Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Elenice de Brito Teixeira Silva lattes
Orientador(a): Vanessa Ferraz Almeida Neves lattes
Banca de defesa: Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, Tacyana Karla Gomes Ramos, Maria Cristina Soares de Gouvea, Maria de Fátima Cardoso Gomes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/35500
Resumo: Em um contexto de institucionalização do direito de brincar na Educação Infantil, quais relações e princípios possibilitam a constituição da brincadeira como atividade dos bebês e crianças? O que gera a necessidade social de brincar em um grupo que compartilha o contexto coletivo de cuidado e educação? Que transformações dialéticas acontecem no desenvolvimento cultural dos bebês, nos espaços/tempos, nas relações sociais e na brincadeira? A partir do estudo sobre os processos de constituição da brincadeira em uma turma de bebês ao longo de dois anos na Educação Infantil (2017 – 2018), argumentamos que é a necessidade de participar no grupo que mobiliza intenções, ações, o domínio e a apropriação das práticas sociais, as linguagens e a atividade compartilhada que possibilita emergir a brincadeira. Os acontecimentos sociais que afetam a vida dos bebês e crianças, dentro e fora da escola, circunscrevem os conteúdos culturais das situações imaginárias criadas nas interações com os pares de idade, professoras, profissionais de apoio e artefatos culturais. A historicidade desses conteúdos culturais da brincadeira – espaço, tempo, rotinas culturais coletivas e rotinas de cuidado – apoia os argumentos para a tese de que a brincadeira dos bebês e crianças é um ato de criação de possibilidades de participação no grupo social e de sentidos para o que acontece na vida coletiva; um ato constituído pela unidade [ação/imaginação] que amplia a capacidade de agir, comunicar, relacionar, afetar, ser afetado e compartilhar intenções, símbolos e significações com Outros. A pesquisa de campo foi realizada em uma Escola Municipal de Educação Infantil de Belo Horizonte (EMEI Tupi) - Minas Gerais, Brasil - com base nos fundamentos ontológicos e epistemológicos da Teoria Histórico-Cultural e da Etnografia em Educação, assim como nos diálogos com os Estudos da Infância e dos Bebês. A epistemologia para compreender a produção da existência dos bebês em contextos coletivos e a constituição das singularidades se funda na ontologia dos bebês como seres sociais potentes e vulneráveis que, na relação com Outros e com as materialidades, produzem subjetividades, individualidades e a singularidade humana. Portanto, compreender a constituição da brincadeira desvela o estatuto político e social das práticas coletivas de cuidado e educação. Todo o material empírico foi gerado por meio de observações do cotidiano da turma, registrado com recursos de videogravação, fotografias e diário de campo, por meio de uma lógica de pesquisa dialético-abdutiva. Os processos de constituição da brincadeira de roda e de mãe e filha na trajetória da turma evidenciam sua gênese cultural, sua concretude nas práticas sociais coletivas e nas relações de alteridade construídas por meio do compartilhamento das fontes narrativas e simbólicas, das rotinas culturais e de cuidado na EMEI Tupi. As análises permitem afirmar que há criação de situações imaginárias por meio das linguagens em uso e, nestas situações, há criação de expressividade, comunicabilidade, repercussões, surpresas, usos dos objetos como gestos representativos que são chaves da função simbólica e de um sistema social de fala em que se tem o que, para quem e onde falar. Os símbolos visuais criados são vivenciados na [ação/imaginação] de maneira particular e passam a fazer parte do grupo, o que possibilita instituir a alteridade e a coletividade emergentes. Este princípio criador de um exercício de humanização do mundo pelos bebês e crianças tem significações éticas, estéticas e políticas para as Pedagogias alinhadas à defesa do direito de brincar e da produção de subjetividades, e a um movimento de resistência frente aos processos de padronização desde a Educação Infantil.
