A presença indígena na toponímia mineira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Patrícia de Cássia Gomes Pimentel lattes
Orientador(a): Maria Cândida Trindade Costa de Seabra lattes
Banca de defesa: Aderlande Pereira Ferraz, Celina Márcia de Souza Abbade, Ana Paula Mendes Alves de Carvalho, Ana Paula Antunes Rocha
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Departamento: FALE - FACULDADE DE LETRAS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/46507
Resumo: Partindo da investigação e da análise de pistas linguísticas deixadas nos topônimos, ou seja, nos nomes próprios de lugares, os estudos toponomásticos se revelam como uma importante fonte para conhecimento de fatos históricos e socioculturais de um povo. Tendo como base essa premissa, este estudo teórico-descritivo visa apresentar os principais aspectos linguísticos e culturais referentes ao léxico toponímico de origem indígena encontrados no estado de Minas Gerais. Para tanto, apoiamo-nos na linguística socialmente constituída de Hymes (1964); nos pressupostos teóricos, metodológicos e taxonômicos da ciência onomástica postulados por Dauzat (1926), Dick (1990a e 1990c) e Seabra (2004), e nos conceitos de cultura de Duranti (2000). Para constituição do nosso corpus sincrônico, recorremos ao banco de dados do Projeto ATEMIG, projeto este em desenvolvimento há 17 anos na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e que realizou, em suas etapas iniciais, o levantamento e a classificação toponímica de todos os acidentes físicos e humanos dos 853 municípios do estado, a partir de cartas geográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1:50.000 a 1:250.000, e que perfazem até o presente momento um total de 85.391 topônimos. Desse total, procedemos a análise de 9.940 nomes de lugares de origem indígena. Como resultados da análise, verificamos que 73,8% dos nomes são de origem tupi e que a motivação toponímica predominante no estado é de índole vegetal – os fitotopônimos – com 50,9% dos dados. Esta pesquisa nos permite ainda corroborar o que outrora fora afirmado por Sampaio (1987) e por outros pesquisadores da toponímia, como Andrade (2006): que os topônimos de origem tupi do Planalto Central, e aqui nos referimos mais especificamente àqueles de Minas Gerais, não foram nomeados em sua maioria, como parece à primeira vista, pelos indígenas, mas por bandeirantes que falavam aquela língua e percorriam a região atribuindo suas denominações.
id UFMG_f003340aed70c6074403a15ea09bca24
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/46507
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria Cândida Trindade Costa de Seabrahttp://lattes.cnpq.br/0209259220684913Aderlande Pereira FerrazCelina Márcia de Souza AbbadeAna Paula Mendes Alves de CarvalhoAna Paula Antunes Rochahttp://lattes.cnpq.br/6804228547660734Patrícia de Cássia Gomes Pimentel2022-10-21T20:58:51Z2022-10-21T20:58:51Z2022-08-31http://hdl.handle.net/1843/46507Partindo da investigação e da análise de pistas linguísticas deixadas nos topônimos, ou seja, nos nomes próprios de lugares, os estudos toponomásticos se revelam como uma importante fonte para conhecimento de fatos históricos e socioculturais de um povo. Tendo como base essa premissa, este estudo teórico-descritivo visa apresentar os principais aspectos linguísticos e culturais referentes ao léxico toponímico de origem indígena encontrados no estado de Minas Gerais. Para tanto, apoiamo-nos na linguística socialmente constituída de Hymes (1964); nos pressupostos teóricos, metodológicos e taxonômicos da ciência onomástica postulados por Dauzat (1926), Dick (1990a e 1990c) e Seabra (2004), e nos conceitos de cultura de Duranti (2000). Para constituição do nosso corpus sincrônico, recorremos ao banco de dados do Projeto ATEMIG, projeto este em desenvolvimento há 17 anos na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e que realizou, em suas etapas iniciais, o levantamento e a classificação toponímica de todos os acidentes físicos e humanos dos 853 municípios do estado, a partir de cartas geográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1:50.000 a 1:250.000, e que perfazem até o presente momento um total de 85.391 topônimos. Desse total, procedemos a análise de 9.940 nomes