Partição da energia e exigências nutricionais no terço final da gestação e avaliação do perfil metabólico durante o período de transição de vacas Gir e F1 holandês x Gir

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Helena Ferreira Lage
Orientador(a): Ana Luiza Costa Cruz Borges
Banca de defesa: Elias Jorge Facury Filho, Lucio Carlos Goncalves, Ronaldo Braga Reis, Cristina Mattos Veloso
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AC2HN8
Resumo: Diante da carência na literatura científica a respeito do metabolismo energético de vacas Gir e F1 Holandês x Gir (F1 H x G), sobretudo no tangente à gestação, foram desenvolvidos dois experimentos, utilizando-se seis vacas Gir (PV médio inicial de 435,16 kg) e seis vacas F1 H x G (PV médio inicial de 515,60 kg). O primeiro capítulo aborda o desenvolvimento da gestação e seu impacto no metabolismo de fêmeas ruminantes. No segundo capítulo são apresentados dados da partição energética destes animais aos 180, 210 e 240 dias de gestação, obtidos por respirometria. Os animais receberam dieta em quantidade restrita, equivalente a 1,3X a exigência de energia líquida para mantença. O consumo de matéria seca superior (P<0,05) para as vacas F1 H x G refletiu-se no consumo de outros nutrientes da dieta como, por exemplo, nos consumos de matéria orgânica (MO) e fibra insolúvel em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), quando expressos em quilogramas por dia (kg/dia). Variáveis como o consumo diário (kg/dia) de proteína bruta (PB) extrato etéreo (EE) e nutrientes digestíveis totais (NDT) apresentaram superioridade (P<0,05) para as vacas F1 H x G apenas aos 210 e 240 dias de gestação. De maneira geral, entretanto, nota-se que o maior consumo pelas vacas mestiças em nenhum momento foi responsável por alterações na digestibilidade de quaisquer nutrientes (P>0,05), com exceção da PB. Avaliando-se a concentração de energia da dieta, foram feitas comparações com os valores obtidos por equações para estimativa da concentração energética de dieta do NRC (2001). A equação de conversão do NRC (2001) foi eficiente em predizer a concentração de energia metabolizável (EM) a partir da energia digestível (ED). A concentração de ED da dieta não diferiu (P>0,05) entre os grupos genéticos e os tempos avaliados e apresentou valor médio de 3,25 Mcal/kg MS. Os teores de EM da dieta, durante os períodos e entre as raças avaliadas, oscilaram entre 2,55 e 2,82 Mcal/kg MS. A concentração média de energia líquida (EL) das dietas consumidas pelas vacas Gir e F1 H x G foi de 1,47 Mcal/kg MS. Os dados de partição energética comprovaram que a dieta fornecida para vacas Gir e F1 H x G aos 180, 210 e 240 dias de gestação foi adequada para suprir a exigência de energia destes animais. A proporção de energia bruta (EB) perdida como energia fecal não diferiu entre as raças avaliadas e correspondeu, em média, a 28,65%, refletindo os valores descritos para a digestibilidade da MS. As produções diárias de metano (L/dia) acompanharam o comportamento demonstrado pela ingestão de matéria seca, sendo superior (P<0,05) nas novilhas F1 H x G, quando comparadas às Gir. Entretanto, quando expressa em L/kg MS ou em percentual da EB ingerida (média de 6,44%), não foram observadas diferenças entre os grupos genéticos avaliados (P>0,05). A perda diária de energia na forma de urina (valor médio de 1,42 Mcal/dia) não diferiu (P>0,05) entre os grupos genéticos avaliados e correspondeu a 3,87 a 5,35% da EB ingerida. O valor de EM ingerida, em