Gêneses e espacialidades das precipitações nas estações chuvosas de 2010/2011 e 2011/2012 em Belo Horizonte, Minas Gerais, e suas correlações com os impactos hidrológicos

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Taiza de Pinho Barroso Lucas
• Orientador(a): Magda Luzimar de Abreu
• Banca de defesa: Adma Raia, Carlos Henrique Jardim, Carlos Wagner Gonçalves Andrade Coelho
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Palavras-chave em Português: Espacialização de Dados Pluviométricos; Belo Horizonte MG; Tipos de Chuvas
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AD7Q3F

O objetivo deste trabalho é identificar padrões espaciais locais de tipos de chuvas em Belo Horizonte MG, a partir do escalonamento entre a gênese atmosférica na escala regional às características topoclimáticas do sítio urbano, e suas influências no desencadeamento de processos hidrológicos. Para tanto, foi necessário uma caracterização da paisagem citadina, que manifesta os diferentes momentos históricos de expansão urbana, e as modificações dos seus cursos dágua, que se apresentam como um mosaico de variadas tipologias que aliadas às formas de ocupação e condicionantes naturais, determinam locais mais susceptíveis a registros de impactos hidrometeorológicos, como à montante e à jusante da Lagoa da Pampulha, no médio curso do Ribeirão do Onça, sob a Av. Cristiano Machado, nas nascentes do Ribeirão Isidoro, assim como o médio curso do Arrudas, de menor densidade de registros de ocorrência por área (km²), identificados através da técnica de Kernel. Esses registros de enchentes e/ou inundações ocorreram no período de outubro a abril dos anos 2010-11 e 2011-12. Através da análise estatística multivariada, aplicação de Análise de Cluster em escores de uma Análise Fatorial em Análise de Componentes Principais, foram identificados 5 grupos de tipos de chuvas, que permitiram observar padrões espaciais e verificar aqueles que melhor caracterizam cada grupo, tanto pela maior frequência de cada tipo, como identificação do evento que determinou cada espacialização. O grupo 1 foi composto de 20 eventos de chuvas, todos eles associados a ventos do quadrante W/NW/N, em que os eventos de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) foram os que mais contribuíram para a espacialização deste agrupamento, onde os acumulados foram maiores na porção centro-sudoeste do município. O grupo 2 compôs-se de 20 eventos que caracterizam-se pelos altos valores de V5 e V6, ou seja, chuvas bastante concentradas especialmente, que destacaram-se pela variabilidade meridional, em que os maiores acumulados ocorreram na porção ocidental do município. O grupo 3, assim como o 2, pouco contribuiu para o acumulado mensal e sazonal, os 9 eventos caracterizaram-se pelos baixos valores de intensidades (mm/h) das chuvas, concentradas na porção sul e noroeste. O grupo 4 caracterizou-se pelo agrupamento de 22 eventos de maior intensidade, as espacialidades foram determinadas pelos eventos oriundos de Frentes Frias, que acarretaram maiores acumulados e maiores intensidades ao longo da Serra do Curral. O grupo 5 foi composto pelos 5 eventos de ZCAS de maior durabilidade, que acarretaram os maiores acumulados mensais particularmente dos meses dos meses de dezembro e janeiro, com padrão espacial similar ao grupo 1, apesar de maiores acumulado e maiores intensidades.