Avaliação do potencial de amostras clínicas de coleta não invasiva para o diagnóstico molecular da leishmaniose visceral canina por PCR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sidney de Almeida Ferreira
Orientador(a): Maria Norma Melo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-8ZTJEG
Resumo: O uso de procedimentos simples para coleta de amostras e a realização de um diagnóstico eficiente da leishmaniose visceral canina (LVC) são de grande relevância para auxiliar o controle desta grave doença. Com base nisso, avaliou-se o potencial de amostras clínicas de coleta não invasiva como os swabs conjuntival, nasal, oral e swab de pele orelha para o diagnóstico molecular da LVC, utilizando-se a reação em cadeia da polimerase convencional (PCR). Além disso, foram avaliadas as cargas parasitárias obtidas destas amostras e suas possíveis implicações, utilizando a PCR em tempo real (qPCR). Para isso, foram utilizados cães naturalmente infectados obtidos no Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte-MG. Dez cães saudáveis e livres de infecção foram adotados como grupo controle. As amostras destes animais foram coletadas em três momentos diferentes. Na primeira coleta, foram obtidos 80 cães que foram divididos em dois grupos de 40 indivíduos de acordo com a ausência (grupo 1) ou presença de sinais clínicos compatíveis com a LVC (grupo 2). Destes animais, foram coletados o swab conjuntival separadamente de cada ocular, aspirados de medula óssea, biópsia de pele de orelha e sangue periférico. Estas amostras foram submetidas à PCR-hibridização e à qPCR. Os resultados da PCR-hibridização para os grupos 1 e 2 foram respectivamente: conjuntiva direita, 77,5% e 95%; conjuntiva esquerda, 75% e 87,5%; pele de orelha, 45% e 75%; medula óssea, 50% e 77,5%; sangue periférico, 27,5% e 22,5%. As positividades da PCR-hibridização para o swab conjuntival foram equivalentes (p>0,05) ou superiores àquelas referentes às amostras de coleta invasiva (p<0,05). Os dados de qPCR revelaram que as cargas parasitárias cutâneas dos dois grupos de cães foram equivalentes (p>0,05) e mais altas em relação às demais amostras dentro de cada grupo (p<0,05). Os títulos de IgG antiLeishmania dos cães com manifestações clínicas foram superiores aos dos cães sem expressão clínica (p = 0,025). Correlações positivas e significativas foram detectadas entre os títulos de IgG total e a carga parasitária nos cães sem sinais clínicos apenas quando a medula óssea e a pele de orelha foram consideradas (p<0,05).A segunda e a terceira coletas envolveram 34 e 28 cães naturalmente infectados respectivamente, dos quais foram coletadas as mesmas amostras clínicas citadas anteriormente, com o acréscimo do swab nasal (n = 62). Para o diagnóstico qualitativo, todos os materiais coletados desses cães foram submetidos à PCR complexo Leishmania donovani específica (cPCR), exceto o sangue periférico. A positividade para o swab II nasal foi equivalente àquelas obtidas para as demais amostras, alcançando a frequência de 87% (54/62), (p>0,05). A carga parasitária estimada para o swab nasal foi equivalente àquela obtida com o swab conjuntival (p> 0,05) e inferior ao parasitismo na medula óssea e pele de orelha (p<0,05). Somente dos cães da terceira coleta (n = 28) foram obtidos os swabs oral e de pele de orelha, além das demais amostras clínicas já mencionadas. As positividades calculadas para a cPCR foram: 79% (22/28) para o swab oral e 43% (12/28) para o swab de pele de orelha. O resultado para swab oral foi equivalente àqueles das demais amostras clínicas (p>0,05) e superou apenas o dado referente ao swab de pele de orelha (p = 0,013). A carga parasitária no swab oral foi equivalente àquelas estimadas nos swabs conjuntival e nasal (p>0,05) e inferior em relação às outras amostras clínicas (p<0,05). Para o swab de pele de orelha não foi possível estimar a carga parasitária com a metodologia adotada. Em suma, as amostras clínicas obtidas com swab, exceto o swab de pele de orelha, apresentaram importante potencial para o diagnóstico molecular da LVC, pois superaram ou equivaleram-se às amostras de coleta invasiva. Destaque é dado ao swab conjuntival que apresentou bom desempenho para o diagnóstico de cães infectados sem sinais clínicos. As cargas parasitárias cutâneas igualmente altas nesses cães impõem um sério desafio para o controle da LVC em regiões endêmicas, dadas as dificuldades em se diagnosticar acuradamente cães infectados sem expressão clínica.
