A gestão da propriedade intelectual em startups graduadas: um panorama acerca do ecossistema de Minas Gerais

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Hércules Kuster dos Reis
• Orientador(a): Fabricio Bertini Pasquot Polido
• Banca de defesa: Carlos Alberto Tagliati, Paulo Ricardo Diniz Filho
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual
• Departamento: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Gestão; Propriedade Intelectual; Startups; Incubadoras
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/34135; https://orcid.org/0000-0003-1429-9667

As inovações desempenham papel crucial na capacidade produtiva das empresas, e por consequência, na sua capacidade de sobrevivência e domínio de mercado. Por isso, a propriedade intelectual acaba por despontar como um dos ativos de maior importância em âmbito mercadológico, haja vista sua capacidade de garantir aos titulares o direito de apropriação e reconhecimento por suas inovações. Nesse contexto, uma modalidade empresarial que vem se destacando no Brasil e em Minas Gerais, tanto pelo viés inovador quanto empreendedor, são as startups. Entretanto, devido a problemas relativos a falta de capital para investimentos; o local de instalação das empresas, e principalmente problemas relativos à gestão, as startups apresentam elevados índices de mortalidade. Essa situação ressalta o papel das incubadoras de negócio nos ecossistemas de inovação. Incubadoras são instituições que atuam auxiliando e estruturando empresas de caráter nascente, como as startups, almejando mitigar a mortalidade empresarial, inclusive por meio de serviços voltados à gestão dos ativos intelectuais. Apesar da atuação das incubadoras, Minas Gerais não dispõe de um método para análise e monitoramento propriedade intelectual gerada por startups que passaram por processos de incubação. Situação essa, que inviabiliza uma correta avaliação dos programas de incubação no estado. É justamente nessa seara que esse estudo se encontra, almejando compreender como funciona o gerenciamento da propriedade intelectual por parte das startups graduadas de Minas Gerais. A metodologia de pesquisa utilizada nesse trabalho é de enfoque misto (quantitativa e qualitativa), utilizando de um estudo de caso aplicado ao ecossistema mineiro de startups graduadas em incubadoras. Constatou-se, por meio desse estudo, um aumento considerável da utilização do sistema por startups que passaram pelo processo de incubação, em comparação à média nacional de startups. Entretanto, verifica-se que esses números não refletem a real transferência do conhecimento acerca da propriedade intelectual das incubadoras para as startups mineiras, haja vista os altos índices de problemas iniciais nos depósitos para concessão do registro, corroborado inclusive pela baixa internacionalização de patentes. Denota-se, assim, uma atuação mais genérica por parte das incubadoras sobre o tema, não transferindo, no geral, conhecimento suficiente para se promover estratégias de gestão da propriedade intelectual dentro das startups incubadas. Esse estudo, além disso, contribui com um mapeamento do perfil setorial e locus de graduação dessas empresas, dialogando, inclusive, com startups modelo na incorporação da gestão dos ativos intelectuais.