Fazendo e desfazendo gênero: xs drag queens de Belo Horizonte
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-B75NBF |
Resumo: | Busquei na presente dissertação compreender o fazer e o desfazer do gênero de drag queens de Belo Horizonte, utilizando especialmente as obras de Judith Butler (2003, 1993, 1997, 2004). O referencial teórico foi estruturado com base na discussão sobre o gênero em uma visão não essencialista, considerando-o como um fazer, e não uma propriedade dos sujeitos; e as críticas ao binarismo de gênero; e na problematização da questão transgender, sem a pretensão de esgotá-la, dada sua complexidade. Abordo também o fazer e o desfazer do gênero com apoio principalmente em Judith Butler, autores organizacionais e das ciências sociais; a hetero(norma) e a (des)identificação, com foco nas reflexões de Butler sobre o sujeito relacionado diretamente com as normas sociais, tendo em vista que as identificações nunca são completas, possibilitando diferenciações e subversões; a performatividade, a paródia e a performance de gênero, diferenciando-as e reconhecendo a performatividade imbricada com a reiteração das normas discursivas; uma breve introdução sobre o mundo dxs drags, especialmente, com foco nos estudos brasileiros. Destarte, realizei uma pesquisa qualitativa, com uma epistemologia pós-estruturalista, por meio narrativas de biográficas de dez drag queens, com inspiração na análise crítica do discurso de Fairclough (2003, 2008). A análise foi pensada a partir da obra e dos conceitos de Judith Butler tendo as seguintes categorias: Performances que contém as subcategorias sobre performances, produções e cachês, performances com o público "hétero" e "LGBTIQ", performances e sentimentos, e humor; As relações entre drags: famílias, "amigxs", "colegas" e jogos de poder; Em busca de reconhecimento para x drag queen; (Des)Identificações; e Fazendo e desfazendo gênero. Por fim, as considerações remetem à complexidade e ambivalência dessa temática nas identificações, fazeres, desfazeres e contingencialidade do gênero. Também, pensou-se na possibilidade de uma relação direta com estudos organizacionais críticos, tendo vista que a matriz heteronormativa habita a administração, mas não impede que criemos matrizes rivais |
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Rafael Diogo PereiraEloisio Moulin de SouzaAna Paula Paes de PaulaMarco Aurelio Maximo PradoHenrique Luiz Caproni Neto2019-08-11T00:27:58Z2019-08-11T00:27:58Z2016-03-31http://hdl.handle.net/1843/BUBD-B75NBFBusquei na presente dissertação compreender o fazer e o desfazer do gênero de drag queens de Belo Horizonte, utilizando especialmente as obras de Judith Butler (2003, 1993, 1997, 2004). O referencial teórico foi estruturado com base na discussão sobre o gênero em uma visão não essencialista, considerando-o como um fazer, e não uma propriedade dos sujeitos; e as críticas ao binarismo de gênero; e na problematização da questão transgender, sem a pretensão de esgotá-la, dada sua complexidade. Abordo também o fazer e o desfazer do gênero com apoio principalmente em Judith Butler, autores organizacionais e das ciências sociais; a hetero(norma) e a (des)identificação, com foco nas reflexões de Butler sobre o sujeito relacionado diretamente com as normas sociais, tendo em vista que as identificações nunca são completas, possibilitando diferenciações e subversões; a performatividade, a paródia e a performance de gênero, diferenciando-as e reconhecendo a performatividade imbricada com a reiteração das normas discursivas; uma breve introdução sobre o mundo dxs drags, especialmente, com foco nos estudos brasileiros. Destarte, realizei uma pesquisa qualitativa, com uma epistemologia pós-estruturalista, por meio narrativas de biográficas de dez drag queens, com inspiração na análise crítica do discurso de Fairclough (2003, 2008). A análise foi pensada a partir da obra e dos conceitos de Judith Butler tendo as seguintes categorias: Performances que contém as subcategorias sobre performances, produções e cachês, performances com o público "hétero" e "LGBTIQ", performances e sentimentos, e humor; As relações entre drags: famílias, "amigxs", "colegas" e jogos de poder; Em busca de reconhecimento para x drag queen; (Des)Identificações; e Fazendo e desfazendo gênero. Por fim, as considerações remetem à complexidade e ambivalência dessa temática nas identificações, fazeres, desfazeres e contingencialidade do gênero. Também, pensou-se na possibilidade de uma relação direta com estudos organizacionais críticos, tendo vista que a matriz heteronormativa habita a administração, mas não impede que criemos matrizes rivaisI sought in this dissertation to understand the doing and undoing of the gender of drag queens from Belo Horizonte, using especially the works of Judith Butler (2003, 1993, 1997, 2004). The theory was structured discussing: the gender in a non-essentialist view, considering it as a doing and not a property of the subject, the criticis of the gender binary and questioning the transgender issue without intending to exhaust it given its complexity; doing and undoing the gender supporting me especially in Judith Butler, organizational and social sciences authors; (hetero) norm and the (dis) identification appropriating Butler's reflections on the subject related directly to social norms, given that the identifications are never complete, allowing differentiations and subversions; the performativity, parody and gender performance, differentiating them and recognizing the performativity imbricated with the reiteration of the discursive norms; a brief introduction to the world of drags especially focusing on Brazilian studies. Thus, I realized a qualitative research, with a poststructuralist epistemology through biographical narratives of ten drag queens, with inspiration in critical discourse analysis of Fairclough (2003, 2008). The analysis was designed from the work and concepts of Judith Butler and has the following categories: Performances that contains sub-categories: on performances, productions and caches, performances with the "straight" and "LGBTIQ" public, performances and feelings, and humor; The relationship among drags: family, "friends", "colleagues" and power games; Seeking recognition for x drag queen; Humor; (Dis) Identifications; Doing and undoing gender. Finally, considerations lead the complexity and ambivalence of this theme in the identifications, the doings, undoings and the contingentiality of the gender. Also thinking about the possibility of a direct relationship with critical organizational studies, having seen that the heteronormative matrix inhabits the administration, but does not prevent us to create rivals matricesUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGAdministraçãoRelações de gêneroGênero Heteronormatividade Performatividade Relações de poder Drag queensFazendo e desfazendo gênero: xs drag queens de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_18.05.pdfapplication/pdf5559822https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-B75NBF/1/disserta__o_18.05.pdf93b145c3134177cdd29312e2893f2bedMD51TEXTdisserta__o_18.05.pdf.txtdisserta__o_18.05.pdf.txtExtracted texttext/plain846778https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-B75NBF/2/disserta__o_18.05.pdf.txt8aef7672a9979aff3190255d533543a2MD521843/BUBD-B75NBF2019-11-14 03:41:35.738oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-B75NBFRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:41:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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