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spelling Maria Norma MeloAntero Silva Ribeiro de AndradeSidney de Almeida Ferreira2019-08-11T07:19:01Z2019-08-11T07:19:01Z2012-08-22http://hdl.handle.net/1843/BUBD-8ZTJEGO uso de procedimentos simples para coleta de amostras e a realização de um diagnóstico eficiente da leishmaniose visceral canina (LVC) são de grande relevância para auxiliar o controle desta grave doença. Com base nisso, avaliou-se o potencial de amostras clínicas de coleta não invasiva como os swabs conjuntival, nasal, oral e swab de pele orelha para o diagnóstico molecular da LVC, utilizando-se a reação em cadeia da polimerase convencional (PCR). Além disso, foram avaliadas as cargas parasitárias obtidas destas amostras e suas possíveis implicações, utilizando a PCR em tempo real (qPCR). Para isso, foram utilizados cães naturalmente infectados obtidos no Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte-MG. Dez cães saudáveis e livres de infecção foram adotados como grupo controle. As amostras destes animais foram coletadas em três momentos diferentes. Na primeira coleta, foram obtidos 80 cães que foram divididos em dois grupos de 40 indivíduos de acordo com a ausência (grupo 1) ou presença de sinais clínicos compatíveis com a LVC (grupo 2). Destes animais, foram coletados o swab conjuntival separadamente de cada ocular, aspirados de medula óssea, biópsia de pele de orelha e sangue periférico. Estas amostras foram submetidas à PCR-hibridização e à qPCR. Os resultados da PCR-hibridização para os grupos 1 e 2 foram respectivamente: conjuntiva direita, 77,5% e 95%; conjuntiva esquerda, 75% e 87,5%; pele de orelha, 45% e 75%; medula óssea, 50% e 77,5%; sangue periférico, 27,5% e 22,5%. As positividades da PCR-hibridização para o swab conjuntival foram equivalentes (p>0,05) ou superiores àquelas referentes às amostras de coleta invasiva (p<0,05). Os dados de qPCR revelaram que as cargas parasitárias cutâneas dos dois grupos de cães foram equivalentes (p>0,05) e mais altas em relação às demais amostras dentro de cada grupo (p<0,05). Os títulos de IgG antiLeishmania dos cães com manifestações clínicas foram superiores aos dos cães sem expressão clínica (p = 0,025). Correlações positivas e significativas foram detectadas entre os títulos de IgG total e a carga parasitária nos cães sem sinais clínicos apenas quando a medula óssea e a pele de orelha foram consideradas (p<0,05).A segunda e a terceira coletas envolveram 34 e 28 cães naturalmente infectados respectivamente, dos quais foram coletadas as mesmas amostras clínicas citadas anteriormente, com o acréscimo do swab nasal (n = 62). Para o diagnóstico qualitativo, todos os materiais coletados desses cães foram submetidos à PCR complexo Leishmania donovani específica (cPCR), exceto o sangue periférico. A positividade para o swab II nasal foi equivalente àquelas obtidas para as demais amostras, alcançando a frequência de 87% (54/62), (p>0,05). A carga parasitária estimada para o swab nasal foi equivalente àquela obtida com o swab conjuntival (p> 0,05) e inferior ao parasitismo na medula óssea e pele de orelha (p<0,05). Somente dos cães da terceira coleta (n = 28) foram obtidos os swabs oral e de pele de orelha, além das demais amostras clínicas já mencionadas. As positividades calculadas para a cPCR foram: 79% (22/28) para o swab oral e 43% (12/28) para o swab de pele de orelha. O resultado para swab oral foi equivalente àqueles das demais amostras clínicas (p>0,05) e superou apenas o dado referente ao swab de pele de orelha (p = 0,013). A carga parasitária no swab oral foi equivalente àquelas estimadas nos swabs conjuntival e nasal (p>0,05) e inferior em relação às outras amostras clínicas (p<0,05). Para o swab de pele de orelha não foi possível estimar a carga parasitária com a metodologia adotada. Em suma, as amostras clínicas obtidas com swab, exceto o swab de pele de orelha, apresentaram importante potencial para o diagnóstico molecular da LVC, pois superaram ou equivaleram-se às amostras de coleta invasiva. Destaque é dado ao swab conjuntival que apresentou bom desempenho para o diagnóstico de cães infectados sem sinais clínicos. As cargas parasitárias cutâneas igualmente altas nesses cães impõem um sério desafio para o controle da LVC em regiões endêmicas, dadas as dificuldades em se diagnosticar acuradamente cães infectados sem expressão clínica.An accurate diagnosis of canine visceral leishmaniasis (CVL) based on simple procedures for sample collection is very important as an auxiliary measure control of this severe disease. In this work we used