Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Patricia Costa Henriques lattes
Orientador(a): Raphael Escorsim Szawka lattes
Banca de defesa: Fabrício de Araújo Moreira, Egberto Gaspar de Moura, Lício Augusto Velloso
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/50912
Resumo: A prolactina (PRL) é um hormônio adenohipofisário que exerce diversas funções além do seu papel essencial na lactação, como a modulação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HPG) e do comportamento do tipo ansioso. No presente trabalho, investigamos mecanismos neuroendócrinos relacionados a essas duas funções da PRL. No primeiro estudo, avaliamos o mecanismo envolvido no pico da secreção de PRL induzido pelo estradiol (E2). Ratas ovariectomizadas (OV) foram tratadas com óleo ou com duas doses de E2, que resultam em níveis fisiológicos baixos (OVE-4) ou altos (OVE-80) deste hormônio. Ambas as doses de E2 promoveram picos na secreção de PRL de modo semelhante ao proestro (PRO), o que não ocorreu em ratas OV ou em diestro (DI). A atividade enzimática dos neurônios dopaminérgicos, medida pela marcação da tirosina hidroxilase (TH) fosforilada, apresentou-se diminuída apenas nas ratas OVE-80, mas não diferiu entre as ratas em DI e PRO, o que mostra que mudança nessa atividade não é determinante para gênese do pico de PRL. A análise da expressão de c-Fos na área pré-óptica, no núcleo periventricular e no núcleo paraventricular (PVN) do hipotálamo também não demonstrou ativação neuronal relacionada ao aumento da secreção de PRL. Entretanto, análise neuroquímica das concentrações de dopamina (DA) e ácido 3,4-dihidroxifenilacético (DOPAC) revelou um padrão de redução diária na atividade dos terminais dopaminérgicos neuroendócrinos independentemente dos níveis de E2. Por outro lado, ambas as doses de E2 foram capazes de alterar a expressão de genes chave para o controle da PRL na adenohipófise, incluindo redução do receptor dopaminérgico D2 e aumento do receptor para ocitocina (OT). Assim, estes dados sugerem que o pico de PRL induzido por E2 em ratas depende essencialmente da redução diária no tônus inibitório dopaminérgico associada ao efeito do E2 de alterar a responsividade dos lactotrofos aos inputs inibitórios e estimulatórios hipotalâmicos. O segundo estudo de nosso trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da PRL sobre a ansiedade, e os possíveis mecanismos centrais envolvidos nesta ação. O tratamento intracerebroventricular de ratos com PRL confrmou seu efeito ansiolítico, o qual observamos ter um perfil de dose resposta em U invertido e não depender da presença de esteroides sexuais. Análise imunohistoquímica para proteína transdutora de sinal e ativadora de transcrição 5 (STAT5) fosforilada revelou que, dentre as áreas cerebrais responsivas à PRL, os neurônios do PVN foram os que apresentaram o mesmo perfil dose resposta que o efeito ansiolítico. A administração de antagonistas para os receptores de PRL e de OT bloquearam o efeito ansiolítico da PRL, mostrando que a ativação de ambos é essencial na mediação desse efeito. Finalmente, a avaliação da imunorreatividade à Fos em ratos submetidos ao estresse por contenção demonstrou que, de fato, a ativação do PVN frente ao estresse é bloqueada pela PRL. Desse modo, nosso estudo demostra que a ação ansiolítica da PRL é mediada pela inibição da atividade do PVN e que os neurônios OT possuem papel essencial neste mecanismo.