Mcal/dia, pelos animais F1 H x G foi superior (P<0,05) em todos os momentos avaliados em relação aos animais Gir. Entretanto, quando expresso em kcal/kg de peso metabólico (PM), a ingestão de EM foi 11% superior (P<0,05) para as vacas mestiças apenas aos 240 dias de gestação e apresentou média de 194,39 Kcal/kg PM. Vacas Gir não apresentaram variação no consumo de energia metabolizável entre os três tempos avaliados (P>0,05), com média de 146,66 kcal/kg PM. O fracionamento da energia metabolizável para gestação foi obtido pela dedução do consumo de EM do valor de energia metabolizável para mantença descrito por Lage (2011), de 120,05 e 146,06 kcal/kg PM para as vacas Gir e F1 H x G, respectivamente. O consumo médio de EM para gestação, neste trabalho, foi de 5,33 para vacas F1 H x G e 4,46 Mcal/dia para as vacas Gir, respectivamente. O percentual de energia metabolizável em relação à EB ingerida (ou q), que corresponde à metabolizabilidade da dieta, foi similar entre os grupos genéticos avaliados (P>0,05), sendo este valor correspondente a 0,60. A relação EM/ED obteve valor médio de 0,84 entre as raças e períodos avaliados. O incremento calórico foi de 24,38% de EB ingerida para as vacas Gir e 22,74% para as vacas F1 H x G. Os dados de energia líquida de mantença apresentados pelos animais experimentais foram calculados considerando-se os valores encontrados por Lage (2011), de 92,02 kcal/kg PM para vacas F1 H x G e 76,83 kcal/kg PM para vacas Gir (ambas não gestantes). A proporção da EB ingerida utilizada para a manutenção do metabolismo basal pelas vacas gestantes, neste trabalho, não diferiu entre as raças e os períodos avaliados. e correspondeu a 29,69%. A energia líquida de gestação foi, em média, 2,76 Mcal/dia e não diferiu entre os grupos e tempos avaliados (P>0,05). A eficiência de conversão da energia metabolizável em energia líquida para gestação foi, em média, 13,00%. O terceiro capítulo teve o objetivo de avaliar perfil metabólico no período de transição de vacas Gir e F1 Holandês x Gir (30 dias antes e 28 dias após o parto), utilizando-se os mesmos animais descritos na avaliação do metabolismo de energia. Foram avaliados os seguintes parâmetros: concentração plasmática de glicose, ácidos graxos não-esterificados (AGNE), colesterol, triglicerídeos, ureia, creatinina, proteína total, albumina, cálcio e aspartato amino transferase (AST). Os resultados demonstraram o bom funcionamento de mecanismos homeostáticos e homeorréticos das vacas Gir e F1 Holandês x Gir utilizadas neste experimento, durante o período de transição. A mobilização de tecido muscular esquelético pôde ser verificada pelo aumento dos níveis de nitrogênio ureico plasmático (NUP) e diminuição da concentração de creatinina em momentos próximos ao parto. A mobilização de tecido adiposo foi comprovada pela queda nos níveis de triglicerídeos e aumento de ácidos graxos não-esterificados (AGNE) próximo ao parto, especialmente nas vacas F1 H x G. Os dados demonstraram que a mobilização tecidual foi responsável pela manutenção de níveis normais de glicemia durante o período de transição e que a diminuição da concentração de glicose plasmática normalmente observada em vacas leiteiras especializadas não foi observada neste trabalho. Os níveis normais de glicose, colesterol, albumina e proteínas totais são indicadores da ausência de injúrias hepáticas severas nos animais experimentais, o que pôde ser comprovado pela normalidade da atividade enzimática da AST durante todo o período de avaliação.
