A presença indígena na toponímia mineira
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
|
Departamento: |
FALE - FACULDADE DE LETRAS
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/46507 |
Resumo: | Partindo da investigação e da análise de pistas linguísticas deixadas nos topônimos, ou seja, nos nomes próprios de lugares, os estudos toponomásticos se revelam como uma importante fonte para conhecimento de fatos históricos e socioculturais de um povo. Tendo como base essa premissa, este estudo teórico-descritivo visa apresentar os principais aspectos linguísticos e culturais referentes ao léxico toponímico de origem indígena encontrados no estado de Minas Gerais. Para tanto, apoiamo-nos na linguística socialmente constituída de Hymes (1964); nos pressupostos teóricos, metodológicos e taxonômicos da ciência onomástica postulados por Dauzat (1926), Dick (1990a e 1990c) e Seabra (2004), e nos conceitos de cultura de Duranti (2000). Para constituição do nosso corpus sincrônico, recorremos ao banco de dados do Projeto ATEMIG, projeto este em desenvolvimento há 17 anos na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e que realizou, em suas etapas iniciais, o levantamento e a classificação toponímica de todos os acidentes físicos e humanos dos 853 municípios do estado, a partir de cartas geográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1:50.000 a 1:250.000, e que perfazem até o presente momento um total de 85.391 topônimos. Desse total, procedemos a análise de 9.940 nomes de lugares de origem indígena. Como resultados da análise, verificamos que 73,8% dos nomes são de origem tupi e que a motivação toponímica predominante no estado é de índole vegetal – os fitotopônimos – com 50,9% dos dados. Esta pesquisa nos permite ainda corroborar o que outrora fora afirmado por Sampaio (1987) e por outros pesquisadores da toponímia, como Andrade (2006): que os topônimos de origem tupi do Planalto Central, e aqui nos referimos mais especificamente àqueles de Minas Gerais, não foram nomeados em sua maioria, como parece à primeira vista, pelos indígenas, mas por bandeirantes que falavam aquela língua e percorriam a região atribuindo suas denominações. |
id |
UFMG_f003340aed70c6074403a15ea09bca24 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/46507 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Cândida Trindade Costa de Seabrahttp://lattes.cnpq.br/0209259220684913Aderlande Pereira FerrazCelina Márcia de Souza AbbadeAna Paula Mendes Alves de CarvalhoAna Paula Antunes Rochahttp://lattes.cnpq.br/6804228547660734Patrícia de Cássia Gomes Pimentel2022-10-21T20:58:51Z2022-10-21T20:58:51Z2022-08-31http://hdl.handle.net/1843/46507Partindo da investigação e da análise de pistas linguísticas deixadas nos topônimos, ou seja, nos nomes próprios de lugares, os estudos toponomásticos se revelam como uma importante fonte para conhecimento de fatos históricos e socioculturais de um povo. Tendo como base essa premissa, este estudo teórico-descritivo visa apresentar os principais aspectos linguísticos e culturais referentes ao léxico toponímico de origem indígena encontrados no estado de Minas Gerais. Para tanto, apoiamo-nos na linguística socialmente constituída de Hymes (1964); nos pressupostos teóricos, metodológicos e taxonômicos da ciência onomástica postulados por Dauzat (1926), Dick (1990a e 1990c) e Seabra (2004), e nos conceitos de cultura de Duranti (2000). Para constituição do nosso corpus sincrônico, recorremos ao banco de dados do Projeto ATEMIG, projeto este em desenvolvimento há 17 anos na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e que realizou, em suas etapas iniciais, o levantamento e a classificação toponímica de todos os acidentes físicos e humanos dos 853 municípios do estado, a partir de cartas geográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1:50.000 a 1:250.000, e que perfazem até o presente momento um total de 85.391 topônimos. Desse total, procedemos a análise de 9.940 nomes de lugares de origem indígena. Como resultados da análise, verificamos que 73,8% dos nomes são de origem tupi e que a motivação toponímica predominante no estado é de índole vegetal – os fitotopônimos – com 50,9% dos dados. Esta pesquisa nos permite ainda corroborar o que outrora fora afirmado por Sampaio (1987) e por outros pesquisadores da toponímia, como Andrade (2006): que os topônimos de origem tupi do Planalto Central, e aqui nos referimos mais especificamente àqueles de Minas Gerais, não foram nomeados em sua maioria, como parece à primeira vista, pelos indígenas, mas por bandeirantes que falavam aquela língua e percorriam a região atribuindo suas denominações.Based on the investigation and analysis of linguistic clues found in toponyms – or proper names given to geographical localities – toponomastic studies can be seen as an essential source of knowledge for a people's historical and socio-cultural facts. On the basis of such a premise, this theoretical-descriptive study aims to present the main linguistic and cultural aspects concerning the toponymic lexicon of indigenous origin found in the Brazilian state of Minas Gerais. To this end, this study relies on the socially constituted linguistics of Hymes (1964); on theoretical, methodological and taxonomic assumptions of onomastics postulated by Dauzat (1926), Dick (1990a and 1990c) and Seabra (2004); and on concepts of culture of Duranti (2000). The synchronous corpus used for this investigation was taken from the ATEMIG Project database - a project by the Federal University of Minas Gerais' Faculty of Letters - which has been under development for the last 17 years. The ATEMIG Project carried out, during its initial stages, the survey and toponymic classification of all physical and human features in the state's 853 municipalities from geographical maps - IBGE sources, with scales ranging from 1:50.000 to 1:250.000, currently amounting to a total of 85.391 toponyms. From this total, 9.940 place names of indigenous origin were analysed. The results demonstrate that 73,8% of these names are of Tupi origin and that the predominant toponymic motivation in Minas Gerais is vegetation focused, or phyto-toponyms, with 50,9% of data. This research also corroborates what was once stated by Sampaio (1987) and other toponymy researchers, such as Andrade (2006): that the toponyms of Tupi origin in the Central Plateau, more specifically here those in Minas Gerais, were not, in their majority, named by the indigenous population as may initially be assumed; but by the Bandeirantes who spoke the Tupi language and travelled the region assigning place names.