Estudo do repertório vB em linfócitos t cd4+ e da função imunológica de células t duplo negativas cd4-cd8- e nkt em pacientes com leishmaniose cutânea causada por l. Braziliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Tatjana Keesen de Souza Lima
Orientador(a): Kenneth John Gollob
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8M7HYW
Resumo: A leishmaniose é causada pela infecção com o protozoário Leishmania e causa grave morbidade em todo mundo. A resposta imune celular contra as células parasitadas é essencial para o controle da infecção. Enquanto a proteção mediada por células T contra patógenos intracelulares como a Leishmania está bem estabelecida, os antígenos responsáveis pelo desenvolvimento dessa resposta e como ocorre o reconhecimento dos antígenos de Leishmania é ainda pouco compreendido. Além disso, as células e mecanismos envolvidos no seu controle inato são também pobremente conhecidos. Este trabalho foi delineado com a finalidade de melhor entender o papel que distintas sub-populações de células T desempenham na progressão da doença ou no desenvolvimento de uma resposta imune protetora contra a Leishmania braziliensis em humanos. Como medida da resposta de células T do hospedeiro pela infecção por Leishmania, na primeira parte desse trabalho, nós utilizamos um poderoso e sensível método para monitorar a expansão, estado de ativação e potencial funcional de células T específicas, identificadas pela expressão da região variável beta (V) do receptor de células T (TCR). Estudando um grupo bem definido de pacientes com leishmaniose cutânea (LC), avaliamos as características de nove diferentes sub-populações de células T CD4+ identificadas pelas regiões V expressando V 2, 3, 5.1, 5.2, 8, 11, 12, 17 e 24, antes e após estímulo antígeno específico com o antígeno solúvel de Leishmania (SLA). Nossos resultados mostraram: (1) aumento das células T CD4+ expressando o V 5.2 nos pacientes com LC comparados aos controle; (2) SLA induz um aumento de células T CD4+ expressando V 5.2, 11, 12 e 17; (3) um perfil de ativação prévia das células T CD4+ expressando o V 5.2, 11 e 24, com maior expressão de CD69, HLA-DR, CD45RO, IFN-, TNF- e IL-10 nos pacientes com LC; (4) correlação positiva entre maiores freqüências de células T CD4+ expressando V 5.2 e maiores lesões; (5) no sítio da lesão, a maioria das células T CD4+ expressam V 5.2. Além de estudar as células T CD4+ expressando diferentes regiões V do TCR, nós também avaliamos duas distintas sub-populações de células T do sangue periférico de pacientes com LC, as células NKT e as células T CD4-CD8- duplo negativas ( DN) e seu importante papel no desenvolvimento de resposta imune protetora ou patogênica na LC humana. Células NKT estão entre os tipos celulares postuladas em ligar a resposta inata e adaptativa do sistema imune sendo capazes de responder rapidamente e, subsequentemente, ativar outros tipos celulares. Embora as células NKT sejam uma sub-população relativamente pouco freqüente no sangue periférico, elas desempenham papéis cruciais no início da infecção com vários patógenos, incluindo protozoários, e reconhecem glicolípides apresentados por CD1d. Nosso grupo, examinando pacientes com LC, causada por L. braziliensis, determinou que as células T CD4-CD8- duplo negativas, são a segunda fonte produtora de IFN- no sangue periférico. Nas segunda e terceira partes deste trabalho, nós avaliamos leucócitos ex vivo, como também in vitro antes e após estímulo com o SLA, de um grupo bem definido de pacientes com LC, tanto antes quanto após o tratamento da LC; avaliamos também leucócitos de indivíduos não infectados. Dentro dessa população, nós identificamos o papel funcional de distintas sub-populações de células NKT semi-invariantes (NKT CD4-CD8- DN e NKT CD4+), como também das células T CD4-CD8- duplo negativas. De forma interessante, as células NKT apresentaram-se em menor freqüência no sangue de pacientes com LC, comparadas ao grupo controle, além das células NKT DN e CD4+ serem hiperativadas naturalmente. Além disso, nós encontramos que células NKT DN são antígeno específicas, mais citotóxicas e maiores produtoras de IL-17, enquanto que as células NKT CD4+ possuem perfil inflamatório espontâneo com maior produção de IFN- ambas na doença ativa. Por último, estudamos o comportamento funcional de ambos sub-grupos de células NKT e de células T DN, comparando entre elas marcadores de ativação e memória, como também produção de citocinas e citotoxidade, após o tratamento dos