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O consumo de matéria seca superior (P<0,05) para as vacas F1 H x G refletiu-se no consumo de outros nutrientes da dieta como, por exemplo, nos consumos de matéria orgânica (MO) e fibra insolúvel em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), quando expressos em quilogramas por dia (kg/dia). Variáveis como o consumo diário (kg/dia) de proteína bruta (PB) extrato etéreo (EE) e nutrientes digestíveis totais (NDT) apresentaram superioridade (P<0,05) para as vacas F1 H x G apenas aos 210 e 240 dias de gestação. De maneira geral, entretanto, nota-se que o maior consumo pelas vacas mestiças em nenhum momento foi responsável por alterações na digestibilidade de quaisquer nutrientes (P>0,05), com exceção da PB. Avaliando-se a concentração de energia da dieta, foram feitas comparações com os valores obtidos por equações para estimativa da concentração energética de dieta do NRC (2001). A equação de conversão do NRC (2001) foi eficiente em predizer a concentração de energia metabolizável (EM) a partir da energia digestível (ED). A concentração de ED da dieta não diferiu (P>0,05) entre os grupos genéticos e os tempos avaliados e apresentou valor médio de 3,25 Mcal/kg MS. Os teores de EM da dieta, durante os períodos e entre as raças avaliadas, oscilaram entre 2,55 e 2,82 Mcal/kg MS. A concentração média de energia líquida (EL) das dietas consumidas pelas vacas Gir e F1 H x G foi de 1,47 Mcal/kg MS. Os dados de partição energética comprovaram que a dieta fornecida para vacas Gir e F1 H x G aos 180, 210 e 240 dias de gestação foi adequada para suprir a exigência de energia destes animais. A proporção de energia bruta (EB) perdida como energia fecal não diferiu entre as raças avaliadas e correspondeu, em média, a 28,65%, refletindo os valores descritos para a digestibilidade da MS. As produções diárias de metano (L/dia) acompanharam o comportamento demonstrado pela ingestão de matéria seca, sendo superior (P<0,05) nas novilhas F1 H x G, quando comparadas às Gir. Entretanto, quando expressa em L/kg MS ou em percentual da EB ingerida (média de 6,44%), não foram observadas diferenças entre os grupos genéticos avaliados (P>0,05). A perda diária de energia na forma de urina (valor médio de 1,42 Mcal/dia) não diferiu (P>0,05) entre os grupos genéticos avaliados e correspondeu a 3,87 a 5,35% da EB ingerida. O valor de EM ingerida, em Mcal/dia, pelos animais F1 H x G foi superior (P<0,05) em todos os momentos avaliados em relação aos animais Gir. Entretanto, quando expresso em kcal/kg de peso metabólico (PM), a ingestão de EM foi 11% superior (P<0,05) para as vacas mestiças apenas aos 240 dias de gestação e apresentou média de 194,39 Kcal/kg PM. Vacas Gir não apresentaram variação no consumo de energia metabolizável entre os três tempos avaliados (P>0,05), com média de 146,66 kcal/kg PM. O fracionamento da energia metabolizável para gestação foi obtido pela dedução do consumo de EM do valor de energia metabolizável para mantença descrito por Lage (2011), de 120,05 e 146,06 kcal/kg PM para as vacas Gir e F1 H x G, respectivamente. O consumo médio de EM para gestação, neste trabalho, foi de 5,33 para vacas F1 H x G e 4,46 Mcal/dia para as vacas Gir, respectivamente. O percentual de energia metabolizável em relação à EB ingerida (ou q), que corresponde à metabolizabilidade da dieta, foi similar entre os grupos genéticos avaliados (P>0,05), sendo este valor correspondente a 0,60. A relação EM/ED obteve valor médio de 0,84 entre as raças e períodos avaliados. O incremento calórico foi de 24,38% de EB ingerida para as vacas Gir e 22,74% para as vacas F1 H x G. Os dados de energia líquida de mantença apresentados pelos animais experimentais foram calculados considerando-se os valores encontrados por Lage (2011), de 92,02 kcal/kg PM para vacas F1 H x G e 76,83 kcal/kg PM para vacas Gir (ambas não gestantes). A proporção da EB ingerida utilizada para a manutenção do metabolismo basal pelas vacas gestantes, neste trabalho, não diferiu entre as raças e os períodos avaliados. e correspondeu a 29,69%. A energia líquida de gestação foi, em média, 2,76 Mcal/dia e não diferiu entre os grupos e tempos avaliados (P>0,05). A eficiência de conversão da energia metabolizável em energia líquida para gestação foi, em média, 13,00%. O terceiro