id UFMG_b3cbb7fa08722441d48a985ab49e5e3b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/50912
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Raphael Escorsim Szawkahttp://lattes.cnpq.br/0510186251387892Fabrício de Araújo MoreiraEgberto Gaspar de MouraLício Augusto Vellosohttp://lattes.cnpq.br/6405171758896382Patricia Costa Henriques2023-03-15T15:39:25Z2023-03-15T15:39:25Z2021-12-15http://hdl.handle.net/1843/50912A prolactina (PRL) é um hormônio adenohipofisário que exerce diversas funções além do seu papel essencial na lactação, como a modulação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HPG) e do comportamento do tipo ansioso. No presente trabalho, investigamos mecanismos neuroendócrinos relacionados a essas duas funções da PRL. No primeiro estudo, avaliamos o mecanismo envolvido no pico da secreção de PRL induzido pelo estradiol (E2). Ratas ovariectomizadas (OV) foram tratadas com óleo ou com duas doses de E2, que resultam em níveis fisiológicos baixos (OVE-4) ou altos (OVE-80) deste hormônio. Ambas as doses de E2 promoveram picos na secreção de PRL de modo semelhante ao proestro (PRO), o que não ocorreu em ratas OV ou em diestro (DI). A atividade enzimática dos neurônios dopaminérgicos, medida pela marcação da tirosina hidroxilase (TH) fosforilada, apresentou-se diminuída apenas nas ratas OVE-80, mas não diferiu entre as ratas em DI e PRO, o que mostra que mudança nessa atividade não é determinante para gênese do pico de PRL. A análise da expressão de c-Fos na área pré-óptica, no núcleo periventricular e no núcleo paraventricular (PVN) do hipotálamo também não demonstrou ativação neuronal relacionada ao aumento da secreção de PRL. Entretanto, análise neuroquímica das concentrações de dopamina (DA) e ácido 3,4-dihidroxifenilacético (DOPAC) revelou um padrão de redução diária na atividade dos terminais dopaminérgicos neuroendócrinos independentemente dos níveis de E2. Por outro lado, ambas as doses de E2 foram capazes de alterar a expressão de genes chave para o controle da PRL na adenohipófise, incluindo redução do receptor dopaminérgico D2 e aumento do receptor para ocitocina (OT). Assim, estes dados sugerem que o pico de PRL induzido por E2 em ratas depende essencialmente da redução diária no tônus inibitório dopaminérgico associada ao efeito do E2 de alterar a responsividade dos lactotrofos aos inputs inibitórios e estimulatórios hipotalâmicos. O segundo estudo de nosso trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da PRL sobre a ansiedade, e os possíveis mecanismos centrais envolvidos nesta ação. O tratamento intracerebroventricular de ratos com PRL confrmou seu efeito ansiolítico, o qual observamos ter um perfil de dose resposta em U invertido e não depender da presença de esteroides sexuais. Análise imunohistoquímica para proteína transdutora de sinal e ativadora de transcrição 5 (STAT5) fosforilada revelou que, dentre as áreas cerebrais responsivas à PRL, os neurônios do PVN foram os que apresentaram o mesmo perfil dose resposta que o efeito ansiolítico. A administração de antagonistas para os receptores de PRL e de OT bloquearam o efeito ansiolítico da PRL, mostrando que a ativação de ambos é essencial na mediação desse efeito. Finalmente, a avaliação da imunorreatividade à Fos em ratos submetidos ao estresse por contenção demonstrou que, de fato, a ativação do PVN frente ao estresse é bloqueada pela PRL. Desse modo, nosso estudo demostra que a ação ansiolítica da PRL é mediada pela inibição da atividade do PVN e que os neurônios OT possuem papel essencial neste mecanismo.Prolactin (PRL) is a pituitary hormone that exerts many functions besides its essential role in lactation, such as the modulation of the hypothalamus-pituitary-gonadal (HPG) axis and anxious behavior. In the present work, we investigated the neuroendocrine mechanisms related to these two functions of PRL. In the first study, we evaluated the mechanism involved in estradiol (E2)-induced PRL surge. Ovariectomized (OV) rats were treated with oil or two doses of E2, which resulted in low (OVE-4) and high (OVE-80) physiological levels of this hormone. Both E2 doses promoted surges in PRL secretion similarly to proestrus (PRO), which did not occur in OV or diestrus (DI) rats. The enzymatic activity of dopaminergic neurons, measured by phosphorylated tyrosine hydroxylase (TH) labeling, was