu-se que a legislação vigente não cumpre seu objetivo de proteger as chapadas, porque ela utiliza um conceito confuso e restritivo, não abrangendo a real ocorrência desse tipo de relevo no Brasil. Por meio do método Delphi, foi possível criar um conceito mais compatível com a realidade de ocorrência dessas geoformas no Brasil e, portanto, passível de ser utilizado pela legislação, contribuindo para a compreensão da dinâmica evolutiva natural das chapadas. No que se refere à morfogênese, a análise das Chapadas das Mesas demonstrou que os processos em curso são mais heterogêneos do que aqueles mencionados nos clássicos geomorfológicos e do que aqueles levantados nesse trabalho através do método Delphi. De fato, nesta área, processos de subsuperfície cársticos em rocha não carbonática – silicíclásticas - ocorreram em interação aos processos superficiais do ciclo supérgeno. Ou seja, processos típicos do carste foram fundamentais para a morfogênese das chapadas da região da Chapada das Mesas. Este fato é relevante, pois até a atualidade não se tinha menção nas bibliografias geomorfológicas dos processos cársticos como precursores da morfogênese de chapadas. Já a morfogênese do Sul das Chapadas do Rio São Francisco demonstrou estar em maior conformidade com a morfogênese descrita pelas teorias de evolução da paisagem de longo termo. A análise dessas duas áreas representativas das chapadas demonstraram que as chapadas são formas de relevo poligenéticas e não devem ser analisadas dentro de uma perspectiva dedutiva.The tablelands are common landforms in brazilian landscapes. Sometimes they occur in isolation, but can also occur in a grouping of these geoforms.. The Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE, 2006) classified eight brazilian units of relief as tableland areas. They are concentrated in the northeast, southeast and, in a lesser extent, in the Midwest. From the moment that legislation (Código Florestal Lei no 12.651/2012 and the Resolução Conama nº 303/2002) established the tablelands edges as Permanent Protection Area, these geoforms were legally recognized as possessing great environmental importance. However, despite this recognition, the tablelands still lack scientific studies. In this sense, this researche is structured on three guiding principles: (i) discuss the legal concept of tableland in Brazil; (ii) make a scientific concept of tableland form and and; (iii) understand the typical morphodynamics of this landscapes in two representative areas of tablelands in Brazil: (A) the region called Chapada das Mesas in the state of Maranhão and Tocantins and (B) the south portion of the Chapadas do Rio São Francisco, Minas Gerais State. To achieve the proposed objectives, it was first analysed if the eight units classified as tablelands by IBGE (2006) meet all the parameters required by legislation: tableland surface slope, slope of their edges, surface extension and altitude. Afterwards, 22 specialists in geomorphology were consulted to use the Delphi method to determine the main parameters for classifying a geoform as being tablelands, as well as to create a scientific definition for this geoform and to see its adherence to reality of the eight tablelands relief units in Brazil (IBGE, 2006). Finally, it was tested in the two previous selected areas, if the parameters suggested in Delphi as typical of the tablelands genesis (processes) is applied to the reality of these geoforms. For that, field observation, geoprocessing and remote sensing methods was used, and, in the case of the Chapadas das Mesas, laboratory data of cosmogenic isotope Be10 was also used. It was concluded that the current legislation does not fulfill its objective to protect the tablelands because it uses a confusing and restrictive concept, not covering the actual occurrence of this type of relief in Brazil. By means of the Delphi method, it was possible to create a concept more compatible with the reality of the occurrence of these geoforms in Brazil and, therefore, it can be used by the legislation, contributing to the understanding of the natural evolutionary tablelands dynamics. With regard to morphogenesis, the analysis of the Chapadas das Mesas has shown that the morphogenetic processes were more heterogeneous than those mentioned in the geomorphological classics and than those raised in this work through the Delphi method. . In this area, karstic subsurface processes in non-carbonate rocks – siliciclastic - occurred in interaction with the surface processes of the supergene cycle. That is, typical karst processes were fundamental for the morphogenesis of plateaus in the Chapada das Mesas region. This fact is relevant, because up to the present time there was no mention in the geomorphological bibliographies of the karstic processes as precursors of the tablelands morphogenesis. The morphogenesis of the South of the Chapadas do Rio São Francisco unit has been shown to be in greater conformity with the morphogenesis described by the evolutionary theories of the long term landscape. The analysis of these two representative areas of tablelands demonstrated that they are polygenetic relief forms and should not be analyzed from a deductive perspective.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIARelevo do BrasilMorfodinâmicaChapadasGeomorfologiaLegislação ambientalMorfogêneseConceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDoutoradoFernandaMartins.pdfDoutoradoFernandaMartins.pdfapplication/pdf15494825https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30389/1/DoutoradoFernandaMartins.pdf4eeaf3a79f6dcb1cddb644f838ee3b23MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30389/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDoutoradoFernandaMartins.pdf.txtDoutoradoFernandaMartins.pdf.txtExtracted texttext/plain296522https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30389/3/DoutoradoFernandaMartins.pdf.txt52c3deefe34af5b7ab66499e3eb0791cMD531843/303892019-11-14 12:40:35.959oai:repositorio.ufmg.br:1843/30389TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:40:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
title Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