capítulo teve o objetivo de avaliar perfil metabólico no período de transição de vacas Gir e F1 Holandês x Gir (30 dias antes e 28 dias após o parto), utilizando-se os mesmos animais descritos na avaliação do metabolismo de energia. Foram avaliados os seguintes parâmetros: concentração plasmática de glicose, ácidos graxos não-esterificados (AGNE), colesterol, triglicerídeos, ureia, creatinina, proteína total, albumina, cálcio e aspartato amino transferase (AST). Os resultados demonstraram o bom funcionamento de mecanismos homeostáticos e homeorréticos das vacas Gir e F1 Holandês x Gir utilizadas neste experimento, durante o período de transição. A mobilização de tecido muscular esquelético pôde ser verificada pelo aumento dos níveis de nitrogênio ureico plasmático (NUP) e diminuição da concentração de creatinina em momentos próximos ao parto. A mobilização de tecido adiposo foi comprovada pela queda nos níveis de triglicerídeos e aumento de ácidos graxos não-esterificados (AGNE) próximo ao parto, especialmente nas vacas F1 H x G. Os dados demonstraram que a mobilização tecidual foi responsável pela manutenção de níveis normais de glicemia durante o período de transição e que a diminuição da concentração de glicose plasmática normalmente observada em vacas leiteiras especializadas não foi observada neste trabalho. Os níveis normais de glicose, colesterol, albumina e proteínas totais são indicadores da ausência de injúrias hepáticas severas nos animais experimentais, o que pôde ser comprovado pela normalidade da atividade enzimática da AST durante todo o período de avaliação.Given the lack of scientific literature about the energy metabolism of Gir and F1 Holstein x Gir cows (F1 HXG), especially about pregnancy data, two experiments were developed using six Gir cows (average initial of 435.16 kg) and F1HxG six cows (average initial weight of 515.60 kg). The first chapter there is a review about the development of pregnancy and its impact on energy metabolism ruminant females. The second chapter presents energy partition data of these animals on 180, 210 and 240 days of gestation obtained by respirometry. The animals received diet in a restricted amount, equivalent to 1.30 times the net energy requirement for maintenance. The higher dry matter intake (P <0.05) of F1HxG cows was reflected in the consumption of other dietary nutrients, such as organic matter (OM), insoluble fiber neutral detergent corrected for ash and protein (NDFap), expressed as kilograms per day (kg / d). Variables such as daily intake (kg / day) of ether extract (EE), crude protein (CP) and total digestible nutrients (TDN) showed superiority (P <0.05) for the F1 H x G cows only at 210 and 240 days of gestation. In general, however, it notes that the higher consumption by crossbred cows at any gestational age was responsible for changes in digestibility of any nutrients (P> 0.05) except for CP. Evaluating the dietary energy concentration comparisons were made with the values obtained by equations of NRC (2001) to estimate the energy concentration of the diet. Only the equation (2-2) of the NRC (2001) was efficient in predicting the concentration of metabolizable energy (ME) from the digestible energy (DE). The concentration of ED diet did not differ (P> 0.05) between genetic groups and periods, with average value of 3.25 Mcal / kg MS. The ME concentration of the diet ranged between 2.55 and 2.82 Mcal / kg MS among periods and genetic groups evaluated. The average level of net energy (NE) of diets consumed by experimental cows was 1.47 Mcal / kg MS. Energy partition data proved that the diet fed to cows at 180, 210 and 240 days of gestation was enough to meet the energy requirement of the animals. The proportion of gross energy (GE) lost as feces did not differ between the evaluated races and corresponded on average to 28.65%, reflecting the values reported for the digestibility. The daily methane production (L / day) followed the pattern described for dry matter intake, with higher production for (P <0.05) F1 HXG when compared to Gir animals. However when expressed in L / kg DM or as percentage of EB intake (mean 6.44%), no differences were observed between the genetic groups (P> 0.05). The daily loss of energy as urine (mean value of 1.42 Mcal / day) did not differ (P> 0.05) between