pacientes com LC. Resumindo, nossos resultados demonstraram que as células T DN apresentam forte perfil citotóxico e alta produção de IL-17 na doença ativa. Além disso, as células NKT são maiores produtoras de IFN- do que as células T DN. Curiosamente, após o tratamento da LC, as células T DN e NKT DN apresentam freqüência aumentada de IL-10 e as células NKT CD4+ diminuem a produção desta citocina, em relação a produção antes do tratamento. Dessa forma, nós sugerimos uma natureza inflamatória para ambas sub-populações de células NKT e talvez um papel patogênico para as células T DN na infecção ativa causada por L. braziliensis. Essas descobertas sugerem que essas sub-populações podem ter uma importância no direcionamento da resposta imune inicial nos pacientes com LC, como também podem ser capazes de levar a um perfil protetor ou patogênico. Dado que a leishmaniose cutânea envolve algum nível de patologia (lesão) e, frequentemente, é seguida por um longo tempo de proteção e cura, a identificação de sub-populações específicas ativas nessa forma da doença, poderia nos permitir a descoberta de antígenos imunodominantes de Leishmania, importantes por induzirem respostas contra o parasita, ou identificar populações mais envolvidas na patologia
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Como medida da resposta de células T do hospedeiro pela infecção por Leishmania, na primeira parte desse trabalho, nós utilizamos um poderoso e sensível método para monitorar a expansão, estado de ativação e potencial funcional de células T específicas, identificadas pela expressão da região variável beta (V) do receptor de células T (TCR). Estudando um grupo bem definido de pacientes com leishmaniose cutânea (LC), avaliamos as características de nove diferentes sub-populações de células T CD4+ identificadas pelas regiões V expressando V 2, 3, 5.1, 5.2, 8, 11, 12, 17 e 24, antes e após estímulo antígeno específico com o antígeno solúvel de Leishmania (SLA). Nossos resultados mostraram: (1) aumento das células T CD4+ expressando o V 5.2 nos pacientes com LC comparados aos controle; (2) SLA induz um aumento de células T CD4+ expressando V 5.2, 11, 12 e 17; (3) um perfil de ativação prévia das células T CD4+ expressando o V 5.2, 11 e 24, com maior expressão de CD69, HLA-DR, CD45RO, IFN-, TNF- e IL-10 nos pacientes com LC; (4) correlação positiva entre maiores freqüências de células T CD4+ expressando V 5.2 e maiores lesões; (5) no sítio da lesão, a maioria das células T CD4+ expressam V 5.2. Além de estudar as células T CD4+ expressando diferentes regiões V do TCR, nós também avaliamos duas distintas sub-populações de células T do sangue periférico de pacientes com LC, as células NKT e as células T CD4-CD8- duplo negativas ( DN) e seu importante papel no desenvolvimento de resposta imune protetora ou patogênica na LC humana. Células NKT estão entre os tipos celulares postuladas em ligar a resposta inata e adaptativa do sistema imune sendo capazes de responder rapidamente e, subsequentemente, ativar outros tipos celulares. Embora as células NKT sejam uma sub-população relativamente pouco freqüente no sangue periférico, elas desempenham papéis cruciais no início da infecção com vários patógenos, incluindo protozoários, e reconhecem glicolípides apresentados por CD1d. Nosso grupo, examinando pacientes com LC, causada por L. braziliensis, determinou que as células T CD4-CD8- duplo negativas, são a segunda fonte produtora de IFN- no sangue periférico. Nas segunda e terceira partes deste trabalho, nós avaliamos leucócitos ex vivo, como também in vitro antes e após estímulo com o SLA, de um grupo bem definido de pacientes com LC, tanto antes quanto após o tratamento da LC; avaliamos também leucócitos de indivíduos não infectados. Dentro dessa população, nós identificamos o papel funcional de distintas sub-populações de células NKT semi-invariantes (NKT CD4-CD8- DN e NKT CD4+), como também das células T CD4-CD8- duplo negativas. De forma interessante, as células NKT apresentaram-se em menor freqüência no sangue de pacientes com LC, comparadas ao grupo controle, além das células NKT DN e CD4+ serem hiperativadas naturalmente. Além disso, nós encontramos que células NKT DN são antígeno específicas, mais citotóxicas e maiores produtoras de IL-17, enquanto que as células NKT CD4+ possuem perfil inflamatório espontâneo com maior produção de IFN- ambas na doença ativa. Por último, estudamos o comportamento funcional de ambos sub-grupos de células NKT e de células