Preditores da restrição na participação pós-acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Iza de Faria
Orientador(a): Luci Fuscaldi Teixeira Salmela
Banca de defesa: Christina Danielli Coelho de Morais Faria, Marcella Guimaraes Assis, Renata Cristina Magalhães Lima, Stella Maris Michaelsen
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AJSRSX
Resumo: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) representa a principal causa de incapacidade no Brasil, com relevante impacto econômico e social. A restrição na participação é uma consequência significativa para indivíduos pós-AVE, sendo associada à pior percepção da qualidade de vida, da saúde e do bem-estar. Portanto, a participação é um conceito central no processo de recuperação da funcionalidade de pacientespós-AVE. Segundo a estrutura conceitual da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, a participação é resultante da interação entre fatores relacionados à condição de saúde, estrutura e função do corpo, atividades e/ou fatores contextuais. Desta forma, para compreender os fatores relacionados à restrição na participação, é necessário analisar a contribuição dos componentes da funcionalidade, considerando concomitantemente a influência das deficiências e limitações em atividades, bem como dos fatores contextuais. Sendoassim, o objetivo deste estudo foi investigar quais variáveis, comumente enfocadas nos programas de reabilitação, elencadas nos componentes estrutura e função do corpo, atividade e fatores ambientais poderiam predizer a participação em indivíduos pós-AVE. Participaram do estudo 109 indivíduos com média de idade de 58±12 anos e tempo de evolução pós-AVE de 64±64 meses. As variáveis referentes ao componente estrutura e função do corpo incluíram força muscular (força depreensão palmar e força global dos grupos musculares dos membros inferiores); coordenação motora de membros superiores (teste dedo-nariz) e inferiores (Lower Extremity Motor Coordination Test - LEMOCOT) e sintomas depressivos (Escala de depressão geriátrica). O componente atividade foi avaliado por meio dos qualificadores capacidade (Test d'Évaluation des Membres Supérieurs de PersonnesAgées - TEMPA e teste de caminhada de 10 metros) e desempenho (ABILHANDBrasil e ABILOCO-Brasil). O componente fatores ambientais foi avaliado pelo questionário Measure of the Quality of the Environment MQE-Brasil. Por fim, a restrição na participação foi mensurada pela aplicação da versão brasileira do Assesment of Life Habits 3.1 (LIFE-H 3.1- Brasil). Foram criados dois modelos, por meio da análise de regressão linear múltipla, um para a subescala atividades diáriase outro para a subescala papéis sociais do LIFE-H 3.1-Brasil. O método forward para seleção das variáveis foi utilizado para identificar, dentre o grupo de variáveis independentes, aquelas que explicariam significativamente a variável dependente, bem como para determinar a força explanatória do modelo preditivo. Para o modelo de atividades diárias, a habilidade de locomoção (ABILOCO-Brasil) explicou 39%(F=66,5; p<0,0001) da variância dos escores do LIFE-H 3.1-Brasil. Quando a habilidade manual (ABILHAND-Brasil) foi incluída no modelo, a variância explicada aumentou para 49% (F=50,5; p<0,0001). A adição das variáveis sintomas depressivos e velocidade de marcha aumentou a variância explicada para 54 (F=10,2; p=0,002) e 59% (F=15,1; p<0,001), respectivamente. Para o modelo papéis sociais, a velocidade de marcha explicou 32% (F=47,8; p<0,0001) da variância dos escores do LIFE-H 3.1-Brasil. Quando os sintomas depressivos foram incluídos no modelo, a variância explicada aumentou para 42% (F=11,4; p<0,0001). A adição da variável função dos membros superiores (TEMPA) aumentou a variância explicada para 49% (F=12,9; p=0,001). Os resultados demonstraram que as variáveis do componente atividade apresentaram maior poder preditivo para ambos os modelos. As medidas de desempenho, particularmente habilidade de locomoção, explicaram a maior parte da variância da subescala atividades de vida diária do LIFE-H 3.1-Brasil. Por outro lado, as variáveis de capacidade, especialmente a velocidade de marcha, explicaram a maior parte da variância da subescala papéis sociais do LIFE-H 3.1- Brasil. A variável relacionada à sintomas depressivos foi a única do componenteestrutura e função do corpo incluída como preditora em ambos os modelos. Os resultados sugerem que as intervenções de reabilitação devem focar na habilidade de locomoção e velocidade de marcha, quando o objetivo for aumentar a participação pós-AVE. Adicionalmente, a presença de sintomas depressivos não deve ser negligenciada.