spellingShingle Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
Fernanda Pereira Martins
Chapadas
Geomorfologia
Legislação ambiental
Morfogênese
Relevo do Brasil
Morfodinâmica
title_short Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
title_full Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
title_fullStr Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
title_full_unstemmed Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
title_sort Conceito, proteção ambiental e morfogênese de chapadas no Brasil
author Fernanda Pereira Martins
author_facet Fernanda Pereira Martins
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv André Augusto Rodrigues Salgado
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9312637835274211
dc.contributor.referee1.fl_str_mv André Augusto Rodrigues Salgado
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Luiz Eduardo Panisset Travassos
dc.contributor.referee3.fl_str_mv António Alberto Gomes
dc.contributor.referee4.fl_str_mv António Martins
dc.contributor.referee5.fl_str_mv Pedro Proença Cunha
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6428064112182072
dc.contributor.author.fl_str_mv Fernanda Pereira Martins
contributor_str_mv André Augusto Rodrigues Salgado
André Augusto Rodrigues Salgado
Luiz Eduardo Panisset Travassos
António Alberto Gomes
António Martins
Pedro Proença Cunha
dc.subject.por.fl_str_mv Chapadas
Geomorfologia
Legislação ambiental
Morfogênese
topic Chapadas
Geomorfologia
Legislação ambiental
Morfogênese
Relevo do Brasil
Morfodinâmica
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Relevo do Brasil
Morfodinâmica
description As chapadas são geoformas que se estendem por diversas porções do território brasileiro apresentando-se como unidades paisagísticas compostas tanto por uma única chapada isolada quanto por um agrupamento dessas geoformas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006), classificou oito unidades de relevo do Brasil como sendo domínios de chapadas. Estas se concentram nas regiões Nordeste, Sudeste e, em menor proporção, na Centro-oeste. A partir do momento em que a legislação (Código Florestal Lei nº 12.651/2012 e da Resolução Conama nº 303/2002) instituiu as bordas das chapadas como Área de Proteção Permanente, estas geoformas foram legalmente reconhecidas como possuidoras de grande importância ambiental. Entretanto, apesar desse reconhecimento, as chapadas ainda carecem de estudos científicos. Neste sentido, esta pesquisa se estrutura sobre três eixos norteadores: (i) discutir o conceito legal de chapada no Brasil; (ii) conceituar cientificamente a geoforma chapada e; (iii) compreender a morfodinâmica típica dessas paisagens em duas áreas representativas no Brasil: (A) a região da Chapada das Mesas no Maranhão/Tocantins e (B) a porção sul das Chapadas do Rio São Francisco no estado de Minas Gerais. Para lograr os objetivos propostos, primeiramente analisou-se se as oito unidades classificadas como chapada pelo IBGE (2006) atendem todos os parâmetros exigidos pela lei: declividade da superfície do platô, declividade de suas bordas, extensão superficial e altitude. Posteriormente, foram consultados 22 especialistas em geomorfologia para a utilização do método Delphi com o objetivo de determinar quais são os principais parâmetros para se classificar uma geoforma como chapada, bem como para criar uma definição científica para essa geoforma e constatar a aderência dela às oito unidades do relevo de Chapada no Brasil (IBGE, 2006). Por último, foi testado se os parâmetros sugeridos no Delphi como típicos de gênese de chapada (processos) atendem à realidade dessas geoformas nas duas áreas anteriormente citadas. Para isso, utilizou-se de método de observação em campo, geoprocessamento e sensoriamento remoto e, no caso das Chapadas das Mesas, ainda utilizou-se de dados laboratoriais de isótopo cosmogênico Be10. Concluiu-se que a legislação vigente não cumpre seu objetivo de proteger as chapadas, porque ela utiliza um conceito confuso e restritivo, não abrangendo a real ocorrência desse tipo de relevo no Brasil. Por meio do método Delphi, foi possível criar um conceito mais compatível com a realidade de ocorrência dessas geoformas no Brasil e, portanto, passível de ser utilizado pela legislação, contribuindo para a compreensão da dinâmica evolutiva natural das chapadas. No que se refere à morfogênese, a análise das Chapadas das Mesas demonstrou que os processos em curso são mais heterogêneos do que aqueles mencionados nos clássicos geomorfológicos e do que aqueles levantados nesse trabalho através do método Delphi. De fato, nesta área, processos de subsuperfície cársticos em rocha não carbonática – silicíclásticas - ocorreram em interação aos processos superficiais do ciclo supérgeno. Ou seja, processos típicos do carste foram fundamentais para a morfogênese das chapadas da região da Chapada das Mesas. Este fato é relevante, pois até a atualidade não se tinha menção nas bibliografias geomorfológicas dos processos cársticos como precursores da morfogênese de chapadas. Já a morfogênese do Sul das Chapadas do Rio São Francisco demonstrou estar em maior conformidade com a morfogênese descrita pelas teorias de evolução da paisagem de longo termo. A análise dessas duas áreas representativas das chapadas demonstraram que as chapadas são formas de relevo poligenéticas e não devem ser analisadas dentro de uma perspectiva dedutiva.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-06-05
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-10-15T16:24:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-10-15T16:24:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30389
url http://hdl.handle.net/1843/30389
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30389/1/DoutoradoFernandaMartins.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30389/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30389/3/DoutoradoFernandaMartins.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 4eeaf3a79f6dcb1cddb644f838ee3b23
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
52c3deefe34af5b7ab66499e3eb0791c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793891041445675008