conventional PCR to evaluate the potential of clinical samples obtained noninvasively as follows: conjunctival, nasal, oral and ear swabs for the diagnosis of CVL. In addition, we analyzed the parasite loads obtained from these samples and the possible implications using the real time PCR (qPCR). Naturally infected dogs were collected in the Municipal Zoonotic Diseases Control Department of Belo Horizonte-MG. Ten healthy no infected dogs were adopted as control group. The animals were collected in three different moments. Firstly, 80 dogs were obtained and divided into two groups with 40 dogs: group 1 without clinical signs and group 2 with clinical signs. From all these animals, the conjunctival swab from each eye, bone marrow, skin biopsy and peripheral blood were collected and submitted to the PCR-hybridization and qPCR. The frequencies of positive results obtained by kDNA PCR/hybridization for asymptomatic and symptomatic dogs, respectively, were as follows: right conjunctiva, 77.5% and 95.0%; left conjunctiva, 75.0% and 87.5%; skin, 45.0% and 75.0%; bone marrow, 50.0% and 77.5%; and blood, 27.5% and 22.5%. The PCR-hibridization positivity for conjunctival swab was equivalent (p>0.05) or higher than those for other samples (p<0.05). The qPCR data revealed that the parasite burden in the skin was the highest within each group (p<0.05), but there was no statistical difference between them (p>0.05). The antiLeishmania IgG titers from dogs with clinical manifestations were higher than those from dogs without clinical signs (p = 0.025). Positive and significant correlations were detected between parasitism and IgG titers only in the bone marrow and skin from dogs without clinical signs (p<0.05). The second and third collection enrolled 34 and 28 naturally infected dogs respectively. The same clinical samples mentioned above were collected. Additionally, the nasal swab was obtained (n = 62). The qualitative diagnosis was carried out with all these samples, except peripheral blood, using PCR with Leishmania donovani complex specific primers (cPCR). The positive index obtained from nasal swab was 87% (54/62) and this result was equivalent to those from other samples (p>0.05). Its parasite load was statistically equivalent to the parasitism in the conjunctival swab (p>0.05) and lower than the parasite burden in the bone marrow and skin (p<0.05). IV The oral and ear swabs were collected from the last 28 dogs. The cPCR positive results were as follows: oral swab, 79% (22/28); ear swab, 43% (12/28). There was statistical difference between these data (p = 0.013) and the positivity obtained from oral swab was equivalent to those from other samples (p>0.05). The parasite burden in the oral swab was equivalent to the parasitism in the conjunctival and nasal swabs (p>0.05) and lower than those estimated in the other samples (p<0.05). It was no possible to assess the parasite load in the ear swab with the qPCR. In conclusion, the clinical samples obtained noninvasively, except the ear swab, showed an important potential for the molecular diagnosis of CVL because they had a superior or equivalent performance when compared with bone marrow and skin biopsy. A special emphasis is given to the high sensitivity of PCR-hybridization with the conjunctival swab sample for detecting the infection in dogs without clinical signs. The high parasite loads in the skin of dogs with and without clinical signs represent a serious challenge for the CVL control in endemic regions, especially due to the drawbacks to detect the infection in dogs without clinical manifestations.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGParasitologiaLeishmania infantumDiagnósticoLeishmaniose visceral caninaPCRColetas não invasivasAvaliação do potencial de amostras clínicas de coleta não invasiva para o diagnóstico molecular da leishmaniose visceral canina por PCRinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_sidney_de_almeida.pdfapplication/pdf6271958https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-8ZTJEG/1/tese_sidney_de_almeida.pdf12de74aa1df3084e40b806d454db8decMD51TEXTtese_sidney_de_almeida.pdf.txttese_sidney_de_almeida.pdf.txtExtracted texttext/plain275199https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-8ZTJEG/2/tese_sidney_de_almeida.pdf.txt83b5de04d4f4a8b67f0502e2714a8916MD521843/BUBD-8ZTJEG2019-11-14 07:19:28.403oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-8ZTJEGRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:19:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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