de lugares de origem indígena. Como resultados da análise, verificamos que 73,8% dos nomes são de origem tupi e que a motivação toponímica predominante no estado é de índole vegetal – os fitotopônimos – com 50,9% dos dados. Esta pesquisa nos permite ainda corroborar o que outrora fora afirmado por Sampaio (1987) e por outros pesquisadores da toponímia, como Andrade (2006): que os topônimos de origem tupi do Planalto Central, e aqui nos referimos mais especificamente àqueles de Minas Gerais, não foram nomeados em sua maioria, como parece à primeira vista, pelos indígenas, mas por bandeirantes que falavam aquela língua e percorriam a região atribuindo suas denominações.Based on the investigation and analysis of linguistic clues found in toponyms – or proper names given to geographical localities – toponomastic studies can be seen as an essential source of knowledge for a people's historical and socio-cultural facts. On the basis of such a premise, this theoretical-descriptive study aims to present the main linguistic and cultural aspects concerning the toponymic lexicon of indigenous origin found in the Brazilian state of Minas Gerais. To this end, this study relies on the socially constituted linguistics of Hymes (1964); on theoretical, methodological and taxonomic assumptions of onomastics postulated by Dauzat (1926), Dick (1990a and 1990c) and Seabra (2004); and on concepts of culture of Duranti (2000). The synchronous corpus used for this investigation was taken from the ATEMIG Project database - a project by the Federal University of Minas Gerais' Faculty of Letters - which has been under development for the last 17 years. The ATEMIG Project carried out, during its initial stages, the survey and toponymic classification of all physical and human features in the state's 853 municipalities from geographical maps - IBGE sources, with scales ranging from 1:50.000 to 1:250.000, currently amounting to a total of 85.391 toponyms. From this total, 9.940 place names of indigenous origin were analysed. The results demonstrate that 73,8% of these names are of Tupi origin and that the predominant toponymic motivation in Minas Gerais is vegetation focused, or phyto-toponyms, with 50,9% of data. This research also corroborates what was once stated by Sampaio (1987) and other toponymy researchers, such as Andrade (2006): that the toponyms of Tupi origin in the Central Plateau, more specifically here those in Minas Gerais, were not, in their majority, named by the indigenous population as may initially be assumed; but by the Bandeirantes who spoke the Tupi language and travelled the region assigning place names.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa – Variação – Minas GeraisLíngua portuguesa – Regionalismos – Minas GeraisLíngua Portuguesa – IndigenismosLíngua Portuguesa – LexicologiaLinguagem e história – Minas GeraisLinguagem e cultura – Minas GeraisSociolinguísticaToponímiaToponímiaLéxicoIndigenismoMinas GeraisA presença indígena na toponímia mineirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA presença indígena na toponímia mineira (2).pdfA presença indígena na toponímia mineira (2).pdfapplication/pdf48368105https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/1/A%20presen%c3%a7a%20ind%c3%adgena%20na%20topon%c3%admia%20mineira%20%282%29.pdf0d9db69a3b5f4496fa7f4e8cae75a41bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/465072022-10-21 17:58:52.355oai:repositorio.ufmg.br:1843/46507TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-21T20:58:52Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A presença indígena na toponímia mineira
title A presença indígena na toponímia mineira
spellingShingle A presença indígena na toponímia mineira
Patrícia de Cássia Gomes Pimentel
Toponímia
Léxico
Indigenismo
Minas Gerais
Língua portuguesa – Variação – Minas Gerais
Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais
Língua Portuguesa – Indigenismos
Língua Portuguesa – Lexicologia
Linguagem e história – Minas Gerais
Linguagem e cultura – Minas Gerais
Sociolinguística
Toponímia
title_short A presença indígena na toponímia mineira
title_full A presença indígena na toponímia mineira
title_fullStr A presença indígena na toponímia mineira
title_full_unstemmed A presença indígena na toponímia mineira
