Associativismo ambiental como resposta à sustentabilidade e contribuição para a ecologia urbana

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Delton Mendes Francelino
• Orientador(a): Leandro Benedini Brusadin
• Banca de defesa: Airton José Cavenaghi, Cleide Calgaro, Lia Sipaúba Proença Brusadin, Mara Lúcia Rodrigues Costa
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
• Departamento: ARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Fato associativo; Dádiva; Sociabilidade; Ecopedagogia; Cidades sustentáveis; Organizações não governamentais (ONGs)
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/55181

Nos recentes séculos a humanidade intesificou os processos de espoliação ambiental e ecológica à Terra e seus ecossistemas, a partir, sobretudo, de âmbitos de financeirização da vida humana e não humana. Em face a isso, e às crises diversas notadas nos ambientes urbanos, necessário é que propostas sejam feitas para que este paradigma hostil possa ser transformado em modelos de sociedade que possam conduzir, realmente, ao que se convenciona ser a sustentabilidade. O objetivo desta Tese é discutir/propor o Associativismo Ambiental como contribuição para a Ecologia Urbana e, assim, à sustentabilidade, sobretudo a partir de suas dimensões sociais, humanísticas, educativas e ecosóficas. A partir da dádiva, articulada por Mauss (2008 [1925]), são propostas Sociologias para a Ecologia Urbana e um Tratado para a Existência Ambiental, calcados em pesquisa acerca de ONGs ambientais, o que move as pessoas e se juntarem em prol de causas ecológicas e uma experiência imersiva, com elementos etnográficos, no âmbito das ações de uma delas. Além disso, elaborou-se método denominado “Mapeamento Ecocultural”, que culminou com a criação da Casa da Ciência e da Cultura de Barbacena, um dosresultados diretos desta Pesquisa. Metodologicamente, a Tese foi distribuída em 4 Cadernos e, no quadro teórico, estabeleceu-se: correlação entre o Associativismo Ambiental e movimentos sociais a partir de teóricos da dádiva como Mauss (2008 [1925]), Martins (2002), Caillé (2002) além de Touraine (1965) e Castells (1999); discussões relacionadas à sustentabilidade (ou crise da sustentabilidade) via ecopedagogia (GADOTTI, 2000); perspectivas da Ecosofia (GUATARRI, 1989) e elementos basilares da Complexidade e da Ecologia Urbana (MORIN, 2000; 2008) (NIEMELA, 2011) (ROGERS; GUMUCHDJIAN, 2015); Teorias da Justiça (RAWLS, 2004), Liberdade como Desenvolvimento (SEN, 2001) e perspectivas indígenas a partir de Kaka Werá Jecupé (2006). Para a imersão seguiu-se os métodos da Pesquisa Narrativa e de Experiência de vida (CLANDININ; CONNELY, 2011). A estrutura geral da Tese foi estabelecida a partir de modelos de Bardin (2011) e Gil (1985), numa perspectiva qualitativa e interpretativista, algo também contextual aos enfoques do Grupo de Pesquisa "Societas - Turismo, Patrimônio, Relações Sociais e de Trabalho”, da UFMG, ao qual o autor desta pesquisa é filiado.