id UFMG_97375933e589e4ce0378d80262761630
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/35500
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Vanessa Ferraz Almeida Neveshttp://lattes.cnpq.br/5601614079869123Zilma de Moraes Ramos de OliveiraTacyana Karla Gomes RamosMaria Cristina Soares de GouveaMaria de Fátima Cardoso Gomeshttp://lattes.cnpq.br/5477289691865843Elenice de Brito Teixeira Silva2021-03-30T14:03:27Z2021-03-30T14:03:27Z2021-02-12http://hdl.handle.net/1843/35500Em um contexto de institucionalização do direito de brincar na Educação Infantil, quais relações e princípios possibilitam a constituição da brincadeira como atividade dos bebês e crianças? O que gera a necessidade social de brincar em um grupo que compartilha o contexto coletivo de cuidado e educação? Que transformações dialéticas acontecem no desenvolvimento cultural dos bebês, nos espaços/tempos, nas relações sociais e na brincadeira? A partir do estudo sobre os processos de constituição da brincadeira em uma turma de bebês ao longo de dois anos na Educação Infantil (2017 – 2018), argumentamos que é a necessidade de participar no grupo que mobiliza intenções, ações, o domínio e a apropriação das práticas sociais, as linguagens e a atividade compartilhada que possibilita emergir a brincadeira. Os acontecimentos sociais que afetam a vida dos bebês e crianças, dentro e fora da escola, circunscrevem os conteúdos culturais das situações imaginárias criadas nas interações com os pares de idade, professoras, profissionais de apoio e artefatos culturais. A historicidade desses conteúdos culturais da brincadeira – espaço, tempo, rotinas culturais coletivas e rotinas de cuidado – apoia os argumentos para a tese de que a brincadeira dos bebês e crianças é um ato de criação de possibilidades de participação no grupo social e de sentidos para o que acontece na vida coletiva; um ato constituído pela unidade [ação/imaginação] que amplia a capacidade de agir, comunicar, relacionar, afetar, ser afetado e compartilhar intenções, símbolos e significações com Outros. A pesquisa de campo foi realizada em uma Escola Municipal de Educação Infantil de Belo Horizonte (EMEI Tupi) - Minas Gerais, Brasil - com base nos fundamentos ontológicos e epistemológicos da Teoria Histórico-Cultural e da Etnografia em Educação, assim como nos diálogos com os Estudos da Infância e dos Bebês. A epistemologia para compreender a produção da existência dos bebês em contextos coletivos e a constituição das singularidades se funda na ontologia dos bebês como seres sociais potentes e vulneráveis que, na relação com Outros e com as materialidades, produzem subjetividades, individualidades e a singularidade humana. Portanto, compreender a constituição da brincadeira desvela o estatuto político e social das práticas coletivas de cuidado e educação. Todo o material empírico foi gerado por meio de observações do cotidiano da turma, registrado com recursos de videogravação, fotografias e diário de campo, por meio de uma lógica de pesquisa dialético-abdutiva. Os processos de constituição da brincadeira de roda e de mãe e filha na trajetória da turma evidenciam sua gênese cultural, sua concretude nas práticas sociais coletivas e nas relações de alteridade construídas por meio do compartilhamento das fontes narrativas e simbólicas, das rotinas culturais e de cuidado na EMEI Tupi. As análises permitem afirmar que há criação de situações imaginárias por meio das linguagens em uso e, nestas situações, há criação de expressividade, comunicabilidade, repercussões, surpresas, usos dos objetos como gestos representativos que são chaves da função simbólica e de um sistema social de fala em que se tem o que, para quem e onde falar. Os símbolos visuais criados são vivenciados na [ação/imaginação] de maneira particular e passam a fazer parte do grupo, o que possibilita instituir a alteridade e a coletividade emergentes. Este princípio criador de um exercício de humanização do mundo pelos bebês e crianças tem significações éticas, estéticas e políticas para as Pedagogias alinhadas à defesa do direito de brincar e da produção de subjetividades, e a um movimento de resistência frente aos processos de padronização desde a Educação Infantil.In a context of institutionalization of the right to play in Early Childhood Education, what are the relationships and principles that enable the constitution of play as an activity for infants and children? What generates the social need to play in a group that shares the collective context of care and education? What dialectical transformations happen in the cultural development of infants, in spaces/times, in social relations and in play? From the study on the processes of constitution of play in a group of infants over a two-year period in Early Childhood Education (2017-2018), we argue that it is the need for participating in the group that mobilizes intentions, actions, mastery and appropriation of social practices, languages and the shared activity that allows for the emergence of play. The social events that affect the lives of infants and children, inside and outside the