genetic groups and oscillated between 3.87 to 5.35% of the EB ingested. The ME ingested by F1 HXG animals was higher (P <0.05) at all times evaluated when compared to Gir cows when expressed in Mcal / day. When expressed in kcal / kg of metabolic body weight (MW), however, the intake was 11% higher (P <0.05) in the crossbred cows only after 240 days of gestation and averaged 194.39 Kcal / kg MW. Gir cows showed no change in the ME intake among the three time periods (P> 0.05), with an average of 146.66 kcal / kg MW. Fractionation of ME to pregnancy was obtained by deducting from the ME intake value the maintenance ME requirements described by Lage (2011) of 120.05 and 146.06 kcal / kg MW for the Gir and F1 HxG animals, respectively. The average consumption of ME for pregnancy in this study was 5.33 for cows F1 H x L and 4.46 Mcal / day for Gir cows, respectively. The percentage of ME in relation to GE (or q, which correspond to the metabolizability of the diet) was similar among the evaluated genetic groups (P> 0.05): 0.60. The average ratio ME / DE obtained was 0.84 between the races and periods evaluated. The heat increment accounted for of 24.38% of GE intake for Gir cows and 22.74% for F1 H x G cows. The maintenance data presented by the experimental animals were calculated based on the values reported by Lage (2011 ) of 92.02 kcal / kg MW for F1 HxG cows and 76.83 kcal / kg MW for Gir cows (both non-pregnant). The proportion of GE intake used to the basal metabolism by pregnant cows in this study did not differ between the races and the evaluation period and corresponded for 29.69%. The mean net energy for pregnancy was of 2.76 Mcal / day and did not differ between groups and periods (P> 0.05). The conversion efficiency of ME into NE for pregnancy obtained in this study was 13.00%. The third chapter present data regarding to the metabolic profile of Gir and F1 Holstein x Gir cows in the transition period (30 days before and 28 days after delivery), using the same animals described in energy metabolism trial. The following parameters were evaluated: plasma glucose, non-esterified fatty acids (NEFA), cholesterol, triglycerides, blood urea nitrogen (BUN), creatinine, total protein, albumin, calcium and aspartate aminotransferase (AST). The results demonstrate the proper functioning of homeostatic and homeorretic mechanisms of Gir and F1 Holstein x Gir cows used in this experiment during the transition period. The mobilization of skeletal muscle tissue could be verified by the rise in BUN levels and decreased creatinine concentration and nitrogen close to parturition. The mobilization of adipose tissue was confirmed by the drop in triglyceride levels and increased non-fatty acids (NEFA) close to delivery, especially in F1 H x G cows. The interpretation of the data implied that tissue mobilization was responsible for maintenance of normal blood glucose levels during the transition period. The classic drop in plasma glucose concentration near to parturition, usually seen in specialized dairy cows was not observed in this study possibly due to lower milk potential of the animals used. The normal glucose, cholesterol, albumin and total protein are indicative of the absence of severe liver injuries in experimental animals, which can beevidenced by the normality of the enzymatic activity of AST throughout the experimental period.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEnergia metabolizávelVaca Alimentação e raçõesExigencias nutricionaisDieta em veterinariaNutrição animalZootecniaPartição da energia e exigências nutricionais no terço final da gestação e avaliação do perfil metabólico durante o período de transição de vacas Gir e F1 holandês x Girinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_doutorado_final_helena.pdfapplication/pdf1842316https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AC2HN8/1/tese_doutorado_final_helena.pdffa89600839973a7078bb4dc505f84bf8MD51TEXTtese_doutorado_final_helena.pdf.txttese_doutorado_final_helena.pdf.txtExtracted texttext/plain234267https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AC2HN8/2/tese_doutorado_final_helena.pdf.txtc73f0691232e92a67ec9188904fde210MD521843/BUBD-AC2HN82019-11-14 