Nas margens e nas bordas: dissenso e autonomia em torno do Ribeirão Onça

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: José Camilo Carlos Júnior
• Orientador(a): Silke Kapp
• Banca de defesa: Heloisa Soares de Moura Costa, Margarete Maria de Araújo Silva, Roberto Eustaáquio dos Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
• Departamento: ARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Espaço cotidiano; Urbanização; Natureza; Dissenso
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/52554

Esta pesquisa surge a partir das inquietações sobre como se dão as articulações e os conflitos cotidianos de grupos que coexistem em bordas urbanas ambientalmente frágeis. Investigo a produção de tipos espaciais, no bairro Ribeiro de Abreu, localizados nas margens e proximidades do leito natural do Ribeirão Onça, em Belo Horizonte. O objetivo central desta pesquisa é compreender como se dá a produção do espaço cotidiano periférico e como isso resulta em diferentes práticas, entraves e conflitos vividos por – e entre – grupos espacialmente próximos. A coexistência de grupos tidos como marginais, nas bordas urbanas, propicia formas singulares de solidariedade e de alteridade, assim como de interação com a natureza. Deste modo, articulo um trabalho de campo e uma pesquisa documental para sistematizar como se deu a gênese e consolidação dos tipos espaciais e como se dão as formas de organização e mobilização de seus moradores. Os grupos engajados ao redor do Ribeirão Onça têm tensionado as fronteiras e as dicotomias entre urbano e natureza, a partir de suas vivências cotidianas e das reivindicações em torno da transformação do espaço construído e da despoluição dos cursos d’água. Esses são aspectos que mostram potencialidades para pensar outras formas de morar, de viver e de interagir com humanos e não humanos.