reduced only in OVE-80 rats, but did not differ between DI of PRO, which indicated that change in this activity is not determinant for the PRL surge genesis. Analysis of c-Fos expression in the preoptic area, periventricular nucleus and paraventricular nucleus (PVN) of the hypothalamus also did not demonstrate neuronal activation related to increased PRL secretion. However, neurochemical analysis of dopamine (DA) and 3,4-dihydroxyphenylacetic acid (DOPAC) concentrations revealed a pattern of daily reduction in the activity of neuroendocrine dopaminergic terminals regardless of E2 levels. On the other hand, both E2 doses were able to alter the expression of key genes for the control of PRL in the pituitary, including reduction of D2 receptor and increase of oxytocin (OT) receptor. Thus, these data suggest that the E2-induced PRL surge in female rats depends essentially on the daily reduction in dopaminergic inhibitory tone associated with E2 effect of altering lactotrophs responsiveness to hypothalamic inhibitory and stimulatory inputs. The second study of our work aimed to evaluate the effect of PRL on anxiety, and the possible central mechanisms involved in this action. Intracerebroventricular trarment of rats with PRL confirmed its anxiolytic effect, which we observed to have dose-response in inverted U profile, and does not depend on the presence of sex steroids. Imunohistochemical analysis of phosphorylated transducer and activator of transcription proteins 5 (STAT5) revealed that, among the brain areas responsive to PRL, PVN neurons were the ones that presented the same dose-dependent profile of its anxiolytic effect. Administration of antagonists for PRL and OT receptors blocked PRL anxiolytic effect, showing that the activation of them both is essential in mediating this effect. Finally, the evaluation of Fos immunoreactivity in rats subjected to restraint stress demonstrated that, in fact, PVN activation in respose to stress is blocked by PRL. Thus, our study demonstrates that PRL anxiolytic action is mediated by the inhibition of PVN activity and that OT neurons play an essential role in this mechanism.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e FarmacologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICAFisiologiaProlactinaEstradiolDopaminaAdeno-HipófiseOcitocinaAnsiedadeProlactinaEstradiolDopaminaHipófise AnteriorOcitocinaAnsiedadeNúcleo PeriventricularMecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolíticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Patrícia Costa Henriques - Repositório 3.pdfTese Patrícia Costa Henriques - Repositório 3.pdfapplication/pdf4298032https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50912/5/Tese%20Patr%c3%adcia%20Costa%20Henriques%20-%20Reposit%c3%b3rio%203.pdfc996395f0635a0128a0e5f8c9520ea27MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50912/6/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD561843/509122023-03-15 12:39:25.608oai:repositorio.ufmg.br:1843/50912TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-03-15T15:39:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
title Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
spellingShingle Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
Patricia Costa Henriques
Prolactina
Estradiol
Dopamina
Hipófise Anterior
Ocitocina
Ansiedade
Núcleo Periventricular
Fisiologia
Prolactina
Estradiol
Dopamina
Adeno-Hipófise
Ocitocina
Ansiedade
title_short Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
title_full Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
title_fullStr Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
title_full_unstemmed Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
title_sort Mecanismos neuroendócrinos envolvidos no controle da secreção de prolactina e em sua ação ansiolítica
author Patricia Costa Henriques
author_facet Patricia Costa Henriques
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Raphael Escorsim Szawka
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0510186251387892
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Fabrício de Araújo Moreira
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Egberto Gaspar de Moura
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Lício Augusto Velloso
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6405171758896382
