Estratégias de enfrentamento utilizadas por trabalhadores da indústria têxtil frente ao trabalho repetitivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Alana Pires Dale lattes
Orientador(a): Daisy Moreira Cunha lattes
Banca de defesa: Liliana Maria da Silva Cunha, Davidson Passos Mendes, Geraldo Marcio Alves dos Santos, Fábio de Oliveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/44829
Resumo: A indústria têxtil é, sem dúvida, uma importante atividade econômica, dentre as existentes no mercado brasileiro, grande geradora de empregos e faturamento. Entretanto, as tarefas exigidas neste ambiente podem afetar negativamente a saúde de seus trabalhadores, como, por exemplo, a realização de movimentos repetitivos por longo períodos, característicos de trabalhos industriais que utilizam de máquinas em seu processo produtivo. Para tentar “driblar” os empecilhos encontrados na realização das atividades, muitos trabalhadores se veem obrigados a utilizar alternativas para fugir, amenizar e/ou enfrentar tais riscos. É a partir do conhecimento dessas situações que temos como objetivo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por trabalhadores de uma indústria têxtil, frente a realização de trabalho repetitivo. A pesquisa foi realizada com trabalhadores de uma indústria têxtil, do interior do Brasil, que realizam movimentos repetitivos em sua jornada laboral diária. O estudo de caso associou recursos metodológicos da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) aos pressupostos e conceitos da Abordagem Ergológica do Trabalho. Em uma primeira fase exploratória houve aproximação do problema de pesquisa levantando informações sobre a empresa e seus trabalhadores. Em um segundo momento a investigação aprofundou a questão com entrevistas individuais semiestruturadas com nove trabalhadores, observando-os durante a realização de suas atividades. Nas situações de trabalho selecionadas para estudo, constatamos riscos do trabalho, como a realização de movimentos repetitivos, tais como postura forçada e inadequada, levantamento e transporte de peso, ruído intenso, longos períodos em pé, excesso de poeira de algodão no ar e riscos de acidentes com máquinas. Enfocando especificamente a realização dos movimentos repetitivos, encontramos como estratégias de enfrentamento, a redução do ritmo e intensidade de trabalho, a construção de saberes a respeito das máquinas e materiais, a ingestão de medicamentos para dor, a busca por evitar erros que posteriormente devem ser reparados em atividades ainda mais desgastantes, os alongamentos antes e durante o trabalho, os saberes em relação ao modo de transportar as caixas, a ação de fazer dobra de lata, entre outros. Assim, pudemos validar alguns pressupostos da Abordagem Ergológica do Trabalho, que considera que os sujeitos não são meros executores de tarefas, mas sim, possuidores de saberes, vontades, valores, inteligências e histórias, e isso configura as maneiras como eles realizam as atividades, através de construções coletivas ou individuais de métodos de se protegerem no trabalho. Trazendo para destaque três pontos chave: a relação entre as estratégias, renormalizações e saúde; os riscos multicausais de adoecimentos (físicos, organizacionais) e; a não absoluta positividade das consequências da utilização de estratégias de enfrentamento, que tem como objetivo assegurar a saúde.
