Desigualdade ocupacional no mercado de trabalho formal brasileiro: uma análise da distribuição de salários no século XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amanda Ferrari Uceli lattes
Orientador(a): Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira lattes
Banca de defesa: Mariangela Furlan Antigo, Francieli Tonet Maciel, Nícia Raies Moreira de Souza, Ricardo da Silva Freguglia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia
Departamento: FACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/53947
Resumo: Esta tese tem como objetivo demonstrar a importância da estrutura ocupacional para a distribuição salarial no mercado de trabalho formal brasileiro, evidenciando a persistente desigualdade entre ocupações, em contraponto à desigualdade ao nível dos indivíduos, em um contexto de mudanças estruturais da economia observadas de 2003 a 2020. Nesse período, houve ciclos bem definidos para a economia e a política brasileiras, destacando-se, até 2014, um ciclo de virtuoso crescimento e redução da desigualdade com destacada expansão do mercado de trabalho formal, e, a partir de 2015, a sucessão de crises políticas e econômicas que corroem os resultados positivos anteriores. Nesse contexto, o mercado de trabalho exerceu papel fundamental, seja como mecanismo de propagação de efeitos dos ciclos, seja como indicativo da conjuntura. A estrutura ocupacional foi diretamente impactada pelos ciclos observados, sofrendo mudanças importantes para a compreensão da trajetória da desigualdade salarial no período. Entretanto, poucos estudos analisam a desigualdade salarial a partir dos recortes inter e intraocupacionais no Brasil, principalmente quando se considera o período recessivo recente. Dessa maneira, esta tese busca responder como as desigualdades inter e intraocupacional impactam a distribuição dos salários das ocupações no mercado de trabalho formal brasileiro entre 2003 e 2020. Essa distribuição se tornou menos desigual nesse período? A tese defendida estabelece que a desigualdade salarial ao nível das ocupações é rígida no período analisado por consequência da crescente e persistente desigualdade interocupacional, ao longo dos centis da distribuição, que se soma às desigualdades intraocupacionais, como a de gênero. Das análises dos indicadores de razão dos quantis da distribuição salarial, ao nível dos indivíduos e das ocupações, foi possível verificar a rigidez da desigualdade interocupacional em contraponto à redução da desigualdade ao nível dos indivíduos, principalmente no período entre 2003 e 2014. Para testar a hipótese principal, construiu-se um painel de ocupações com base no subgrupo ocupacional à 3 dígitos, sobre o qual estimou- se o Modelo de Regressão Quantílica com Efeitos Fixo Não Aditivos de Powell (2022), que indicou que a estabilidade da desigualdade salarial interocupacionais está relacionada à composição da força de trabalho nas ocupações, sendo que o efeito das desigualdades estruturais é maior à medida que se aproxima do topo da distribuição. Em um recorte de gênero, percebeu-se que a desigualdade de gênero, mensurada pela razão 99/10, respondeu favoravelmente ao período de crescimento do mercado de trabalho formal. Os resultados do modelo QRPD para a desigualdade de gênero no painel de ocupações evidenciaram quanto no topo da distribuição a desigualdade intraocupacional atua no sentido de neutralizar o efeito conjuntural. Já entre as ocupações de menores rendimentos, esses efeitos se somam reforçando a desigualdade interocupacional. Como contribuição, esta tese evidencia o papel fundamental da estrutura ocupacional na determinação da desigualdade salarial no Brasil, de modo que os ciclos econômicos atuam sobre a mão de obra por meio dessa estrutura. Ademais, os dados, métricas e métodos apresentados contribuem para que novas perspectivas de discussão da desigualdade salarial sejam estabelecidas.