title_sort A presença indígena na toponímia mineira
author Patrícia de Cássia Gomes Pimentel
author_facet Patrícia de Cássia Gomes Pimentel
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Cândida Trindade Costa de Seabra
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0209259220684913
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Aderlande Pereira Ferraz
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Celina Márcia de Souza Abbade
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Ana Paula Mendes Alves de Carvalho
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Ana Paula Antunes Rocha
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6804228547660734
dc.contributor.author.fl_str_mv Patrícia de Cássia Gomes Pimentel
contributor_str_mv Maria Cândida Trindade Costa de Seabra
Aderlande Pereira Ferraz
Celina Márcia de Souza Abbade
Ana Paula Mendes Alves de Carvalho
Ana Paula Antunes Rocha
dc.subject.por.fl_str_mv Toponímia
Léxico
Indigenismo
Minas Gerais
topic Toponímia
Léxico
Indigenismo
Minas Gerais
Língua portuguesa – Variação – Minas Gerais
Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais
Língua Portuguesa – Indigenismos
Língua Portuguesa – Lexicologia
Linguagem e história – Minas Gerais
Linguagem e cultura – Minas Gerais
Sociolinguística
Toponímia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Língua portuguesa – Variação – Minas Gerais
Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais
Língua Portuguesa – Indigenismos
Língua Portuguesa – Lexicologia
Linguagem e história – Minas Gerais
Linguagem e cultura – Minas Gerais
Sociolinguística
Toponímia
description Partindo da investigação e da análise de pistas linguísticas deixadas nos topônimos, ou seja, nos nomes próprios de lugares, os estudos toponomásticos se revelam como uma importante fonte para conhecimento de fatos históricos e socioculturais de um povo. Tendo como base essa premissa, este estudo teórico-descritivo visa apresentar os principais aspectos linguísticos e culturais referentes ao léxico toponímico de origem indígena encontrados no estado de Minas Gerais. Para tanto, apoiamo-nos na linguística socialmente constituída de Hymes (1964); nos pressupostos teóricos, metodológicos e taxonômicos da ciência onomástica postulados por Dauzat (1926), Dick (1990a e 1990c) e Seabra (2004), e nos conceitos de cultura de Duranti (2000). Para constituição do nosso corpus sincrônico, recorremos ao banco de dados do Projeto ATEMIG, projeto este em desenvolvimento há 17 anos na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e que realizou, em suas etapas iniciais, o levantamento e a classificação toponímica de todos os acidentes físicos e humanos dos 853 municípios do estado, a partir de cartas geográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1:50.000 a 1:250.000, e que perfazem até o presente momento um total de 85.391 topônimos. Desse total, procedemos a análise de 9.940 nomes de lugares de origem indígena. Como resultados da análise, verificamos que 73,8% dos nomes são de origem tupi e que a motivação toponímica predominante no estado é de índole vegetal – os fitotopônimos – com 50,9% dos dados. Esta pesquisa nos permite ainda corroborar o que outrora fora afirmado por Sampaio (1987) e por outros pesquisadores da toponímia, como Andrade (2006): que os topônimos de origem tupi do Planalto Central, e aqui nos referimos mais especificamente àqueles de Minas Gerais, não foram nomeados em sua maioria, como parece à primeira vista, pelos indígenas, mas por bandeirantes que falavam aquela língua e percorriam a região atribuindo suas denominações.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-10-21T20:58:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-10-21T20:58:51Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-08-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/46507
url http://hdl.handle.net/1843/46507
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/1/A%20presen%c3%a7a%20ind%c3%adgena%20na%20topon%c3%admia%20mineira%20%282%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46507/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0d9db69a3b5f4496fa7f4e8cae75a41b
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589850745536512