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É a partir do conhecimento dessas situações que temos como objetivo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por trabalhadores de uma indústria têxtil, frente a realização de trabalho repetitivo. A pesquisa foi realizada com trabalhadores de uma indústria têxtil, do interior do Brasil, que realizam movimentos repetitivos em sua jornada laboral diária. O estudo de caso associou recursos metodológicos da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) aos pressupostos e conceitos da Abordagem Ergológica do Trabalho. Em uma primeira fase exploratória houve aproximação do problema de pesquisa levantando informações sobre a empresa e seus trabalhadores. Em um segundo momento a investigação aprofundou a questão com entrevistas individuais semiestruturadas com nove trabalhadores, observando-os durante a realização de suas atividades. Nas situações de trabalho selecionadas para estudo, constatamos riscos do trabalho, como a realização de movimentos repetitivos, tais como postura forçada e inadequada, levantamento e transporte de peso, ruído intenso, longos períodos em pé, excesso de poeira de algodão no ar e riscos de acidentes com máquinas. Enfocando especificamente a realização dos movimentos repetitivos, encontramos como estratégias de enfrentamento, a redução do ritmo e intensidade de trabalho, a construção de saberes a respeito das máquinas e materiais, a ingestão de medicamentos para dor, a busca por evitar erros que posteriormente devem ser reparados em atividades ainda mais desgastantes, os alongamentos antes e durante o trabalho, os saberes em relação ao modo de transportar as caixas, a ação de fazer dobra de lata, entre outros. Assim, pudemos validar alguns pressupostos da Abordagem Ergológica do Trabalho, que considera que os sujeitos não são meros executores de tarefas, mas sim, possuidores de saberes, vontades, valores, inteligências e histórias, e isso configura as maneiras como eles realizam as atividades, através de construções coletivas ou individuais de métodos de se protegerem no trabalho. Trazendo para destaque três pontos chave: a relação entre as estratégias, renormalizações e saúde; os riscos multicausais de adoecimentos (físicos, organizacionais) e; a não absoluta positividade das consequências da utilização de estratégias de enfrentamento, que tem como objetivo assegurar a saúde.The textile industry is undoubtedly an important economic activity, among those existing in the Brazilian market, a great generator of jobs and revenue. However the required assignments in this environment can negatively affect the health of their workers, for example performing repetitive movements for a long period of time, typical characteristics of industrial jobs that use machines in their production process. To try to prevent from the obstacles encountered in carrying out activities, a great number of works are forced to use alternatives to escape, to appease and/or face such risks. It is from the knowledge of these situations that we aim to identify the confrontation strategies used by workers in a textile industry against repetitive work. The research was realized with workers in a textile industry, from the countryside of Brazil who perform repetitive movements in their daily workday. The case study associated methodological resources of the The Ergonomic Work Analysis (EWA) to the assumptions and concepts of Ergological Work Approach. In a first exploratory phase, the research problem was approached by gathering information about the company and its workers. In a second moment the investigation deepened the issue through individual semi-structured interviews with nine workers, observing them in a work situation. In the work situations selected for study, we verified work risks, as performing repetitive movements, such as forced and inappropriate posture, lifting and weight transportation, intense noise, long time standing, excess cotton dust in the air, risks of machine accidents. Focusing specifically on performing repetitive movements, we discovered as confrontation strategies the reduction of the pace and intensity of work, the acquisition of knowledge about machines and materials, pain medication ingestion, avoiding mistakes that subsequent must be repaired in even more strenuous activities, stretching before and during work, knowledges about how to transport the boxes, make tin fold, among others. Thus we were able to validate some assumptions of Ergological Work Approach that subjects are not mere executors of tasks, but rather possessors of knowledge, desires, values, intelligence, stories, and this configures the ways of how they perform the activities. Highlighting three key points: the relationship between strategies, renormalizations and health; the multicausal risks of illness (physical, organizational) and; the non-absolute positivity of the consequences of the use of coping strategies, which aim to ensure health.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrInthttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEducaçãoTrabalhoErgonomiaIndustria têxtil - Aspectos sociaisIndustria têxtil - ErgonomiaTrabalhadores têxteis - Condições de trabalhoTrabalhadores têxteis – Lesões por esforços repetitivos - PrevençãoSaúde e trabalhoRotina no trabalhoIndústria têxtilMovimentos repetitivosEstratégia de enfrentamentoUso de siEstratégias de enfrentamento utilizadas por trabalhadores da indústria têxtil frente ao trabalho repetitivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Alana final.pdfTese Alana final.pdfapplication/pdf2662279https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44829/1/Tese%20Alana%20final.pdfac2c177c172fd390daf2f873c3d1f356MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44829/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44829/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/448292022-09-02 08:43:06.942oai:repositorio.ufmg.br:1843/44829TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-09-02T11:43:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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