Caracterização fenotípica e molecular de feijoeiro-comum quanto à resistência à antracnose e estudo de herança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ariadna Faria Vieira
Orientador(a): Demerson Arruda Sanglard
Banca de defesa: Fernando da Silva Rocha, Charles Martins Aguilar
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/NCAP-9XUP7N
Resumo: O feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma das espécies vegetais de maior importância mundial, porém, o grande número de doenças é um dos fatores que comprometem a produtividade, sendo a antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) uma das principais doenças fúngicas relacionadas à cultura do feijoeiro. A ampla variabilidade do patógeno é um desafio para o desenvolvimento de cultivares com resistência de amplo espectro. Para isso, torna-se necessária a identificação, caracterização e uso de distintas fontes de resistência fundamentais para o sucesso dos programas de melhoramento. Dessa forma, os objetivos dos dois ensaios deste trabalho foram: (i) caracterizar o perfil fenotípico e molecular de linhagens e cultivares de feijoeiro-comum quanto à resistência à antracnose e, (ii) estudar a herança desta característica na cultivar BRS Cometa. Os experimentos foram conduzidos no Centro Nacional Pesquisa em Arroz e Feijão, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (CNPAF-EMBRAPA), em Santo Antônio de Goiás-GO. Para o primeiro experimento, foram realizados ensaio de campo e caracterização molecular. Para o ensaio de campo, 55 genótipos foram plantados em três parcelas de 3 metros de comprimento e espaçamento de 0,5 metros entre si. Os genótipos foram inoculados simultaneamente com as raças 65 (isolado Cl 1614); 73 (isolado Cl 1143); 81 (isolado Cl 1164); 91 (isolado Cl 1247); 475 (isolado Cl 1322) e 1609 (isolado Cl 1294), com uma concentração final 1,2 x 106 esporos/mL. As notas atribuídas a cada genótipo foi dada em função da porcentagem de folhas e/ou plantas. Para a caracterização molecular, 15 sementes de cada um dos 55 genótipos utilizados foram semeadas em vasos em casa de vegetação. Aos sete dias, após a germinação, discos foliares de dez plântulas foram coletados em bulk para a extração de DNA. Foram realizadas reações de amplificação com os marcadores SCAR, previamente identificados, como ligados a genes de resistência à antracnose: Co-34 (SF10), Co-4 (SY20), Co-42 (SH18 E SAS13), Co-5 (SAB3) e Co-6 (SAZ20). Para o segundo experimento, realizou-se o estudo de herança para a resistência ao C. lindemuthianum utilizando o patótipo 91, isolado Cl 1247, na cultivar BRS Cometa. Sementes de famílias F2:3 , provenientes do cruzamento Rosinha G2 x BRS Cometa, além dos genitores e da testemunha SEL 1308 (Co-42), foram pré-germinadas e plantadas em bandejas de isopor em casa de vegetação. Após sete dias, as plantas individuais foram inoculadas com suspensão de esporos com concentração de 1,2 x 106 esporos/mL. Para as avaliações da severidade da doença, utilizou-se uma escala de notas, variando de 1 a 9. As freqüências fenotípicas observadas (resistência: suscetibilidade) nas populações segregantes foram testadas pelo teste de qui-quadrado (2). Como resultado do primeiro experimento, 26 genótipos foram resistentes aos patótipos 65, 73, 81, 91, 475 e 1609 de C. lindemuthianum e dez destes genótipos foram considerados imunes. Somente o marcador SF10 (Co-34) foi inespecífico, ao amplificar outros de resistência conhecidos, como o K23 (Co-5), Kaboon (Co-12), Perry Marrow (Co-13), Cornell 49-242 (Co-2), Mexico 222 (Co-3), SEL 1360 (Co-52), H1 (Co-7) e BRS Pitanga (Co-14). O marcador SH18 mostrou-se ainda alelo-específico, discriminando Co-42 de Co-4. Analisando o marcador SF10, 31 genótipos apresentaram marca amplificada, representando 53,44 % do total das amostras. A linhagem K10 apresentou as marcas moleculares SY20, SAB3 e SAZ20, indicando a presença dos genes Co-4, Co-5 e Co-6, respectivamente. Os resultados do segundo experimento indicaram que a razão de segregação para a resistência à antracnose nas famílias F2:3 (Rosinha G2 x BRS Cometa) ajustaram -se à proporção esperada de 1:2:1 (RR:Rr:rr), com valor de qui-quadrado de 0,5 e probabilidade de 77,88 %. Este resultado indica a presença de um único gene dominante envolvendo a resistência ao patótipo 91 de C. lindemuthianum na cultivar BRS Cometa.