T DN, comparando entre elas marcadores de ativação e memória, como também produção de citocinas e citotoxidade, após o tratamento dos pacientes com LC. Resumindo, nossos resultados demonstraram que as células T DN apresentam forte perfil citotóxico e alta produção de IL-17 na doença ativa. Além disso, as células NKT são maiores produtoras de IFN- do que as células T DN. Curiosamente, após o tratamento da LC, as células T DN e NKT DN apresentam freqüência aumentada de IL-10 e as células NKT CD4+ diminuem a produção desta citocina, em relação a produção antes do tratamento. Dessa forma, nós sugerimos uma natureza inflamatória para ambas sub-populações de células NKT e talvez um papel patogênico para as células T DN na infecção ativa causada por L. braziliensis. Essas descobertas sugerem que essas sub-populações podem ter uma importância no direcionamento da resposta imune inicial nos pacientes com LC, como também podem ser capazes de levar a um perfil protetor ou patogênico. Dado que a leishmaniose cutânea envolve algum nível de patologia (lesão) e, frequentemente, é seguida por um longo tempo de proteção e cura, a identificação de sub-populações específicas ativas nessa forma da doença, poderia nos permitir a descoberta de antígenos imunodominantes de Leishmania, importantes por induzirem respostas contra o parasita, ou identificar populações mais envolvidas na patologiaA leishmaniose é causada pela infecção com o protozoário Leishmania e causa grave morbidade em todo mundo. A resposta imune celular contra as células parasitadas é essencial para o controle da infecção. Enquanto a proteção mediada por células T contra patógenos intracelulares como a Leishmania está bem estabelecida, os antígenos responsáveis pelo desenvolvimento dessa resposta e como ocorre o reconhecimento dos antígenos de Leishmania é ainda pouco compreendido. Além disso, as células e mecanismos envolvidos no seu controle inato são também pobremente conhecidos. Este trabalho foi delineado com a finalidade de melhor entender o papel que distintas sub-populações de células T desempenham na progressão da doença ou no desenvolvimento de uma resposta imune protetora contra a Leishmania braziliensis em humanos. Como medida da resposta de células T do hospedeiro pela infecção por Leishmania, na primeira parte desse trabalho, nós utilizamos um poderoso e sensível método para monitorar a expansão, estado de ativação e potencial funcional de células T específicas, identificadas pela expressão da região variável beta (V) do receptor de células T (TCR). Estudando um grupo bem definido de pacientes com leishmaniose cutânea (LC), avaliamos as características de nove diferentes sub-populações de células T CD4+ identificadas pelas regiões V expressando V 2, 3, 5.1, 5.2, 8, 11, 12, 17 e 24, antes e após estímulo antígeno específico com o antígeno solúvel de Leishmania (SLA). Nossos resultados mostraram: (1) aumento das células T CD4+ expressando o V 5.2 nos pacientes com LC comparados aos controle; (2) SLA induz um aumento de células T CD4+ expressando V 5.2, 11, 12 e 17; (3) um perfil de ativação prévia das células T CD4+ expressando o V 5.2, 11 e 24, com maior expressão de CD69, HLA-DR, CD45RO, IFN-, TNF- e IL-10 nos pacientes com LC; (4) correlação positiva entre maiores freqüências de células T CD4+ expressando V 5.2 e maiores lesões; (5) no sítio da lesão, a maioria das células T CD4+ expressam V 5.2. Além de estudar as células T CD4+ expressando diferentes regiões V do TCR, nós também avaliamos duas distintas sub-populações de células T do sangue periférico de pacientes com LC, as células NKT e as células T CD4-CD8- duplo negativas ( DN) e seu importante papel no desenvolvimento de resposta imune protetora ou patogênica na LC humana. Células NKT estão entre os tipos celulares postuladas em ligar a resposta inata e adaptativa do sistema imune sendo capazes de responder rapidamente e, subsequentemente, ativar outros tipos celulares. Embora as células NKT sejam uma sub-população relativamente pouco freqüente no sangue periférico, elas desempenham papéis cruciais no início da infecção com vários patógenos, incluindo protozoários, e reconhecem glicolípides apresentados por CD1d. Nosso grupo, examinando pacientes com LC, causada por L. braziliensis, determinou que as células T CD4-CD8- duplo negativas, são a segunda fonte produtora de IFN- no sangue periférico. Nas segunda e terceira partes deste trabalho, nós avaliamos leucócitos ex vivo, como também in vitro antes e após estímulo