Linguagem técnica e (im)possibilidades para a produção democrática do espaço urbano: uma análise a partir de duas experiências participativas no município de Belo Horizonte
Ano de defesa: | 2016 |
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Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/MMMD-AKJHZB |
Resumo: | A inquietação que dá origem a este trabalho parte do reconhecimento de uma enorme distância que separa as conquistas jurídicas e a prática de inclusão social nos processos de tomada de decisão vinculados à produção das cidades no Brasil. Com o objetivo de desvelar (im)possibilidades para a construção de um espaço urbano mais democrático propõe-se a ampliação do conhecimento acerca das dinâmicas internas a dois processos participativos institucionalizados realizados no município de Belo Horizonte: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/Pedro I + Leste-Oeste e o Plano Global Específico da Vila Mantiqueira, evidenciando a partir dos mesmos as condições em que se dá a disputa pela cidade nos momentos em que há uma abertura institucional para o seu refazer coletivo. Aproximações com a teoria democrática no que tange o papel do especialista em um contexto inclusivo e com a comunicação social focalizando a interação e a linguagem como constituidoras dos sujeitos e da realidade social conformam uma estratégia interdisciplinar para a problematização de práticas de planejamento urbano participativo. Reconhecer a relevância das estruturas sociais e, simultaneamente, abrir espaço para a percepção das aberturas para a agência humana é o desafio enfrentado por este trabalho a partir de uma articulação entre as teorias de Pierre Bourdieu, Michel Foucault e Michel de Certeau. Tem-se, assim, a construção de uma crítica à imposição da linguagem técnica, científica e acadêmica da arquitetura e do urbanismo como reprodutora de relações de poder junto aos processos participativos institucionalizados, mas também o reconhecimento desses fóruns como espaços em que essas relações de poder são expostas à possibilidade de contestação. |
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Denise Morado NascimentoRicardo Fabrino MendoncaHeloisa Soares de Moura CostaThais Mariano Nassif Salomao2019-08-13T10:32:49Z2019-08-13T10:32:49Z2016-09-09http://hdl.handle.net/1843/MMMD-AKJHZBA inquietação que dá origem a este trabalho parte do reconhecimento de uma enorme distância que separa as conquistas jurídicas e a prática de inclusão social nos processos de tomada de decisão vinculados à produção das cidades no Brasil. Com o objetivo de desvelar (im)possibilidades para a construção de um espaço urbano mais democrático propõe-se a ampliação do conhecimento acerca das dinâmicas internas a dois processos participativos institucionalizados realizados no município de Belo Horizonte: a Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/Pedro I + Leste-Oeste e o Plano Global Específico da Vila Mantiqueira, evidenciando a partir dos mesmos as condições em que se dá a disputa pela cidade nos momentos em que há uma abertura institucional para o seu refazer coletivo. Aproximações com a teoria democrática no que tange o papel do especialista em um contexto inclusivo e com a comunicação social focalizando a interação e a linguagem como constituidoras dos sujeitos e da realidade social conformam uma estratégia interdisciplinar para a problematização de práticas de planejamento urbano participativo. Reconhecer a relevância das estruturas sociais e, simultaneamente, abrir espaço para a percepção das aberturas para a agência humana é o desafio enfrentado por este trabalho a partir de uma articulação entre as teorias de Pierre Bourdieu, Michel Foucault e Michel de Certeau. Tem-se, assim, a construção de uma crítica à imposição da linguagem técnica, científica e acadêmica da arquitetura e do urbanismo como reprodutora de relações de poder junto aos processos participativos institucionalizados, mas também o reconhecimento desses fóruns como espaços em que essas relações de poder são expostas à possibilidade de contestação.The recognition of a distance that separates the feeble practice of social inclusion in decisionmaking processes related to space production in Brazil and the progressive legal and institutional framework on the matter is the trigger for the development of this analysis. In order to unveil some of the (im)possibilities for a more democratic urban space production, this work attempts to deepen the understanding on the internal dynamics among two institutionalized participatory processes that took place in the city of Belo Horizonte (Brazil): the Operação Urbana Consorciada Antônio Carlos/Pedro I + Leste-Oeste and the Plano Global Específico da Vila Mantiqueira, thereby exposing the conditions of the dispute over the city when theres an institutional opening for its collective remake. Approaches towards democratic theory regarding the role of the expert in an inclusive context and towards social communications theory focusing on interaction and language as the foundations of subjects and of social reality shape the interdisciplinary research strategy adopted for questioning participatory urban planning practices. Acknowledging the impact of social structures and, simultaneously, making room to the recognition of openings for human agency is the challenge tackled by this work through an articulation between the theories of Pierre Bourdieu, Michel Foucault and Michel de Certeau. As a result, a critique is constructed concerning the imposition of technical, scientific and academic language as a power reproduction mechanism within institutionalized participatory processes, meanwhile these forums are also recognized as spaces where these power relations are exposed to the possibility of challenge.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEspaço urbanoDemocraciaLinguagem cientificaPlanejamento urbanoIgualdadeParticipação socialLinguagem técnicaDemocraciaPoderPlanejamento urbanoParticipação socialLinguagem técnica e (im)possibilidades para a produção democrática do espaço urbano: uma análise a partir de duas experiências participativas no município de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissertac_a_o_thai_s_nassif.pdfapplication/pdf3852340https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MMMD-AKJHZB/1/dissertac_a_o_thai_s_nassif.pdf01a77e5b157d1ef0f60d77bfe4becc2fMD51TEXTdissertac_a_o_thai_s_nassif.pdf.txtdissertac_a_o_thai_s_nassif.pdf.txtExtracted texttext/plain355357https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MMMD-AKJHZB/2/dissertac_a_o_thai_s_nassif.pdf.txt9d73162967c772551c610b8e8c52430cMD521843/MMMD-AKJHZB2019-11-14 22:39:13.69oai:repositorio.ufmg.br:1843/MMMD-AKJHZBRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:39:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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