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Dessa forma, os objetivos dos dois ensaios deste trabalho foram: (i) caracterizar o perfil fenotípico e molecular de linhagens e cultivares de feijoeiro-comum quanto à resistência à antracnose e, (ii) estudar a herança desta característica na cultivar BRS Cometa. Os experimentos foram conduzidos no Centro Nacional Pesquisa em Arroz e Feijão, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (CNPAF-EMBRAPA), em Santo Antônio de Goiás-GO. Para o primeiro experimento, foram realizados ensaio de campo e caracterização molecular. Para o ensaio de campo, 55 genótipos foram plantados em três parcelas de 3 metros de comprimento e espaçamento de 0,5 metros entre si. Os genótipos foram inoculados simultaneamente com as raças 65 (isolado Cl 1614); 73 (isolado Cl 1143); 81 (isolado Cl 1164); 91 (isolado Cl 1247); 475 (isolado Cl 1322) e 1609 (isolado Cl 1294), com uma concentração final 1,2 x 106 esporos/mL. As notas atribuídas a cada genótipo foi dada em função da porcentagem de folhas e/ou plantas. Para a caracterização molecular, 15 sementes de cada um dos 55 genótipos utilizados foram semeadas em vasos em casa de vegetação. Aos sete dias, após a germinação, discos foliares de dez plântulas foram coletados em bulk para a extração de DNA. Foram realizadas reações de amplificação com os marcadores SCAR, previamente identificados, como ligados a genes de resistência à antracnose: Co-34 (SF10), Co-4 (SY20), Co-42 (SH18 E SAS13), Co-5 (SAB3) e Co-6 (SAZ20). Para o segundo experimento, realizou-se o estudo de herança para a resistência ao C. lindemuthianum utilizando o patótipo 91, isolado Cl 1247, na cultivar BRS Cometa. Sementes de famílias F2:3 , provenientes do cruzamento Rosinha G2 x BRS Cometa, além dos genitores e da testemunha SEL 1308 (Co-42), foram pré-germinadas e plantadas em bandejas de isopor em casa de vegetação. Após sete dias, as plantas individuais foram inoculadas com suspensão de esporos com concentração de 1,2 x 106 esporos/mL. Para as avaliações da severidade da doença, utilizou-se uma escala de notas, variando de 1 a 9. As freqüências fenotípicas observadas (resistência: suscetibilidade) nas populações segregantes foram testadas pelo teste de qui-quadrado (2). Como resultado do primeiro experimento, 26 genótipos foram resistentes aos patótipos 65, 73, 81, 91, 475 e 1609 de C. lindemuthianum e dez destes genótipos foram considerados imunes. Somente o marcador SF10 (Co-34) foi inespecífico, ao amplificar outros de resistência conhecidos, como o K23 (Co-5), Kaboon (Co-12), Perry Marrow (Co-13), Cornell 49-242 (Co-2), Mexico 222 (Co-3), SEL 1360 (Co-52), H1 (Co-7) e BRS Pitanga (Co-14). O marcador SH18 mostrou-se ainda alelo-específico, discriminando Co-42 de Co-4. Analisando o marcador SF10, 31 genótipos apresentaram marca amplificada, representando 53,44 % do total das amostras. A linhagem K10 apresentou as marcas moleculares SY20, SAB3 e SAZ20, indicando a presença dos genes Co-4, Co-5 e Co-6, respectivamente. Os resultados do segundo experimento indicaram que a razão de segregação para a resistência à antracnose nas famílias F2:3 (Rosinha G2 x BRS Cometa) ajustaram -se à proporção esperada de 1:2:1 (RR:Rr:rr), com valor de qui-quadrado de 0,5 e probabilidade de 77,88 %. Este resultado indica a presença de um único gene dominante envolvendo a resistência ao patótipo 91 de C. lindemuthianum na cultivar BRS Cometa.The common bean (Phaseolus vulgaris L.) is one of the most important vegetables species worldwide, but the large number of diseases is one of the factors that undermine productivity, being the anthracnose (Colletotrichum lindemuthianum) one of the major fungal diseases related to bean crop. The wide variability of the pathogen is a challenge for the development of cultivars with broad-spectrum resistance. For this, it is necessary to identify, characterize and use of different fundamental sources of resistance to the success of breeding programs. Thus, the objectives of the two trials of this study were: (i) to characterize the phenotypic and molecular