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spelling Luci Fuscaldi Teixeira SalmelaChristina Danielli Coelho de Morais FariaMarcella Guimaraes AssisRenata Cristina Magalhães LimaStella Maris MichaelsenIza de Faria2019-08-14T11:05:02Z2019-08-14T11:05:02Z2016-07-29http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AJSRSXO Acidente Vascular Encefálico (AVE) representa a principal causa de incapacidade no Brasil, com relevante impacto econômico e social. A restrição na participação é uma consequência significativa para indivíduos pós-AVE, sendo associada à pior percepção da qualidade de vida, da saúde e do bem-estar. Portanto, a participação é um conceito central no processo de recuperação da funcionalidade de pacientespós-AVE. Segundo a estrutura conceitual da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, a participação é resultante da interação entre fatores relacionados à condição de saúde, estrutura e função do corpo, atividades e/ou fatores contextuais. Desta forma, para compreender os fatores relacionados à restrição na participação, é necessário analisar a contribuição dos componentes da funcionalidade, considerando concomitantemente a influência das deficiências e limitações em atividades, bem como dos fatores contextuais. Sendoassim, o objetivo deste estudo foi investigar quais variáveis, comumente enfocadas nos programas de reabilitação, elencadas nos componentes estrutura e função do corpo, atividade e fatores ambientais poderiam predizer a participação em indivíduos pós-AVE. Participaram do estudo 109 indivíduos com média de idade de 58±12 anos e tempo de evolução pós-AVE de 64±64 meses. As variáveis referentes ao componente estrutura e função do corpo incluíram força muscular (força depreensão palmar e força global dos grupos musculares dos membros inferiores); coordenação motora de membros superiores (teste dedo-nariz) e inferiores (Lower Extremity Motor Coordination Test - LEMOCOT) e sintomas depressivos (Escala de depressão geriátrica). O componente atividade foi avaliado por meio dos qualificadores capacidade (Test d'Évaluation des Membres Supérieurs de PersonnesAgées - TEMPA e teste de caminhada de 10 metros) e desempenho (ABILHANDBrasil e ABILOCO-Brasil). O componente fatores ambientais foi avaliado pelo questionário Measure of the Quality of the Environment MQE-Brasil. Por fim, a restrição na participação foi mensurada pela aplicação da versão brasileira do Assesment of Life Habits 3.1 (LIFE-H 3.1- Brasil). Foram criados dois modelos, por meio da análise de regressão linear múltipla, um para a subescala atividades diáriase outro para a subescala papéis sociais do LIFE-H 3.1-Brasil. O método forward para seleção das variáveis foi utilizado para identificar, dentre o grupo de variáveis independentes, aquelas que explicariam significativamente a variável dependente, bem como para determinar a força explanatória do modelo preditivo. Para o modelo de atividades diárias, a habilidade de locomoção (ABILOCO-Brasil) explicou 39%(F=66,5; p<0,0001) da variância dos escores do LIFE-H 3.1-Brasil. Quando a habilidade manual (ABILHAND-Brasil) foi incluída no modelo, a variância explicada aumentou para 49% (F=50,5; p<0,0001). A adição das variáveis sintomas depressivos e velocidade de marcha aumentou a variância explicada para 54 (F=10,2; p=0,002) e 59% (F=15,1; p<0,001), respectivamente. Para o modelo papéis sociais, a velocidade de marcha explicou 32% (F=47,8; p<0,0001) da variância dos escores do LIFE-H 3.1-Brasil. Quando os sintomas depressivos foram incluídos no modelo, a variância explicada aumentou para 42% (F=11,4; p<0,0001). A adição da variável função dos membros superiores (TEMPA) aumentou a variância explicada para 49% (F=12,9; p=0,001). Os resultados demonstraram que as variáveis do componente atividade apresentaram maior poder preditivo para ambos os modelos. As medidas de desempenho, particularmente habilidade de locomoção, explicaram a maior parte da variância da subescala atividades de vida diária do LIFE-H 3.1-Brasil. Por outro lado, as variáveis de capacidade, especialmente a velocidade de marcha, explicaram a maior parte da variância da subescala papéis sociais do LIFE-H 3.1- Brasil. A variável relacionada à sintomas depressivos foi a única do componenteestrutura e função do corpo incluída como preditora em ambos os modelos. Os resultados sugerem que as intervenções de reabilitação devem focar na habilidade de locomoção e velocidade de marcha, quando o objetivo for aumentar a participação pós-AVE. Adicionalmente, a presença de sintomas depressivos não deve ser negligenciada.Stroke is the main cause of disability in Brazil and has significant economic and social impacts. The restriction in participation is a significant consequence for individuals with stroke, being associated with poor perceptions of quality of life, health status, and well-being. Therefore, participation is a central concept