Traços do hibridismo nas práticas de docentes universitários angolanos egressos de universidades brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Jose Manuel Sita Gomes
Orientador(a): Luiz Alberto Oliveira Goncalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ADHQZB
Resumo: Nosso objetivo foi o de verificar o impacto dos traços do hibridismo cultural nas práticas dos angolanos, egressos de universidades brasileiras partindo da perspectiva de si próprios e na de seus alunos. Ouvimos, por meio de entrevista semi-estruturada, quatro docentes do Instituto Superior de Ciências da Educação da Universidade Onze de Novembro em Cabinda/Angola e aplicamos um questionário a seus alunos, visando colher informações que pudessem caracterizar as práticas desses professores e evidenciar as traduções que fazem dos traços do hibridismo cultural em suas tarefas pedagógicas. Nossa principal preocupação residiu em perceber em que medida os traços do hibridismo cultural impactam a prática docente destes sujeitos em Angola e em que a tradução influencia a prática docente de profissionais que retornam à Angola para lecionar. Concluímos que as práticas pedagógicas destes sujeitos imersos naquilo que denominamos escola angobrasileira, possuem características que os aproximam ás práticas comuns nas instituições onde estudaram no Brasil, mas que não os distanciam totalmente daquela onde trabalham em angola, no que concerne ás formas de relacionamento que estabelecem com os alunos (menor hierarquia nas relações, abertura no trato com os alunos, facilidade de interação entre professor e alunos), no processo avaliativo (uso de seminários, trabalhos em grupo relacionado-os, ás vezes, a provas escritas), no tratamento dos conteúdos (deslocando o professor do lugar do dono do saber trabalhando, sempre que possível, com um olhar descanonizador) etc., o que exige que tenham que usar o diálogo e a amizade com os alunos, conceber o aluno como sujeito no processo de ensino e aprendizagem, o contrato didático e a simplicidade como estratégias de conciliação. Seus depoimentos também nos conduziram a distribuir a hibridação nas suas traduções em quatro eixos analíticos: teorias comprometidas, dialética da negação, tradução cultural e inserção do novo no mundo.
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Concluímos que as práticas pedagógicas destes sujeitos imersos naquilo que denominamos escola angobrasileira, possuem características que os aproximam ás práticas comuns nas instituições onde estudaram no Brasil, mas que não os distanciam totalmente daquela onde trabalham em angola, no que concerne ás formas de relacionamento que estabelecem com os alunos (menor hierarquia nas relações, abertura no trato com os alunos, facilidade de interação entre professor e alunos), no processo avaliativo (uso de seminários, trabalhos em grupo relacionado-os, ás vezes, a provas escritas), no tratamento dos conteúdos (deslocando o professor do lugar do dono do saber trabalhando, sempre que possível, com um olhar descanonizador) etc., o que exige que tenham que usar o diálogo e a amizade com os alunos, conceber o aluno como sujeito no processo de ensino e aprendizagem, o contrato didático e a simplicidade como estratégias de conciliação. Seus depoimentos também nos conduziram a distribuir a hibridação nas suas traduções em quatro eixos analíticos: teorias comprometidas, dialética da negação, tradução cultural e inserção do novo no mundo.Nuestro objetivo fue examinar el impacto de los rasgos del hibrismo cultural en las prácticas de los angolanos, graduados en las universidades brasileñas desde la perspectiva de ellos mismos y sus estudiantes. Nos enteramos, a través de entrevista semi-estructurada, con cuatro profesores del Instituto de Ciencias de la Educación en la Universidad Once de Noviembre en Cabinda/Angola y aplicamos un cuestionario a sus alumnos, destinado a reunir información que podría caracterizar las prácticas de estos profesores y destacar las traducciones de los rasgos que hacen de la hibridación cultural en la tarea docente. Nuestra preocupación principal es darse cuenta en qué medida las huellas de la hibridez cultural impacta la práctica docente de estos profesores en Angola y en qué esa traducción afecta a la práctica docente de los profesionales que regresan a Angola para enseñar. Se concluye que las prácticas pedagógicas de estos individuos inmersos en lo que llamamos " escuela angobrasileña" tienen características que se asemejan a las prácticas comunes en las instituciones donde estudiaran en Brasil, pero no totalmente alejadas de los hogares donde trabajan en Angola, en relación con las formas de relación que establecen con los alumnos (relación de menor jerarquía, la franqueza en el trato con los estudiantes, la facilidad de interacción entre el profesor y los estudiantes) en el proceso de evaluación (uso de seminarios, grupos de trabajo, a veces, hacen las pruebas escritas relacionados con ellos) en el tratamiento del contenido (salir del lugar del maestro "dueño del conocimiento", siempre que sea posible, con una mirada descanonizadora), etc., lo que implica que tengan que utilizar el diálogo y la amistad con los estudiantes, tener el estudiante como sujeto del proceso de enseñanza y el aprendizaje, el contrato didáctico como estrategias sencillas para la reconciliación. Su testimonio también nos llevó a distribuir la hibridación en sus traducciones en cuatro categorías de análisis: las teorías comprometidas, la dialéctica de la negación, la traducción cultural y la inserción del nuevo en el mundo.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEducação internacional Brasil AngolaEnsino superior AngolaRelações culturaisEducaçãoMulticulturalismoIntercâmbio educacional Brasil AngolaProfessores universitários FormaçãoCooperação intelectualProfessores Formação AngolaPrática de ensinoPráticas docentesEnsino universitárioCultura escolarHibridismo culturalTradução culturalRelações Brasil-AngolaTraços do hibridismo nas práticas de docentes universitários angolanos egressos de universidades brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALjos__m._sita_gomes_tese_completa.pdfapplication/pdf1663079https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ADHQZB/1/jos__m._sita_gomes_tese_completa.pdf9bd7a091002335348e7784cb8aff88c2MD51TEXTjos__m._sita_gomes_tese_completa.pdf.txtjos__m._sita_gomes_tese_completa.pdf.txtExtracted texttext/plain479411https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ADHQZB/2/jos__m._sita_gomes_tese_completa.pdf.txtc5f9073dd5c80369ea498db7a3e6a839MD521843/BUBD-ADHQZB2019-11-14 05:07:54.191oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-ADHQZBRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:07:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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