com o SLA, de um grupo bem definido de pacientes com LC, tanto antes quanto após o tratamento da LC; avaliamos também leucócitos de indivíduos não infectados. Dentro dessa população, nós identificamos o papel funcional de distintas sub-populações de células NKT semi-invariantes (NKT CD4-CD8- DN e NKT CD4+), como também das células T CD4-CD8- duplo negativas. De forma interessante, as células NKT apresentaram-se em menor freqüência no sangue de pacientes com LC, comparadas ao grupo controle, além das células NKT DN e CD4+ serem hiperativadas naturalmente. Além disso, nós encontramos que células NKT DN são antígeno específicas, mais citotóxicas e maiores produtoras de IL-17, enquanto que as células NKT CD4+ possuem perfil inflamatório espontâneo com maior produção de IFN- ambas na doença ativa. Por último, estudamos o comportamento funcional de ambos sub-grupos de células NKT e de células T DN, comparando entre elas marcadores de ativação e memória, como também produção de citocinas e citotoxidade, após o tratamento dos pacientes com LC. 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Como medida da resposta de células T do hospedeiro pela infecção por Leishmania, na primeira parte desse trabalho, nós utilizamos um poderoso e sensível método para monitorar a expansão, estado de ativação e potencial funcional de células T específicas, identificadas pela expressão da região variável beta (V) do receptor de células T (TCR). Estudando um grupo bem definido de pacientes com leishmaniose cutânea (LC), avaliamos as características de nove diferentes sub-populações de células T CD4+ identificadas pelas regiões V expressando V 2, 3, 5.1, 5.2, 8, 11, 12, 17 e 24, antes e após estímulo antígeno específico com o antígeno solúvel de Leishmania (SLA). Nossos resultados mostraram: (1) aumento das células T CD4+ expressando o V 5.2 nos pacientes com LC comparados aos controle; (2) SLA induz um aumento de células T CD4+ expressando V 5.2, 11, 12 e 17; (3) um perfil de ativação prévia das células T CD4+ expressando o V 5.2, 11 e 24, com maior expressão de CD69, HLA-DR, CD45RO, IFN-, TNF- e IL-10 nos pacientes com LC; (4) correlação positiva entre maiores freqüências de células T CD4+ expressando V 5.2 e maiores lesões; (5) no sítio da lesão, a maioria das células T CD4+ expressam V 5.2. Além de estudar as células T CD4+ expressando diferentes regiões V do TCR, nós também avaliamos duas distintas sub-populações de células T do sangue periférico de pacientes com LC, as células NKT e as células T CD4-CD8- duplo negativas ( DN) e seu importante papel no desenvolvimento de resposta imune protetora ou patogênica na LC humana. Células NKT estão entre os tipos celulares postuladas em ligar a resposta inata e adaptativa do sistema imune sendo capazes de responder rapidamente e, subsequentemente, ativar outros tipos celulares. Embora as células NKT sejam uma sub-população relativamente pouco freqüente no sangue periférico, elas desempenham papéis cruciais no início da infecção com vários patógenos, incluindo protozoários, e reconhecem glicolípides apresentados por CD1d. Nosso grupo, examinando pacientes com LC, causada por L. braziliensis, determinou que as células T CD4-CD8- duplo negativas, são a segunda fonte produtora de IFN- no sangue periférico. Nas segunda e terceira partes deste trabalho, nós avaliamos leucócitos ex vivo, como também in vitro antes e após estímulo com o SLA, de um grupo bem definido de pacientes com LC, tanto antes quanto após o tratamento da LC; avaliamos também leucócitos de indivíduos não infectados. Dentro dessa população, nós identificamos o papel funcional de distintas sub-populações de células NKT semi-invariantes (NKT CD4-CD8- DN e NKT CD4+), como também das células T CD4-CD8- duplo negativas. De forma interessante, as células NKT apresentaram-se em menor freqüência no sangue de pacientes com LC, comparadas ao grupo controle, além das células NKT DN e CD4+ serem hiperativadas naturalmente. Além disso, nós encontramos que células NKT DN são antígeno específicas, mais citotóxicas e maiores produtoras de IL-17, enquanto que as células NKT CD4+ possuem perfil inflamatório espontâneo com maior produção de IFN- ambas na doença ativa. Por último, estudamos o comportamento funcional de ambos sub-grupos de células NKT e de células T DN, comparando entre elas marcadores de ativação e memória, como também produção de citocinas e citotoxidade, após o tratamento dos pacientes com LC. 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