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Nesse contexto, o mercado de trabalho exerceu papel fundamental, seja como mecanismo de propagação de efeitos dos ciclos, seja como indicativo da conjuntura. A estrutura ocupacional foi diretamente impactada pelos ciclos observados, sofrendo mudanças importantes para a compreensão da trajetória da desigualdade salarial no período. Entretanto, poucos estudos analisam a desigualdade salarial a partir dos recortes inter e intraocupacionais no Brasil, principalmente quando se considera o período recessivo recente. Dessa maneira, esta tese busca responder como as desigualdades inter e intraocupacional impactam a distribuição dos salários das ocupações no mercado de trabalho formal brasileiro entre 2003 e 2020. Essa distribuição se tornou menos desigual nesse período? A tese defendida estabelece que a desigualdade salarial ao nível das ocupações é rígida no período analisado por consequência da crescente e persistente desigualdade interocupacional, ao longo dos centis da distribuição, que se soma às desigualdades intraocupacionais, como a de gênero. Das análises dos indicadores de razão dos quantis da distribuição salarial, ao nível dos indivíduos e das ocupações, foi possível verificar a rigidez da desigualdade interocupacional em contraponto à redução da desigualdade ao nível dos indivíduos, principalmente no período entre 2003 e 2014. 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Como contribuição, esta tese evidencia o papel fundamental da estrutura ocupacional na determinação da desigualdade salarial no Brasil, de modo que os ciclos econômicos atuam sobre a mão de obra por meio dessa estrutura. Ademais, os dados, métricas e métodos apresentados contribuem para que novas perspectivas de discussão da desigualdade salarial sejam estabelecidas.The purpose of this thesis was to demonstrate the occupational structure importance for Brazilian formal labor market wage inequality, bringing evidence of inequality persistence between occupations, compared to individuals, in the context of economic structural changes from 2003 to 2020. During this time, marked cycles defined the economy and politics in Brazil, standing in the period until 2014, when a virtuous cycle was responsible for the reduction in inequality with the growth of the formal labor market. From 2015 until the present, the economy and politics began a vicious cycle marked by crises that reversed the gains from the former period. In this context, the labor market was a way to propagate economic cycles and was a fundamental indicator of economic performance. The significant change in occupational structure during these years helps to understand the wage distribution changes over time. However, there is a lack of studies that analyze Brazilian wage inequality from inter and intra-occupational perspectives, particularly after 2015. Therefore, this dissertation seeks to answer how inter and intra-occupational inequalities impact the distribution of wages for occupations in the Brazilian formal labor market between 2003 and 2020. Moreover, this dissertation question has this distribution has become less unequal over this period of time? The guiding hypothesis assumes that inequality between occupations is rigid in the analyzed period as a result of intra-occupational, especially from gender gaps, added to growing and persistent inter-occupational inequality over the wage distribution quantiles. The analysis of the ratio indicators of the wage distribution quantiles at the level of individuals and occupations showed that it was possible to verify the rigidity of inter-occupational inequality in contrast to the reduction of inequality at the level of individuals, mainly from 2003 to 2014. In order to test the proposed hypothesis, a panel of occupations was built based on the 3-digit occupational subgroup, on which Powell's Quantile Regression Model with Nonadditive Fixed Effects (QRPD) (2022) was estimated. The results from the model indicated that the stability of inter- occupational wage inequality is related to the composition of the workforce in occupations, with the effect of structural inequalities being greater as one approaches the top of the distribution. Additionally, when measured by the 99/10 ratio, it was noticed that gender inequality decreased during the period of growth of the formal labor market. The results of the QRPD model for gender inequality in the panel of occupations showed how much, at the top of the distribution, intra-occupational inequality neutralizes the conjunctural effect. Among lower-income occupations, these effects add up, reinforcing inter-occupational inequality. The main contribution of this dissertation was to bring evidence of the fundamental role of occupational structure in determining and comprehending Brazilian wage inequality, as so how economic cycles act over labor. In addition, the data and methodological approach give new perspectives to the current wage inequality discussion.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em EconomiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASMercado de trabalhoRendaDistribuiçãoEconomiaDemografiaMercado de Trabalho FormalDesigualdade SalarialDesigualdade OcupacionalModelo de Regressão Quantílica com Efeitos Fixos Não AditivosDesigualdade ocupacional no mercado de trabalho formal brasileiro: uma análise da distribuição de salários no século XXIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Amanda Ferrari Uceli.pdfTese Amanda Ferrari Uceli.pdfapplication/pdf1633540https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53947/1/Tese%20Amanda%20Ferrari%20Uceli.pdf7ecabff20476c41a22e9afcafd70a1f7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53947/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/539472023-05-25 16:13:47.555oai:repositorio.ufmg.br:1843/53947TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-25T19:13:47Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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