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa – Variação – Minas GeraisLíngua portuguesa – Regionalismos – Minas GeraisLíngua Portuguesa – IndigenismosLíngua Portuguesa – LexicologiaLinguagem e história – Minas GeraisLinguagem e cultura – Minas GeraisSociolinguísticaToponímiaToponímiaLéxicoIndigenismoMinas GeraisA presença indígena na toponímia mineirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA presença indígena na toponímia mineira (2).pdfA presença indígena na toponímia mineira (2).pdfapplication/pdf48368105https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/1/A%20presen%c3%a7a%20ind%c3%adgena%20na%20topon%c3%admia%20mineira%20%282%29.pdf0d9db69a3b5f4496fa7f4e8cae75a41bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/465072022-10-21 17:58:52.355oai:repositorio.ufmg.br:1843/46507TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-21T20:58:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A presença indígena na toponímia mineira |
title |
A presença indígena na toponímia mineira |
spellingShingle |
A presença indígena na toponímia mineira Patrícia de Cássia Gomes Pimentel Toponímia Léxico Indigenismo Minas Gerais Língua portuguesa – Variação – Minas Gerais Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais Língua Portuguesa – Indigenismos Língua Portuguesa – Lexicologia Linguagem e história – Minas Gerais Linguagem e cultura – Minas Gerais Sociolinguística Toponímia |
title_short |
A presença indígena na toponímia mineira |
title_full |
A presença indígena na toponímia mineira |
title_fullStr |
A presença indígena na toponímia mineira |
title_full_unstemmed |
A presença indígena na toponímia mineira |
title_sort |
A presença indígena na toponímia mineira |
author |
Patrícia de Cássia Gomes Pimentel |
author_facet |
Patrícia de Cássia Gomes Pimentel |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Cândida Trindade Costa de Seabra |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0209259220684913 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Aderlande Pereira Ferraz |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Celina Márcia de Souza Abbade |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Ana Paula Mendes Alves de Carvalho |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Ana Paula Antunes Rocha |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6804228547660734 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Patrícia de Cássia Gomes Pimentel |
contributor_str_mv |
Maria Cândida Trindade Costa de Seabra Aderlande Pereira Ferraz Celina Márcia de Souza Abbade Ana Paula Mendes Alves de Carvalho Ana Paula Antunes Rocha |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Toponímia Léxico Indigenismo Minas Gerais |
topic |
Toponímia Léxico Indigenismo Minas Gerais Língua portuguesa – Variação – Minas Gerais Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais Língua Portuguesa – Indigenismos Língua Portuguesa – Lexicologia Linguagem e história – Minas Gerais Linguagem e cultura – Minas Gerais Sociolinguística Toponímia |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Língua portuguesa – Variação – Minas Gerais Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais Língua Portuguesa – Indigenismos Língua Portuguesa – Lexicologia Linguagem e história – Minas Gerais Linguagem e cultura – Minas Gerais Sociolinguística Toponímia |
description |
Partindo da investigação e da análise de pistas linguísticas deixadas nos topônimos, ou seja, nos nomes próprios de lugares, os estudos toponomásticos se revelam como uma importante fonte para conhecimento de fatos históricos e socioculturais de um povo. Tendo como base essa premissa, este estudo teórico-descritivo visa apresentar os principais aspectos linguísticos e culturais referentes ao léxico toponímico de origem indígena encontrados no estado de Minas Gerais. Para tanto, apoiamo-nos na linguística socialmente constituída de Hymes (1964); nos pressupostos teóricos, metodológicos e taxonômicos da ciência onomástica postulados por Dauzat (1926), Dick (1990a e 1990c) e Seabra (2004), e nos conceitos de cultura de Duranti (2000). Para constituição do nosso corpus sincrônico, recorremos ao banco de dados do Projeto ATEMIG, projeto este em desenvolvimento há 17 anos na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e que realizou, em suas etapas iniciais, o levantamento e a classificação toponímica de todos os acidentes físicos e humanos dos 853 municípios do estado, a partir de cartas geográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1:50.000 a 1:250.000, e que perfazem até o presente momento um total de 85.391 topônimos. Desse total, procedemos a análise de 9.940 nomes de lugares de origem indígena. Como resultados da análise, verificamos que 73,8% dos nomes são de origem tupi e que a motivação toponímica predominante no estado é de índole vegetal – os fitotopônimos – com 50,9% dos dados. Esta pesquisa nos permite ainda corroborar o que outrora fora afirmado por Sampaio (1987) e por outros pesquisadores da toponímia, como Andrade (2006): que os topônimos de origem tupi do Planalto Central, e aqui nos referimos mais especificamente àqueles de Minas Gerais, não foram nomeados em sua maioria, como parece à primeira vista, pelos indígenas, mas por bandeirantes que falavam aquela língua e percorriam a região atribuindo suas denominações. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-10-21T20:58:51Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-10-21T20:58:51Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-08-31 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/46507 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/46507 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FALE - FACULDADE DE LETRAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/1/A%20presen%c3%a7a%20ind%c3%adgena%20na%20topon%c3%admia%20mineira%20%282%29.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0d9db69a3b5f4496fa7f4e8cae75a41b cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589850745536512 |