school, circumscribe the cultural content of the imaginary situations created in the interactions with peers, teachers, support professionals and cultural artifacts. The historicity of these cultural contents of play — space, time, collective cultural routines and care routines — supports the arguments for the thesis that the play of infants and children is an act of creating possibilities of participation in the social group and of creating meanings for the events of collective life; an act constituted by the unity [action/imagination], which expands the capability to act, communicate, relate, affect, be affected and share intentions, symbols and meanings with Others. The field research was carried out at a Municipal School of Early Childhood Education in Belo Horizonte (EMEI Tupi) — Minas Gerais, Brazil — based on the ontological and epistemological foundations of Historical-Cultural Theory and Ethnography in Education, as well as on dialogues with Infant and Child Studies. The epistemology for understanding the production of the existence of infants in collective contexts and the constitution of singularities is based on the ontology of infants as potente and vulnerable social beings who, in their relationships with Others and with materialities, produce subjectivities, individualities and human singularity. Therefore, understanding the constitution of play discloses the political and social status of collective care and education practices. All the empirical material was generated through observations of the group’s daily life, registered with video recording resources, photographs and a field diary, through a logic of dialectic-abductive research. The processes of constituting singing games and role-playing mother and daughter in the group’s trajectory show their cultural genesis, their concreteness in collective social practices and in relationships of otherness built through the sharing of narrative and symbolic sources, cultural and care routines at EMEI Tupi. The analyses allow us to affirm that there is the creation of imaginary situations through the languages in use and, in these situations, there is the creation of expressiveness, communicability, repercussions, surprises, uses of objects as representative gestures that are keys of the symbolic function, of a social system of speech in which one has what, where and to whom to speak. The visual symbols created are experienced in [action/imagination] in a particular way and become part of the group, which makes it possible to institute emerging alterity and collectivity. This creative principle of an exercise in the humanization of the world by infants and children has ethical, aesthetic and political meanings for Pedagogies aligned with the defense of the right to play and the production of subjectivities, and a resistance movement in the face of the standardization processes since Early Childhood Education.Outra AgênciaporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOEducaçãoBrincadeirasLactentes - EducaçãoEducação de criançasEducação - EtnologiaBebêsBrincadeiraEtnografia em educaçãoTeoria histórico-culturalEducação infantilAtos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebêsActs of creation: the cultural origins of infant playinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Elenice de Brito Teixeira Silva 2021.pdfTese Elenice de Brito Teixeira Silva 2021.pdfapplication/pdf9300119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35500/1/Tese%20Elenice%20de%20Brito%20Teixeira%20Silva%202021.pdfd9f6114a7b1351d470d9ca27b499b5aaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35500/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/355002021-03-30 11:03:27.937oai:repositorio.ufmg.br:1843/35500TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-30T14:03:27Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Acts of creation: the cultural origins of infant play
title Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
spellingShingle Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
Elenice de Brito Teixeira Silva
Bebês
Brincadeira
Etnografia em educação
Teoria histórico-cultural
Educação infantil
Educação
Brincadeiras
Lactentes - Educação
Educação de crianças
Educação - Etnologia
title_short Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
title_full Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
title_fullStr Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
title_full_unstemmed Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
title_sort Atos de criação: as origens culturais da brincadeira dos bebês
author Elenice de Brito Teixeira Silva
author_facet Elenice de Brito Teixeira Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vanessa Ferraz Almeida Neves
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5601614079869123
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Zilma de Moraes Ramos de Oliveira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Tacyana Karla Gomes Ramos
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Maria Cristina Soares de Gouvea
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Maria de Fátima Cardoso Gomes