profile lines and common bean cultivars for resistance to anthracnose and, (ii) to study the inheritance of this trait in the cultivar 'BRS Cometa'. The experiments were conducted at the Centro Nacional Pesquisa em Arroz e Feijão, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (CNPAF-EMBRAPA) in Santo Antônio de Goiás - GO. For the first experiment, they were conducted field testing and molecular characterization. For the field trial, 55 genotypes were planted in three installments of 3 meters long and spaced 0.5 meters apart. Genotypes were inoculated simultaneously with the races 65 (isolated Cl 1614); 73 (isolated Cl 1143); 81 (isolated Cl 1164); 91 (isolated Cl 1247); 475 (isolated Cl 1322) 1609 (isolate Cl 1294), with a final concentration of 1,2 x 106 spores/ml. The marks awarded to each genotype were given according to the percentage of leaves and/or plants. For the molecular characterization, 15 seeds of each of the 55 genotypes used were sown in pots in the greenhouse. At seven days after germination, leaf discs ten seedlings were collected in bulk for DNA extraction. Amplification reactions were performed with the SCAR markers previously identified as linked to anthracnose resistance genes Co-34 (SF10), Co-4 (SY20), Co-42 (SH18 and SAS13), Co-5 (SAB3) and Co-6 (SAZ20). For the second experiment, there was the inheritance study for resistance to C. lindemuthianum using the pathotype 91, isolated Cl 1247, the BRS Cometa. Families seeds F2:3, from the cross Rosinha G2 x BRS Cometa, in addition to parents and witness SEL 1308 (Co-42), were pre-germinated and planted in trays in a greenhouse. After seven days, individual plants were inoculated with a spore suspension with a concentration of 1,2 x 106 spores / ml. For assessments of disease severity, we used a grading scale ranging from 1 to 9. The observed phenotype frequencies (resistance: susceptibility) in the populations were tested using the chi-square test (2). As a result of the first experiment, 26 genotypes were resistant to the pathotypes 65, 73, 81, 91, 475 and 1609 of C. lindemuthianum and ten of these genotypes were considered immune. Only the marker SF10 (Co-34) was specific, to amplify other known resistance, such as K23 (Co-5), Kaboon (Co-12), Perry Marrow (Co-13), Cornell 49-242 (Co- 2), Mexico-222 (Co-3), SEL 1360 (Co-52), H1 (Co-7) and BRS Pitanga (Co-14). The SH18 marker was even allele-specific, discriminating Co-42 of Co-4. Analyzing the marker SF10, 31 genotypes amplified brand, representing 53.44% of total samples. The K10 strain showed the molecular markers SY20, SAB3 and SAZ20, indicating the presence of the Co-4 genes Co-5 and Co-6, respectively. The results of the second experiment showed that the segregation ratio for the resistance to the anthracnose F2: 3 families (Rosinha G2 x BRS Cometa) set is directed to the expected ratio of 1: 2: 1 (RR:Rr:rr) value of chi-square and 0.5 probability of 77.88%. This result indicates the presence of a single dominant gene involving resistance to pathotype 91 C. lindemuthianum the cultivar 'BRS Cometa'Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFeijão comumAntracnoseMelhoramento genéticoMarcadores molecularesPhaseolus vulgarisColletotrichum lindemuthianumGenes de resistênciaEstudo de herançaCaracterização fenotípica e molecular de feijoeiro-comum quanto à resistência à antracnose e estudo de herançainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALariadna_faria_vieira.pdfapplication/pdf799654https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-9XUP7N/1/ariadna_faria_vieira.pdf3f37cdce9caf640693b0debf671fa251MD51TEXTariadna_faria_vieira.pdf.txtariadna_faria_vieira.pdf.txtExtracted texttext/plain137082https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-9XUP7N/2/ariadna_faria_vieira.pdf.txt15aba127d6510e87464d4f107911bd87MD521843/NCAP-9XUP7N2019-11-14 12:08:02.37oai:repositorio.ufmg.br:1843/NCAP-9XUP7NRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:08:02Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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