06:56:57.393oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AC2HN8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:56:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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O consumo de matéria seca superior (P<0,05) para as vacas F1 H x G refletiu-se no consumo de outros nutrientes da dieta como, por exemplo, nos consumos de matéria orgânica (MO) e fibra insolúvel em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), quando expressos em quilogramas por dia (kg/dia). Variáveis como o consumo diário (kg/dia) de proteína bruta (PB) extrato etéreo (EE) e nutrientes digestíveis totais (NDT) apresentaram superioridade (P<0,05) para as vacas F1 H x G apenas aos 210 e 240 dias de gestação. De maneira geral, entretanto, nota-se que o maior consumo pelas vacas mestiças em nenhum momento foi responsável por alterações na digestibilidade de quaisquer nutrientes (P>0,05), com exceção da PB. Avaliando-se a concentração de energia da dieta, foram feitas comparações com os valores obtidos por equações para estimativa da concentração energética de dieta do NRC (2001). 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Vacas Gir não apresentaram variação no consumo de energia metabolizável entre os três tempos avaliados (P>0,05), com média de 146,66 kcal/kg PM. O fracionamento da energia metabolizável para gestação foi obtido pela dedução do consumo de EM do valor de energia metabolizável para mantença descrito por Lage (2011), de 120,05 e 146,06 kcal/kg PM para as vacas Gir e F1 H x G, respectivamente. O consumo médio de EM para gestação, neste trabalho, foi de 5,33 para vacas F1 H x G e 4,46 Mcal/dia para as vacas Gir, respectivamente. O percentual de energia metabolizável em relação à EB ingerida (ou q), que corresponde à metabolizabilidade da dieta, foi similar entre os grupos genéticos avaliados (P>0,05), sendo este valor correspondente a 0,60. A relação EM/ED obteve valor médio de 0,84 entre as raças e períodos avaliados. O incremento calórico foi de 24,38% de EB ingerida para as vacas Gir e 22,74% para as vacas F1 H x G. Os dados de energia líquida de mantença apresentados pelos animais experimentais foram calculados considerando-se os valores encontrados por Lage (2011), de 92,02 kcal/kg PM para vacas F1 H x G e 76,83 kcal/kg PM para vacas Gir (ambas não gestantes). A proporção da EB ingerida utilizada para a manutenção do metabolismo basal pelas vacas gestantes, neste trabalho, não diferiu entre as raças e os períodos avaliados. e correspondeu a 29,69%. A energia líquida de gestação foi, em média, 2,76 Mcal/dia e não diferiu entre os grupos e tempos avaliados (P>0,05). A eficiência de conversão da energia metabolizável em energia líquida para gestação foi, em média, 13,00%. O terceiro capítulo teve o objetivo de avaliar perfil metabólico no período de transição de vacas Gir e F1 Holandês x Gir (30 dias antes e 28 dias após o parto), utilizando-se os mesmos animais descritos na avaliação do metabolismo de energia. Foram avaliados os seguintes parâmetros: concentração plasmática de glicose, ácidos graxos não-esterificados (AGNE), colesterol, triglicerídeos, ureia, creatinina, proteína total, albumina, cálcio e aspartato amino transferase (AST). Os resultados demonstraram o bom funcionamento de mecanismos homeostáticos e homeorréticos das vacas Gir e F1 Holandês x Gir utilizadas neste experimento, durante o período de transição. A mobilização de tecido muscular esquelético pôde ser verificada pelo aumento dos níveis de nitrogênio ureico plasmático (NUP) e diminuição da concentração de creatinina em momentos próximos ao parto. A mobilização de tecido adiposo foi comprovada pela queda nos níveis de triglicerídeos e aumento de ácidos graxos não-esterificados (AGNE) próximo ao parto, especialmente nas vacas F1 H x G. Os dados demonstraram que a mobilização tecidual foi responsável pela manutenção de níveis normais de glicemia durante o período de transição e que a diminuição da concentração de glicose plasmática normalmente observada em vacas leiteiras especializadas não foi observada neste trabalho. Os níveis normais de glicose, colesterol, albumina e proteínas totais são indicadores da ausência de injúrias hepáticas severas nos animais experimentais, o que pôde ser comprovado pela normalidade da atividade enzimática da AST durante todo o período de avaliação.
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