during the recovery process of functionality after stroke. According to the International classification of functioning, disability, and health (ICF) framework, participation is theresult of the interaction between factors related to the health condition, body functions/structure, activity, and/or contextual factors. Therefore, to better comprehend the factors related to restrictions in participation, it is necessary to analyse the contributions of the components of functionality, concomitantly considering the influence of the impairments, activity limitations, and environmental factors. Therefore, the purpose of this study was to investigate which variables, which are commonly focused during rehabilitation interventions and listed in the components of body functions and structure, activity, and environmental factors, would best predict participation after stroke. Participated 109 subjects, who had amean age of 58±12 years and a mean time since the onset of the stroke of 64±64 months. The variables related to the component of body functions and structure included muscular strength (handgrip strength and global isometric strength of the LE muscles); motor coordination of both the UE (finger-to-nose test) and LE (Lower Extremity Motor Coordination Test - LEMOCOT), and depressive symptoms(Geriatric Depression Scale - GDS). The activity component was assessed by measures of both capacity (Test d'Évaluation des Membres Superieurs of Personnes âgées - TEMPA and 10-meter walking test) and performance (ABILHAND-Brazil and ABILOCO-Brazil). The component related to the environmental factors was evaluated by the Measure of the Quality of the Environment - MQE-Brazil. Finally, restriction in participation was measured by the Brazilian version of the Assesment of Life Habits3.1 (LIFE-H 3.1- Brazil). Two models were created for the multiple linear regression analyses, one for the sub-scale of daily activities and another for the sub-scale of social roles of the LIFE-H 3.1-Brazil. The forward method for the selection of variables was chosen to identify, from the group of the selected independent variables, those that significantly explained participation, i.e., the LIFE-H 3.1-Brazil scores, as well as to determine the explanatory power of the predictive models. For the daily activity model, locomotion ability (ABILOCO-Brazil scores) explained 39%(F=66.5; p<0.0001) of the variance of the LIFE-H 3.1-Brazil scores. When manual ability (ABILHAND-Brazil scores) were included in the model, the explained variance increased to 49% (F=50.5; p<0.0001). By adding the GDS scores and walking speed, the explained variance increased to 54% (F=10.2; p=0.002) and 59% (F=15.1; p<0.001), respectively. For the social role model, walking speed explained 32% (F=47.8; p<0.0001) of the variance of the LIFE-H 3.1-Brazil scores. When depressive symptoms (GDS scores) were included in the model, the explained varianceincreased to 42% (F=11.4; p<0.0001). By adding UE function (TEMPA), the explained variance increased to 49% (F=12.9; p=0.001). The results showed that the activity-related measures had higher predictive power for both models. Performance measures, particularly those related to locomotion ability, explained most of the variance of the LIFE-H 3.1-Brazil daily activity sub-scale. On the other hand, capacity measures, especially walking speed, explained most of the variance of the LIFE-H 3.1-Brazil social role sub-scale. Depressive symptoms were the only variable related to the component of body functions and structure, which showed to be a predictor in both models. These findings suggest that rehabilitation interventions should focus on locomotion ability and walking speed training, when the goal is to increas participation after stroke. Additionally, the presence of depressive symptoms shouldnot be underlooked.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGReabilitaçãoAcidentes vasculares cerebrais Pacientes ReabilitaçãoParticipação socialIncapacidade e SaúdeClassificaçãoReabilitaçãoAcidente Vascular CerebralInternacional de FuncionalidadeParticipação socialPreditores da restrição na participação pós-acidente vascular encefálicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese___iza_de_faria_fortini.pdfapplication/pdf18812879https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AJSRSX/1/tese___iza_de_faria_fortini.pdf889a22dfdbbcc07fe91d7a2ddfda303fMD51TEXTtese___iza_de_faria_fortini.pdf.txttese___iza_de_faria_fortini.pdf.txtExtracted texttext/plain210304https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AJSRSX/2/tese___iza_de_faria_fortini.pdf.txtd5356ead9414ca1d09b46905d72a4c90MD521843/BUBD-AJSRSX2019-11-14 12:50:41.717oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AJSRSXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:50:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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