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5477289691865843
dc.contributor.author.fl_str_mv Elenice de Brito Teixeira Silva
contributor_str_mv Vanessa Ferraz Almeida Neves
Zilma de Moraes Ramos de Oliveira
Tacyana Karla Gomes Ramos
Maria Cristina Soares de Gouvea
Maria de Fátima Cardoso Gomes
dc.subject.por.fl_str_mv Bebês
Brincadeira
Etnografia em educação
Teoria histórico-cultural
Educação infantil
topic Bebês
Brincadeira
Etnografia em educação
Teoria histórico-cultural
Educação infantil
Educação
Brincadeiras
Lactentes - Educação
Educação de crianças
Educação - Etnologia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Educação
Brincadeiras
Lactentes - Educação
Educação de crianças
Educação - Etnologia
description Em um contexto de institucionalização do direito de brincar na Educação Infantil, quais relações e princípios possibilitam a constituição da brincadeira como atividade dos bebês e crianças? O que gera a necessidade social de brincar em um grupo que compartilha o contexto coletivo de cuidado e educação? Que transformações dialéticas acontecem no desenvolvimento cultural dos bebês, nos espaços/tempos, nas relações sociais e na brincadeira? A partir do estudo sobre os processos de constituição da brincadeira em uma turma de bebês ao longo de dois anos na Educação Infantil (2017 – 2018), argumentamos que é a necessidade de participar no grupo que mobiliza intenções, ações, o domínio e a apropriação das práticas sociais, as linguagens e a atividade compartilhada que possibilita emergir a brincadeira. Os acontecimentos sociais que afetam a vida dos bebês e crianças, dentro e fora da escola, circunscrevem os conteúdos culturais das situações imaginárias criadas nas interações com os pares de idade, professoras, profissionais de apoio e artefatos culturais. A historicidade desses conteúdos culturais da brincadeira – espaço, tempo, rotinas culturais coletivas e rotinas de cuidado – apoia os argumentos para a tese de que a brincadeira dos bebês e crianças é um ato de criação de possibilidades de participação no grupo social e de sentidos para o que acontece na vida coletiva; um ato constituído pela unidade [ação/imaginação] que amplia a capacidade de agir, comunicar, relacionar, afetar, ser afetado e compartilhar intenções, símbolos e significações com Outros. A pesquisa de campo foi realizada em uma Escola Municipal de Educação Infantil de Belo Horizonte (EMEI Tupi) - Minas Gerais, Brasil - com base nos fundamentos ontológicos e epistemológicos da Teoria Histórico-Cultural e da Etnografia em Educação, assim como nos diálogos com os Estudos da Infância e dos Bebês. A epistemologia para compreender a produção da existência dos bebês em contextos coletivos e a constituição das singularidades se funda na ontologia dos bebês como seres sociais potentes e vulneráveis que, na relação com Outros e com as materialidades, produzem subjetividades, individualidades e a singularidade humana. Portanto, compreender a constituição da brincadeira desvela o estatuto político e social das práticas coletivas de cuidado e educação. Todo o material empírico foi gerado por meio de observações do cotidiano da turma, registrado com recursos de videogravação, fotografias e diário de campo, por meio de uma lógica de pesquisa dialético-abdutiva. Os processos de constituição da brincadeira de roda e de mãe e filha na trajetória da turma evidenciam sua gênese cultural, sua concretude nas práticas sociais coletivas e nas relações de alteridade construídas por meio do compartilhamento das fontes narrativas e simbólicas, das rotinas culturais e de cuidado na EMEI Tupi. As análises permitem afirmar que há criação de situações imaginárias por meio das linguagens em uso e, nestas situações, há criação de expressividade, comunicabilidade, repercussões, surpresas, usos dos objetos como gestos representativos que são chaves da função simbólica e de um sistema social de fala em que se tem o que, para quem e onde falar. Os símbolos visuais criados são vivenciados na [ação/imaginação] de maneira particular e passam a fazer parte do grupo, o que possibilita instituir a alteridade e a coletividade emergentes. Este princípio criador de um exercício de humanização do mundo pelos bebês e crianças tem significações éticas, estéticas e políticas para as Pedagogias alinhadas à defesa do direito de brincar e da produção de subjetividades, e a um movimento de resistência frente aos processos de padronização desde a Educação Infantil.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-03-30T14:03:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-03-30T14:03:27Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-02-12
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/35500
url http://hdl.handle.net/1843/35500
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35500/1/Tese%20Elenice%20de%20Brito%20Teixeira%20Silva%202021.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35500/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d9f6114a7b1351d470d9ca27b499b5aa
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890973661528064