dc.contributor.author.fl_str_mv Patricia Costa Henriques
contributor_str_mv Raphael Escorsim Szawka
Fabrício de Araújo Moreira
Egberto Gaspar de Moura
Lício Augusto Velloso
dc.subject.por.fl_str_mv Prolactina
Estradiol
Dopamina
Hipófise Anterior
Ocitocina
Ansiedade
Núcleo Periventricular
topic Prolactina
Estradiol
Dopamina
Hipófise Anterior
Ocitocina
Ansiedade
Núcleo Periventricular
Fisiologia
Prolactina
Estradiol
Dopamina
Adeno-Hipófise
Ocitocina
Ansiedade
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Fisiologia
Prolactina
Estradiol
Dopamina
Adeno-Hipófise
Ocitocina
Ansiedade
description A prolactina (PRL) é um hormônio adenohipofisário que exerce diversas funções além do seu papel essencial na lactação, como a modulação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HPG) e do comportamento do tipo ansioso. No presente trabalho, investigamos mecanismos neuroendócrinos relacionados a essas duas funções da PRL. No primeiro estudo, avaliamos o mecanismo envolvido no pico da secreção de PRL induzido pelo estradiol (E2). Ratas ovariectomizadas (OV) foram tratadas com óleo ou com duas doses de E2, que resultam em níveis fisiológicos baixos (OVE-4) ou altos (OVE-80) deste hormônio. Ambas as doses de E2 promoveram picos na secreção de PRL de modo semelhante ao proestro (PRO), o que não ocorreu em ratas OV ou em diestro (DI). A atividade enzimática dos neurônios dopaminérgicos, medida pela marcação da tirosina hidroxilase (TH) fosforilada, apresentou-se diminuída apenas nas ratas OVE-80, mas não diferiu entre as ratas em DI e PRO, o que mostra que mudança nessa atividade não é determinante para gênese do pico de PRL. A análise da expressão de c-Fos na área pré-óptica, no núcleo periventricular e no núcleo paraventricular (PVN) do hipotálamo também não demonstrou ativação neuronal relacionada ao aumento da secreção de PRL. Entretanto, análise neuroquímica das concentrações de dopamina (DA) e ácido 3,4-dihidroxifenilacético (DOPAC) revelou um padrão de redução diária na atividade dos terminais dopaminérgicos neuroendócrinos independentemente dos níveis de E2. Por outro lado, ambas as doses de E2 foram capazes de alterar a expressão de genes chave para o controle da PRL na adenohipófise, incluindo redução do receptor dopaminérgico D2 e aumento do receptor para ocitocina (OT). Assim, estes dados sugerem que o pico de PRL induzido por E2 em ratas depende essencialmente da redução diária no tônus inibitório dopaminérgico associada ao efeito do E2 de alterar a responsividade dos lactotrofos aos inputs inibitórios e estimulatórios hipotalâmicos. O segundo estudo de nosso trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da PRL sobre a ansiedade, e os possíveis mecanismos centrais envolvidos nesta ação. O tratamento intracerebroventricular de ratos com PRL confrmou seu efeito ansiolítico, o qual observamos ter um perfil de dose resposta em U invertido e não depender da presença de esteroides sexuais. Análise imunohistoquímica para proteína transdutora de sinal e ativadora de transcrição 5 (STAT5) fosforilada revelou que, dentre as áreas cerebrais responsivas à PRL, os neurônios do PVN foram os que apresentaram o mesmo perfil dose resposta que o efeito ansiolítico. A administração de antagonistas para os receptores de PRL e de OT bloquearam o efeito ansiolítico da PRL, mostrando que a ativação de ambos é essencial na mediação desse efeito. Finalmente, a avaliação da imunorreatividade à Fos em ratos submetidos ao estresse por contenção demonstrou que, de fato, a ativação do PVN frente ao estresse é bloqueada pela PRL. Desse modo, nosso estudo demostra que a ação ansiolítica da PRL é mediada pela inibição da atividade do PVN e que os neurônios OT possuem papel essencial neste mecanismo.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-12-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-03-15T15:39:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-03-15T15:39:25Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/50912
url http://hdl.handle.net/1843/50912
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50912/5/Tese%20Patr%c3%adcia%20Costa%20Henriques%20-%20Reposit%c3%b3rio%203.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50912/6/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c996395f0635a0128a0e5f8c9520ea27
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973008125526016